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tertuliana lustosa
A cantora e ativista Tertuliana Lustosa, conhecida artisticamente como A Travestis, anunciou nas redes sociais a internação em uma clínica no Rio de Janeiro para o procedimento de redesignação sexual.
O procedimento da artista será realizado quase dois anos após Tertuliana entrar na Justiça contra o plano de saúde Unimed Nacional para que conseguisse realizar a cirurgia.
"Já estou pronta. Chegou o grande dia, é hoje, daqui a pouco Dr. Márcio. Agora é com você. Daqui a pouco volto de bubu", escreveu no Instagram.
Tertuliana, que nasceu em Corrente, no Sul do Piauí, e foi criada em Salvador, entrou com uma ação contra o plano de saúde em novembro de 2023, acusando o convênio de transfobia após o cancelamento da assinatura do seu plano.
Na época, a artista afirmou que o cancelamento ocorreu sem explicação após ela entrar com o pedido da cirurgia. Tertuliana, que já tinha feito uma cirurgia para a retirada do testículo, alegou que o procedimento de redesignação se tornou uma necessidade.
A historiadora da arte e líder do grupo musical "A Travestis", a mulher trans Tertuliana Lustosa entrou com uma ação judicial contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). O parlamentar divulgou um vídeo da apresentação da cantora na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em que ataca a artista em seu perfil na rede social.
O conteúdo, que viralizou nas redes sociais em outubro do ano passado, mostra a artista cantando e dançando o brega funk de sua autoria, intitulado Educando com o C**.
O episódio ocorreu durante o seminário "Dissidências de Gênero e Sexualidades", organizado pelo Grupo de Pesquisa Epistemologia da Antropologia, Etnologia e Política (Gaep). Durante a apresentação, Tertuliana expôs os glúteos ao público e foi aplaudida ao final da performance.
Ao compartilhar o vídeo em suas redes sociais, o deputado Nikolas Ferreira utilizou termos como "um travesti" para se referir à artista e afirmou que o caso seria encaminhado ao Ministério Público.
"Isso daqui não é luta por cultura, por inclusão, pelo funk, pelo LGBT, por nada. Se for luta por alguma coisa, isso aqui é luta para poder destruir a educação do Brasil, isso sim", declarou o parlamentar.
Diante da repercussão, a defesa de Tertuliana ingressou com um processo no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), solicitando a remoção do vídeo e uma retratação por parte do deputado. Além disso, a ação pede uma indenização de R$ 60 mil por danos morais, alegando que a divulgação do conteúdo gerou "ofensas, ameaças e ataques" contra a artista. A audiência sobre o caso foi marcada para o dia 27 de março e ocorrerá de forma online.
Em declaração ao jornal O Globo, Tertuliana Lustosa afirmou que Nikolas Ferreira "usa sua imagem para ganhar audiência".
A Universidade Federal da Bahia (UFBA) foi alvo de críticas após promover a roda de conversa “Educando com o cu: traveco-terrorismo e descolonialidade de gênero”, dentro do campus da instituição nesta sexta-feira (5). Contudo, apesar do nome “polêmico”, estudantes que estiveram no local relataram que a mesa tratou assuntos importantes, como pedagogia corporal, trazendo referências das tradições dos povos indígenas e africanos.
“Estou aqui e isso está sendo uma experiência transformadora. Educar com o cu na verdade é pedagogia com a corporalidade, tal como ensinada pelas nossas tradições ancestrais, em oposição à pedagogia jesuítica/europeia baseada na escrita como única forma válida de conhecimento. A ideia de usar o nosso próprio corpo como material de ensino e aprendizado”, disse a aluna de Produção Cultural da UFBA, Ana Carolina Branco, ao Bahia Notícias.
Leituras disponibilizadas durante o evento | Foto: Acervo Pessoal
Apesar do tema central ter sido pedagógico, dentro da mesa também foram abordadas pautas da comunidade LGBTQIA+, cultura indígena, intelectualidade travesti e o papel das mídias na sociedade. A estudante de Produção Cultural comentou que, apesar do título polêmico, também houve a descredibilização das pautas que seriam abordadas, mesmo de grupos “menos conservadores”.
“Por mais que o título tenha sido afrontoso, me assustei com as reações questionadoras e desincentivadoras, principalmente de grupos que, em geral, se dizem progressistas e apoiadores da diversidade. Foi pautado como esses grupos que adoram esses discursos de diversidades e inclusão, eles vivem muito na superfície e não se aprofundam de fato. Foi mostrado o quão grande é bibliografia de pessoas trans que compõem a intelectualidade da brasileira hoje”, disse Ana Carolina.
