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secretario de cultura
Em solenidade realizada, na terça-feira (8), no Centro de Operações e Inteligência, localizado no Centro Administrativo da Bahia (CAB), que marcou a apresentação do Projeto de Lei para a criação da Bahia Filmes, o secretário de Cultura Bruno Monteiro, além de comentar sobre o novo empreendimento audiovisual, também debateu temas como Blocos Afro e carnaval.
“Nós lançamos na semana passada uma nova edição do Carnaval Ouro Negro com R$ 15 milhões de apoio as entidades Afro, não apenas nas festas de Salvador, mas também nos carnavais dos interiores, na micareta de Feira de Santana e nas demais festas populares da Bahia”, explicou o gestor.
Bruno Monteiro destacou a origem dos recursos que vão reforçar o suporte ao carnaval Afro. “Vamos lançar agora a política nacional Aldir Blanc, um programa de apoio permanente aos Blocos Afro, que é uma reinvindicação histórica do setor. São entidades que não recebem apoio privado, então fazemos esse conjunto de políticas para fortalecimento dessa matriz identitária.”
O secretário comentou sobre a desvalorização sofrida pelos blocos de matrizes africanas, em função de diretrizes estabelecidas pelas empresas de comunicação durante o carnaval.
“Muitos acabam sendo colocados em um horário que a distribuição que não é justa com essas manifestações culturais. O que queremos é um diálogo pra que todos sejam valorizados, em um horário condizente com a tradição ou em um horário de boa audiência,” e acrescentou: “Precisamos que a imprensa mude a postura: no momento que eles passem, a televisão não vá para o comercial ou se transmita outro circuito. Precisamos que toda essa riqueza cultural seja mais difundida.”
Ele também debateu a questão da possibilidade abertura de novos circuitos de carnal na capital baiana e como o governo tem se portado frente a esta hipótese.
“É uma questão que envolve toda a cadeia do carnaval: os cordeiros, os vendedores ambulantes, a polícia. O governo fez sua parte já no carnaval deste ano trazendo atrações para o circuito do campo grande, o circuito Osmar. Reativamos esse circuito, ele teve mais movimento. Mas precisamos pensar alternativas para que essa festa possa se espalhar pela cidade. Uma opção é o carnaval de bairro. Apoiamos a festa no Nordeste de Amaralina, que cresce a cada ano. Queremos discutir esse tema, para que a nossa principal festa seja ainda melhor e mais inclusivo”, concluiu Bruno.
O secretário de cultura do estado, Bruno Monteiro, considera que a chegada do Festival Liberatum, na Bahia, servirá não só para divulgar o estado internacionalmente como também para troca de experiências e de qualificação do setor cultural.
“Nós enxergamos não somente como um evento, mas possibilidade de apresentações, de divulgação da Bahia para o mundo, do intercâmbio que isso possibilita. É um momento de muita riqueza e de muitas trocas”, disse o secretário em entrevista ao Bahia Notícias, nesta sexta-feira (3), no Centro de Convenções de Salvador, na Boca do Rio.
Monteiro também aproveitou para afirmar o saldo que a economia criativa ganha com eventos, como esse. “Diversos estudos já mostram que o turismo e a cultura trazem um retorno muito grande para o Estado pela movimentação da economia que gera. Nós estamos falando de um setor, como a cultura, que já representa 3,11% do PIB [Produto Interno Bruto] nacional. Ou seja, é um setor hoje que gera riqueza, que distribui renda, que contribui com o desenvolvimento do Estado como um todo”, completou.
O Festival Liberatum vai até a segunda-feira (6) em Salvador, com programação no Centro de Convenções de Salvador e na Praça Cayru, no Comércio.
Para marcar um ano da morte de Jorge Portugal, ocorrida em 3 de agosto de 2020 (relembre), a atriz Bárbara Bela, filha do professor, escritor e ex-secretário de Cultura da Bahia, prestou homenagem ao pai em um texto emocionado nas redes sociais.
“Faz um ano de sua partida hoje meu pai, em meio ao turbilhão de sensações de estar realizando o maior sonho da minha vida, volta e meia me pego chorando, justo no dia de sua partida estou gravando um filme, aceito como um sinal de que está tudo bem por aí”, escreveu Bárbara, que integra o elenco do espetáculo baiano “Na Rédea Curta”, que agora está sendo adaptado para o cinema.
