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O Movimento Vitória SAF (MVSAF) terá uma reunião nos próximos dias com a diretoria do clube para discutir os avanços no processo de transformação do Rubro-Negro em Sociedade Anônima do Futebol (SAF). O encontro foi revelado por Ney Campello, uma das lideranças do grupo, durante entrevista ao podcast BN na Bola, na última terça-feira (19).
Segundo ele, o movimento levará um novo documento ao clube com cobranças específicas para acelerar o projeto.
“Nós teremos, nos próximos dias, uma reunião. Eles vão nos atualizar quais medidas novas foram tomadas. E nós vamos levar um novo documento. Nós achamos que é preciso avançar no estatuto e na mudança do estatuto. Por exemplo: o Vitória precisa participar mais de road shows, precisa ter vídeo promocional e material estruturado. Não tenho lembrança do Vitória ter participado, posso estar equivocado. Tem que estar presente”, afirmou.
Ney ressaltou que a ausência de ações mais concretas pode prejudicar a atração de investidores. Apesar de reconhecer avanços, como a contratação do escritório de advocacia André Sica — o mesmo que conduziu o processo do Bahia SAF —, Ney avaliou que o ritmo poderia ser mais acelerado.
“O Vitória contratou o melhor escritório de modelagem, que é o mesmo que fez o do Bahia, que é o escritório do André Sica. As coisas estão encaminhando e estão evoluindo. A postura da direção do clube tem sido a de cautela e preservação. É uma coisa que entendo que é natural. Mas a nossa opinião é que poderia estar mais acelerado. Houve promessas de que poderia arredondar a mudança estatutária no início do ano e isso não se cumpriu, segue passando por tramitação interna [...] Nós achamos que é preciso avançar no estatuto e na mudança do estatuto. Por exemplo: o Vitória precisa participar mais de road shows, precisa ter vídeo promocional e material estruturado. Não tenho lembrança do Vitória ter participado, posso estar equivocado. Tem que estar presente”, afirmou.
“É um ambiente em que os MCOs estarão presentes. Então, possíveis investidores precisam, portanto, que o clube esteja presente. Precisa evoluir nisso, precisa evoluir no plano de negócio, o business plan. O plano de negócio, ou seja, como é que nos apresentamos no mercado para mostrar que o Vitória tem patrimônio, história, tradição, cultura esportiva e capacidade de atração de investimento”, completou.
Campello defendeu ainda uma participação mais efetiva do movimento no processo, com reuniões regulares para atualizar os torcedores e ampliar a transparência.
“Um é esse, é a participação do Vitória, do Movimento Vitória SAF, de maneira mais sistemática, regular, ou seja, nós precisamos ter reuniões quinzenais pelo menos para poder ter uma atualização e para poder inclusive trazer para vocês as notícias. Isso é democratização, não é?”, destacou.
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Em meio aos rumores que envolvem o processo de transformação do Vitória em Sociedade Anônima do Futebol (SAF), o deputado estadual e ex-jogador Marcone Amaral (PSD) veio a público na última quarta-feira (30) para esclarecer seu papel nas articulações com investidores estrangeiros. Ele negou qualquer contato recente com o presidente Fábio Mota sobre o tema e reafirmou que os diálogos seguem por meio de um grupo independente.
"Não existe nenhuma troca de mensagens entre mim e Fábio Mota sobre a SAF. O que há é um movimento institucional, através do grupo Vitória SAF, que busca viabilizar uma reunião comigo em agosto", afirmou o parlamentar, rebatendo especulações divulgadas por setoristas ligados ao clube.
Marcone, que tem bom trânsito com representantes da família real Al-Thani, no Catar, reforçou que está aberto ao diálogo com a atual gestão rubro-negra, mas sem qualquer intenção de interferência política ou administrativa. Segundo ele, seu foco é contribuir de forma transparente para o fortalecimento do clube.
"Estou à disposição do Vitória e da torcida. Qualquer informação sobre nossas conversas com investidores árabes deve ser confirmada diretamente comigo, com responsabilidade e transparência", contou.
Com passagens pelo futebol internacional e experiência em relações diplomáticas no mundo árabe, Marcone demonstrou otimismo quanto ao avanço das negociações. "Conheço bem o perfil do investidor árabe e posso dizer que há grandes chances desse projeto sair do papel. Nosso objetivo é tornar o Vitória mais competitivo, com ambição por títulos nacionais e internacionais", concluiu.
Paralelamente às conversas com possíveis investidores, o Vitória tem discutido internamente o modelo de SAF a ser adotado. Uma das propostas levadas ao clube prevê a criação de uma SAF gerencial, em que o departamento de futebol seria transformado em empresa com 100% das ações sob controle da associação — modelo que possibilitaria buscar um investidor posteriormente.
No entanto, o Movimento Vitória SAF (MVSAF) se posicionou publicamente contra essa estrutura. Em nota divulgada, o grupo alertou para os riscos de perpetuação no poder e travamento do processo de profissionalização do clube.
"A principal vantagem tributária da SAF (redução de impostos em cerca de 10,5%) só começa a valer em 2027. Até lá, não faz sentido jurídico nem financeiro realizar a transformação sem um investidor já engatilhado", afirma o texto.
"O presidente da associação passa a acumular o cargo de CEO da SAF, com salário definido internamente, podendo alcançar cifras altíssimas", concluiu.
Ainda segundo o movimento, um modelo engessado, criado sem planejamento, pode afastar investidores sérios no futuro.
O tema se insere num momento de importantes mudanças estruturais, como o projeto da Arena Barradão, que já tem contrato assinado. Os próximos passos para a SAF envolvem definir o modelo de negócio, emitir parecer do Conselho Fiscal, formar uma comissão especial e aprovar o plano em instâncias como o Conselho Deliberativo e Assembleia Geral.
Em entrevista à ESPN no dia 14 de maio, o presidente Fábio Mota reafirmou a intenção de transformar o clube em SAF até 2027. Ele não descartou a possibilidade de antecipar esse prazo caso surja um investidor.
"O Vitória está caminhando, sim, independente de ter ou não investidor. Nós vamos transformar o Vitória em SAF até 27. Se tiver um investidor antes, até antes deste momento", disse.
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"O meu time não tem medo de brigar. Se for preciso brigar, a gente vai brigar. Mas antes de brigar, a gente quer negociar".
Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre as negociações com Donald Trump para o fim do tarifaço.