taekwondo

A seleção Brasileira de taekwondo conquistou, nesta quinta-feira (6), o tricampeonato consecutivo da Copa do Mundo por equipes, disputada em Wuxi, na China. A equipe superou a Coreia do Sul por 2 a 0 na final, consolidando sua posição como uma das potências mundiais do esporte.

O time contou com os campeões mundiais individuais Maria Clara Pacheco e Henrique Marques, além dos medalhistas de prata Edival Pontes e Milena Titoneli. Também integraram a equipe os atletas Paulo Ricardo e Allif Barreto.

O título coletivo veio apenas dez dias após o desempenho expressivo do Brasil no Mundial individual, no qual o país terminou em terceiro lugar no quadro geral, com duas medalhas de ouro e duas de bronze.

Na trajetória até o ouro, o Brasil venceu o Cazaquistão nas quartas de final e o Uzbequistão na semifinal, antes de superar a Coreia na decisão. A vitória no confronto final foi definida com um golpe giratório na cabeça, o mais valioso do regulamento, valendo cinco pontos, aplicado no último segundo do segundo round.

Com o resultado, o Brasil repete as conquistas de 2023 e 2024 e reafirma sua hegemonia no taekwondo mundial.

Três dias após o título inédito de Maria Clara Pacheco, o Brasil voltou ao topo do pódio no Mundial de Taekwondo. Nesta segunda-feira (6), Henrique Marques, de 21 anos, escreveu seu nome na história ao vencer o chinês Ziang Qizhang e conquistar o ouro na categoria até 80kg — o primeiro título mundial masculino do país na modalidade.

A final foi equilibrada do início ao fim. Os primeiros pontos saíram apenas nos 30 segundos finais do primeiro round, vencido pelo brasileiro. No segundo assalto, o nervosismo tomou conta, e uma revisão em vídeo confirmou que o último golpe do chinês não havia tocado o colete de Henrique, garantindo a vitória por 2 a 0 e o título mundial.

Para chegar à decisão, o paulista teve um caminho impecável. Estreou com triunfo por 2 a 0 sobre o cubano Kelvin Calderón, repetiu o placar diante de Faysal Sawadogo, de Burkina Faso, e superou o americano CJ Nickolas por 2 a 1 nas quartas. Na semifinal, protagonizou um duelo eletrizante contra o russo Artem Mytarev — chegou a sofrer uma virada no segundo round, mas reagiu e venceu por 2 a 1.

Com o resultado, Henrique se junta a Maria Clara Pacheco e à lendária Natália Falavigna como os únicos brasileiros campeões mundiais de taekwondo. Falavigna havia conquistado o título em 2005, em Madri.

O Brasil ainda segue em busca de mais medalhas no torneio, com Milena Titoneli (até 67kg), João Victor Diniz (até 68kg), Paulo Ricardo Melo (até 58kg), Celydiene Carneiro (até 62kg), Nívea Maria da Silva (até 53kg) e Edival Pontes (até 74kg) ainda na disputa.

Bahia fez bonito e conquistou 31 medalhas na Copa Regional Nordeste de Taekwondo 2025, que terminou no último domingo (06) em João Pessoa. A delegação baiana voltou para casa com 12 medalhas de ouro, 5 de prata e 14 de bronze, mostrando a força do esporte no estado, 44 atletas de diferentes cidades baianas foram premiados.

O presidente da Federação Esportiva Baiana de Taekwondo (Febt), Márcio Mascarenhas, comemorou muito o desempenho do estado na competição.

"A Bahia tem tido resultados excelentes na Copa Regional e este ano não foi diferente. Este evento vale pontos importantes para o ranking nacional e é de suma importância para o avanço dos atletas nas competições nacionais. Sem o ônibus cedido pela Sudesb, não conseguiríamos esse feito", conta Mascarenhas.

O torneio foi crucial, pois valia 10 pontos para o ranking nacional de Taekwondo. Para levar a delegação completa, um esquema especial de transporte foi montado, com o ônibus passando por cidades de todo estado como Iguaí, Ilhéus, Uruçuca e Lauro de Freitas, antes de seguir viagem para João Pessoa, na Paraíba.

O projeto Núcleos de Esportes de Lutas e Combate está disponibilizando 850 vagas gratuitas para crianças a partir de seis anos, adolescentes e adultos em diversas modalidades de artes marciais em 15 municípios do interior da Bahia. As atividades incluem boxe, judô, jiu-jitsu, karatê e taekwondo.

As aulas de jiu-jitsu são oferecidas em Ilhéus, com 100 vagas, além de outros sete municípios, incluindo Maraú, Porto Seguro, São Francisco do Conde, Seabra, Senhor do Bonfim e Serrinha, com 50 vagas cada.

O boxe é ensinado em Itabuna, Riachão do Jacuípe e Vitória da Conquista, enquanto o judô está disponível em Canavieiras, Curaçá e Juazeiro. Já o karatê é oferecido em Remanso e Várzea Nova, e o taekwondo em Porto Seguro, também com 50 vagas.

