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O grupo de governadores de seis estados que se reuniram nesta quinta-feira (30) no Rio de Janeiro, para dar apoio à operação de combate ao Comando Vermelho conduzida pelo governador Cláudio Castro, decidiu, entre outras iniciativas, pressionar o Congresso pela aprovação do projeto de lei que classifica o CV (Comando Vermelho) e o PCC (Primeiro Comando da Capital) como organizações terroristas.
Além de Castro, participaram do encontro na noite de ontem os governadores Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina; Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás; Eduardo Riedel, do Mato Grosso do Sul; e Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, de forma virtual, além de Celina Leão, vice-governadora do Distrito Federal.
Os governadores, que fazem oposição ao governo federal, manifestaram integral apoio ao projeto busca equiparar ao terrorismo as condutas de facções e milícias. Entre essas condutas estariam a dominação territorial e os ataques a serviços essenciais, garantindo penas mais severas.
Já há um projeto com regime de urgência aprovado no plenário e que adiantou a sua tramitação. Trata-se do PL 1283/2025, de autoria do deputado Danilo Forte (União-CE), que teve o requerimento de urgência aprovado no mês de maio, e que desde então aguarda ser colocado na pauta de votação pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
O projeto altera a Lei nº 13.260 de 2016, conhecida como “Lei Antiterrorismo”, para ampliar as motivações do crime de terrorismo e especificar infraestruturas críticas e serviços de utilidade pública. A proposta também busca estender a aplicação da lei a organizações criminosas e a milícias privadas que realizem atos de terrorismo, além de estabelecer majorante para ato de terror cometido por meio de recurso cibernético.
Um outro projeto sobre esse mesmo tema e que vem tendo tramitação acelerada na Câmara é o PL 2428/2025, de autoria do deputado Capitão Alden (PL-BA), e que recentemente foi aprovado pela Comissão de Segurança Pública. A proposição do deputado baiano, da mesma forma que a outra que teve urgência aprovada, busca equiparar ao terrorismo os crimes cometidos por facções e milícias voltados à dominação territorial, à intimidação coletiva, ao tráfico de drogas, entre outros.
O projeto de Capitão Alden está agora na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), sendo relatado pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). Capitão Alden inclusive apresentou um requerimento para que a sua proposta possa ser apensada ao PL 1283/25, com objetivo de que possa tramitar em conjunto, já que possui um tema correlato.
O texto do projeto do deputado Alden inclui na lista de atos terroristas algumas práticas típicas de poderes paralelos, como o controle coercitivo do comércio e a cobrança de “taxas de proteção”. A proposta também aumenta em até dois terços as penas previstas na Lei 13.260/16 para comandantes e líderes de facções.
A proposição do deputado Capitão Alden especifica as seguintes condutas equiparadas ao terrorismo por parte das organizações criminosas:
- causar terror na população ou em grupos específicos mediante violência ou intimidação coletiva;
- desestabilizar instituições governamentais, incluindo forças de segurança e sistemas de justiça, para assegurar a impunidade ou impedir seu funcionamento;
- promover medo generalizado, pânico ou coação;
- realizar ações contra a integridade territorial ou a soberania do Estado;
- engajar-se em atividades transnacionais que ameacem a paz e a segurança internacionais;
- estabelecer domínio territorial para a prática de crimes violentos, como planejamento e
- execução de ataques; tráfico de drogas, armas e explosivos.
Em comunicado nas suas redes sociais, divulgado já na noite desta quarta-feira (29), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sem citar as mais de 100 mortes ocorridas com a operação contra o Comando Vermelho, relatou providências tomadas pelo seu governo para auxiliar o Rio de Janeiro no combate ao crime organizado. Lula defendeu também a aprovação da PEC da Segurança Pública pelo Congresso Nacional.
“Com a aprovação da PEC da Segurança Pública, que encaminhamos ao Congresso Nacional, vamos garantir que as diferentes forças policiais atuem de maneira conjunta no enfrentamento às facções criminosas”, afirmou o presidente.
Na mesma linha de Lula, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta quarta (29) que discutirá com a comissão especial que analisa a PEC da Segurança Pública uma data para que o colegiado aprecie com maior celeridade o relatório.
