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mauricio kubrusly
O jornalista Maurício Kubrusly, afastado da TV desde o diagnóstico de demência fronto temporal, terá a trajetória contada em um documentário especial previsto para estrear no Globoplay em dezembro.
De acordo com a coluna de Ancelmo Gois, do jornal 'O Globo', o documentário ‘Kubrusly: mistério sempre há de pintar por aí’, terá uma estreia antecipada na abertura da 11ª Mostra de Cinema de Gostoso, no dia 22 de novembro.
O diagnóstico de Kubrusly se tornou conhecido no ano passado, após o Fantástico prestar uma homenagem ao jornalista e relembrar o quadro “Me Leva, Brasil”, em que ele viajava o país em busca de histórias irreverentes.
“Maurício Kubrusly deixou para trás São Paulo para mergulhar na natureza, o que tem sido um bom remédio para lidar com a Demência Fronto Temporal (DFT), que foi diagnosticado há alguns anos. A memória se foi mas, como ele sempre diz, permanece sua enorme paixão pela vida e pela gente brasileira."
Sem se reconhecer, o jornalista atualmente vive com a esposa, Beatriz Goulart, em uma comunidade à beira mar no sul da Bahia.
Mudanças no comportamento e personalidade ou apatia são alguns dos “sintomas precoces” que alertam para a demência frontotemporal, (DFT). A doença neurológica ganhou mais atenção da população, após acometer o jornalista Maurício Kubrusly, que hoje vive no sul da Bahia com a esposa, Beatriz Goulart, após ser diagnosticado com a enfermidade.
A doença que é degenerativa, seria uma das principais responsáveis por casos de demências e outras enfermidades do tipo. De acordo com a médica neurologista Roberta Kauark, a demência frontotemporal atinge de maneira geral pessoas com idade média entre 45 e 65 anos.
“A demência frontotemporal é uma doença degenerativa que é a segunda mais comum em pacientes mais jovens, ou seja, com menos de 65 anos, que é habitualmente a idade que a gente começa a ver as eminências se instalarem. Essa enfermidade perde somente para Doença de Alzheimer”, explica.
Diferentemente do Alzheimer, a DFT impacta em parte a perda da memória. Segundo a especialista, a demência causa ainda a perda progressiva da memória e de outras funções cerebrais, além de limitar o paciente a executar atividades cotidianas.
“Essa demência vai evoluindo igual às outras. Ela vai pegando as funções, pegando a memória e as funções executivas, que é a capacidade do paciente planejar as coisas que vai fazer e aí vai limitando a funcionalidade do indivíduo. Eles vão desaprendendo a comer, tomar banho, urinar e vão necessitar cada vez maior de cuidados. Esses pacientes em alguns casos ficam acamados e muitas vezes acabam falecendo por complicações dessa doença”, explicou.
Além de alterações no comportamento, outros sintomas estão relacionados a linguagem e forma de falar. Por ser uma doença de caráter mental não existe um teste específico para isso, mas sim alguns critérios e avaliações que são feitas para detectar a enfermidade, conforme explicou a médica. Dentre elas estão a avaliação das habilidades mentais, exames de sangue e exames cerebrais.
“A gente sempre vai fazer um diagnóstico de provável ou possível. A gente tem os critérios centrais que utilizamos em torno dessas características que o paciente apresenta”, disse.
TRATAMENTOS
Assim como as outras demências, a DFT também não possui cura. Porém existem formas de controlar os sintomas, de tratar a enfermidade e acompanhar os pacientes. De acordo com o médico psiquiatra e professor de medicina da Faculdade de Zarns Salvador, Lucas Alves, o tratamento pode ter remédios antidepressivos, além de terapias e acompanhamento de profissionais de diferentes áreas da saúde.
“O tratamento é individualizado com remédios antidepressivos, antipsicótico e terapia multiprofissional. É uma das doenças que mais demandam terapia multinacional de psicólogos, assistentes sociais. Além de profissionais da área de saúde mental, tem profissionais que atuam também nessa parte de Neurologia, além de três áreas médicas que comumente atuam desse tratamento como a geriatria, quando ocorre em idosos”, detalha.
Na Bahia, os pacientes com DFT são acompanhados e tratados nos centros de Atenção Psicossocial (Caps), segundo informou a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab).
“Os tratamentos destes agravos são realizados nos centros de Atenção Psicossocial (Caps), que são estruturas mantidas pelas secretarias municipais de Saúde. O tratamento é realizado na atenção primária por clínico e/ou geriatra”, disse a Sesab ao Bahia Notícias.
Afastado da televisão desde 2019, quando saiu da TV Globo, o repórter Maurício Kubrusly vive no sul da Bahia com a esposa, Beatriz Goulart, e a cadela de estimação, Shiva, após ter sido diagnosticado com demência frontotemporal. Essa é a mesma doença do ator Bruce Willis, que anunciou a aposentadoria em 2022.
Maurício Kubrusly ?? O #Fantástico reverencia o talento, a contribuição dele para o jornalismo brasileiro pic.twitter.com/cVTBzMJ5sh
— Fantástico (@showdavida) August 21, 2023
O Fantástico deste domingo (20) prestou uma homenagem ao jornalista após uma retrospectiva do quadro “Me Leva, Brasil”, em que ele viajava o país em busca de histórias irreverentes.
“Maurício Kubrusly deixou para trás São Paulo para mergulhar na natureza, o que tem sido um bom remédio para lidar com a Demência Fronto Temporal (DFT), que foi diagnosticado há alguns anos. A memória se foi mas, como ele sempre diz, permanece sua enorme paixão pela vida e pela gente brasileira", diz o texto do Fantástico.
Contratado da TV Globo desde 1985, Kubrusly participou como repórter de diversos telejornais da grade e estreou o quadro Me Leva, Brasil, no Fantástico, de 2000 até 2016, ano em que teve um infarto e precisou colocar dois stents no coração.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Rodrigo Santoro
"Conceber o Crisóstomo foi tão profundo quanto me despedir dele. É uma personagem que vou levar pra vida. Ele me atravessou. Principalmente porque Crisóstomo comove. Fora da ficção, eu gostaria de ser amigo dele".
Disse o ator Rodrigo Santoro ao comentar através de suas redes sociais, a estreia do filme “O Filho de Mil Homens”, baseado no livro homônimo de Valter Hugo Mãe. O longa estreou na última quinta-feira (29) nos cinemas e teve cenas gravadas na Chapada Diamantina, na Bahia, e Búzios, no Rio de Janeiro.