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mario cravo
O fotógrafo e artista baiano Akira Cravo, de 31 anos, teve a morte confirmada pelo irmão, o também fotógrafo Lukas Cravo, na manhã desta terça-feira (14).
Por meio de um comunicado compartilhado nas redes sociais, Lukas informou o falecimento, sem dar detalhes sobre a morte, que aconteceu na última segunda (13). "É com imenso pesar que comunicamos a partida do nosso querido Akira Cravo".
O jovem, filho do fotógrafo Mario Cravo Neto com a pintora Angela Cunha, tinha feito postagens nas redes sociais horas antes do comunicado emitido pelo irmão.
Nascido em 1991, Akira passou a se interessar pela fotografia e arte aos 17 anos e ficou conhecido por exaltar a cultura baiana em suas obras. O artista explorava a paisagem humana e definia o trabalho como algo que “simplifica em transformar aquilo que os olhos nem sempre enxergam em pintura e poesia e vice-versa”.
Poesia, Fotografia, a ancestralidade e a familiaridade de Exú com elementos urbanos marcam as páginas da segunda edição da Revista Laroyê, lançada nesta quarta-feira (31). O projeto digital reúne textos e imagens sobre o movimento urbano e as encruzilhadas que estabelecem paralelos entre a cultura do Sertão baiano, de Salvador e da África.
Eliana Falayó, Thais Darzé e Cleidiana Ramos assinam textos introdutórios da seção Padê e, além das colunistas, a segunda edição apresenta trabalhos inéditos de Alex Simões, Clarissa Macedo, Lívia Natália, Nilson Galvão, Sandro Ornellas, Tenille Bezerra e Wesley Correia.
Sandro Ornellas confessou a alegria e satisfação de compor o time. Segundo o poeta, os motivos são vários, desde estar junto com nomes representativos da atual cultura baiana até pela qualidade gráfica da revista. "Poderia também falar sobre a diversidade de olhares nas fotos e textos, diversidade bem distante da vendida como item turístico, mas conhecida por quem caminha nas ruas da cidade”, destacou.
Já os artistas visuais Bauer Sá, Gabriela Palha, Marcelo Frazão, Mariana David, Matheus L8, Max Fonseca e Wendell Wagner assinam trabalhos em fotografia e gravuras-aquarelas.
Para Mariana, que participa com uma série que faz parte do seu livro premiado, “Açude Sonâmbulo”, nada mais enriquecedor do que poder participar, junto a tantas outras pessoas, de uma publicação como a Laroyê. “Na arte que promove encontros; que cruza trajetórias e propõe novas rotas para a fricção da vida", ressaltou.
A segunda edição traz ainda fotografias de um dos livros mais importantes de Mario Cravo Neto: Laròyé. Além de uma entrevista inédita e póstuma que o artista concedeu em 2005 a Euriclésio Barreto Sodré, professor de Artes Visuais [Univasf], para uma dissertação de mestrado, a primeira pesquisa acadêmica sobre o universo de Mario Cravo.
Esta segunda edição integra o conjunto de três edições da Revista Laroyê. A primeira foi lançada no dia 27 de fevereiro e a última está prevista para abril de 2021. A publicação é inspirada numa convergência de elementos artísticos, religiosos e digitais.
Laroyê, por exemplo, nas religiões de matriz africana é uma saudação à divindade Exu, que é cultuado, principalmente, pela sua relação com a comunicação, a rua e as encruzilhadas. O projeto também se inspira na Revista Exu, publicada pela Fundação Casa Jorge Amado a partir de 1987. Em dez anos, foram 37 edições que veiculavam textos literários e trabalhos em artes visuais relacionados à cultura baiana, alcançando grande repercussão de público e crítica.
Após as declarações dadas pelo prefeito ACM Neto, nesta quinta-feira (30), sobre o impasse nas negociações para a reconstrução do “Monumento à Cidade de Salvador”, obra de Mário Cravo Júnior que sofreu um incêndio em 2019, os dois lados família do artista baiano se manifestaram para apresentar suas versões dos fatos.
“Havia uma divergência interna na família de Mário Cravo, uma parte da família concordava em ceder os projetos originais à prefeitura e uma outra parte quis cobrar um valor que eu me recuso a pagar. Então, esse é o impasse. É óbvio que não existe, principalmente, você pagar milhões para ter o direito de ter acesso a um projeto original. Não seria nada razoável”, disse Neto, afirmando ainda que segue em negociação, mas cogita fazer um concurso público para que uma obra de outro artista seja colocada no espaço, caso não haja um acordo a esse respeito (entenda o caso).