As matrículas são feitas presencialmente, nos mesmos locais e horários das aulas, de segunda a sexta-feira. Há exceções para os núcleos de Várzea Nova, que funcionam de segunda a quinta, e Remanso, com atividades às segundas, quartas e quintas-feiras.

Além das cidades do interior, o projeto também conta com unidades em Salvador e Lauro de Freitas, onde há vagas disponíveis no Centro de Boxe e Artes Marciais (Largo de Roma) e na Arena de Esportes da Bahia. Confira abaixo a documentação necessária:

• RG e CPF (cópia);
• Duas fotos 3x4;
• Atestado médico atualizado;
• Comprovante de residência;
• Certidão de antecedentes criminais (para maiores de 18 anos);
• Comprovante de matrícula (para menores de idade);
• Documento de identidade dos responsáveis (para menores de idade).

O projeto conta com o apoio do Governo da Bahia, por meio da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), vinculada à Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esportes (Setre).

No último domingo (6), sete brasileiros estiveram presentes no Aberto de Taekwondo, em Montenegro. Desses atletas, cinco subiram ao pódio. Milena Titoneli ficou com a medalha de prata na categoria até 67kg feminino. Fillipe Rabello e João Victor Diniz (68kg), Lucas Ostapiv (80kg) e Allif Souza (87kg) foram medalhistas de bronze.

Apesar da desistência na final, o maior destaque dentre atletas brasileiros foi para Milena Titoneli que conquistou a medalha de prata. A jornada da taekwondista começou nas quartas de final. A brasileira venceu a croata Nika Keplac por 2 a 0 e garantiu uma medalha, porque o regulamento prevê que os quatro semifinalistas de cada categoria garantem, no mínimo, o bronze. Em sequência, Milena deixou a russa Liliia Khuzina pelo caminho após derrota-lá e avançou para a final. Nas redes sociais, Milena Titoneli se pronunciou sobre a desistência.

“Decidi não lutar para evitar qualquer lesão. Ao chegar na final deste torneio eu alcancei os 20 pontos do ranking olímpico, que é a pontuação limite que podemos fazer em um ano. O objetivo aqui no Aberto de Montenegro era chegar nessa pontuação máxima, além de colocar em prática alguns ajustes dos treinos. Como atleta, eu preciso saber ouvir o meu corpo e saber a hora de não arriscar uma lesão”, explicou Milena.

Na categoria até 68kg masculino, o Brasil conquistou duas medalhas de bronze. Filipe Rabello estreou vencendo o russo Ilia Danilov por 2 a 1. Nas quartas de final, o brasileiro derrotou o búlgaro Stefan Stamenov por 2 a 0 de forma expressiva. Filipe acabou perdendo para o húngaro Levente Mark Jozsa, ficando com o bronze. Ainda na mesma categoria, João Victor Diniz avançou diretamente para as quartas de final, onde venceu o lutador da casa Mario Vukovic por 2 a 0. Na semifinal, o brasileiro foi derrotado pelo croata Matija Crep por 2 a 1 e assegurou o terceiro lugar no pódio.

Na categoria 80kg, Lucas Ostapiv venceu duas lutas por 2 a 1, contra o russo Magomedrasu Omarov e o anfitrião Vasilije Perunicic. Ao chegar na semifinal, o brasileiro acabou derrotado para o croata Matej Nikolic por 2 a 1. Na classe 87kg, Alif Souza entrou diretamente nas semifinais diretamente e o atleta brasileiro perdeu para o russo Alexander Pryazhnikov por 2 a 0. Lucas e Alif ficaram com a medalha de bronze.

A ex-campeã de taekwondo do Afeganistão, Marzieh Hamidi se refugiou na França depois do Talibã retornar ao poder em 2021. Desde que seu exílio começou, a atleta tem se manifestado ativamente nas redes sociais contra o regime autoritário e em defesa ao direito das mulheres afegãs. As postagens sinceras de Hamidi com a hashtag #LetUsExist - ou na tradução livre "Deixem-nos existir" -, foram compartilhadas nas redes sociais. A lutadora recebeu milhares de ligações ao redor do mundo em tom de ameaça.

"O primeiro telefonema veio do Afeganistão. Uma voz em afegão me disse que ele sabia meu endereço em Paris. Três mil ligações em 48 horas. Depois disso, parei de contar. Recebi ameaças de morte e estupro porque me oponho aos terroristas e àqueles que os apoiam. Eles me disseram que não podem levantar a voz no Afeganistão, e querem que eu seja a voz deles. Imagine que milhões de garotas no Afeganistão, que não têm proteção, estão com os terroristas, e ninguém pode ouvir sua voz", revelou Hamidi.

"Como atleta feminina, apelo para o mundo proibir o Talibã das Olimpíadas. O Talibã é um grupo terrorista que proíbe as mulheres de esportes, trabalho e educação. Um dia, vamos prevalecer, até lá, manter o Talibã fora das plataformas internacionais. O Afeganistão não pertence a eles", continuou.