“A questão da PEC... eu vou conversar com a comissão especial para estabelecer uma data para que eles possam apreciar o texto. E a partir daí, eles apreciando, imediatamente nós vamos trazer ao plenário”, disse Hugo Motta a jornalistas.
A PEC da Segurança Pública foi enviada ao Congresso pelo governo federal em abril deste ano, passou pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e agora tramita em uma comissão criada especialmente para analisá-la. A matéria é considerada prioritária para o governo, mas enfrenta críticas de parte dos governadores e da oposição.
Apesar da urgência pedida por Lula e Hugo Motta, o relator da proposta, deputado Mendonça Filho (União-PE), disse nesta quarta que deve apresentar o seu parecer apenas no final de novembro. A proposta precisa ser votada na comissão especial, e caso seja aprovada, seguirá para dois turnos de votação no plenário da Câmara.
“Estou construindo minhas teses desde que peguei o texto. A operação no Rio não muda nada, mas vou aprofundar aquilo que queria fazer”, disse Mendonça em conversa com jornalistas.
Um dos pontos defendidos pelo parlamentar é o fim da possibilidade de progressão de pena no caso de crimes hediondos e de envolvidos em facções criminosas.
Diante das dificuldades em torno da PEC da Segurança Pública, o Palácio do Planalto tenta acelerar o envio ao Congresso do “projeto antifacção”, que está sendo discutido pelo governo. O projeto busca endurecer as penas para organizações criminosas, com mudanças na lei como a criação da modalidade qualificada desse crime (quando houver domínio de território), além de tentar facilitar ações contra empresas usadas pelo crime organizado e regular a gravação de conversas entre criminosos e advogados dentro da prisão.
Do lado do centrão e da oposição, há um movimento na Câmara para que seja acelerada a votação do projeto que classifica as facções criminosas como grupos terroristas. A operação no Rio de Janeiro trouxe de volta ao debate político as cobranças para que o projeto seja votado nos próximos dias no plenário da Câmara.
O projeto que equipara o crime organizado ao terrorismo é de autoria do deputado Danilo Forte (União-CE). No final do mês de maio foi aprovado na Câmara um requerimento de urgência para que a proposta fosse levada diretamente ao plenário, sem passar pelas comissões.
Atualmente, grupos como o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital (PCC) são considerados organizações criminosas, conforme a Lei 12.850/2013. Isso significa que são vistos como grupos com estrutura hierárquica voltada à prática de crimes. A legislação atual permite interceptações telefônicas, delações premiadas e acordos de cooperação internacional.
O governo Lula e parte de especialistas em segurança pública são contrários ao enquadramento por entender que as organizações não têm propósitos ideológicos. Recentemente, quando apresentou o projeto antifacção, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, disse considerar que PCC e CV não possuem inclinação ideológica para serem classificadas como terroristas.
“Grupos terroristas são aqueles que causam perturbação social, política, têm uma inclinação ideológica, o que não acontece com as organizações criminosas”, explicou Lewandowski.
Diferente do governo, a oposição acredita que a classificação vai contribuir para o combate ao crime ao facilitar o bloqueio de dinheiro e a cooperação internacional. Governadores como Tarcísio de Freitas, de São Paulo, Ronaldo Caiado, de Goiás, e Romeu Zema, de Minas Gerais, defendem a aprovação deste projeto.
Tarcísio, por exemplo, afirmou que sua equipe “vai mergulhar” no debate. O governador pretende mobilizar aliados para levar a discussão ao Congresso Nacional, e inclusive liberou o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, para retornar à Câmara e relatar a proposta que já teve a urgência aprovada.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), também usou as redes sociais também para classificar os grupos como “facções terroristas”. Para Zema, a proposta é fundamental para obrigar a União a agir de forma mais efetiva.
“Bandidos que tomam ruas, que usam pessoas como escudo humano, são terroristas. Assim, vamos obrigar o Governo Federal a agir”, declarou.
Para Ronaldo Caiado, ações de grupos criminosos como a de planejar a morte de autoridades públicas já seria suficiente para enquadrar as facções como organizações terroristas. “O que falta para que essas facções sejam consideradas terroristas? O Brasil precisa de pessoas corajosas para enfrentar o narcotráfico”, disse Caiado.
