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naipe baiano
Está aberta a temporada de “música do Carnaval”, leia com a voz de Márcio Victor gritando no microfone. Mas, apesar do público estar sempre buscando qual canção vai ser a trilha sonora da festa e cobrando os artistas por novos hits, do lado de lá, a ideia é deixar tudo acontecer naturalmente.
O DJ Pedro Sampaio, atração confirmada no Festival de Verão Salvador 2025, revelou ao Bahia Notícias, durante o lançamento do FV25 em São Paulo, que não pensa muito em produzir uma canção apenas para bombar na festa. Apesar de já ter emplacado dois grandes sucessos, ‘Sentadão’ e ‘Cavalinho’, o artista afirma que gosta de sentir o que o público está consumindo e investir no mercado local, como foi o caso com as duas músicas, sucessos em Pernambucano e na Bahia, que estouraram no Brasil.
“Carnaval eu me preparo para ser o Pedro Sampaio então no carnaval a gente está obviamente a gente leva com a nossa equipe profissionais da área da saúde, fisioterapeuta e tudo mais, mas a preparação é o ano inteiro e são tantos festivais de muita fama hoje no Brasil você tem uma sequência grande aí durante o ano inteiro”, disse o artista.
“Eu acho que é o fato de ser na Bahia ser em Salvador e trazer essa profundidade para cada show. Trazer esse ineditismo para o público. Então, no Festival de Verão, vocês vão ver vários encontros inéditos, várias formações diferentes, que eu acho que isso é o diferente, isso é o legal. “Fora que além de ser em Salvador, que tem esse público quente que eu amo, dá a oportunidade do artista de mostrar outras versões dele e eu amo isso. Então, eu estou no lugar certo”, complementou o músico.
Pedro indicou ainda que não se sente pressionado para encontrar um hit que seja escolhido como música do carnaval.
“Eu não penso em música do Carnaval, eu penso muito em fazer música para galera, principalmente nesse período do verão, fim de ano, carnaval, é um período onde a minha música mais consumida naturalmente. A gente acertou recentemente com ‘Escada do Prédio’, com a Marina Sena, acho que ela chega forte para o verão. Mas também eu gosto de ser surpreendido, eu gosto quando surge aquela música de um ritmo muito do interior de algum lugar, eu amo quando isso acontece.”
O cantor revelou ainda estar de olho nas tendências da Bahia.
“Eu continuo apostando em algo assim, tem o naipe baiano, que a gente pode ficar ligado. Tem vários outros ritmos surgindo que eu aposto muito nisso”.
O cantor, que tem uma forte ligação com a Bahia e falou um pouco sobre como admira a arte feita por aqui.
“A primeira vez que fui, foi para encontrar Rafinha RSQ, que é muito famoso e foi um período rápido que fui a primeira vez, mas eu já fiquei encantado. E depois, nesse episódio de Cavalinho, eu fui à praia do Porto da Barra e eu encontrei o Gasparzinho lá. Foi uma conexão que o universo nos proporcionou. E a gente usou isso para fazer o remix de Cavalinho, que foi, assim, muito especial, porque eu fui de forma totalmente despretensiosa”, finalizou.
Uma menina, identificada como Clara, que participou de uma batalha de dança na noite de ontem (10), em Valença , se pronunciou nas redes sociais sobre um comentário com conotação racista feito durante uma live que transmitia o evento. A frase, proferida por uma influenciadora local, 'O prêmio: Um creme de cabelo Salon Line', foi uma referência à dança da menina.
Comentário da influenciadora acusado de racismo | Foto: Reprodução / Redes Sociais
“Eu tô triste. Foi meu sonho dançar, eu soube que a mulher em uma live falou mal de mim e do meu cabelo. E a coisa que eu mais odeio é meu cabelo. Me sinto triste com isso, e isso me machuca isso por que algo que odeio é meu cabelo, adoro essa pessoa e ela fala isso de mim. Ela não sabe oque eu passo”, relata a menina.
Confira a declaração:
? "Isso me machuca muito": Menina relata racismo sofrido por influenciadora em competição de naipe em Valença
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) November 12, 2024
Leia a matéria ?https://t.co/CF7AerElIz
Confira ? pic.twitter.com/D8hQsUYRwB
As informações foram capturadas pelo portal Valença 360 News. O comentário partiu de uma influenciadora que já realizou diversas propagandas para o comércio local de Valença. A menina comenta em um vídeo sobre o desconforto e a tristeza de receber o comentário, ainda mais de alguém conhecido na cidade.
Após alguns moradores levantarem pedidos de apoio para a menina, a influenciadora desativou sua conta na rede social Instagram. Amigos e familiares da cidade levantaram uma campanha para oferecer um dia de beleza para a pequena Clara.
Em nota, os organizadores do evento repudiaram a atitude e o comentário racista. “Repudiamos qualquer ato de racismo ou discriminação contra nossas crianças. Respeitem o próximo, independente de cor, raça, religião, etnia e idade. Respeitem nossas crianças”, declararam em suas redes sociais.
