Artigos
SindilimpBA luta por regulamentação da profissão de gari e margarida
Multimídia
Bruno Reis rebate críticas e cita reconhecimento da Caixa por gestão sustentável: "A oposição fala o que quer"
Entrevistas
Os limites invisíveis da campanha eleitoral: o que você precisa saber
rodrigo marinho crespo
Cabo da Polícia Militar, acusado de envolvimento na morte do advogado Rodrigo Marinho Crespo no Rio de Janeiro, Leandro Machado da Silva, 39 anos, se entregou à polícia nesta terça-feira (5) por volta das 10h30. As informações são do O Globo.
Leandro foi alvo de uma operação nesta segunda-feira (4), mas não foi localizado. Segundo a publicação, ele chegou em um carro, que parou em frente da Delegacia de Homicídios da Capital, de camiseta azul e mochila, acompanhado de seu advogado.
A polícia afirma que Leandro Machado da Silva foi o responsável por coordenar toda a logística do crime, como encontrar os dois carros – modelo Gol, na cor branca – usados para monitoramento e para a execução.
De acordo com as investigações, Leandro é que teria efetuado os 15 tiros que mataram Crespo. Já Eduardo Sobreira Moraes, de 47 anos, que continua foragido, estava à frente da vigilância e do monitoramento da vítima nos dias que antecederam a execução, também segundo as investigações.
No início da manhã de hoje, a Polícia Civil prendeu Cezar Daniel Mondego de Souza, suspeito de ter ajudado Eduardo no monitoramento da vítima ao menos três dias antes da execução e no dia do crime.
OUTRAS ACUSAÇÕES
Em 2020, o PM foi investigado e preso pela prática de homicídio, e por integrar grupo paramilitar com atuação em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Charles Augusto Ponciano foi executado com 17 tiros durante um churrasco que fazia em casa em 4 de dezembro daquele ano no bairro Jardim Anhangá, em Duque de Caxias. A munição usada no crime teria sido desviada da Polícia Militar.
Leandro também é apontado como um dos seguranças de Vinícius Pereira Drumond, vice-presidente da Imperatriz Leopoldinense e filho do falecido contraventor do jogo do bicho Luiz Pacheco Drumond, o Luizinho Drumond.
Operação deflagrada nesta segunda-feira (4) está em busca de dois suspeitos de envolvimento na morte do advogado Rodrigo Marinho Crespo, morto a tiros na Avenida Marechal Câmara, no Centro do Rio de Janeiro, no dia 26 de fevereiro – próximo às sedes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Ministério Público e da Defensoria Pública (veja aqui).
Um dos procurados é o policial militar Leandro Machado da Silva, que segundo o g1, trabalha para Vinícius Pereira Drumond, filho do falecido contraventor Luizinho Drumond. Ele seria o responsável por alugar um dos dois Gols brancos usados no crime, como apontam investigações da Delegacia de Homicídios da Capital.
Informações apuradas pelo g1, confirmam que um sócio da locadora de veículos disse à polícia que o PM era um cliente antigo e que, no passado, tinha sido apresentado por Vinícius Drumond como um dos seguranças da contravenção.
Policiais encontraram no escritório da locadora anotações de outros aluguéis feitos pelo PM para o patrão. Entre os nomes nos documentos estão “segurança Caxias”, “Vinicius Drumond (João Bosco)”; “Vinícius Zoológico” (em referência ao jogo do bicho), “Rafael (segurança Caxias)(Drumond)” e “Zoológico”.
Outro procurado é Eduardo Sobreira Moraes, que estava no Gol que monitorou e vigiou a vítima no dia do crime. Na manhã do dia 26, Eduardo seguiu Crespo desde o momento em que o advogado saiu de casa, na Lagoa, Zona Sul do Rio, até chegar ao trabalho, no Centro da cidade.
O PM Leandro Machado da Silva e Eduardo Sobreira Moraes. Foto: Reprodução
Eduardo e Leandro já são considerados foragidos. A Justiça expediu mandado de prisão temporária (30 dias) contra a dupla, além de mandados de busca e apreensão em endereços ligados a eles.
No último sábado (2), um dos veículos utilizados no homicídio foi apreendido em Maricá, na Região Metropolitana do Rio. A Polícia Civil ainda busca informações sobre o executor, o mandante e o motivo do assassinato.