Otávio Cravo, um dos filhos do artista que mantinha tratativas com a Fundação Gregório de Mattos (FGM) a respeito da reconstrução da obra (clique aqui e saiba mais), disse estar de acordo com o posicionamento do gestor municipal. “Eu acho que ele [ACM Neto] está certíssimo. Há um problema na família, um dos irmãos está pedindo o valor exorbitante de R$ 1 milhão para autorizar a execução da obra e isso é completamente indevido, na minha visão. Ou seja, eu não vou priorizar dinheiro, diante da grandiosidade da obra e da história do velho Mário”, declarou.
“Uma notificação extrajudicial foi o que Ivan enviou à prefeitura em janeiro e de lá pra cá ficou tudo parado. E a Fundação Gregório de Mattos entrou em contato comigo algumas vezes, inclusive próximo da época, sei lá, uns 30 dias atrás, não me lembro mais a data exatamente, no sentido de que eles rechaçam totalmente a possibilidade de aceitar esse pleito”, contou Otávio, acrescentando que, entre os herdeiros, “cinco estão totalmente alinhados no sentido de liberar a obra” e que os demais devem voltar atrás no posicionamento. “Um estava com essa solicitação, mas talvez agora ele decline, que é o Ivan Cravo. E o Christian Cravo, que estava meio em cima do muro, me falou hoje de manhã que ia se alinhar com os outros cinco membros. Então ficaria só Ivan isolado e eu acho que ele vai acabar cedendo”, afirmou, defendendo que não há sentido no pleito por direitos autorais.
A advogada de Ivan Cravo, Cristina Ruas, por outro lado, afirma que algumas declarações a respeito do caso são inverídicas. “Ninguém, em hora nenhuma, entrou com nenhuma notificação judicial, como está dito, não. O que se entrou foi uma proposta de direitos autorais da parte de Ivan Cravo Ferraz. Foi dado entrada no dia 30 de janeiro, na Fundação Gregório de Mattos. A gente não teve resposta nenhuma, e, há 15 dias, com essa movimentação, eu enviei para o secretário da Cultura, Pablo Barrozo, essa mesma proposta de direitos autorais”, informou a defesa do filho de Mário Cravo, que descartou qualquer interesse de judicializar o caso e disse querer sentar para discutir a proposta.
“Isso é uma proposta, a gente senta na mesa e negocia, não há nenhum problema. E não tem nada judicializado. Não tem nada de notificação, o teor de uma notificação é diferente de uma proposta. Uma notificação tem prazo para você cumprir, dez dias, cinco dias, mas não é o caso. A gente teria que ter enviado a proposta, senão, como é que a prefeitura ia ter um documento hábil de pagar direitos autorais? Não teria. Agora, é claro, eu fundamentei a proposta na lei de direitos autorais, porque você não pode pedir uma verba que não tem uma previsão legal. Eu sou advogada especializada nisso, entendo que Ivan tem direito, e logo que aconteceu o sinistro eu fui formatar essa proposta de direitos autorais”, explicou Cristina Ruas, em contraposição às negociações tocadas entre Otávio Cravo e FGM. “Eu não conheço, é um documento diferente que ele quer atrelar a ele fazer a obra, eu não sei. Além de não ser o que ele teria direito, aquilo alí não vem ao caso. Os herdeiros do escultor têm direito aos direitos autorais. Fazer a obra, supervisionar, aí abre a licitação ou dá inexigibilidade e contrata um artista, por ser uma obra técnica, aí é de acordo com a prefeitura”, pontuou, destacando que Ivan é o curador da obra de Mário Cravo.
A advogada destacou ainda que desde que a proposta foi apresentada, o processo ficou emperrado e não houve diálogo com a prefeitura. “Eles nunca procuraram, foi dada entrada no dia 30 de janeiro, aí logo depois veio o carnaval e as festas todas, e em março, quando ia se provocar a situação, fechou tudo. E eles nunca procuraram pra conversar, pra nada. Nós estamos dispostos a sentar para conversar, agora, é evidente que com o pagamento de valor econômico, porque de graça não está nem se cogitando isso”, afirmou.
Durante coletiva de imprensa sobre a inauguração das obras de requalificação da Praça Cairu, nesta quinta-feira (30), o prefeito ACM Neto comentou o imbróglio envolvendo a reconstrução do “Monumento à Cidade de Salvador”, obra do artista plástico Mário Cravo Júnior, localizada na região do Comércio, que sofreu um incêndio em dezembro de 2019 (relembre).
