roberto gomez bolanos

Atração interativa sobre um dos personagens mais emblemáticos da cultura latino-americana desembarcou no Salvador Shopping na noite da última terça-feira (29), na capital baiana. Em celebração aos 40 anos do seriado criado pelo artista Roberto Gómez Bolaños, “Chaves: A Exposição” é uma viagem através do tempo.

A mostra ficará aberta ao público de terça a sexta-feira, das 14h às 21h, e aos sábados, domingos e feriados, das 13h às 21h. Os ingressos variam entre R$ 15 e R$ 50 e estão disponíveis para compra no site oficial do evento.

A exposição, que ocupa mais de 1.000 m² no piso L1, apresenta mais de 20 cenários já conhecidos pelo público do seriado "Chaves". Entre eles, fielmente reproduzidos, estão a Casa do Seu Madruga, a Casa da Dona Florinda, a escola em que o Professor Girafales lecionava e até mesmo a famosa Vila do Chaves.

Os visitantes poderão interagir com os espaços de forma física e virtual através dos diversos ambientes criados. Um deles é o salão de cabeleireiro em que Seu Madruga trabalhou, que conta com uma tela onde o visitante pode se ver com adereços dos personagens; ou até entrar no famoso barril do Chaves, localizado na Vila. 

Durante a visitação, um guia com as vozes dos dubladores originais da Chiquinha e do Seu Madruga também pode ser acessado via QR Code.

Além do Chaves, a exposição é um tributo a Bolaños e também aos diversos personagens interpretados por ele, como o Chespirito e o Chapolin. Todo o ambiente funciona como um museu, com peças de roupas e itens de cena usados pelos atores nas produções originais.

Roteiros e curiosidades sobre o elenco podem ser vistos por todo o percurso. Os dubladores nacionais também são homenageados, com informações sobre cada um dos que deram voz aos personagens que marcaram a infância de muitas crianças.

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O filho do criador do Chaves e do Chapolim, Roberto Gómez Fernández, começou a produzir uma série biográfica sobre a vida do pai, Roberto Gómez Bolaños. Em tom de ficcção dramatúrgica, a produção vai contar a vida do ator e produtor, morto em 2014. Segundo o portal F5, atualmente, a produção da atração procura atores para interpretar o papel do "Chespirito", como é conhecido o mexicano.

De acordo com a publicação, Fernández deu entrevista ao site El Universal e disse que só enxerga a rede Televisa como parceira para a execução do projeto. A declaração deixou a entender que a família de Bolaños não está exatamente de relações cortadas com a empresa, responsável pela coprodução de Chaves e Chapolim.

Desde agosto, por falta de um acordo entre a Televisa e a família do "Chespirito", suas obras foram retiradas do ar em todo o mundo (clique aqui). A determinação partiu do próprio Fernández, mas segundo ele, não acredita que a situação ficará sem um acerto. “Não vou descansar até que a série ‘Chespirito’ volte ao ar. É algo que vai acontecer, temos que ter paciência”, disse.

O filho de Roberto Gómez Bolaños tenta renegociar valores sobre os direitos autorais da obra do seu pai e os lucros com a exportação das suas produções, que no Brasil eram exibidas pelo SBT, Amazon e Multishow.

Em entrevista ao apresentador Gugu Liberato, durante o Programa do Gugu exibido pela Record, nesta quarta-feira (2), a atriz mexicana Maria Antonieta de Las Nieves, intérprete de “Chiquinha” em “Chaves”, contou detalhes sobre os 20 anos em que participou da atração. "Não vou te falar que éramos grandes amigos, mas trabalhávamos muito bem", disse a artista sobre a relação com o elenco, destacando sobretudo os conflitos com Roberto Gómez Bolaños, criador e protagonista de “Chaves”. Segundo Las Nieves, o encerramento do programa foi decidido de forma monocrática e de repente. "Vai acabar porque eu quero. O dono do programa sou eu", teria dito Bolaños, que, segundo ela, aos 64 anos, alegava não se sentir na idade para seguir interpretando Chaves. O ator morreu em 2014, aos 85. 

Maria Antonieta revelou ainda que Bolaños a teria boicotado, quando ela tentou emplacar a série "Aquí está la Chilindrina", tendo “Chiquinha” como personagem principal. "Ele topou fazer para não deixar ser exibido", disse a atriz, contando que o artista tentou despistar, topando produzir a atração. Pelos direitos da personagem, os dois travaram brigas judiciais por 12 anos. "Tive que pagar os melhores advogados do México, Quando fui intimada me senti mal e fui internada com um pré-enfarto", lembra Las Nieves, que acabou ganhando o processo. "Eu fiz essa caracterização, foi de mim que veio a ideia, minha mãe fez o vestido, eu coloquei os óculos, as pintinhas, criei os gestos. O Roberto colocou o nome, nada mais", argumentou, revelando ainda que enfaixava os seios para ficar caracterizada como uma criança.