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representatividade
A atriz veterana Zezé Motta utilizou suas redes sociais para celebrar a representatividade na televisão atual. Aos 80 anos, a artista comemorou que as atuais novelas da Globo são protagonizadas por atrizes negras.
“É uma vitória ligarmos a televisão e encontrarmos diversidade. Na minha época, personagens negros não tinham pai, mãe, filho, não tinham uma família, não tinham núcleo”, comentou.
“Sinto que estamos em evolução e isso me traz alivio. Sensação de avanço. Lá atrás, fiz o meu papel e denunciei muito a ausência do negro no audiovisual. Que bom que estou viva para assistir isso. Ainda temos muita luta pela frente, porém estamos melhores”, completou.
A atriz participou de grandes produções da Globo como ‘Xica da Silva’ (1976), ‘Corpo a Corpo’ (1984), ‘A Próxima Vítima’ (1995), ‘Sinhá Moça’ (2006), ‘Boogie Oogie’ (2014) e Fuzuê (2024).
Antes opção para ser cabeça de chapa e agora tido como um possível nome a vice na majoritária encabeçada por Geraldo Jr. (MDB) na disputa à prefeitura de Salvador. Esse é o cenário político na qual o vereador Silvio Humberto (PSB) se encontra no momento.
Durante entrevista ao Podcast Projeto Prisma, do Bahia Notícias, nesta segunda-feira (1º), o vereador criticou a falta de negros em cargos altos na política soteropolitana e destacou que o ‘alto escalão’ da capital baiana atualmente, não é muito diferente do que era há séculos. Silvio justificou que colocou seu nome justamente para lutar contra o elitismo na política.
“Eu coloquei o meu nome e não foi a primeira vez, porque eu entendo que chegamos num limite. Se você tem as condições, por que não oferecer o seu nome? Se nós já somos os pés e as mãos dessa cidade, por que não podemos ser a cabeça? Essa situação que aí está é uma aberração. Temos uma cidade de maioria negra e que chega ao século XXI como se ainda estivesse no século XIX. São as mesmas elites mandando só mudando de personagem”, disparou o vereador.
Silvio Humberto destacou que retirou a candidatura em 2020, mas que no momento o cenário é diferente. Ele destacou que espera uma postura mais “audaciosa” do PSB nessas articulações. “ Meu partido precisa ser audacioso. A audácia para mim é ousadia com planejamento. Você precisa dizer para que veio. Nós fizemos isso no ano passado, discutindo a cidade que temos e a que merecemos e queremos”, pontuou o vereador. Confira o trecho:
Assinada pelos designers Hisan Silva e Pedro Batalha, a marca baiana Dendezeiro tem pensado fora dos padrões estéticos da sociedade e contrariado o que foi regra, durante muitos anos, na indústria da moda. Reforçando a inclusão dos corpos plurais em seus trabalhos, a marca aposta em uma tecnologia capaz de incluir diversos públicos em suas modelagens.
Para isso, a Dendezeiro, que tem uma estética agênero, na qual ser diferente é normal, adicionou no seu site oficial uma ferramenta que possibilita a inserção das medidas necessárias para criação de suas peças. O novo mecanismo reforça o compromisso da marca que representa a pluralidade das pessoas através de coleções representativas.
Ideia desenvolvida pela Sizebay, empresa que conecta conhecimentos de modelagem, o provador virtual possibilita acrescentar informações como altura, peso e idade, além de um regulador que permite a melhor recomendação individualizada de tamanho.
“A Dendezeiro é uma grife que prioriza a diversidade de corpos e a pluralidade das pessoas. Entender que cada corpo tem um desenho, um tamanho e sua singularidade, fez a gente desenvolver modelagens inteligentes e técnicas de amarrações para abraçar diversos corpos. Agora queremos dar um passo adiante, tornar a compra online ainda mais inclusiva, mais plural e mais segura para nossos clientes. Nosso corpo precisa e merece ser respeitado dentro da moda e a Dendezeiro é a casa que vai fazer isso acontecer”, destacam Hisan e Pedro.
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A cantora Teresa Cristina, que já entrou para a história pelo sucesso de suas lives diárias durante a pandemia do novo coronavírus, foi escolhida para estampar a capa da edição de julho/agosto da revista Vogue Brasil. “Olha só onde o carinho de vocês me colocou! Agradeço ao universo e a todos os profissionais que cuidaram de mim”, comemorou a sambista em uma publicação nas redes sociais, nesta segunda-feira (6).
