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obstrucao
Um grupo de deputados da base do governo federal foi ao plenário da Câmara na noite desta quarta-feira (6) para "expulsar" a obstrução de parlamentares aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Veja o momento:
Deputados do governo chegam ao plenário para retirar obstrução bolsonarista na Câmara pic.twitter.com/LvkU9bfkWR
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) August 7, 2025
Mais cedo, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que realizará sessão deliberativa no plenário na noite desta quarta e que não aceitará que deputados de oposição impeçam as votações.
Mais cedo, o deputado Capitão Alden (PL-BA), vice-líder da oposição na Câmara, conversou com o Bahia Notícias e afirmou que os congressistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estão “em guerra” no Congresso Nacional. O deputado foi questionado sobre a possível retirada à força da obstrução bolsonarista no plenário e respondeu que a oposição está “pronta para revidar”.
Os parlamentares de oposição ocuparam o plenário da Câmara e do Senado desde esta terça (5), e não estão permitindo a realização de sessões.
O deputado federal e vice-líder da oposição na Câmara dos Deputados, Capitão Alden, afirmou que os congressistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estão “em guerra” no Congresso Nacional. Em entrevista ao Bahia Notícias nesta quarta-feira (6), o parlamentar foi questionado sobre a possível retirada à força da obstrução bolsonarista no legislativo federal e respondeu que a oposição está “pronta para revidar”.
“Eu não tenho dúvidas que a maioria da bancada de oposição, em especial do PL, que tem muitos militares, muitos policiais, muitos egressos das forças armadas, estamos preparados, estamos em guerra. E não é apenas, literalmente, da boca para fora. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando. Claro, dentro de um equilíbrio, dentro de uma racionalidade, mas estamos prontos para poder defender os interesses do povo brasileiro. Então, se o Hugo Motta quiser vir para cá, que ele vem aqui, vai ter também”, disparou Alden.
O deputado bolsonarista também explicou as razões para rejeitar o diálogo com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Segundo Alden, o comandante da Casa, que foi eleito com apoio do PL, tinha prometido pautar a anistia dos manifestantes do 8 de janeiro, mas, até o momento, tem obstruído o avanço da pauta no legislativo federal. O parlamentar baiano afirmou que só irá dialogar com a presença do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
“Dentre os compromissos que o próprio Hugo Mota fez ainda à época, um pré-candidato à presidência desta casa, ele se comprometeu a pautar a anistia, se comprometeu a pautar outros projetos, dentre eles, fim do foro privilegiado, limitação das decisões monocráticas dos ministros do STF e ampliação do rol de pros crimes de responsabilidade de ministros do STF. Tudo isso foram promessas de campanha que ele não cumpriu e nem sinalizou caminhos ou propostas para tentar ajustar a agenda de votações para incluir essas pautas na ordem do dia. Então, essa atitude que o PL e outros partidos estão tomando de obstruir as votações, tanto na Câmara, no plenário, quanto nas comissões, quanto ocupando de forma presencial a mesa diretora, é porque nós não temos mais diálogo com o presidente Hugo Mota”, explicou Alden.
“Não há mais o que tratar com o Hugo Mota. Ele tem apenas que, então, somente cumprir os acordos que foram feitos. Então só iremos aceitar sentar para a discussão com o Hugo Mota, junto com o presidente do Senado Federal. Somente o Hugo Mota não temos mais confiança de que ele pautará essas questões que foram apresentadas. Aí sim, junto com o Hugo Mota e próprio Alcolumbre, a gente tentar definir um calendário para pelo menos dar um retorno e celeridade àquelas pautas que são consideradas prioritárias para a nossa legislatura”, completou.
Nesta terça (5), parlamentares da oposição protestaram contra a decisão que determinou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro. Em protesto, deputados e senadores adotaram uma estratégia de obstrução nas atividades do Congresso Nacional. O mecanismo é utilizado para dificultar ou impedir votações nas Casas Legislativas.
O líder do governo no Congresso Nacional, o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), criticou a obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na execução dos trabalhos legislativos. Em conversa com a imprensa nesta quarta-feira (6), o congressista equiparou o impedimento das atividades aos ataques do 8 de janeiro, quando manifestantes depredaram as sedes do legislativo e judiciário federal.
Nesta terça (5), parlamentares da oposição protestaram contra a decisão que determinou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro. Em protesto, deputados e senadores adotaram uma estratégia de obstrução nas atividades do Congresso Nacional. O mecanismo é utilizado para dificultar ou impedir votações nas Casas Legislativas.
“Me parece que isso mais se assemelha à chantagem. A gente aprende com a polícia que quando o sequestrador está fazendo chantagem, a gente não cede à chantagem porque se ceder à chantagem desse jeito, o sequestrador pega costume. Então se isso virar pauta, toda vez alguém que se sente prejudicado em algum tema vai querer se acorrentar à mesa da presidência do Congresso Nacional, aí não tem mais Congresso funcionando. Já não basta o 8 de janeiro que eles depredaram tudo isso aqui, agora eles estão fazendo o 8 de janeiro de direto para fora, contra o Brasil e contra os brasileiros”, afirmou o senador.
