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O advogado e conselheiro do Vitória, Diego Assis, foi o convidado do episódio #71 do BN na Bola, podcast esportivo do Bahia Notícias, na última terça-feira (2). Durante a entrevista, ele analisou os diferentes perfis de torcedores favoráveis à transformação do clube em Sociedade Anônima de Futebol (SAF) e rebateu a linha de pensamento do Movimento Vitória SAF (MVSAF).
Segundo Diego, parte da torcida vê a SAF como solução para os problemas financeiros e esportivos do Vitória, que hoje enfrenta dificuldades em comparação a outros clubes da Série A.
"Existem para mim três modelos de torcedor do Vitória que são a favor de SAF. Existem aqueles que querem a SAF porque não aguenta mais ver os cardeais à frente do clube e quer qualquer pessoa que possa chegar e tirar essas pessoas que estão à frente do Vitória. Existem aquele torcedor que realmente acredita que um QSI (Qatar Sports Investment) vai chegar aqui e derramar rios de dinheiro. E existe o torcedor que realmente acredita que a única possibilidade de mudança de patamar é na presença de um investidor externo", explicou.
Diego também foi direto ao comentar sobre os ideais do grupo Movimento Vitória SAF (MVSAF), tendo com uma das lideranças Daniel Barbosa, que defende a chegada de investidores estrangeiros.
"Daniel (Barbosa) e o Movimento Vitória SAF está dentro do modelo do torcedor que acredita que o QSI (Qatar Sports Investments) vai chegar aqui e derramar rios de dinheiro. Essa é a visão que eu tenho. Eu acho inimaginável", afirmou.
VITÓRIA E QSI
Em junho, a hipótese de o Qatar Sports Investments (QSI) investir no Vitória ganhou espaço na imprensa nacional. A especulação cresceu depois que o MVSAF anunciou planos de viajar ao Catar em dezembro, liderado por Marcone Amaral — deputado estadual, ex-jogador rubro-negro e naturalizado qatari — para apresentar um projeto aos representantes do fundo.
Até agora, porém, não há qualquer negociação oficial entre o QSI e a diretoria do clube ou com o próprio movimento.
GRUPO CITY E BAHIA
Durante o bate-papo, Diego Assis também comparou a situação do Vitória com a do rival Bahia, que integra o City Football Group. Ele ressaltou que o investimento vai além do futebol.
"O Bahia tem um contexto que eu acho que essa galera despreza um pouco. O Bahia ele é estratégico para o Grupo City na medida que a Acelen se instala na refinaria aqui na Bahia. Não é apenas um investimento esportivo. É porque o fundo de investimento dos emirados árabes tem expectativa de negócios no Brasil. O QSI não tem. O que é que eles querem explorar aqui no Brasil?", questionou.
O episódio completo do BN na Bola está disponível no canal do Bahia Notícias no YouTube. Os torcedores podem interagir ao vivo, enviar perguntas e compartilhar a resenha com outros apaixonados pelo futebol baiano.
O convidado do podcast BN na Bola desta terça-feira (2) foi Diego Assis, advogado e conselheiro do Vitória. Durante a conversa com Hugo Araújo e Thiago Tolentino, Diego ressaltou que seguir o caminho da reestruturação do clube e manter a competitividade esportiva não é um caminho fácil e demanda viver o processo.
“De fato, não é um caminho fácil. E aí não podemos deixar de usar aquela máxima: ‘Temos que aprender a viver o processo’. O Vitória, há quatro anos, quase esteve na Série D e hoje está na Série A. O clube está vivendo um processo de reconstrução e viver o processo é complicado, é chato. A gente sofre pra caramba, mas faz parte. Não vamos nos tornar um clube de potência econômica do dia pra noite”, ressaltou.
Diego Assis destacou a possibilidade da efetividade da liga brasileira. Citando a Libra, o advogado comentou que enxerga uma janela de esperança de crescimento e estruturação financeira dos clubes por meio de uma organização e gestão inteligente, mesmo sem adotar o modelo de SAF.
