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the economist
A revista britânica The Economist publicou, no domingo (29), um artigo classificando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva como “incoerente no exterior” e “impopular em casa”. A publicação critica a política externa do governo brasileiro e aponta queda na aprovação popular de Lula.
Segundo a revista, o Brasil adotou uma posição isolada ao condenar os ataques de Israel e dos Estados Unidos contra o Irã, em 22 de junho, diferentemente de outras democracias ocidentais. Para a Economist, essa postura, somada à participação do Brasil em um Brics ampliado sob influência de China e Rússia, faz o país “parecer cada vez mais hostil ao Ocidente”.
A reportagem também menciona que a imagem internacional de Lula é prejudicada por sua perda de popularidade interna. Dados da Genial/Quaest indicam que a desaprovação ao governo atingiu 57% no início de junho, o maior índice desde o início do atual mandato.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, rebateu as críticas em nota divulgada no último dia 1º, terça-feira, afirmando que o Brasil mantém uma política externa “soberana, equilibrada e pautada pelo diálogo”.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, criticou uma reportagem publicada pela revista britânica The Economist sobre o papel do STF no cenário político brasileiro. Em nota divulgada no site do STF, neste fim de semana, Barroso afirmou que o conteúdo do texto se alinha mais à narrativa de grupos golpistas do que à realidade institucional do país.
Publicada no dia 16 de abril, a reportagem, intitulada de “A Suprema Corte do Brasil está em julgamento”, apontou o ministro Alexandre de Moraes como símbolo de uma atuação supostamente excessiva do Judiciário. O texto menciona, entre outros pontos, a suspensão da rede social X, antigo Twitter, e decisões monocráticas como sinais de desequilíbrio entre os poderes.
Na resposta, Barroso afirmou que a matéria ignora o contexto mais amplo da crise democrática que o Brasil enfrentou recentemente. O ministro citou a invasão das sedes dos Três Poderes, o ato de 8 de janeiro de 2023, além de episódios como a tentativa de atentado à bomba no aeroporto de Brasília e um suposto plano golpista que incluía até assassinatos de algumas figuras da política.
Barroso também mencionou a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República, já aceita pelo STF, que aponta o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como um dos articuladores de uma tentativa de golpe para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Bolsonaro nega as acusações.
“O Brasil vive uma democracia plena, com Estado de direito, freios e contrapesos e respeito aos direitos fundamentais”, afirmou o presidente do STF, destacando que os envolvidos nas ações antidemocráticas estão sendo processados com todas as garantias legais.
Para Barroso, o Supremo exerceu papel fundamental na preservação das instituições, evitando um colapso semelhante ao registrado em países do Leste Europeu e da América Latina.
Jair Bolsonaro, em seu governo, fez o Brasil passar quatro anos como um “pária internacional”, e o atual presidente Lula, com suas gafes, estaria tirando o brilho do Brasil no G20, grupo que reúne as maiores economias do planeta. Essas são algumas conclusões de artigo publicado pela revista britânica The Economist.
O artigo da revista fala sobre a 1ª reunia?o ministerial de 2024 da trilha financeira do G20, que se iniciou nesta quarta-feira (28) em São Paulo. O encontro conta com a participação de chefes de bancos centrais e ministros da Fazenda dos países-membro do grupo.
Segundo a The Economist, Lula pretende usar este ano em que o Brasil exerce a presidência temporária do G20 “para convencer o mundo de sua promessa mais repetida, de que o Brasil está de volta”.
A revista cita o Brasil como nona maior economia do mundo, e enumera alguns dos prejuízos à imagem do país junto à comunidade internacional causados durante os quatro anos do governo Bolsonaro.
“O populista de extrema-direita Jair Bolsonaro permitiu o desenvolvimento destrutivo da floresta amazônica e alinhou-se com autocratas como Vladimir Putin. Ele disse aos brasileiros para deixarem de ser um país de maricas durante a pandemia de covid-19. Ele instou-os a tomar hidroxicloroquina, um medicamento contra a malária, e especulou que as vacinas poderiam causar Aids (não causam). Bolsonaro fez poucas viagens internacionais, mesmo tendo em conta as restrições de viagens pandêmicas, e desistiu de acolher a COP25, a cimeira climática da ONU”, afirma a publicação.
Apesar de destacar a mudança de orientação na diplomacia brasileira a partir do início do governo Lula, a revista britânica faz críticas duras à postura externa do presidente brasileiro. A The Economist afirma que, apesar de um processo de cura com as relações com Ocidente, “o Brasil ainda não decidiu que tipo de país será”.
Citando as falas de Lula em relação ao conflito entre Israel e o grupo Hamas na Faixa de Gaza e os acenos ao governo Putin na Rússia, o artigo da revista sugere que os “discursos improvisados” do presidente podem colocar em xeque toda a política externa brasileira, que vem ganhando destaque nos últimos anos, particularmente, em razão do debate sobre a preservação da Amazônia.
Outro posicionamento questionado pela revista britânica é “o desejo ingênuo de Lula de parecer amigável tanto com autocratas quanto democratas”. Em seu último parágrafo, o artigo resume as desconfianças do mundo em relação ao atual governo brasileiro.
“Lula quer que o Brasil seja tudo para todos: um amigo do Ocidente e um líder do Sul Global, um defensor do meio ambiente e uma potência global em petróleo, um promotor da paz e um aliado de autocratas. O Brasil pode estar de volta, mas o papel que está desempenhando no palco mundial é mais obscuro do que deveria ser”, conclui o texto.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Fernando Haddad
"Penso que vamos entrar numa trajetória de queda de juros com sustentabilidade. Acredito que vamos terminar o mandato com a menor inflação de um mandato desde o plano real. Um crescimento médio próximo de 3%".
Disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad ao declarar que a economia do Brasil deve caminhar para uma redução da taxa básica de juros e que o governo, comandado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pode encerrar o mandato com a menor inflação de um período presidencial desde o Plano Real, iniciado em 1994.