Para equiparar as associações criminosas ao crime de terrorismo, seria necessário alterar a Lei nº 13.260/2016, a Lei Antiterrorismo, de 2016. Este é um dos objetivos do PL 1283/2025, do deputado Danilo Forte, que pode vir a ser votado nos próximos dias.
O texto da Câmara equipara o enquadramento penal de facções ao de atos de terrorismo e prevê agravantes para condutas associadas ao domínio territorial, como o uso de armas de guerra, bloqueio de vias públicas e instalação de barricadas — práticas recorrentes em comunidades dominadas pelo tráfico ou milícias.
A ação de Israel na Faixa de Gaza é um “genocídio”, os atos terroristas realizados pelo Hamas são “inaceitáveis” e é preciso que a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) se mobilize para estabelecer a paz na região, concluindo pela criação do Estado da Palestina.
Essas foram algumas das declarações dadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao participar, nesta segunda-feira (22), de uma conferência na sede da ONU, em Nova York, para a busca de uma solução de dois Estados, que visa a coexistência pacífica entre um Estado palestino e o Estado israelense.
Na sua fala durante a conferência, o presidente Lula afirmou que a única palavra que poderia descrever o que ocorre atualmente na Faixa de Gaza é “genocídio”.
“Como apontou a Comissão de Inquérito sobre os Territórios Palestinos Ocupados [grupo da ONU], não há palavra mais apropriada para descrever o que está ocorrendo em Gaza do que genocídio”, criticou Lula.
O presidente brasileiro também condenou o que chamou de “atos terroristas” liderados pelo grupo Hamas contra Israel, fazendo referência aos ataques ocorridos em 7 de outubro de 2023, que deram início ao conflito que dura até os dias atuais.
“Os atos terroristas cometidos pelo Hamas são inaceitáveis. O Brasil foi enfático ao condená-los. Mas o direito de defesa não autoriza a matança indiscriminada de civis”, acrescentou o brasileiro.
Lula reforçou que apesar do ataque do Hamas, o direito à defesa de Israel não autoriza a “matança indiscriminada de civis”.
“O que está acontecendo em Gaza não é só o extermínio do povo palestino, mas tentativa de aniquilamento do seu sonho de nação”, comentou.
O evento em prol da Palestina ocorre em paralelo à assembleia-geral, que terá sua abertura na manhã desta terça (23), com discurso inaugural feito pelo presidente Lula. A 2ª sessão da Confederação Internacional de Alto Nível para Resolução Pacífica da Questão Palestina e a Implementação da Solução de Dois Estados foi convocada pela França e Arábia Saudita.
Na sua declaração, Lula voltou a defender a criação do Estado da Palestina e criticou novamente o Conselho de Segurança da ONU.
“Tanto Israel, quanto a Palestina têm o direito de existir. Trabalhar para efetivar o Estado palestino é corrigir uma assimetria que compromete o diálogo e obstrui a paz. Saudamos os países que reconheceram a Palestina, como o Brasil fez em 2010. Já somos a imensa maioria dos 193 membros da ONU”, destacou.
“Diante da omissão do Conselho de Segurança, a Assembleia Geral precisa exercer sua responsabilidade”, completou Lula.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu neste domingo (29), na região Oeste do estado da Bahia, próximo à divisa com Goiás, Lucas Ribeiro Leitão, de 30 anos. Corretor de imóveis natural de Fortaleza (CE), ele é acusado de planejar um atentado em Brasília. Lucas foi localizado enquanto pegava carona em um caminhão.
A ação foi conduzida por equipes da Divisão de Proteção e Combate ao Extremismo Violento (DPCev) da PCDF. Durante a abordagem, o suspeito confessou que pretendia realizar o ataque utilizando “táticas militares”. Ele estava em posse de uma faca no momento da prisão.
De acordo com as investigações, Lucas fez publicações nas redes sociais detalhando os planos. Em uma conta privada no Instagram, ele afirmou que pretendia realizar um “ataque cirúrgico” e alertou que a segurança pública do Distrito Federal deveria ser aumentada em “até 400 vezes”. Ainda segundo os relatos, um de seus objetivos seria “botar fogo” na capital federal.