“Ainda assim, eu considero que existe uma janela hoje, no futebol brasileiro, que a gente ainda precisa explorar antes de dar espaço para SAF’s, que é a janela da formação da Libra. A liga que está chegando no Brasil vai trazer um grande investimento econômico nos clubes, vai trazer uma mudança na repartição das receitas do futebol brasileiro. Um clube com um baixo endividamento, como relativamente tem o Vitória, tem condições de zerar seu déficit, equilibrar suas contas, e a partir disso, ter condições de investir boa parte do seu orçamento em futebol”, afirmou o conselheiro do Vitória.
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O convidado do podcast BN na Bola desta terça-feira (2) foi Diego Assis, advogado e conselheiro do Vitória. Durante a conversa com Hugo Araújo e Thiago Tolentino, Diego explicou o motivo de defender o argumento da proteção do clube enquanto associação em detrimento da opção do investimento externo. Ele trouxe o exemplo da época em que o Rubro-Negro teve um gestor exterior nos anos 90: o Vitória SA, parceiro do grupo Excel.
“Eu poderia colocar a minha posição em dois aspectos. Primeiro é o lado torcedor, onde eu falo pelo sentimento histórico que eu tenho da última vez que o Vitória esteve nas mãos de uma gestão com investidor externo. O clube terminou na Série C com o fim da parceria com o Grupo Excel e com um passivo gigantesco dentro do Vitória SA, que hoje foi absorvido pela associação, mas é parte fundamental da dívida que o clube tem. Então dentro do Vitória já existe uma experiência bastante concreta de como funciona viver o modelo do investimento externo e do que acontece quando o modelo não funciona. A associação quem absorve e herda o fruto deste insucesso. Naquela época a associação conseguiu reerguer o clube, mas talvez desta vez não consiga”, explicou Assis.
Conselheiro do Leão, Assis seguiu ressaltando a importância do papel da associação na construção e permanência de um clube em meio a época da fama da Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Diego destacou que em caso de insucesso de um projeto de SAF, a parte associativa herda os problemas criados durante a gestão externa.
“Eu também tenho uma posição que considero bastante ideológica, de entender que o futebol, do jeito que ele é no Brasil, é um esporte de massa, ele é feito para as massas, e o Vitória, como uma associação de 126 anos, eu acho que nem eu, você ou nenhum outro torcedor tem o direito de decidir qual será o futuro do clube. Você não pode falar nem pelas gerações de quem construiu o Vitória até aqui, você tentando vender um patrimônio centenário e assim como você não pode obrigar as futuras gerações, que não necessariamente vão participar desta discussão, a herdar o clube diante da forma que você enxerga como se dará o futuro. Eu acho assim, o risco de se entregar a gestão de um clube associativo a um investidor estrangeiro, investidor externo que não tem nenhum tipo de relação afetiva com o clube, ela só tem uma possibilidade de dar certo ou de dar muito errado. Se ela não der certo, ela vai dar muito errado”, completou.
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O episódio #71 do BN na Bola terá como convidado especial o advogado e conselheiro do Esporte Clube Vitória, Diego Assis. O programa vai ao ar na noite desta terça-feira (2), no canal do Bahia Notícias no YouTube.
Assis promete revelar bastidores do Leão, analisar o processo interno da SAF do Vitória e apresentar um contraponto em relação ao Movimento Vitória SAF (MVSAF), tema que vem movimentando o ambiente político do clube rubro-negro.
A entrevista será conduzida pelos apresentadores Hugo Araújo e Thiago Tolentino, que abrirão espaço também para a interação do público. Durante a transmissão ao vivo, torcedores poderão enviar perguntas e comentários para participar da discussão.
Para acompanhar, basta acessar " target="_blank">o canal do Bahia Notícias, se inscrever, ativar o sininho de notificações e compartilhar o link com outros apaixonados pelo futebol baiano.
O deputado estadual Marcone Amaral (PSD), que defendeu o Vitória entre 1997 e 2001, utilizou suas redes sociais nesta terça-feira (26) para cobrar mudanças estruturais no clube após a goleada sofrida por 8 a 0 diante do Flamengo, no Maracanã. O ex-zagueiro classificou o resultado como “o pior da história do Campeonato Brasileiro na era dos pontos corridos”, além de considerá-lo um “vexame histórico”.
