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maternidade albert sabin
O Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (SindiMed) denunciou o possível desligamento de profissionais do regime CLT em cinco unidades de saúde do governo estadual baiano. Conforme denúncia da categoria, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) estaria demitindo mais de 500 médicos do Hospital Geral do Estado (HGE), do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) e das Maternidades Tsylla Balbino, Iperba e Albert Sabin, com o objetivo de contratá-los em regime Pessoa Jurídica (PJ).
A presidente do SindiMed, Rita Virgínia, explicou ao Bahia Notícias, que um aviso sobre os desligamentos foi enviado para a organização social responsável pelas contratações dos profissionais.
“Uma empresa que foi contratada pela Sesab para contratar esses médicos em regime CLT há cerca de oito anos. No começo deste mês, a Sesab mandou um ofício para essa empresa, informando que até o dia 31 de julho ela teria que demitir todos os médicos em regime CLT. São 529 médicos de várias unidades da rede própria - HGE, Roberto Santos e três maternidades: Iperba, Tsyla Balbino e Albert Sabin. Essas cinco unidades teriam que demitir todos os médicos”, afirmou.
Segundo a representante da classe médica, um aviso prévio já tinha sido enviado pela gestão estadual para anestesistas do HGRS. No entanto, a categoria não teria aceitado a contratação por regime de PJ e realizou assembleia contrariando a medida.
“Depois a Sesab, disse pra empresa que ia fazer um escalonamento, agora em julho demitiu e mandou aviso prévio para 37 anestesistas do Hospital Roberto Santos. Só que a maioria das anestesistas, em assembleia realizada aqui, junto com os demais profissionais, já afirmaram que não querem vínculo precário, querem manter o CLT, porque os vínculos propostos até o momento são vínculos que não têm nenhuma garantia trabalhista”, indicou.
A médica observou ainda acerca de outros contratos do tipo, ofertados pela Sesab para os trabalhadores. De acordo com Rita, algumas contratações estão precarizadas, com atrasos no pagamento, entre outros problemas.
“Tem vários tipos de contratos precarizados. Às vezes o médico recebe 60 ou 90 dias depois, até acontece de não receber. Então os médicos não querem isso, porque já estão vivenciando nas unidades. Então como eles são CLT, eles não querem trocar de vínculo”, contou.
A presidente do sindicato apontou ainda que durante assembleia realizada no último dia 11, o grupo aprovou um estado de greve. Segundo ela, caso a Sesab mantenha a decisão de contratar profissionais em novo regime, os mesmos podem votar por restrição de atendimentos, entre outras medidas que serão discutidas em nova assembleia, nesta terça-feira (15).
“Eles pediram para fazer uma assembleia aqui no Sindimed, nós fizemos, e eles reafirmaram que não querem. Se a Sesab insistir, vão votar por restrição de atendimento, porque votaram por estado de greve na semana passada, dia 10”, revelou.
Em nota enviada à imprensa, a Sesab indicou que a transição do modelo de contratação médica em unidades sob gestão direta seria uma ferramenta para fortalecer a gestão pública e garantir mais eficiência. O órgão informou que a medida vai realizar o encerramento escalonado do contrato com o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), atualmente responsável por intermediar profissionais em cinco grandes unidades da rede estadual: Hospital Geral do Estado (HGE), Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), Instituto de Perinatologia da Bahia (Iperba), Maternidade Albert Sabin (MAS) e Maternidade Tsylla Balbino (MTB).
A pasta comunicou ainda que a “decisão segue os princípios constitucionais que regem a Administração Pública e busca ampliar a segurança jurídica, a transparência e o controle direto da atuação médica nas unidades do Estado". "Todo o processo foi planejado com antecedência, pactuado com os gestores das unidades e será executado até dezembro de 2025, sem qualquer prejuízo à assistência prestada à população.”
A secretaria confirmou que os profissionais serão credenciados como pessoa jurídica (PJ), conforme previsto na nova Lei de Licitações (Lei nº 14.133/2021).