Pronunciamento da Prefeitura da cidade | Foto: Reprodução / Redes Sociais / Prefeitura de Valença
A Prefeitura de Valença, diante do ocorrido, reforça seu compromisso com o combate ao racismo. Além de repudiar veementemente o ato, a administração municipal alega que adotará medidas para prevenir que casos como esse se repitam em eventos da cidade.
Você conhece a nova dança do momento? Como dizia Lavoisier, “na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. E o pagode baiano comprova essa afirmação. Já se passaram 30 anos desde o começo do gênero com o surgimento da banda “É o Tchan” e a dança foi um dos pontos que mais se modificaram ao decorrer da história desse movimento. As coreografias ensaiadas do É o Tchan passaram para a famosa swingueira da primeira década dos anos 2000 e chegou ao mais novo hit do momento, o Naipe Baiano.
A dança consiste no movimento dos braços e pernas em um ritmo específico e um tanto minimalista e conquistou as redes sociais com a ajuda de figuras públicas como Belle Daltro, Ludmilla, Léo Santana e até mesmo a boxeadora Beatriz Ferreira. A música pode variar entre os sucessos mais recentes do gênero, presentes nos “Bloquinhos”, compilação de músicas semelhante ao Pout-Pourri, de bandas de pagode como O Maridão, Oh Malvadãoo, Ah Chapa e Black Style.
Ao Bahia Notícias, o vocalista da banda Ah Chapa, Alexsandro Aragão, mais conhecido como Lekinho, dono do hit “Bloquinho do Putetê 4.0”, explicou como a tendência surgiu para a banda. “Quando a gente vai gravar uma música, a gente vê o que está rolando no Instagram e tava essa conversa de Naipe, mas estava bem no início, não estava como agora. Estava bem pouco”, contou.
“Esse naipe é a dancinha da época. No caso, essa dancinha de botar a mão no queixo, ficar levantando a perna, levantando a outra, na batida da música”, descreveu Lekinho. O cantor explicou que a produção musical da banda é através das principais tendências das redes. “A gente vê a galera comentando e monta as músicas com base no que a galera vai curtindo no Instagram”.
A dança furou a bolha soteropolitana com Belle Daltro, que tem mais de 1,8 milhão de seguidores no TikTok e chegou em influenciadores nacionais como Alvaro, que acumula 14 milhões de seguidores em seu perfil do Instagram, e Mari Menezes, com mais de 4,3 mil seguidores.
Para se ter uma ideia, a plataforma chinesa indica um aumento nas buscas pelo termo "Naipe Baiano - Dancinha", "Batalha de Naipe Baiano", "É O Naipe, É O Naipe - Trend" nos últimos meses.
Ao Bahia Notícias, o comediante e produtor de conteúdo para as redes sociais Leozito Rocha celebrou a ascensão do pagode através do naipe e dos vídeos sobre o "molho" que só o baiano consegue ter.
"Eu acho que demorou bastante para viralizar. O pagode teve uma ascensão muito grande lá atrás em um outro momento quando a TV ditava a moda, mas as redes sociais vieram para expandir ainda mais o pagode da gente aqui", contou.
No Google, a plataforma indica um aumento de 950% na busca pelo termo "naipe baiano" nos últimos 90 dias, tendo, além da Bahia, outros quatro estados no Nordeste como os interessados no assunto: Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Maranhão. Entre os assuntos relacionados estão ainda os termos Música e Dança.
O sucesso do naipe foi tanto que a dancinha despretensiosa chegou ao nível de profissionalização. Em julho deste ano ocorreu a primeira edição do concurso de Naipe Baiano, o X1 de Naipe. Organizado por Henrique Leite e Ícaro Menezes, a competição, com prêmios em dinheiro, teve trechos que viralizaram nas redes sociais e cativaram o público.
A primeira edição do projeto contou com 12 participantes mostrando seu talento em um espaço ao ar livre, em Lauro de Freitas. Na segunda edição, cerca de 16 participantes concorreram ao prêmio principal de R$ 500.
Pagodeiro nato, Leozito acredita que, através das trends, não só ele como outros criadores de conteúdos conseguem levar a Bahia para o Brasil e para o mundo, além de mostrar originalidade e a identidade do estado.
"Eu fico feliz porque todos os conteúdos que faço e que eu posso trazer um pouco do pagode, da nossa essência, eu coloco. Sempre firmei isso, de poder levar a nossa representatividade até para as publicidades. Eu sou pagodeiro, fui criado na Liberdade, sou músico também, então, o pagode está na veia e tudo que eu puder fazer para levar nosso pagode, para representar, eu vou fazer."
Para além das redes sociais, Lekinho acredita que as tendências também começam nas ruas. Ao BN, ele explicou que costuma ir para paredões a fim de entender o que está acontecendo entre a comunidade. “Tem que andar na favela nos bairros para poder ver como é”, confessou. Segundo Lekinho, a maneira como a comunidade fala o ajuda na criação de novos “bloquinhos”.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.