O investigado também mencionou que teria feito uma promessa a “uma garota” e a “uma série de pessoas”, garantindo que só encerraria a “missão” após sua conclusão.
A PCDF segue investigando o caso para apurar possíveis conexões e evitar ameaças à segurança pública.
Confira abaixo prints da postagem:


Foto: Reprodução / Instagram.
Além de crimes mais “tradicionais”, como os crimes fazendários, onde a Bahia lidera os índices de inquéritos abertos pela Polícia Federal, o estado também tem sido alvo de modalidades “recentes”, como terrorismo e crimes cibernéticos. Em levantamento obtido pelo Bahia Notícias, desde 2000, o estado também tem sofrido com essas atividades, segundo a Polícia Federal.
O levantamento realizado pela Fiquem Sabendo, agência de dados especializada no acesso a informações públicas aponta que entre crimes cibernéticos e crimes cibernéticos de ódio foram 132 registros em inquéritos, desde 2000. Crimes contra os direitos humanos foram 5.288 registros realizados pela PF, além de outros três casos de terrorismo acompanhados, segundo os dados.
Em alguns casos, como os de pedofilia, variáveis como a ampliação do acesso à tecnologia podem estar impulsionando a atividade delitiva e, consequentemente, a reação policial. Dos 4,9 mil inquéritos sobre crimes cibernéticos relacionados ao abuso sexual infantojuvenil, 2,6 mil (53%) foram instaurados nos últimos dois anos, entre 2023 e 2024. Neste ano, a média é de uma nova investigação a cada quatro horas.
O maior volume de casos investigados está no eixo Sul-Sudeste. Cinco estados concentram metade dos inquéritos da PF sobre esse tipo de crime: São Paulo (861), Minas Gerais (474), Rio de Janeiro (449), Paraná (416) e Rio Grande do Sul (299). Enquanto isso, a média nacional é de 4,9%.
Além deles, o estado também teve inquéritos abertos com relação a crimes eleitorais e contra o Estado Democrático de Direito, com 524 registros feitos pela Polícia Federal. A Bahia também contou com apuração sobre outras temáticas, inclusive relacionados a crimes ambientais, contra o Patrimônio Histórico e Cultural e Povos Originários, totalizando 1.888 inquéritos desde os anos 2000.
Durante a temporada europeia de 2023-2024, o grupo terrorista Estado Islâmico planejou ataques contra os jogadores do Real Madrid. Na última semana, a Guarda Civil espanhola, juntamente com a Polícia Europeia e o FBI, derrubaram a Fundação I'lam, um centro de propaganda do Estado Islâmico. A fundação contava com estações de rádio, agências de notícias, produtoras audiovisuais e perfis nas redes sociais, que divulgavam conteúdos relacionados com o Daesh em espanhol e outras línguas. A informação foi divulgada inicialmente pelo jornal espanhol, El Confidencial.
Toda a investigação resultou em nove pessoas detidas nas cidades de Girona, Cádiz, Anta e Tenerife. Dois destes foram enviados para a prisão provisória.
Entre os materiais apreendidos na operação, foram encontrados conteúdos que incitavam seus seguidores a atacarem o ônibus do time do Real Madrid e os torcedores que esperavam a passagem do clube para fazer a recepção nos arredores do Estádio Santiago Bernabéu, em Madri.
"Meu querido irmão. Aguarde em um local próximo ao ponto de chegada dos jogadores. Mire neles junto com seus seguidores”, diz o cartaz que o El Confidencial teve acesso, em que aparece um homem mascarado atirando com um rifle com mira telescópica contra o ônibus da equipe branca.
ATAQUE DIRETO AO BERNABÉU
“Meu querido irmão de Al-Andalus”, dizia o primeiro parágrafo. “Um objetivo muito valioso espera por você. Entre nas multidões, distraia a segurança com explosivos improvisados ??e dispositivos de engodo e avance em direção ao seu objetivo principal (Bernabéu) com determinação”, afirmou esta segunda declaração.
Na operação policial também foram desativados canais e meios de comunicação que divulgam essa propaganda, além de apreender guias de autoformação para que seus seguidores se treinem e gerem 'lobos solitários', já que um terrorista realiza ações individuais quase sem apoio do Daesh.