“Teresa é apaixonante, inclusiva e sabe fazer um mix perfeito de emoção e informação. Vai de homenagens a Gilberto Gil, Antonio Pitanga e Dona Ivone Lara a papos sobre ancestralidade, racismo e temas de novelas. E quando ela chora – seja porque ficou impactada que Caetano Veloso ‘entrou na sala’ ou porque está indignada com os rumos do governo – fica difícil segurar as lágrimas desse lado de cá da tela. Sua vulnerabilidade é inspiradora. Não à toa, virou o alento de milhares de pessoas que a acompanham em lives diárias”, avalia a diretora de conteúdo da Vogue, Paula Merlo. “Era disso o que precisávamos também por aqui. Agregadora, Teresa trouxe com ela seu sarau de ícones brasileiros. Numa grande força-tarefa que mobilizou boa parte da redação, falamos com sua roda de amigos. O que ela perguntou para Alcione, Gal Costa, Camila Pitanga, Tia Surica e Luiz Inácio Lula da Silva, entre outros, está em Sarau da Teresa”, acrescenta.
Agora dando destaque a uma mulher negra, no ano passado a Vogue esteve envolvida em um caso que revoltou o movimento anti racismo. Isto porque a diretora da revista, Donata Meirelles fez uma festa de aniversário com o tema "Brasil Colônia" e contratou mulheres negras fantasiadas de mucamas para receber os convidados (clique aqui e relembre).
Após sua escalação ter sido criticada por parte do movimento negro e de ter sido acusada de ser “pouco negra” para ser protagonista, a cantora paulista Fabiana Cozza renunciou o papel principal no musical em homenagem a Dona Ivone Lara. Para anunciar a desistência, a artista, que é filha de uma mulher branca e pai negro, escreveu uma carta aberta emocionada. "Aos irmãos: O racismo se agiganta quando transferimos a guerra para dentro do nosso terreiro. Renuncio hoje ao papel de Dona Ivone Lara no musical ‘Dona Ivone Lara – um sorriso negro’ após ouvir muitos gritos de alerta – não os ladridos raivosos. Aprendo diariamente no exercício da arte – e mais recentemente no da academia, sempre com os meus mestres - que escuta é lugar de reconhecimento da existência do Outro, é o espelho de nós”, declarou Fabiana. “Renuncio por ter dormido negra numa terça-feira e numa quarta, após o anúncio do meu nome como protagonista do musical, acordar ‘branca’ aos olhos de tantos irmãos. Renuncio ao sentir no corpo e no coração uma dor jamais vivida antes: a de perder a cor e o meu lugar de existência. Ficar oca por dentro. E virar pensamento por horas”, acrescentou a cantora, afirmando ter visto a “guerra” ser transferida “mais uma vez para dentro do nosso ilê (casa)” e que, como consequência, sentiu que “a gente poderia ilustrar mais uma vez a página dos jornais quando ‘eles’ transferem a responsabilidade pro lombo dos que tanto chibataram. E seguem o castigo. E racismo vira coisa de nós, pretos. E eles comemoram nossos farrapos na Casa Grande. E bebem, bebem e trepam conosco. As mulatas”. Fabiana dedicou a renúncia ainda à memória de todas negras estupradas durante e após a escravidão pelos donos e colonizadores brancos. “Renuncio porque sou negra. Porque tem sopro suficiente dizendo a hora e o lugar de descer para seguir na luta. É minha escuta de lobo, de quilombola. Renuncio pra seguir perseguindo o sol, de cabeça erguida feito o meu pai, minha mãe (branca), meus avós, meus bisavós, tatas... Ao lado de vocês, irmãos”, diz, acrescentando que deixa o projeto porque a cor da pele de Dona Ivone Lara precisa ser a de outra artista “mais preta” do que ela, mas que deseja um dia dançar ao lado de todo e qualquer “irmão”, “toda e qualquer tom de pele comemorando na praça a nossa liberdade”.
