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A incorporadora Moura Dubeux anunciou que vai se unir a uma marca internacional de hotelaria, a Atlantica Hospitality International, rede de hospitalidade com mais de 180 hotéis e 28 mil quartos em todo o país, para uma parceria do novo empreendimento com bandeira Radisson em Salvador.
A marca funcionará no complexo Infinity Salvador, marcado pelo retrofit do icônico hotel Othon Palace. O empreendimento foi projetado para ser um mix use, onde existem múltiplas finalidades para suas unidades, composto por quarto e sala, dois quartos, salas comerciais, lojas e restaurante.
Segundo a Moura Dubeux, o empreendimento foi concebido também para receber uma operação de hotelaria, com áreas operacionais, governança, serviço de arrumação, auditório e uma ampla recepção. Um dos pré-requisitos do arquiteto Sidney Quintela, responsável pelo projeto, foi manter a linguagem da fachada, preservando o estilo da construção existente. O restaurante foi mantido no local existente, com vista mar.
O anúncio, porém, ocorreu apenas após o Bahia Notícias mostrar que a venda do prédio onde funcionava o Bahia Othon Palace Hotel, no bairro de Ondina, em Salvador, poderia enfrentar problemas legais. Inclusive, o debate entrou na mira da Câmara de Vereadores da capital baiana. O local foi arrematado por R$ 109 milhões pela empresa imobiliária Moura Dubeux em dezembro de 2023.
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Isso porque, inicialmente, o projeto da Moura Dubeux divergia da escritura inicial de compra e venda do imóvel, assinada por Antônio Carlos Peixoto Magalhães, em 1970, no período em que era prefeito da cidade. Na ocasião, o montante pago pela compra do terreno pela empresa Hotéis Othon S/A foi de dois milhões, duzentos e dez mil, setecentos e sessenta cruzeiros novos.
Registrado no dia 30 de março de 1970, no 4º Ofício, o documento aponta que “no terreno ora vendido somente poderá ser edificado e explorado um hotel de turismo de classe internacional”. “Utilizando-o, exclusivamente, aos fins do hotel”, completa a escritura, que formaliza a transferência do terreno da prefeitura para o grupo.
Segundo a incorporadora, a previsão é ter 150 (cento e cinquenta) quartos destinados a hotelaria na bandeira Radisson e mais 100 (cem) quartos na categoria Radisson Serviced Apartments, que funcionam como residenciais com serviços de alta qualidade. Os condôminos que adquiriram as unidades no Infinity Salvador poderão escolher "a melhor opção conforme seus objetivos". A conclusão das obras está prevista para o final de 2028.
Em meio a possibilidade de a Câmara de Salvador dar seguimento a uma Comissão Especial de Investigação (CEI) para apurar a venda do prédio onde funcionava o Bahia Othon Palace Hotel, no bairro de Ondina, o prefeito Bruno Reis (União) desconversou sobre a possibilidade e afirmou que a capital baiana precisa de mais "quartos de hotéis".
"Ali é um empreendimento privado, estava na massa falida do Othon, foi adquirido pelo privado. A prefeitura apenas licencia qualquer empreendimento que preencha as formalidades legais, o direito público administrativo, o que não está permitido, está proibido. Agora, o que está permitido pela lei, o particular preenchendo os requisitos, o prefeito não tem poder discricionário de impedir. Então, caso o empreendimento preencha as formalidades legais e quem criou a lei não fui eu, foi a própria Câmara, será liberado", disse na manhã desta sexta-feira (11) durante coletiva de imprensa.
"Agora é óbvio que um hotel que está fechado, como está o Pestana, como está o Sol Bahia Atlântico, e hoje se você perguntar o que falta a Salvador para aumentar sua competitividade com outras cidades? Hoje faltam quartos de hotéis, ou seja, cômodos de hotéis, e faltam frequências aéreas. Esses são dois problemas que nós precisamos resolver. É óbvio que a gente precisa ter mais hotéis e mais frequências aéreas", acrescentou.
ENTENDA O CASO
O espaço onde funcionava o Bahia Othon Palace Hotel foi arrematado por R$ 109 milhões pela empresa imobiliária Moura Dubeux em dezembro de 2023, que pretende implementar um complexo de uso misto, entre hotelaria e apart hotel.
Informações obtidas pela reportagem do Bahia Notícias apontam que membros do Legislativo soteropolitano já avaliavam, nos bastidores, tirar do papel uma Comissão Especial de Investigação (CEI) para apurar o destino do espaço. A ação foi confirmada, na última terça-feira (8), em plenário da Câmara de Vereadores de Salvador.
O vereador soteropolitano Sidninho (PP), propositor da CEI e presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Casa, reafirmou: “Não sei se é legítima a venda, mas legal ela não é". O legislador ressalta a importância do local para o turismo de Salvador e garantiu a adesão dos colegas à pauta:
Isso porque o novo projeto da Moura Dubeux diverge da escritura inicial de compra e venda do imóvel, assinada por Antônio Carlos Peixoto Magalhães, em 1970, no período em que era prefeito da cidade. Na ocasião, o montante pago pela compra do terreno pela empresa Hotéis Othon S/A foi de dois milhões, duzentos e dez mil, setecentos e sessenta cruzeiros novos.
Registrado no dia 30 de março de 1970, no 4º Ofício, o documento aponta que “no terreno ora vendido somente poderá ser edificado e explorado um hotel de turismo de classe internacional”. “Utilizando-o, exclusivamente, aos fins do hotel”, completa a escritura, que formaliza a transferência do terreno da prefeitura para o grupo.
O leilão do Othon Palace Hotel, localizado em Ondina, na capital baiana, terminou nesta terça-feira (5) tendo a construtora Moura Dubeux como ganhadora. A empresa responsável pelo leilão, Rymer Leilões, não deu detalhes sobre o valor final ou quantos lances a estrutura tinha recebido.
Na divulgação do leilão, o lance mínimo era R$ 82 milhões. Em 2022, o grupo chegou a comprar o prédio da Avenida Oceanica, mas o hotel voltou a venda, por leilão, em novembro deste ano.
A rede Othon Palace funcionava em Salvador desde 1975, mas encerrou as atividades no ano de 2018 e demitiu 240 funcionários.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.