Um homem foi preso após ameaçar se explodir no consulado iraniano em Paris na manhã desta sexta-feira (19). O homem teria como alvo o embaixador iraniano e o culpava pela morte de seu irmão.
De acordo com fontes locais, o homem de 60 anos foi visto entrando no consulado por volta das 11h locais, 6h no Brasil, e teria se escondido em uma sala dentro da qual estaria o embaixador iraniano.
Conforme apurado pelo Europe 1, funcionários do local ligaram para a polícia e informaram que o homem “carregava uma granada de mão e vestia um colete cheio de explosivos”. Ele teria ameaçado se explodir para “vingar o irmão”, mas, na verdade, não possuía nenhum explosivo no corpo.
Após o incidente, a área foi isolada e o prédio está passando por vistorias. Além disso, o bairro onde se encontra o consulado está com o tráfego completamente bloqueado e as linhas de metrô que passam pela região foram fechadas.
Não está claro se o caso possui ligação com o aumento das tensões entre Irã e Israel. Na noite de quinta (18), mísseis israelenses atingiram o Irã em retaliação ao ataque sofrido seis dias antes. Autoridades iranianas afirmam não haver planos de retaliação.
Mais um suspeito de participar do esquema que visa recrutar brasileiros para o grupo extremista Hezbollah foi preso. O homem acabou detido na noite de domingo (12), no âmbito da Operação Trapiche, da Polícia Federal (PF), deflagrada na última quarta-feira (8).
Ele foi identificado como Michael Messias, músico que estava de passagem no Rio de Janeiro. Ele confirmou ter sido procurado por Mohhamad Akhir, principal investigado da PF, para fazer um show de pagode no Líbano, país onde já esteve duas vezes.
Outros dois suspeitos foram presos na última quarta, em São Paulo. O objetivo da operação é interromper atos preparatórios de terrorismo e obter provas de um possível recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas no país.
Os policiais cumpriram mandados no Distrito Federal e nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás. As informações são do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em Minas Gerais, três em Brasília e um em Goiás pela PF. Em São Paulo, além das buscas, foram cumpridos dois mandados de prisão temporária. Já no domingo (12), por volta das 18h, foi preso mais um investigado na cidade do Rio de Janeiro.
Mohhamad Akhir é procurado pela Interpol. De acordo com os investigadores, existem fortes indícios de que ele seja “integrante, de fato”, do Hezbollah. A PF desconfia de que haja cooptação de brasileiros pelo grupo.
Os envolvidos devem responder pelos crimes de constituir ou integrar organização terroristas e de realizar atos preparatórios de terrorismo. As penas máximas, se somadas, chegam a 15 anos e 6 meses de reclusão.
Presos na manhã desta quarta-feira (8), os brasileiros recrutados pelo grupo radical libanês Hezbollah planejavam atacar prédios da comunidade judaica do Brasil.
A Polícia Federal (PF), no âmbito da Operação Trapiche, cumpriu dois mandados de prisão temporária em São Paulo e 11 de busca e apreensão, expedidos pela Subseção Judiciária de Belo Horizonte, em Minas Gerais e no Distrito Federal. Um dos alvos foi preso no Aeroporto de Guarulhos.
A ação visa interromper atos preparatórios de terrorismo e obter provas de possível recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas no país. Os alvos são terroristas ligados ao Hezbollah e que planejavam ataques em diversos estados do Brasil. As informações são do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
Recrutadores e recrutados devem responder pelos crimes de constituir ou integrar organização terrorista e de realizar atos preparatórios de terrorismo, cujas penas máximas, se somadas, chegam a 15 anos e 6 meses de reclusão.
Os crimes previstos na Lei de Terrorismo são equiparados a hediondos, considerados inafiançáveis, insuscetíveis de graça, anistia ou indulto. O cumprimento da pena para esses crimes se dá inicialmente em regime fechado, independentemente de trânsito em julgado da condenação.
O QUE É O HEZBOLLAH
O Hezbollah é uma organização libanesa que surgiu durante a guerra civil naquele país, na década de 1980. Influenciado pelo Irã e apoiado pela Síria, o grupo concentra-se na resistência contra Israel e na promoção da influência xiita no Oriente Médio.