Randolfe também defendeu que a dissolução da obstrução seja realizada com base no diálogo. Ainda nesta terça, é prevista uma reunião entre os líderes do Congresso, a qual, ao que tudo indica, a oposição não deve comparecer completamente.
“O que eu vou pedir agora na reunião é para eles pararem com isso. Eu já fui à oposição, fiz obstrução, mas obstrução abre a sessão do Congresso Nacional, da Câmara, do Senado, se diz que está obstrução, e quem tem melhor competência bota um número para votar. Mas isso não é obstrução, é uso arbitrário da força contra o Alexandre de Moraes, contra o presidente Lula, contra mim, não, é uso arbitrário da força contra o Brasil, contra os brasileiros”, disse o Randolfe.
Após reunião que contou com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, deputados do PL e de oposição decidiram manter um movimento de obstrução a todos os trabalhos no plenário e nas comissões da Câmara. A estratégia oposicionista foi comunicada na tarde desta terça-feira (1º) ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
No encontro, o líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), disse que a obstrução seguirá até que haja decisão da Mesa Diretora sobre o projeto que anistia os presos e condenados pelos atos do dia 8 de janeiro de 2023 em Brasília.
Motta pediu um tempo ao líder do PL para conversar com outros líderes partidários, e deve levar a demanda do partido para a próxima reunião de líderes, a ser realizada na quinta (3). A obstrução da oposição paralisou todas as reuniões de comissões da Câmara que estavam programadas para esta terça. Somente a Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência rompeu o bloqueio e realizou a sua reunião.
No plenário, entretanto, a obstrução da bancada de oposição acabou vencida no voto, durante a votação da medida provisória 1268/2024, que libera crédito de R$ 938,4 milhões para sete ministérios. Os recursos são destinados ao pagamento de auxílio para pescadores; a ações de enfrentamento aos efeitos da seca e dos incêndios florestais no Pantanal e na Amazônia; enfrentamento da criminalidade; atenção à saúde; combate a incêndios; defesa civil; e segurança alimentar.
Inicialmente, os deputados de oposição apresentaram requerimento para retirada de pauta da medida provisória. O requerimento foi rejeitado por 269 votos, contra apenas 88 dos parlamentares em obstrução.
Posteriormente, a redação da medida provisória foi aprovada por 317 votos, e 92 deputados votaram contra. A medida foi enviada para ser votada pelo Senado Federal ainda nesta terça.
A Polícia Federal (PF) confirmou que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) apagou os dados dos 30 mil monitoramentos alvos da Operação Última Milha após o início do inquérito sobre o uso do sistema First Mile, reforçando a suspeita de que houve uma tentativa de obstruir a investigação.
Os arquivos apagados já foram restaurados, segundo fontes a par da investigação, e a PF tenta agora descobrir quem foi o usuário da Abin responsável pela tentativa de eliminar as provas. As informações são do Jornal O Globo.
O pedido da PF para fazer uma busca e apreensão na última sexta-feira (20/10) veio justamente porque se suspeitava que agentes da Abin estavam atuando para obstruir a investigação. Em várias ocasiões, a Abin negou pedidos da PF de acesso aos arquivos e às máquinas em que era usado o First Mile.
A suspeita de que a cúpula da Abin estava tentando obstruir a investigação vem desde o primeiro semestre, quando o caso veio à tona.
Em março, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, pediu a abertura de um inquérito para apurar o caso após uma reportagem de Metrópoles mostrar que o First Mile pode ter sido usado para monitorar pessoas de maneira ilegal.
Em seguida, logo após a instauração do inquérito, a Abin pediu que o caso não tramitasse em primeira instância, alegando que a investigação envolvia informações sensíveis de segurança nacional. O ministro Alexandre de Moraes acatou o pedido e o inquérito foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Nesse contexto, a Abin sustentava também que o uso irregular do First Mile já estava sendo investigado em uma sindicância interna e, por isso, não haveria necessidade de envolver a PF.
Recentemente, a Controladoria-Geral da União (CGU) convocou essa sindicância, temendo não haver isenção na condução da investigação dentro da Abin. A medida da CGU alertou os investigadores da PF de que seria importante realizar a busca e apreensão para garantir a integridade das provas.
Segundo fontes da PF, os 20 depoimentos de agentes da Abin na última sexta-feira demonstram como os servidores não estavam se sentindo à vontade de colaborar com a investigação interna, pois são muito mais detalhados e completos do que os testemunhos feitos no âmbito da sindicância da Abin.
Algo que pode ter desincentivado servidores a colaborarem com a investigação interna, na avaliação da PF, é que um dos responsáveis pela aquisição do sistema, Paulo Maurício Fortunato, era número 3 da agência na atual gestão. Ele foi alvo de busca e apreensão na sexta-feira.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.