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A exposição coletiva do da 8º edição do Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger segue até 30 de janeiro de 2022, com visitação gratuita de terça a domingo, das 13h às 17h, no Palacete das Artes.
A exposição coletiva do Prêmio reúne fotografias dos 15 ensaios selecionados. Já a exposição "Homenagem ao Percurso" reúne imagens da fotógrafa Arlete Soares, além de peças icônicas do candomblé, muitas delas pertencentes à Pierre Verger e herdadas por Balbino Daniel de Paula, que hoje fazem parte do seu acervo pessoal e do Terreiro Ilê Axé Opô Aganju, localizado em Lauro de Freitas. Ambos foram os homenageados nesta edição do Prêmio.
Até o momento, as duas exposições somam mais de 10 mil visitas desde a sua abertura, em 4 de novembro de 2021. A exposição com obras selecionadas na 8ª edição do Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger já recebeu 5.738 visitantes; e a exposição Homenagem ao Percurso, 5.188.
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A Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), divulgou na sexta-feira (6), através do site, a lista de habilitados na 8ª edição do Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger. Ao todo, 602 projetos foram habilitados para as três categorias do edital: Ancestralidade e Representação, Questões Históricas e Livre Temática e Técnica.
Interessados em interpor recurso do resultado da habilitação, quanto a erros formais e de procedimentos, terão o prazo até segunda-feira (9). Os recursos deverão ser encaminhados para o e-mail [email protected], conforme modelo que integra o ANEXO III disponível na página do edital.
Neste certame, serão premiados três projetos com R$ 30 mil, um em cada categoria, além de uma residência artística para um projeto oriundo da Bahia no valor de R$ 10 mil. Estes quatro premiados, e mais 11 (que receberão menção honrosa) integrarão a Exposição Coletiva física e virtual, além de comporem o Catálogo do Prêmio. Cada um destes 11 selecionados receberá uma ajuda de custo de R$ 2.500.
O instituto Tomie Ohtake apresenta uma mostra entre 13 de agosto a 21 de novembro, sobre o fotógrafo Pierre Verger, que viveu na Bahia e dedicou seu trabalho a retratar os aspectos religiosos do candomblé.
A exposição, chamada de “Pierre Verger: Percursos e Memórias”, possui realização de uma parceria entre o Instituto Tomie Ohtake, Fundação Pierre Verger e a Fundação Bienal de São Paulo. Quem assina a curadoria é Priscyla Gomes, do Ohtake, e Alex Baradel, da Verger.
Com recorte e material inéditos, a mostra expõe as diferentes documentações da trajetória do fotógrafo, durante suas principais viagens, com imersão em seus arquivos, anotações, registros e escritos. Haverá a exibição de seus cadernos de viagens, publicações e periódicos nacionais e internacionais, cartas e textos, negativos e estudos de ampliações, bem como um documentário coproduzido pelo fotógrafo e etnógrafo, totalizando mais de 300 itens em exposição.
Com formação em jornalismo, o carioca Rafael Cosme diz nunca ter exercido o ofício, mas há cerca de três anos conta histórias através de retratos de tempos remotos, no projeto “O Passado é Um Ponto de Luz”. “Eu fico o dia inteiro, basicamente, caçando histórias do passado, pautas de outros tempos”, reflete. O músico e pesquisador revela que a iniciativa surgiu a partir de um trabalho de pesquisa e do garimpo de fotografias em brechós, feiras de antiguidades e depósitos, para o livro “Sonho Rio”, obra sobre o Rio de Janeiro antigo, classificado como uma espécie de “guia de uma cidade que não existe mais”, que ele terminou de escrever recentemente.
“Fui reunindo as fotos e em algum momento eu vi que tinha um acervo muito rico de fotografia amadora. E aí a minha motivação, na verdade, é que comecei a entender que muitos fotógrafos não profissionais deixaram obras muito bonitas também, eles simplesmente não tiveram projeção e oportunidade de divulgar seus trabalhos. Então comecei a entender que existe muita beleza na fotografia amadora”, lembra o carioca, que já reuniu mais de 3 mil fotos. “Elas ficam acumulando poeira por décadas e o meu trabalho é justamente buscar esses acervos com obras legais de pessoas que não tinham exatamente uma pretensão artística e dar luz a elas, revelar essas obras”, explica.
Parte desse vasto material pode ser conferido no Instagram de Rafael Cosme, que conta com registros do Rio entre as décadas de 1950 e 1990, a exemplo de fotos inéditas de Milton Nascimento, datadas de 1968. “Apesar de muito sério, o projeto começou a ser apresentado de maneira muito despretensiosa, para os meus amigos mais próximos, pelo Instagram. De repente, ele tomou uma proporção muito grande, porque muita gente começou a me seguir”, explica o carioca, que diz ter planos de “levar o projeto pra outros lugares”.
Foi dentro de “O Passado é Um Ponto de Luz” que chegaram a público, nesta semana, fotografias raras da Festa de Iemanjá datadas da década de 1970. Uma das imagens, inclusive, mostra um homem que, segundo Rafael, “muito possivelmente” é Pierre Verger, fotógrafo francês radicado na Bahia.
A descoberta deste material se deu porque, já habituado ao garimpo em sua terra natal, Rafael teve o interesse de investigar fotografias antigas em Salvador, considerada por ele sua cidade favorita no Brasil. “Esse acervo especificamente eu encontrei faz dois anos, numa loja no Santo Antônio Além do Carmo, que é o Brechó do Cabral”, conta o pesquisador, lembrando que o os negativos e slides sequer estavam expostos, mas sim guardados no sótão, porque acreditava-se que ninguém se interessaria por eles.
