Artigos
A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade
Multimídia
Ivanilson afirma que PV fará reavaliação de filiados e admite: “Servimos sim de barriga de aluguel”
Entrevistas
Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026
tamara azevedo
O deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) não confirmou o possível lançamento da pré-candidatura de Tâmara Azevedo à prefeitura de Salvador em 2024. O parlamentar apontou que a possibilidade ainda não foi oficializada, mas que existe uma “disposição” para que isso aconteça.
Ao Bahia Notícias, nesta quarta-feira (22), o deputado destacou que existem chances da ideia se concretizar e elogiou a correligionária dizendo que o nome dela “não é qualquer candidatura”.
“Não houve lançamento da candidatura dela. O que houve foi a disposição dela, a demonstração de que ela tem disposição de ser candidata à prefeita. Isso, de fato, elevou muito o ânimo da militância em Salvador. Não é qualquer candidatura. Eu acho que é uma candidatura bastante forte e muito significativa, mas o pessoal ainda não tomou uma definição formal”, declarou o deputado ao Bahia Notícias.
Na última quinta-feira uma ala do PSOL apresentou a pré-candidatura de Tâmara Azevedo à prefeitura de Salvador. Segundo manifesto que circula internamente, a pré-candidatura de Tâmara representa uma “contribuição programática e de ação que priorize os interesses populares: uma candidatura de esquerda para superar a velha política”.
RUSGA COM GOVERNO JERÔNIMO
Hilton Coelho também comentou o afastamento da sigla da composição do governo Jerônimo Rodrigues (PT), tanto do conselho político, quanto dos cargos de confiança.
Ele destacou que nenhum dos cargos entregues era de relevância e que a decisão partiu da plenária municipal em Salvador como uma forma de sinalizar as críticas ao governo Jerônimo.
“A saída do conselho político já se deu. A ocupação do Conselho era uma sinalização de que o PSOL pretendia contribuir com suas posições e tinha alguma expectativa de que o governo ouvisse isso. É aquela história: conselho dá a quem se pede. O governo pediu e nós topamos dar conselhos que, infelizmente, não foram ouvidos e a gente precisou dizer isso para a sociedade”, declarou Hilton Coelho.
Na época, a decisão do PSOL citava o Conselho Político do Governo como “um espaço artificial, criado para transmitir uma aparência democrática, mas que não significou nenhum avanço político em pontos cruciais para a melhoria de vida da população”.
A decisão determinou que qualquer militante do PSOL que estivesse ocupando cargo de confiança no governo Jerônimo, deveria renunciar ao cargo ou se afastar do partido, sob pena de descumprir resolução congressual, o que implicaria em suspensão da condição de filiado.
“São cargos de quarto escalão, mas mesmo assim nós vamos ter a aplicação da decisão que indica a perda dos direitos políticos dessas pessoas que estão ocupando os cargos”, declarou o deputado estadual.
De olhos nas eleições municipais em 2024, setores do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) apresentaram a pré-candidatura de Tâmara Azevedo à prefeitura de Salvador. Segundo manifesto que circula internamente, a pré-candidatura de Tâmara representa uma “contribuição programática e de ação que priorize os interesses populares: uma candidatura de esquerda para superar a velha política”.
Baiana, graduada em Ciências Sociais pela UFBA, e Pós-Graduada pela Universidade de Santa Catarina em Gestão de Políticas Públicas do Turismo, Tâmara Azevedo já atuou como Coordenadora Setorial do Carnaval de Salvador na Emtursa (atual Saltur – Empresa Salvador Turismo) e de Culturas Populares da Fundação Gregório de Matos, onde coordenou o Programa Capoeira Viva e o Projeto no Coração da Cidade.
“Uma companheira de lutas, cientista social, ambientalista, gestora pública, com uma vida dedicada às reivindicações populares. Tâmara Azevedo é o nosso nome para construir uma Capital da Resistência, uma Salvador para a maioria. É a nossa representante das reivindicações das e dos indígenas, população LGBQTIA+, pretas, pretos e mulheres. É a pessoa para propor soluções que superem vulnerabilidades, defender a cultura, as manifestações artísticas, os direitos das trabalhadoras e trabalhadores”, afirma Ronaldo Mansur, presidente estadual do PSOL.
Na Escola Olodum, ela foi coordenadora e na ocasião implantou o curso de Produção Cultural. Foi Gestora do Escritório Internacional de Capoeira e Turismo, sendo indicada para concorrer a um dos maiores prêmios de projetos sociais do mundo, Koldyke Fellowship do Chicago Council.
Foi consultora da Secretaria de Turismo do Estado da Bahia, onde atuou no desenvolvimento e fortalecimento do Turismo Étnico Afro e Indígena. Atualmente é Diretora Executiva da agência Bahia Turismo e Arte, única do segmento cultural voltada para o Turismo Étnico Afro e Indígena.
“Não somos de negociatas por troca de cargos, vantagens e possíveis ganhos pessoais. Não compactuamos com pactos que acabam prejudicando os interesses populares. Venha com Tâmara Azevedo para construir uma Salvador que seja para a maioria e não para uma chamada elite que desde a invasão portuguesa manda e desmanda em nossa terra”, concluiu Ronaldo Mansur.
O PSOL já tem começado a se articular para lançar uma candidatura própria para disputar a prefeitura de Salvador nas eleições de 2024. No páreo do partido, os nomes de Kleber Rosa, que foi candidato ao governo da Bahia em 2022, e Tâmara Azevedo, que disputou o Senado na eleição do ano passado, são os mais fortes para o pleito. Contudo, de acordo com informações obtidas pelo Bahia Notícias, a disposição estaria causando divergências em diferentes alas do PSOL.
Interlocutores afirmaram ao Bahia Notícias que, para pacificar as movimentações, a legenda estaria analisando montar uma chapa com Kleber e Tâmara para a disputa em Salvador. Contudo, como as supostas negociações ainda estão no início, a composição para titular da chapa e vice ainda estaria indefinida e sequer foi discutida.
LEIA TAMBÉM:
O ex-candidato ao governo da Bahia, Kleber Rosa, negou que haja intrigas dentro do partido, mas confirmou que existe a possibilidade de uma chapa conjunta com Tâmara Azevedo para as eleições de 2024. Porém Rosa reforçou que ainda não há nenhuma definição do nome do PSOL para o pleito em Salvador.
“Na verdade não tem intriga nenhuma. Tâmara é uma liderança que se legitimou para colocar o nome dela à disposição do partido. Tem possibilidade da gente avançar com o diálogo e encontrar uma posição unificada? Tem. Tem chance de termos uma chapa, a gente já iniciou o processo de conversa, ninguém sinalizou ‘vamos fazer uma chapa junto’, mas está implícito. Mas isso não está dado que vai acontecer ou não vai acontecer”, afirmou Kleber Rosa.
Em contato com o Bahia Notícias, Tâmara também negou qualquer ruído interno dentro do PSOL e afirmou que não há "clima de disputa" dentro do partido. A ex-candidata ao Senado disse que apenas colocou o nome à disposição do partido para disputar as eleições.
“A informação das intrigas não procede. Não tem qualquer clima de disputa no partido. Conheço Kleber desde o movimento estudantil e temos uma ótima relação. Sobre as eleições, eu apenas coloquei meu nome a disposição do partido, mas o PSOL tem excelentes nomes para a disputa”, afirmou Tâmara.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.