Diante de milhares ameaças de morte contra Hamidi, a justiça da França abriu investigação sobre o caso e colocou a atleta sob proteção policial por um período indefinido.

Começou na última quinta-feira (12), o Supercampeonato Brasileiro de Taekwondo 2024, que vai até o domingo (15). O evento vai reunir alguns dos maiores nomes da modalidade no país na Arena de Esportes da Bahia, em Ipitanga, Lauro de Freitas. Cerca de 1.200 atletas de todas as 26 unidades federativas do Brasil mais o Distrito Federal. Da Bahia, são  50 atletas que vão em busca do título em sete categorias. 

Realizada em seis tatames simultâneos, montados na Arena de Esportes, a competição é considerada a mais importante do calendário nacional, valendo 20 pontos no ranking nacional da modalidade para os campeões. O torneio volta aos solos baianos após 12 anos, quando aconteceu em Porto Seguro, no extremo sul do estado. Nesta edição, será o maior número de competidores da Bahia na história, todos classificados através da seletiva nacional em março.

As disputas no nacional prometem ser bem acirradas e de alto nível técnico com os representantes brasileiros. A novidade na disputa será a competição TK3, em que os estados inscrevem três atletas de categorias e pesos diferentes que lutam contra os três de outro estado, sendo um de cada vez e podendo substituir o representante no tatame. 

Nesta sexta-feira (13), as categorias sub-21 e master sobem no tatame. A principal categoria (adulto) disputa no sábado (14). Encerrando a programação, no domingo (15), é a vez das categorias infantil, cadete e TK3.

O Supercampeonato Brasileiro de Taekwondo 2024 é organizado pela Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD), em parceria com a Federação Esportiva Baiana de Taekwondo (Febt), a Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), autarquia vinculada à Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), e o Comitê Olímpico do Brasil (COB), que estará representado pelo seu vice-presidente, Alberto Maciel.

Baianos

Dentre os principais nomes do estado, estão o ilheense Diego Figueiredo na categoria 68 kg adulto, que já liderou o ranking nacional em 2023 e está na mesma classe que o medalhista olímpico Edval Pontes (Netinho), medalha de bronze nos Jogos Paris 2024; Gabriel Costa, na categoria até 56kg cadete masculino; e Camila Oliveira Santos, que vai disputar a categoria até 53 kg feminina, com passagens terrestres concedidas pela Sudesb de Ilhéus para Salvador.

Na disputa pela medalha de bronze do taekwondo nesta quinta-feira (8), nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, Edival Pontes, o "Netinho", superou Javier Perez, da Espanha e garantiu a medalha de bronze para o Brasil. 

No primeiro round, o brasileiro perdia por 2 a 0, mas virou por 3 a 2. Perez chegou a empatar em 3 a 3 nos segundos finais, mas Netinho venceu por critério de superioridade. No segundo, o atleta espanhol começou em larga vantagem por 5 a 0, Edival se aproximou com quatro pontos, mas a Espanha terminou vencendo por 6 a 4. Já no terceiro, Pontes sagrou-se vencedor do duelo após vencer por 4 a 3, ficando com o bronze na modalidade. 

Confira abaixo o quadro de medalhas atualizada dos Jogos Olímpicos de Paris 2024:

Gabriel Campolina Santos, lutador da Seleção Brasileira de taekwondo, foi agredido nesta terça-feira (14), em uma estação de metrô, na cidade de São Caetano do Sul, em SP. Segundo os relatos, Gabriel foi vítima de racismo e levou uma voadora por ser negro e estar abraçado com uma mulher branca.

O agressor conhecido como Matheus Cequeira Santana já se encontra preso após ser linchado pela população presente no ocorrido. A polícia diz que as agressões causadas por Matheus foram oriúndas de um "estresse".

O caso ocorreu quando o lutador, que é faixa preta de taekwondo, sentava na escada da "CTPM" ao lado de uma mulher branca, conhecida por Sabrina Soares dos Reis Santos, uma amiga de Gabriel.

"A gente estava um do lado do outro quando, do nada, eu senti a voadora. Achei que alguém tinha caído em cima da gente, quando olhei para trás, ele começou a me bater, puxar meu cabelo", contou o atleta.

Após a agressão, "Mussun", como é conhecido o esportista, revidou a voadora com um chute, deixando Matheus Cequeira tonto, e relatou o que ouviu dele: "Ele virou para mim e falou que eu estava me fazendo de vítima. E disse assim: 'Você é preto e estava abraçado com uma pessoa branca'",relatou.

Ao ser levado para a delegacia, o agressor alegou que não tem nenhum problema psiquiátrico e reforçou a ideia de estar "estressado". Ele foi preso em flagrante pelo crime de injúria racial e lesão corporal e esteve preso até 13h30 desta quarta-feira (15).