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Estudantes de um colégio estadual de Santa Bárbara, no Portal do Sertão, desenvolveram um biodiesel a partir do óleo de licuri, espécie de “coco” pequeno oriundo de uma palmeira comum na caatinga. Segundo a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), o trabalho foi feito no Colégio Estadual Professor Carlos Valadares.
De acordo com Adrian de Lima, jovem cientista, a escolha do extrato da planta, chamada também de “palmeira sertaneja”, foi um incentivo da orientadora Hevelynn Martins, como forma de valorizar o território. O licuri, que é abundante na região, pode substituir de modo parcial ou total o diesel fóssil e contribui com a redução de gases do efeito estufa. Além de Adrian compõem a equipe Andrei Maia, João Henrique Gomes e Kauan Mascarenhas.
Foto: Raissa Ribeiro / Secti
“O biodiesel de licuri apresenta um conjunto de vantagens em relação ao biodiesel tradicional, sendo assim uma opção mais sustentável e eficiente. Além disso, a produção desse combustível contribui com o desenvolvimento de regiões semiáridas e a diversificação da matriz energética”, afirma Adrian de Lima.
O resultado positivo deve-se às características físico-químicas do óleo da amêndoa do licuri, que são adequadas para a produção do biocombustível. “A alta estabilidade oxidativa e baixo teor de ácidos graxos livres são atributos que possibilitam o desenvolvimento de um biodiesel limpo e renovável”, explica.
“Nosso projeto está 100% associado aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). O biodiesel à base dos fluídos da palmeira é uma possibilidade segura para o meio ambiente”, complementa a jovem.
O projeto é orientado pelos professores Hevelynn Martins e Lamon Oliveira são orientadores do projeto, que é desenvolvido através do Programa Ciência na Escola, da Secretaria da Educação.
Alunos de um colégio estadual de Candiba, no Sertão Produtivo, Sudoeste baiano, desenvolvem um creme dental orgânico à base da casca de juazeiro, árvore comum na caatinga, e folhas de hortelã. Késia dos Santos, Marina Alves e Osvaldino de Souza estudam no Colégio Estadual Antônio Batista e são orientados pelo professor William Oliveira.
A escolha do extrato do juazeiro e da hortelã, segundo Késia dos Santos, é um meio de preservar a tradição a partir de conhecimentos ancestrais. Além disso, o custo é baixo e o material desenvolvido tem menos química, o que torna o produto uma opção sustentável.
“O juá tem características antissépticas, antimicrobianas, anti-inflamatórias, além de ser um clareador natural. Já a hortelã tem propriedades antibacterianas, anti-inflamatórias e é um ótimo antifúngico. Ao produzir o creme dental, foi necessário extrair os componentes principais do juazeiro e da hortelã”, relata Késia.
A falta de cuidado odontológico pode causar problemas graves de saúde bucal. Segundo o IBGE, apenas 15% da população cuida da higiene oral com regularidade.
O projeto é desenvolvido no Programa Ciência na Escola, da Secretaria da Educação (SEC), com apoio do programa Bahia Faz Ciência, da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti).
Alunos de uma escola estadual de Barreiras, no Extremo Oeste, desenvolvem um repelente à base de jatobá, planta encontrada no cerrado, bioma predominante na região. Bruna Santos e Victor Lopes, estudantes do Colégio Estadual Herculano Faria, iniciaram os estudos em busca de um potencial repelente a partir de extratos de jatobá, a fim de explorar a produção sustentável.
Elas são orientadas pela professora Aline Alves, e o estudo foi apresentado em uma feira de ciências da escola, com o intuito de valorizar o Cerrado. “Através de pesquisas, eles conheceram plantas do nosso bioma local e interessaram-se em estudar mais sobre o jatobá, uma planta significativa para a nossa região, em especial para Barreiras”, disse a docente.
Segundo a secretaria estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), a fabricação do produto foi pensada a partir de uma metodologia acessível, garantindo que a comercialização seja de baixo custo.
“Para a análise, preparamos extratos aquosos das folhas e frutos do jatobá. Já durante o teste de repelente, adaptamos a metodologia utilizando pedaços de alimentos pulverizados com extrato das folhas e extrato dos frutos, dispostos em diferentes ambientes do domicílio”, completa Aline.
Além de propriedades medicinais, a casca e as folhas do jatobá contêm substâncias como terpenos, taninos e glicosídeos, o que permite o uso do produto como fungicida e repelente contra algumas pragas agrícolas.
“O repelente pode ser utilizado de modo preventivo em comunidades rurais por pequenos produtores agrícolas, já que possui baixo custo e fácil manejo. O resultado disso é uma possível contribuição no direcionamento de medidas sustentáveis contra patologias causadas por insetos”, diz. Ainda em fase de desenvolvimento, a pesquisa estimula jovens cientistas a estudarem novas possibilidades de utilização.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.