A organização surgiu em resposta à ocupação israelense do sul do território libanês. Apoiado pelo Irã, o Hezbollah se tornou uma força de resistência contra Israel. Sua ala militar é considerada uma das mais poderosas da região e lançou ataques contra alvos israelenses.
Munido de decisão a seu favor do ministro Luís Roberto Barroso, do STF, o blogueiro bolsonarista Wellington Macedo de Souza decidiu ficar em silêncio durante depoimento à CPMI do 8 de janeiro, na manhã desta quinta-feira (21). Em rápida fala inicial, Wellington, preso no último dia 14 em operação conjunta da Polícia Federal com a polícia do Paraguai em Ciudad del Este, afirmou que só irá colaborar com a comissão de inquérito se os seus advogados tiverem acesso aos autos das investigações em que ele é alvo.
“Eu vou colaborar com vocês a partir do momento em que os meus advogados tiverem acesso aos autos acusatórios contra esta pessoa que aqui está, que até hoje não sabe porque tem pago um preço tão alto, e tanta humilhação. Quando eu tiver acesso aos autos, vocês podem me convocar novamente aqui que eu vou colaborar com vocês”, disse o depoente, que passou a repetir esta mesma resposta em questionamentos feitos pela relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA).
O blogueiro cearense Wellington Macedo foi condenado no dia 17 de agosto por seu envolvimento no caso da bomba colocada em caminhão de combustível próximo ao Aeroporto de Brasília, na véspera do Natal no ano passado. O Juiz da 8ª Vara Criminal de Brasília condenou Wellington Macedo a seis anos de prisão, em regime inicial fechado, e multa.
Os demais envolvidos no caso da bomba, George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego dos Santos Rodrigues, já tinham sido condenados, respectivamente, a nove anos e quatro meses de prisão e cinco anos e quatro meses, ambos também em regime inicial fechado.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), George Washington de Oliveira Sousa, Alan Diego dos Santos Rodrigues e Wellington Macedo de Souza, se encontraram durante as manifestações contrárias ao resultado das eleições presidenciais, em frente ao Quartel General do Exército em Brasília/DF, oportunidade em que decidiram se unir para praticar delitos. O objetivo dos denunciados, segundo o MPDFT, era cometer infrações penais que pudessem causar comoção social a fim de que houvesse intervenção militar e decretação de Estado de Sítio.
A participação de Wellington Macedo na tentativa de explosão de um caminhão de combustível foi descoberta porque o blogueiro na época usava tornozeleira eletrônica, e as informações do rastreamento permitiram identificar o caminho percorrido por ele no dia do crime.
Câmeras de uma loja e do próprio caminhão onde a bomba foi plantada revelaram o momento em que o carro de Wellington se aproxima lentamente do veículo, para que o cúmplice Alan Diego dos Santos Rodrigues colocasse a bomba. Wellington foi considerado foragido desde o dia 5 de janeiro deste ano, data em que foi decretada a sua prisão preventiva.
No dia seguinte à decretação de sua prisão, Wellington Macedo rompeu a tornozeleira eletrônica e seu paradeiro era desconhecido até a semana passada, quando foi preso no Paraguai.
Com o silêncio de Wellington Macedo perante às perguntas, a relatora, senadora Eliziane Gama, fez um relato da participação do blogueiro em atos antidemocráticos desde o ano de 2021. Wellington teve a sua prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes por incentivar atos antidemocráticos no dia 7 de setembro de 2021. Desde então, cumpria prisão domiciliar e usava tornozeleira eletrônica. Mesmo assim, frequentava o acampamento bolsonarista em frente ao quartel do Exército, em Brasília.
A relatora da CPMI mostrou vídeos e postagens que comprovam a participação do blogueiro cearense nos ataques contra o prédio da Polícia Federal em Brasília, no dia 12 de dezembro do ano passado. Na ocasião, bolsonaristas radicais tentaram invadir o prédio da PF e incendiaram veículos.
Um homem foi preso nesta sexta-feira (26) em Ilhéus, no Litoral Sul, por terrorismo. O acusado, que não teve o nome informado, planejava atentar contra a vida dos pais e de integrantes de uma igreja em que ele frequentava. Na casa do suspeito havia um papelão com frases nazistas.