A roda de conversa foi ministrada pela artista Tertuliana Lustosa, cantora da banda de pagode “A Travestis”. Além de vocalista, ela também é escritora e mestranda da universidade. O evento foi organizado pelo grupo de extensão e pesquisa “Laboratório Permanente de Práticas e Estudos sobre Performance”.
“Nosso objetivo foi trazer artistas diferentes que pudessem falar sobre suas vivências com a performance. Hoje contamos com Tertuliana e ela veio falar sobre o lado dela acadêmico, enquanto pesquisadora. Ela veio falar um pouco sobre como é que a travesti é vista. O título 'Educando com o cu' assustou um pouco o pessoal, mas na verdade ela quis evidenciar como a sociedade só a enxerga a partir do sexo”, explicou Vinícius, um dos coordenadores do laboratório.
“Longe do que foi imaginado, não foi nada promíscuo, foi uma troca de experiências. Ela [Tertuliana] mostrou como pode ser prazeroso a educação, mostrando que não é preciso aprisionar. A perspectiva de educando com o cu foi para falar sobre educação através do prazer”, disse Drica Bispo, membra da instância de pesquisa.
Nas redes sociais, Tertuliana comentou sobre os “deboches” contra a mesa ministrada pela artista e ressaltou a importância da correlação entre a pedagogia e a corporalidade.
“A minha aula foi um sucesso, realmente faz todo o sentido educação é corpo, prazer, transcendência. O koo educou e muito e em breve esse encontro só me mostrou o quão importante é quebrar tabus na universidade sim, na UFBA, sim onde sou mestranda com muita dificuldade. A mídia distorceu tudo, debocharam do nosso evento e inclusive tentaram acabar com ele, mas ele aconteceu e foi lindo obrigado a todes que estavam lá”, disse a pesquisadora.
No último dia 25 de setembro, Tertuliana Lustosa, vocalista da banda A Travestis, lançou o clipe da música “Abaixa o Preço do Gás”. A canção, sucesso nas redes sociais com mais de 300 mil visualizações nos perfis digitais da artista, agora ganha produção audiovisual e está disponível no YouTube, no canal Mete Som.
O videoclipe, gravado durante manifestação contra a atual gestão do país, é um protesto divertido e irreverente, à situação atual do Brasil, com o aumento do gás e de outros insumos, que afetam diretamente todas as classes sociais.
Tertuliana revela que a música e a ideia do clipe surgiram ao perceber o momento em que o país vive e, por este motivo, aproveitou a manifestação para gravar o videoclipe. “As coisas estão ficando cada vez pior, a exemplo do preço do gás que não para de aumentar. Durante esse período, alguns amigos, reclamando da situação, me pediram para fazer uma nova versão, junto ao clipe. Por este motivo, apresento esse protesto”, completa Tertuliana.
A música é a nova versão da música ‘Sento pro Moço do Gás’, da artista, que também se tornou sucesso nas redes sociais, alcançando mais de 3,7 milhões de visualizações, apenas na plataforma TikTok.
A artista também chamou atenção dos internautas e dos bolsonaristas após postar um vídeo queimando a bandeira do Brasil durante uma performance contra a transfobia, no domingo (26), no município de Feira de Santana. (leia aqui)
Neste sábado (4), Tertuliana Lustosa, vocalista da banda A Travestis, lança o single “Abaixa o Preço do Gás”, versão da música “Senta Pro Moço do Gás”, nas principais plataformas digitais.
A primeira versão da música se tornou sucesso nas redes sociais, alcançando mais de 3,7 milhões de visualizações, apenas no TikTok. Agora a nova versão, gravada em estúdio, já conta com cerca de 100 mil visualizações no vídeo publicado nas redes sociais da artista.
Tertuliana conta que “Abaixa o Preço do Gás” é um protesto à situação atual do país, com o aumento do gás e de outros insumos que afetam diretamente todas as classes sociais. “Eu liguei para a empresa, a empresa do gás, mas meu Deus do céu tava trezentos reais. Que parada é essa, o gás tá caro demais”, fala o trecho da música.
A artista lembra que a ideia de fazer a nova versão, com tom divertido para as redes sociais, surgiu durante o lançamento da primeira versão. “Quando estávamos na semana de lançamento de ‘Senta no Moço do Gás’, a situação do país estava ficando cada vez pior e o preço do gás aumentando, aí alguns amigos, reclamando da situação, me pediram para fazer uma nova versão. Por este motivo, apresentei esse protesto”, completa Tertuliana.
A música também estará disponível no Canal Mete Som, maior portal de música Norte/Nordeste, e no Youtube.
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"O meu time não tem medo de brigar. Se for preciso brigar, a gente vai brigar. Mas antes de brigar, a gente quer negociar".
Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre as negociações com Donald Trump para o fim do tarifaço.