Marcone relembrou que esteve em campo no triunfo marcante por 5 a 0 sobre o próprio Flamengo, em 1998, também no Maracanã, e destacou a diferença de postura entre os elencos. "Naquela época, mesmo contra um Flamengo com Romário e Palhinha, nós tínhamos garra, vontade de vencer e espírito vencedor. Hoje, infelizmente, vimos um time apático e sem indignação", lamentou.
Na live em que comentou a goleada, o parlamentar defendeu a implantação imediata da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) como medida indispensável para a modernização do Vitória. "A SAF é o caminho. Não é só sobre ter um time competitivo, mas sobre governança, reduzir erros e evitar vexames como esse. Não tem mais como protelar essa decisão", declarou.
Segundo o deputado, ele tem acompanhado de perto as conversas sobre a transição para o modelo empresarial e se colocou à disposição para contribuir. “Estou junto com o movimento Vitória SAF, conversando com a diretoria e aguardando avanços. O clube precisa de um investidor que traga apetite de vencer e competitividade nacional e internacional”, acrescentou.
Apesar do momento conturbado, Marcone acredita que ainda há tempo para reação no Brasileirão. "É hora de chacoalhar o vestiário e levantar a autoestima. O Vitória é gigante e não pode passar por esse tipo de vexame. Ainda dá tempo de se recuperar", avaliou.
Encerrando o desabafo, o ex-jogador reforçou sua ligação afetiva com o clube. "O sangue rubro-negro não sai das veias. É impossível ficar calado diante de um resultado tão vergonhoso", concluiu.
O Movimento Vitória SAF (MVSAF) terá uma reunião nos próximos dias com a diretoria do clube para discutir os avanços no processo de transformação do Rubro-Negro em Sociedade Anônima do Futebol (SAF). O encontro foi revelado por Ney Campello, uma das lideranças do grupo, durante entrevista ao podcast BN na Bola, na última terça-feira (19).
Segundo ele, o movimento levará um novo documento ao clube com cobranças específicas para acelerar o projeto.
“Nós teremos, nos próximos dias, uma reunião. Eles vão nos atualizar quais medidas novas foram tomadas. E nós vamos levar um novo documento. Nós achamos que é preciso avançar no estatuto e na mudança do estatuto. Por exemplo: o Vitória precisa participar mais de road shows, precisa ter vídeo promocional e material estruturado. Não tenho lembrança do Vitória ter participado, posso estar equivocado. Tem que estar presente”, afirmou.
Ney ressaltou que a ausência de ações mais concretas pode prejudicar a atração de investidores. Apesar de reconhecer avanços, como a contratação do escritório de advocacia André Sica — o mesmo que conduziu o processo do Bahia SAF —, Ney avaliou que o ritmo poderia ser mais acelerado.
“O Vitória contratou o melhor escritório de modelagem, que é o mesmo que fez o do Bahia, que é o escritório do André Sica. As coisas estão encaminhando e estão evoluindo. A postura da direção do clube tem sido a de cautela e preservação. É uma coisa que entendo que é natural. Mas a nossa opinião é que poderia estar mais acelerado. Houve promessas de que poderia arredondar a mudança estatutária no início do ano e isso não se cumpriu, segue passando por tramitação interna [...] Nós achamos que é preciso avançar no estatuto e na mudança do estatuto. Por exemplo: o Vitória precisa participar mais de road shows, precisa ter vídeo promocional e material estruturado. Não tenho lembrança do Vitória ter participado, posso estar equivocado. Tem que estar presente”, afirmou.
“É um ambiente em que os MCOs estarão presentes. Então, possíveis investidores precisam, portanto, que o clube esteja presente. Precisa evoluir nisso, precisa evoluir no plano de negócio, o business plan. O plano de negócio, ou seja, como é que nos apresentamos no mercado para mostrar que o Vitória tem patrimônio, história, tradição, cultura esportiva e capacidade de atração de investimento”, completou.
Campello defendeu ainda uma participação mais efetiva do movimento no processo, com reuniões regulares para atualizar os torcedores e ampliar a transparência.
“Um é esse, é a participação do Vitória, do Movimento Vitória SAF, de maneira mais sistemática, regular, ou seja, nós precisamos ter reuniões quinzenais pelo menos para poder ter uma atualização e para poder inclusive trazer para vocês as notícias. Isso é democratização, não é?”, destacou.