“Eu saí daquela loja com uma bolsa enorme de negativos de um fotógrafo que eles também não sabiam de quem se tratava. Voltei pra casa com essa bolsa sem saber exatamente a origem e o material. Estava tudo muito bem organizado, com datas e descrições dos eventos. E quando eu digitalizo isso me deparo com um acervo enorme de festas, cultos e terreiros de Salvador”, relembra.
Imagem da Festa de Iemanjá com a possível presença de Pierre Verger, em destaque | Foto: Acervo
Do que foi encontrado na capital baiana, Rafael considera que catalogou cerca de 300 registros, tanto em preto e branco, como coloridos, datados dos anos 1960 e 1970, com imagens da Bahia e também de uma viagem à África. “Essa série do Dois de Fevereiro é a primeira de muitas que eu vou publicar, porque tem muita coisa nesse acervo”, prevê o pesquisador, que tem em mãos registros antigos da Lavagem do Bonfim e também fotografias de terreiros.
Ainda no início do trabalho de reconhecimento do acervo, a autoria das fotos encontradas na capital baiana segue sendo um mistério. “Não havia nenhum registro ou identificação do autor nos envelopes”, conta Rafael Cosme, que atualmente pretende contactar profissionais locais para ajudá-lo a identificar e mapear os registros, com o objetivo de entender o contexto das fotografias.
RIQUEZA DO PASSADO, MIRANDO O FUTURO
Além de se debruçar neste material que já tem em mãos, Rafael Cosme pretende dar continuidade aos planos “interrompidos pela pandemia” e divulgar mais todo o acervo. “Ano passado eu ia fazer uma exposição em julho aqui no Rio, mas obviamente foi cancelada. Mas eu tenho planos de fazer exposições com essas fotos, de levar esse material para galerias, dar um tratamento de arte mais sério a ele e tirar ele da rede, apesar de ser um bom lugar”, planeja.
O pesquisador conta ainda que tem o desejo de replicar a experiência do garimpo feito na capital baiana em outras cidades. “Um projeto que eu tenho para esse ano é viajar pelo Brasil, como fiz em Salvador, em busca desses acervos fotográficos, rodar pelas cidades pequenas do Nordeste”, revela. “Toda cidade pequena tinha algum fotógrafo na praça que registrava uma geração inteira, e eu vou atrás disso”, pontua.
Dentro dessas andanças, ele diz que planeja também realizar na Bahia o que fez em sua terra natal. “O meu plano é, assim que as coisas se acalmarem, ir pra Salvador e transportar esse projeto do Rio para aí também. Quero criar raízes e buscar mais acervos pelo Recôncavo, por exemplo. Quero passar um tempo em Cachoeira e buscar acervos de lá, e, com certeza, está no meu radar expor essas fotos aí”, garante. “Porque, na verdade, elas pertecem aos brasileiros, mas, acima de tudo, pertencem aos baianos”, destaca.
Outra ambição de Rafael é conseguir, ainda em 2021, publicar um novo livro, com as fotos do projeto “O Passado é Um Ponto de Luz”.
A Fundação Pierre Verger lançará, no dia 8 de agosto, durante a Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô), em Salvador, uma nova edição do livro “Lendas Africanas dos Orixás”, assinado por Pierre Verger e Carybé. Na ocasião, o público poderá conferir ainda uma exposição com as ilustrações originais da obra.
A nova edição, em capa dura, apresenta como novidades o texto do prefácio assinado por Reginaldo Prandi, além de um aplicativo para smartphones que permite ouvir as narrações de todas as lendas do livro feitas por Vovó Cici.
O livro está em pré-venda no site da loja Pierre Verger (clique aqui), com desconto de 20%, pelo valor de R$ 48, podendo ser parcelado em até três vezes. Após a pré-venda a obra custará R$ 60.
Composta por dezenas de fotos de Pierre Verger, a mostra “Orixás” está em cartaz no Museu da Fotografia de Fortaleza, no Ceará, até 12 de maio. A mostra é parte das ações comemorativas dos 30 anos da Fundação Pierre Verger, que funciona na mesma casa em que o fotógrafo francês viveu durante anos, na Ladeira da Vila América, em Salvador. Com curadoria de Alex Baradel, responsável pelo acervo fotográfico da Fundação, a exposição conta com 65 obras do artista que dedicou grande parte de seu trabalho ao candomblé.
“Até hoje, a obra de Verger constitui-se em uma inigualável fonte de informações sobre os cultos afro-brasileiros e revela elementos sobre as suas raízes africanas. O livro e a exposição ‘Orixás’, além do conhecimento, traz a poesia e criatividade plástica de Fatumbi, que, nesse contexto religioso, sabia o que fotografar, como fotografar e como apresentar, ou não, as imagens produzidas. As obras vivem em um lugar onde a imagem flutua entre o informativo e o poético, oferecendo, além da descoberta de uma religião e das suas raízes, uma viagem a um mundo onírico”, explica Baradel.
A mostra “Orixás” conta ainda com ação tecnológica voltada para acessibilidade, através da qual deficientes visuais podem ter acesso à descrição de áudio sobre as obras, por meio de leitura de QR Code em dispositivos móveis.
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"Ouvi minhas bases e fiz a escolha".
Disse o deputado estadual Roberto Carlos (PV) ao confirmar que será candidato à reeleição nas eleições de 2026. Ao Bahia Notícias, o parlamentar contou que a decisão veio após diálogo com as bases políticas e contou com o apoio do governador Jerônimo Rodrigues (PT).