Choveram críticas na página do espetáculo nas redes sociais, que, como retaliação, recebeu várias avaliações negativas | Foto: Reprodução / Facebook
Fabiana diz ainda que sai também em respeito à família da homenageada. “Eliana, André, seu pai e todos os parentes e amigos que cuidaram dela até os 97 anos e tem sido duramente constrangidos por gente que se diz da luta mas ataca os iguais perversamente. Renuncio pelo espírito de Dona Ivone que ainda faz a sua passagem e precisa de paz”, explica, projetando um futuro no qual todos possam se unir para pensar juntos espaços de representatividade para todos os negros. “Renuncio porque quero que outras mulheres e homens de pele clara, feito eu, também tenham o direito de serem respeitados como negros. Renuncio porque tenho alma de artista e levo amor pras pessoas. Porque acredito num mundo feito de gente e afeto. Renuncio porque não tolero a injustiça, o desrespeito ao outro, o linchamento público e gratuito das pessoas, descabido, vil, sem caráter, desumano”, acrescentou, criticando os ataques sofridos por ela, pela família de Dona Ivone Lara e todos os demais envolvidos na montagem, como o diretor, o baiano Elísio Lopes Jr.. “Renuncio em respeito à direção e produção do espetáculo que tanto me abraçou, em respeito ao elenco que agora se forma e que, sensível a tudo, lutou por seu espaço e precisa trabalhar e criar em silêncio. Renuncio por amor aos meus amigos artistas, familiares, irmãos que a vida me deu que também se entristecem, mas não se acovardam diante dos covardes”, disse Fabiana Cozza, destacando que seguirá cantando em tributo à “amiga e amada” Dona Ivone Lara e, citando André Abujamra, afirmou que “alma não tem cor”.
O filme Pantera Negra tem tido uma grande repercussão por conta de sua representatividade. A influência que o filme exerce na vida de jovens negros é tamanha que motivou o jovem Renato Siqueira de Castro, de 15 anos, a voltar a estudar. Após um ano afastado e assistir o filme, o rapaz decidiu o seu destino: salvar vidas sendo bombeiro. “Foi o Pantera Negra que me fez voltar a estudar. Sem a escola eu não consigo nada. Parei e pensei: Pô, melhor eu voltar a estudar”, disse ao jornal Extra. O garoto mora em uma favela entre a Linha Vermelha e o poluído Rio Pavuna, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Quando tinha 11 anos, viu o barraco da mãe pegar fogo e a família ser salva por bombeiros. Foi ali que nasceu a admiração pela profissão. “Eu quero salvar vidas”, disse. Por conta das brigas com a irmã, Renato saiu da casa do pai e alugou um barraco por R$ 130 por mês. Para levantar o dinheiro, virou engraxate. Muitos clientes o orientaram a voltara estudar. Mas só o filme o motivou. “Pensei nisso quando vi o Pantera Negra ter que virar rei depois que o pai morreu. Ele achou que não ia conseguir. Mas ele tinha estudo e conseguiu”, conta. O filme é o primeiro da Marvel a ter um herói negro como protagonista. Renato assistiu ao filme a partir do projeto “Apadrinhe um sorriso”, que aposta no desenvolvimento das crianças de comunidade através da cultura. O menino agora está cursando o 7º ano do Colégio estadual Vila Operária.
Após as polêmicas em torno da sua escalação para o longa-metragem “Hellboy”, o ator Ed Skrein, que é branco, decidiu deixar o elenco do filme, no qual interpretaria Ben Daimio, personagem originalmente de ascendência asiática nos quadrinhos. O anúncio foi feito pelo próprio artista em sua conta no Instagram, após as críticas em torno da prática do “embranquecimento” no cinema. “Na última semana foi anunciado que eu interpretaria o Major Ben Daimio no reboot de Hellboy. Eu aceitei o papel sem saber que o personagem nos quadrinhos originais era um asiático. Aconteceram algumas conversas intensas e descontentamentos compreensíveis desde o anúncio, e eu preciso fazer o que sinto que é certo”, escreveu Skein. “Está claro que representar este personagem de uma forma culturalmente correta tem significância para as pessoas, e que negar esta responsabilidade iria continuar uma preocupante tendência de apagar histórias e vozes de minorias étnicas nas Artes. Eu sinto que é importante honrar e respeitar isso. Então eu decidi sair para que o papel possa ter algo apropriado”, explicou, acrescentando que representação de diversidade étnica é importante especialmente para ele, que vem de família mestiça. “É nossa responsabilidade tomar decisões morais em tempos difíceis e de dar voz para a inclusão. Eu espero que um dia estas discussões se tornem menos necessárias e que nós possamos ajudar a tornar igualdade de representação nas Artes uma realidade”, declarou o ator, revelando ter ficado triste em deixar o filme, mas que a decisão vai valer a pena se deixar a sociedade mais próxima da igualdade. A previsão de lançamento de "Hellboy" é para 2018.
Veja o comunicado postado pelo ator no Instagram:
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.