Morto a tiros na Avenida Marechal Câmara, no Centro do Rio, nesta segunda-feira (26), o advogado Rodrigo Marinho Crespo, de 42 anos, era especialista em causas cíveis e empresariais. O assassinato ocorreu a poucos metros da sede da Ordem dos Advogados do Brasil Seção Rio de Janeiro (OAB-RJ); da Defensoria Pública e do Ministério Público estadual.
Formado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), Crespo se especializou na Fundação Getúlio Vargas (FGV), em Direito Civil Empresarial (contratos).
Ele era sócio-fundador do Marinho & Lima Advogados desde 2022, que tem escritório na Avenida Marechal Câmara, local do crime, e desde 2012 atuava em escritórios de advocacia, com passagem como auditor no Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol do Estado do Rio de Janeiro (TJD-RJ).
Como advogado também atuou com direito do consumidor, prática de seguros e resseguros, responsabilidade do produto, e ainda participou de seminários internacionais sobre seguros na Turquia, Holanda, Suécia, Reino Unido e Áustria. Em 2011, ele foi convidado para ser membro efetivo do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB).
Em uma rede social, como apurou O Globo, Rodrigo escreveu que costumava falar sobre a “regulamentação do mercado brasileiro de jogos lotéricos e registro de apostas”. No site do Tribunal de Justiça, ele aparece contratado em processos diversos, principalmente nas áreas de direito imobiliário e do consumidor.
Rodrigo era conhecido entre amigos e colegas do Direito por ser uma pessoa de bom trato e sem problemas na carreira. Estava recém-separado. O g1 apurou que nos últimos anos, Rodrigo Marinho atuou em ações de resgate de investimentos de criptomoedas. Em uma das ações, conseguiu bloqueio de contas de algumas pessoas envolvidas em esquemas de pirâmide. Ele também já atuou em casos da área cível prestando serviço para a Souza Cruz.
O advogado também atuava no imbróglio judicial da disputa pela posse de uma mansão em Angra dos Reis, entre o jogador Richarlison e sócios, contra o advogado Willer Tomaz. Crespo representava a WT Administração de Imóveis e Bens. O caso foi revelado pelo Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias em setembro de 2022 (veja aqui).
O CRIME
O crime aconteceu na tarde desta segunda, quando Rodrigo Marinho Crespo deixou o seu escritório para lanchar com seu sobrinho. Testemunha localizada pelo O Globo contou que o advogado tinha o hábito de descer do escritório diariamente por volta das 17h para fazer um lanche e conversar com conhecidos.
Ao sair do prédio, uma pessoa se aproximou dele, o chamou pelo nome e efetuou os disparos, como contam testemunhas. O suspeito estava encapuzado. Ao menos oito tiros foram disparados contra Crespo.
Testemunhas ainda confirmam que após os disparos, o criminoso entrou em um veículo de cor branca e fugiu. Policiais civis buscam câmeras de segurança do local para detalhes sobre o ocorrido.
NOTA DE PESAR
Em nota, a OAB-RJ e o Conselho Federal da OAB lamentaram a morte do advogado e prestaram solidariedade aos familiares e amigos.
Leia na íntegra:
O Conselho Federal da OAB e a Seccional do Rio de Janeiro (OAB-RJ) receberam com profunda consternação a notícia do assassinato do advogado Rodrigo Marinho Crespo, ocorrido nessa segunda-feira (26/2) em frente ao escritório do qual era sócio no Rio de Janeiro.
A Ordem dos Advogados do Brasil expressa sua solidariedade aos amigos, colegas e familiares do advogado, e acompanhará o desenvolvimento do caso. O Sistema OAB seguirá vigilante e cobrará punição exemplar dos responsáveis por mais este crime contra membros da classe.
Diante dos recorrentes casos de agressões e crimes brutais contra advogadas e advogados, a Ordem tem cobrado mudanças legislativas necessárias e ação por parte do Estado. A OAB trabalha pela aprovação, no Congresso Nacional, de projetos de lei que aumentam a pena para condenados por homicídio e lesão corporal contra advogados e que estabelecem a concessão imediata de medidas protetivas a advogados agredidos durante o exercício da profissão.
Beto Simonetti, presidente nacional da OAB
Luciano Bandeira, presidente da OAB-RJ
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Jaques Wagner
"Tá igual a mandacaru, que não dá sombra nem encosto".
Disse o senador Jaques Wagner (PT) rebateu as críticas feitas pelo o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil) sobre a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.