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segunda fase da operacao usg
A Justiça Federal de Barreiras, no Extremo Oeste da Bahia, negou liberdade ao médico Epifânio João da Cruz Neto e ao dentista João Rocha Mascarenhas, ambos presos na segunda fase da Operação USG, que apura irregularidades na área da saúde em Formosa do Rio Preto, na mesma região.
Os magistrados decidiram declinar da competência, encaminhando os processos para o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
Na decisão desta segunda-feira (1°) que negou o pedido de soltura de Epifânio Neto, o juiz de garantias Fábio Moreira Ramiro mencionou o nome do atual prefeito de Formosa do Rio Preto, Manoel Afonso de Araújo (PSD), como parte do inquérito que investiga supostas irregularidades na execução de contratos de saúde no município.
Epifânio foi apontado pela polícia como um dos responsáveis pelos exames fraudulentos de ultrassonografia (USG) identificados na investigação. Já o cirurgião-dentista João Rocha Mascarenhas também teve o pedido de liberdade negado, permanecendo à disposição da Justiça.
Além dos dois profissionais de saúde, a Operação USG também prendeu o vereador Hildjane Leite Souza (PSD), de 50 anos, enfermeiro e ex-secretário de saúde e Maria Raquel de Araújo Santos, sócia administradora de uma empresa contratada pela secretaria de saúde da cidade. Ela é suspeita de ter facilitado pagamentos irregulares. Ainda não há confirmação se ambos continuam detidos.
A Operação USG apura um possível esquema de fraudes em serviços de saúde, o que incluía exames superfaturados ou não realizados, além de irregularidades contratuais e possíveis desvios de recursos públicos. O TRF-1 deve analisar os casos a partir do encaminhamento feito pela Justiça Federal de Barreiras.
Nove pessoas foram presas durante a segunda fase da Operação USG, que investiga um esquema de desvio de verbas da saúde pública em Formosa do Rio Preto, no Extremo Oeste baiano. Entre os detidos estão um vereador, um ex-secretário de saúde e médicos.
Segundo a Polícia Civil, o grupo criminoso desviou mais de R$ 12 milhões. Para isso, usavam clínicas de fachada e contratos superfaturados. Os pagamentos eram feitos para supostos serviços médicos [sobretudo USG, exames de ultrassonografia, daí o nome da operação] que nunca chegaram a ser realizados. A ação foi deflagrada nesta terça-feira (18).
Apontado como um dos articuladores do esquema, o vereador preso foi identificado como Hildjane Leite Souza (PSD), de 50 anos. Ele é também enfermeiro e já foi duas vezes secretário municipal de saúde de Formosa do Rio Preto, informou a TV Oeste.
Outro detido é o cirurgião-dentista João Mascarenhas, também ex-secretário de saúde do município. Mascarenhas assumiu o cargo em 2022, após a saída de Hildjane.
Também foi presa Maria Raquel de Araújo Santos, sócia administradora de uma empresa contratada pela secretaria de saúde da cidade. Ela é suspeita de ter facilitado pagamentos irregulares.
Outro preso foi Epifânio João da Cruz Neto, médico e marido de Maria Raquel. Segundo a Polícia Civil, ele é um dos responsáveis pelos exames fraudulentos de ultrassonografia (USG).
Até o momento não se pronunciaram as defesas de Hildjane e João Mascarenhas, nem houve posicionamentos da Câmara de Vereadores e da prefeitura de Formosa do Rio Preto.
Conforme a polícia, o grupo criava estruturas empresariais para simular a prestação de serviços de saúde, emitindo notas e laudos médicos falsos. A prática permitia justificar repasses milionários de verbas públicas.
A primeira fase da Operação USG ocorreu em dezembro do ano passado e também cumpriu mandados de busca e apreensão. As investigações já indicavam um esquema fraudulento com exames incompatíveis e plantões não realizados.
Na ocasião, a secretaria de Saúde de Formosa do Rio Preto suspendeu contratos com quatro empresas investigadas.
Policiais civis deflagraram a segunda fase da Operação USG na manhã desta terça-feira (18). Viaturas foram vistas em Formosa do Rio Preto, no Extremo Oeste baiano, mesmo município alvo da primeira fase da operação realizada em dezembro do ano passado.

Foto: Divulgação / Polícia Civil
A USG apura um esquema milionário de desvio de recursos públicos na área da Saúde. A ação é coordenada pela Polícia Civil da Bahia, por meio do Draco-LD e da Deccor, com apoio de equipes do Piauí.
Mandados judiciais estão sendo cumpridos em cidades dos dois estados, ampliando as investigações que já apontam fraudes estruturadas em contratos e serviços médicos. O grupo investigado teria desviado mais de R$ 12 milhões dos cofres públicos.
As diligências incluem buscas em residências de médicos, ex-secretários municipais de saúde, agentes políticos e clínicas contratadas pelos municípios. Também foram determinados bloqueio de contas bancárias e sequestro de bens dos investigados e de três clínicas usadas como parte da operação criminosa.
VÍDEO: Polícia deflagra 2ª fase de operação contra fraudes na saúde no Extremo Oeste baiano
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) November 18, 2025
Confira?? pic.twitter.com/zGlkAMtlDo
Segundo a Polícia Civil, o esquema utilizava clínicas de fachada e contratos superfaturados para justificar pagamentos por serviços que nunca ocorreram. Entre as irregularidades apuradas estão exames incompatíveis com a demanda do município, plantões fictícios, listas de pacientes com dados falsos e notas fiscais emitidas para encobrir atendimentos inexistentes.
A nova etapa da operação foi iniciada após a análise de documentos e mídias apreendidos na primeira fase. O material forneceu elementos que permitiram identificar novos envolvidos e aprofundar as investigações.
Ao todo, cerca de 80 policiais civis participam da ação, incluindo equipes do Draco-LD, Deccor, 11ª Coorpin (Barreiras/BA) e da Polícia Civil do Piauí.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Mário Kertesz
"A grande motivação de Antonio Carlos era o poder".
Disse o radialista baiano e ex-prefeito de Salvador, Mário Kertesz ao relembrar sua próximidade com o ex-senador brasileiro e governador da Bahia, Antônio Carlos Magalhães. Conhecido pelas suas tendências de esquerda, Mário destaca que sua amizade com o ACM não era pautada por ideologias políticas.