Segundo a Polícia Civil, uma denúncia foi enviada à 7ª Coorpin de Ilhéus que passou a investigar o caso. Durante o cumprimento do mandado contra o acusado, os agentes apreenderam três celulares, dois computadores, uma machadinha, uma faca, três cadernetas, uma máscara, touca preta de lã e um bastão com parafuso nas pontas.
“A Polícia Civil recebeu a denúncia que foi compartilhada com a 7ª Coorpin de Ilhéus, cujas equipes fizeram as investigações e solicitaram ao Judiciário um mandado de busca e apreensão. Ao chegar na localidade, o homem, de 18 anos, foi autuado em flagrante pelo crime de terrorismo. Ele segue custodiado à disposição do Poder Judiciário e o material apreendido será encaminhado para a perícia”, detalhou a coordenadora da 7ª Coorpin, Katiana Amorim.
A revista francesa Charlie Hebdo voltou a publicar charges de Maomé nesta quarta-feira (2). A veiculação das sátiras acontece na véspera do início do julgamento pelos ataques extremistas que atingiram a redação, há cinco anos.
“Tudo isso [em referência aos ataques], para isso”, diz a manchete, que reproduz as charges que o veículo publicou em 2006 em sinal de solidariedade ao jornal dinamarquês Jyllands-Posten, ameaçado por ser o primeiro a imprimir desenhos do profeta muçulmano.
Conforme noticiou o site do jornal El País Brasil, as páginas internas do jornal trazem mensagens como: “Nunca descansaremos. Nunca renunciaremos”. Os dizeres são do atual diretor do Charlie Hebdo, Riss, que ficou gravemente ferido no atentado à redação realizado pelos irmãos Chérif e Said Kouachi em 7 de janeiro de 2015.
Em decorrência do ataque morreram o diretor da revista satírica, Charb, e os cartunistas Cabu, Tignous e Wolinski. No total, 12 pessoas morreram naquele primeiro atentado, oito delas membros ou colaboradores do Charlie Hebdo. Um dia depois, um cúmplice dos Kouachi, Amedy Coulibaly, assassinou um policial nos arredores de Paris para acabar assaltando, no dia 9 de janeiro, o supermercado judaico da capital Hyper Cacher, onde matou outras quatro pessoas antes de ser morto.
Além dos 12 desenhos publicados originalmente em solidariedade ao jornal dinamarquês, o Charlie reproduziu a capa do número original de 8 de fevereiro de 2006 feita por Cabu e que mostra Maomé cobrindo os olhos com as mãos horrorizado e dizendo: “É duro ser amado por idiotas”.
“Desde janeiro de 2015 nos pedem repetidamente para publicar outras charges de Maomé. Sempre recusamos, não porque seja proibido, porque a lei nos permite, mas porque era necessário um bom motivo para isso, uma razão que fizesse sentido e que contribuísse com algo para o debate”, explica a redação da revista sobre a edição desta quarta.
“Reproduzir estas caricaturas nesta semana da abertura do julgamento dos atentados de janeiro de 2015 nos pareceu indispensável”, acrescenta a publicação no “número especial” dedicado aos três dias de atentados terroristas que abriram 2015 e desencadearam uma outra onda de atentados que deixaram 130 mortos em novembro daquele ano.
Segundo o Charlie Hebdo, as charges são provas do que aconteceu na França e assim era necessário recuperá-las, pois “desde 2006 já se passaram 14 anos e os jovens franceses que nasceram desde então serão testemunhas de um processo que não compreenderão, pois estes desenhos nunca mais foram publicados. Por isso, é um dever de informação publicar novamente estes documentos que têm um valor histórico tanto histórico quanto penal”.
De acordo com o El País Brasil, o presidente do Conselho Francês do Culto Muçulmano (CFCM), Mohammed Moussaoui, pediu na terça-feira que “ignorem” as charges do profeta e que pensem nas vítimas do terrorismo.
A revista francesa adiantou em suas redes sociais que a nova edição traz também uma pesquisa sobre a liberdade de expressão. O julgamento dos jihadistas vão até novembro. O processo é considerado, em grande parte, como um caso que será analisado o estado da liberdade de expressão e o direito à blasfêmia que é protegido por lei na França.