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O convidado do podcast BN na Bola desta terça-feira (19) foi Ney Campello, liderança do Movimento Vitória SAF. Durante a conversa com Hugo Araújo e Thiago Tolentino, Ney enfatizou que o desejo do grupo é de que o Leão tenha um investidor da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) que seja capaz de realizar grandes investimentos e fazer uma boa gestão estrutural.
“O tipo de SAF que nós queremos de uma forma muito concreta é ter um investidor que seja, ao mesmo tempo, capaz de fazer grandes investimentos, porque o Vitória, na Bahia, é o clube com maior patrimônio indiscutivelmente, não se discute isso. O Bahia não tem um patrimônio de infraestrutura que chegue perto do patrimônio do Vitória, até vendeu recentemente o que tinha. Então, o Vitória tem um grande patrimônio, uma grande infraestrutura, mas precisa de um investidor que ao mesmo que tenha isso, tenha expertise, conheça futebol e tenha tradição”, declarou uma das lideranças do movimento MVSAF.
Ney Campello citou o exemplo do Fortaleza, clube que tem um projeto de SAF onde o clube é sócio majoritário, e que segundo ele, até o momento não tem dado certo.
“O Fortaleza fez uma SAF 100% do Fortaleza e até hoje ‘não tirou o pé do lugar’, pelo contrário, está descendo a ladeira da zona de rebaixamento. Então mostrou claramente que a ideia inicial do presidente Fábio Mota de uma SAF com o Vitória como majoritário não vai prevalecer”, disse uma das lideranças do movimento MVSAF.
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O convidado do podcast BN na Bola desta terça-feira (19) foi Ney Campello, liderança do Movimento Vitória SAF. Durante a conversa com Hugo Araújo e Thiago Tolentino, Ney afirmou que a relação do grupo com o clube e diretoria é de “independência e respeito”, além de dizer que existiu resistências internas e que faltou mais transparência.
“A relação que temos com o clube e a direção do clube eu diria que é de independência e respeito. O clube é o clube, a direção é a direção e nós somos um movimento que luta pela SAF. Nós fizemos um documento, um diálogo para o futuro, nós levamos esse documento, entre abril e maio, para o presidente Fábio Mota, que nos recebeu e nos ouviu. Havia, naquele momento, uma percepção nossa de que existiam resistências internas e a ausência de um caminho mais claro, mais definido, ausência também de mais transparência do que estava se realizando”, disse uma das lideranças do movimento MVSAF.
Ney Campello ressaltou que, ao se tratar do assunto da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), deve se manter um jogo aberto, onde há conversas e explicações, não revelando apenas detalhes de negociações estratégicas. O líder disse que estima que ao menos 80% da torcida do Vitória apoia o modelo de SAF para o Rubro-Negro.
Alguém pode dizer: ‘poxa, SAF é uma coisa que você pode comentar’. Não, pode falar, você só não vai falar das negociações estratégicas, das negociações com potenciais investidores, isso é segredo. Agora, você pode dizer quais são os passos que vão ser submetidos, se vai mudar o estatuto. Isso está acontecendo no Brasil inteiro, o Sport acabou de mudar o estatuto. Até para popularizar o assunto, ter o apoio da torcida. Eu estimo a dizer que mais de 80% da torcida hoje apoia a SAF, e sabendo direito, tem que chegar perto de 100%, porque é o caminho. Isso não significa mudar a independência do clube e essas mistificações de que o clube perde as cores ou o escudo, isso tudo está protegido no ambiente da própria lei”, enfatizou.
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O projeto de transformação do Esporte Clube Vitória em Sociedade Anônima do Futebol (SAF) será tema central do episódio #69 do programa BN na Bola, que vai ao ar nesta terça-feira (19), no canal do Bahia Notícias no YouTube.
O convidado da vez é Ney Campello, liderança do Movimento Vitória SAF, grupo de torcedores que defende a mudança de modelo de gestão do clube. Ao lado dos apresentadores Hugo Araújo e Thiago Tolentino, Campello detalhará os planos da iniciativa para atrair um investidor de peso, além de apresentar ideias e os principais objetivos do movimento.