“Quantas noite pai, chorei sentindo sua falta, de tudo, seus conselhos, suas histórias, sua música, sua risada, e suas presepadas quando acordava… Ai meu pai, você está tão vivo em mim, tão presente. Hoje dia de sua passagem, esse dia tão emblemático e misto, eu só queria que o senhor pudesse me ver, o senhor que era tão presente, foi a todas as minhas apresentações e sempre dizia: você é minha estrela, inclusive na nossa última noite juntos, quando nos despedimos, o que me disse foi: ‘te adoro, minha estrela’”, lembrou a artista, que prometeu tentar não chorar muito no dia de hoje. “Acho que o senhor ia ter um orgulho danado de ver sua baby se tornando uma pessoa melhor a cada dia. Obrigada por tudo Joca”, concluiu.
Um dos entrevistados do programa Bahia Notícias No Ar, na Salvador FM, nesta sexta-feira (30), o dramaturgo e ex-secretário de Cultura da Bahia, Marcio Meirelles, se emocionou ao comentar o incêndio ocorrido na Cinemateca Brasileira nesta quinta (29), em São Paulo (saiba mais aqui, aqui e aqui).
“Era já uma coisa esperada, é impressionante como isso era uma tragédia anunciada. E a gente fica incapaz de fazer alguma coisa. Nossa memória, nossa identidade toda indo por água abaixo em troca de outras memórias e outras identidades que estão sendo forjadas pra um país tão rico, tão incrível, tão diverso, tão especial, que o mundo inteiro aprecia”, disse o diretor teatral. “Nosso cinema está indo embora. Isso é... Eu fiquei muito mal, estou muito mal e eu acho que o Brasil todo deve estar muito mal hoje por conta disso. É um país com Alzheimer”, acrescentou, com lágrimas nos olhos.
Marcio Meirelles salientou ainda que o espaço consumido pelas chamas guarda toda a memória do cinema nacional, desde a sua origem, e lembrou de um projeto realizado durante sua gestão à frente da Secretaria de Cultura da Bahia, com o material da Cinemateca. “Foi um trabalho incrível que eu quando era secretário acompanhei um pouco. A gente conseguiu lançar uma coleção, por exemplo, dos 100 anos do cinema baiano. E todo esse material estava lá preservado, organizado, limpo, enfim, pronto para ser reexibido, relançado, e a gente relançou”, contou o ex-secretário.
Destacando que ainda não se sabe a “proporção do desastre” e tampouco o que exatamente virou cinzas, o artista avalia que o estrago é grande, mas aponta a necessidade de preservar o que as chamas não alcançaram. “É muita coisa e eu temo pelo resto, porque, enfim, Ministério Público, Justiça, etc. e tal, ok, mas e o resto, como é que a gente preserva o que não foi devorado pelo fogo ontem? E o que não está sendo devorado pela ganância, pela loucura, pela ignorância, pela estupidez, selvageria, pelas milícias, por tudo isso aí”, questionou Meirelles, em tom de indignação. “Pelo autoritarismo que está se implantando no país está se querendo destruir uma memória de um momento de luta”, criticou.
O secretário de Cultura da Bahia, Jorge Portugal, e a diretora artística do Teatro Castro Alves, Rose Lima, se reuniram com um grupo de entidades de blocos Afro e Afoxé, nesta quarta-feira (21), para apresentar o projeto Concha Negra. Participara da reunião, que aconteceu no Palácio Rio Branco, representantes do Afoxé Filhos de Gandhy, Gilsoney Oliveira; do Ilê Aiyê, Antônio Carlos dos Santos Vovô; do Olodum, João Jorge e Rita Castro; do Cortejo Afro, Alberto Pitta e Rogério Alves; do Malê Debalê, Claudio Araújo e Jorge Santos do Muzenza. Tais entidades, que darão o pontapé inicial ao projeto, são as mesmas que participaram da reabertura da Concha Acústica, em maio de 2016. Na ocasião, foram levantados pontos de convergência e propostas dos representantes das entidades e ficou acertada uma nova reunião, que deverá ser marcada para o início de julho. Participaram ainda do encontro, registrado nas redes sociais, o chefe de Gabinete, Rômulo Cravo; a diretora do CCPI, Arany Santana; o chefe de gabinete da Funceb, Márcio Leite e da assessora de gabinete da Secult, Jeane Costa.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.