Novos editais estão sendo preparados para a contratação de empresas prestadoras de serviço com vínculo celetista, conforme explanou a Sesab.
Já o INTS esclareceu que a medida suspende os serviços médicos, sob a forma de plantões, prestados nas cinco unidades da Rede Pública de Saúde citadas anteriormente. A empresa elucidou que foi alterado o cronograma de encerramento das atividades nestas unidades.
A entidade explicou que o encerramento dos serviços oferecidos pelo Instituto acontecerá gradualmente, a partir do mês corrente (julho/2025), com conclusão prevista para ocorrer em dezembro/2025.
O Conselho Estadual de Saúde da Bahia (CES-BA) cobrou mais rigor e celeridade nas investigações acerca de uma nova denúncia relacionada a maternidade Albert Sabin em menos de 30 dias. O novo caso aconteceu na última sexta-feira (29), após uma gestante e o seu bebê faleceram durante o parto.
Kevelli Barbosa de 22 anos e sua filha morreram após serem induzidas a um parto normal ser induzido na unidade de saúde. No entanto, segundo familiares das vítimas, Barbosa tinha indicação para parto cesárea, já que possuia hipertensão.
Ela foi até ao equipamento hospitalar na última quarta-feira (27) com dores. Após o parto, a médica informou que a criança nasceu com o cordão umbilical enrolado no pescoço. A bebê chegou a ser reanimada mas não resistiu e foi a óbito. Depois da morte da bebê, Kevelli apresentou complicações e foi encaminhada à Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde também não resistiu.
Nesta terça-feira (3), o CES-BA pediu a Corregedoria do Estade e pelo o Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb), uma investigação mais rigorosa. Segundo o presidente da entidade, Marcos Gêmeos, não pode ocorrer outras situações deste tipo na Maternidade Albert Sabin, e nem em nenhuma maternidade.
“Não podemos demonizar os serviços públicos. O Sistema Único de Saúde também tem excelência em diversos aspectos, mas é um fato que as apurações precisam ser feitas e mudanças precisam ser instaladas para garantir que a insegurança e a falta de humanização não sejam naturalizada”.
O Conselho reforça a importância de medidas para combater a violência obstétrica e negligências médicas, desde políticas públicas, capacitação profissional, fortalecimento de direitos das gestantes e conscientização social.
É essencial garantir o cumprimento das leis já existentes, como a Lei do Acompanhante (Lei nº 11.108/2005), que assegura às mulheres o direito de terem um acompanhante de sua escolha durante o trabalho de parto, parto e pós-parto.
Além disso, é importante que políticas como a Rede Cegonha, voltadas para a humanização do atendimento, sejam efetivamente aplicadas, com supervisão regular dos serviços prestados.
Outro ponto fundamental é a capacitação contínua dos profissionais de saúde, promovendo a atualização técnica baseada em evidências científicas e a sensibilização para o impacto da violência obstétrica na saúde das mulheres.
A Diretoria da Maternidade Albert Sabin instaurou comissão de sindicância na Maternidade Albert Sabin, no bairro de Cajazeiras, em Salvador. A decisão foi publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (20).
A comissão deve apurar a denúncia de negligência médica feita por uma família, após um bebê morrer na barriga da mãe, antes do parto. Os familiares apontaram que houve demora na troca de plantão dos médicos, deixando a grávida sem assistência.
A comissão deve analisar e concluir os trabalhos no prazo de trinta dias úteis, a partir da data de ontem. Três membros do hospital vão compor a comissão, segundo publicação do diário.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Silvio Humberto
"A situação ganhou maiores proporções: fui surpreendido com os gritos dessa pessoa em minha direção, na porta da Câmara de Vereadores. Lá, fui atacado, ofendido e até chamado de moleque. Tudo premeditado, filmado e divulgado nas redes sociais como um grande espetáculo".
Disse o vereador Sílvio Humberto (PSB) ao registrar, na noite de quarta-feira (3), um boletim de ocorrência na 1ª Delegacia Territorial dos Barris, em Salvador, contra o ativista da causa animal Roberto Marinho.