A entrevista promete esclarecer pontos estratégicos sobre o futuro do Rubro-Negro baiano, em meio ao debate crescente sobre os impactos das SAFs no futebol brasileiro.
Os torcedores poderão acompanhar a conversa ao vivo pelo YouTube do Bahia Notícias. Para não perder nenhum detalhe, basta se inscrever no canal, ativar as notificações e compartilhar o conteúdo.
Em meio aos rumores que envolvem o processo de transformação do Vitória em Sociedade Anônima do Futebol (SAF), o deputado estadual e ex-jogador Marcone Amaral (PSD) veio a público na última quarta-feira (30) para esclarecer seu papel nas articulações com investidores estrangeiros. Ele negou qualquer contato recente com o presidente Fábio Mota sobre o tema e reafirmou que os diálogos seguem por meio de um grupo independente.
"Não existe nenhuma troca de mensagens entre mim e Fábio Mota sobre a SAF. O que há é um movimento institucional, através do grupo Vitória SAF, que busca viabilizar uma reunião comigo em agosto", afirmou o parlamentar, rebatendo especulações divulgadas por setoristas ligados ao clube.
Marcone, que tem bom trânsito com representantes da família real Al-Thani, no Catar, reforçou que está aberto ao diálogo com a atual gestão rubro-negra, mas sem qualquer intenção de interferência política ou administrativa. Segundo ele, seu foco é contribuir de forma transparente para o fortalecimento do clube.
"Estou à disposição do Vitória e da torcida. Qualquer informação sobre nossas conversas com investidores árabes deve ser confirmada diretamente comigo, com responsabilidade e transparência", contou.
Com passagens pelo futebol internacional e experiência em relações diplomáticas no mundo árabe, Marcone demonstrou otimismo quanto ao avanço das negociações. "Conheço bem o perfil do investidor árabe e posso dizer que há grandes chances desse projeto sair do papel. Nosso objetivo é tornar o Vitória mais competitivo, com ambição por títulos nacionais e internacionais", concluiu.
Paralelamente às conversas com possíveis investidores, o Vitória tem discutido internamente o modelo de SAF a ser adotado. Uma das propostas levadas ao clube prevê a criação de uma SAF gerencial, em que o departamento de futebol seria transformado em empresa com 100% das ações sob controle da associação — modelo que possibilitaria buscar um investidor posteriormente.
No entanto, o Movimento Vitória SAF (MVSAF) se posicionou publicamente contra essa estrutura. Em nota divulgada, o grupo alertou para os riscos de perpetuação no poder e travamento do processo de profissionalização do clube.
"A principal vantagem tributária da SAF (redução de impostos em cerca de 10,5%) só começa a valer em 2027. Até lá, não faz sentido jurídico nem financeiro realizar a transformação sem um investidor já engatilhado", afirma o texto.
"O presidente da associação passa a acumular o cargo de CEO da SAF, com salário definido internamente, podendo alcançar cifras altíssimas", concluiu.
Ainda segundo o movimento, um modelo engessado, criado sem planejamento, pode afastar investidores sérios no futuro.
O tema se insere num momento de importantes mudanças estruturais, como o projeto da Arena Barradão, que já tem contrato assinado. Os próximos passos para a SAF envolvem definir o modelo de negócio, emitir parecer do Conselho Fiscal, formar uma comissão especial e aprovar o plano em instâncias como o Conselho Deliberativo e Assembleia Geral.
Em entrevista à ESPN no dia 14 de maio, o presidente Fábio Mota reafirmou a intenção de transformar o clube em SAF até 2027. Ele não descartou a possibilidade de antecipar esse prazo caso surja um investidor.
"O Vitória está caminhando, sim, independente de ter ou não investidor. Nós vamos transformar o Vitória em SAF até 27. Se tiver um investidor antes, até antes deste momento", disse.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luiz Inácio Lula da Silva
"O problema que eu tenho é que eu não gostaria que o Rui deixasse o governo. Mas eu também não tenho o direito de exigir sacrifício do ministro que tem oportunidade de se eleger. Então, quem quiser ser candidato será liberado para ser candidato".
Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao afirmar que não gostaria que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, deixasse o governo federal, mas ressaltou que não pretende impedir que integrantes de sua equipe concorram nas eleições de 2026.