Conhecido por seus papéis cômicos, o ator baiano Frank Menezes ironizou a fala de Flávio Bolsonaro após o senador dizer que quer que o Hamas se exploda.

“Tomara que o Hamas saiba quem votou no Haddad, e poupe-nos!”, escreveu o artista, em suas redes sociais.

A fala do filho mais velho de Jair Bolsonaro (PSL) se deu após a visita realizada por eles a Israel, acompanhados pelo premiê israelense, Binyamin Netanyahu, na qual o presidente anunciou a abertura de um escritório de negócios do Brasil em Jerusalém.
Com a aproximação do governo brasileiro com Israel, o Hamas, grupo que prega o estabelecimento de um estado islâmico palestino tendo Jerusalém como capital e que é considerado uma organização terrorista, divulgou uma nota com críticas a Bolsonaro. "Não só contradiz a atitude histórica do povo brasileiro, que apoia a luta pela liberdade do povo palestino contra a ocupação [israelense], mas também viola as leis e as normas internacionais", diz o comunicado.
Após as reações negativas, Flávio Bolsonaro apagou a publicação de suas redes sociais.
A Turma da Mônica pode ser usada para uma ação de combate ao terrorismo no Líbano. De acordo com informações da coluna da Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, a ideia é que o governo do país traduza para o árabe as histórias e cartilhas do projeto brasileiro “Um por Todos e Todos por Um! Pela Ética e Cidadania”, confeccionadas pela Controladoria-Geral da União (CGU) em parceria com o Instituto Mauricio de Sousa. O projeto, que usa os personagens para ensinar valores e estimular a autoestima de crianças do ensino público, foi apresentado aos libaneses durante uma reunião do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), da ONU. Ainda de acordo com a publicação, representantes do governo libanês avaliam que as crianças com melhor autoestima têm menor chance de serem cooptadas por grupos terroristas.
Após lançar um clipe filmado na Casa 1, local de acolhimento para homossexuais expulsos de casa, em São Paulo, Rico Dalasam teve sua página no Facebook invadida por hackers, na última quinta-feira (1º). De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de São Paulo, os hackers postaram uma imagem em alusão ao Estado Islâmico, organização extremista que segue uma leitura radical das escrituras islâmicas e é responsável por diversos atentados terroristas pelo mundo. O clipe de Dalasam, que é gay assumido, trazia mensagem de tolerância e respeito à comunidade LGBT. O EI, por sua vez, é radicalmente contrário à homossexualidade, considerada crime com pena de morte.
Alec Baldwin foi escalado para desempenhar um papel em “The Looming Tower”, nova série da plataforma de streaming Hulu. De acordo com informações do site Omelete, na atração, que terá como tema o atentado de 11 de setembro, o ator fará uma participação especial interpretando o ex-diretor da CIA, George Tenet. A série é baseada no livro homônimo de Lawrence Wright, que aborda o crescimento da ameaça da Al-Quaeda, a rivalidade entre CIA e FBI e a luta para impedir a tragédia que culminou na morte de cerca de 3 mil pessoas. O protagonista da série será Jeff Daniels, como o agente John O’Neill, chefe de contraterrorismo do FBI de Nova Iorque. Ainda não foi divulgada a data de estreia da atração, cuja primeira temporada terá 10 episódios.
Com direção de James Watkins, o longa americano retrata uma investigação policial de uma explosão em Paris. Um agente da CIA é enviado à cidade para impedir que um jovem francês prepare o atentado no dia 14 de julho. Estrelado por Idris Elba (Luther) e Richard Madden (Game of Thrones), o filme ainda não tem previsão de estreia no Brasil.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Jerônimo Rodrigues
"As facções também investem, e muito, em inteligência. Eles montam uma indústria de armas. No último fim de semana vimos que muitas dessas peças são montadas aqui mesmo, não vêm todas de fora".
Disse o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) ao comentar que não há negacionismo na política de segurança pública do estado e destacou que o enfrentamento ao crime hoje exige novas estratégias, diante da evolução tecnológica das facções criminosas.