Logo após o incidente, a prefeitura de Salvador se comprometeu a refazer o monumento, tendo inclusive conseguido apoio da iniciativa privada para o custeio do material, mas uma falta de entendimento entre os familiares do artista impede a realização do trabalho (clique aqui e saiba mais sobre o caso). “A prefeitura tem interesse que o monumento seja reconstruído exatamente com a sua configuração original, porque ele passou a integrar um cartão postal da nossa cidade. Agora, caso isso não seja possível, porque eu não vou aceitar pedidos absurdos de ninguém, nós vamos fazer outro monumento”, afirmou.
Segundo ACM Neto, as divergências se dão por questões que envolvem o pagamento para a liberação dos projetos originais da escultura. “Havia uma divergência interna na família de Mário Cravo, uma parte da família concordava em ceder os projetos originais à prefeitura e uma outra parte quis cobrar um valor que eu me recuso a pagar. Então, esse é o impasse. É óbvio que não existe, principalmente, você pagar milhões para ter o direito de ter acesso a um projeto original. Não seria nada razoável”, disse o prefeito, destacando que caso não consiga implantar o monumento tal como era originalmente, que seria o desejo da gestão municipal, adotará outra estratégia para ocupar o espaço, hoje vazio.
“Eu ainda estou tentando evitar isso. Estou tentando fazer que o monumento ali seja o monumento original, feito por Mário Cravo, ok? Caso a gente não sinta segurança jurídica pela falta de entendimento com a família, aí nós vamos fazer um concurso público para a seleção de um projeto e a implantação de um novo monumento naquele espaço”, explicou.
Filho do escultor Mario Cravo Júnior, Ivan Cravo acredita que foi criminoso o incêndio ao "Monumento à Cidade de Salvador", que aconteceu no último sábado (21).
Ao Bahia Notícias, Ivan Cravo classificou o incidente como "lamentável". Segundo ele, o fogo teria começado do centro para cima do monumento. A Polícia ainda investiga o caso. O secretário municipal de Cultura e Turismo (Secult), Cláudio Tinoco, confirmou que foram encontrados isqueiros perto da instalação.
O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), pediu que a obra de Mário Cravo Júnior seja restaurada. "A família de Mário Cravo vai doar à Prefeitura o projeto original e vamos reconstruir", disse (saiba mais aqui).
SEGUNDA OBRA QUEIMADA
Em outubro de 2013, o Monumento a Clériston Andrade, outra obra de Mario Cravo Jr, também pegou fogo. O incêndio de grande proporção danificou a parte superior da escultura. A obra foi erguida em 1983 em homenagem ao ex-prefeito de Salvador, e restaurada em 2015 (relembre aqui).
Uma petição pública online destinada à secretária de Cultura, Arany Santana, pleiteia a abertura do processo de tombamento de um conjunto de esculturas de autoria de Mário Cravo Júnior, artista plástico baiano morto aos 95 anos, em agosto deste ano (clique aqui). Publicado nesta quarta-feira (12), até então o abaixo assinado conta com 385 assinaturas (clique aqui para contribuir).
Localizado na sede dos Correios, no bairro da Pituba, em Salvador, o conjunto é constituído de três esculturas em latão e cobre martelado e soldado, representando os orixás: Oxalá, Exu e Iemanjá. “O conjunto inteiro é formado por uma bacia de Iemanjá e um barco de Oxalá em concreto com relevos na lateral representando dez orixás: Ogum, Iansã, Xangô, Oxum, Obá, Omolu, Nanã, Oxóssi, Ossain, Oxumaré”, diz o texto da petição. O Exu dos Correios era considerado pelo próprio Mário Cravo como a obra “mais importante que fez em sua vida”.
Dispostas em diversos pontos da capital baiana, as obras de Mário Cravo Júnior – morto em agosto deste ano (clique aqui e saiba mais) - já são parte da paisagem da cidade, mas agora o nome do artista estará estampado também em uma placa, para batizar uma rua de Salvador. A Lei que dá o nome do artista plástico baiano ao logradouro público situado no bairro de Fazenda Grande III foi decretada pela Câmara Municipal e sancionada pelo prefeito ACM Neto, nesta quarta-feira (7). De acordo com publicação no Diário Oficial do Município desta quinta-feira (8), “as despesas decorrentes da presente Lei correrão por conta da verba orçamentária vigente”.
A rua Mário Cravo Júnior tem início na rua Vereador Zezéu Ribeiro e termina no Caminho 101, tendo como coordenadas iniciais X - 566.358,730; Y - 8.573.952,410 e finais X - 566.325,150 e Y - 8.573.904,500.
O Instituto ACM - Ação, Cidadania e Memória recebe a abertura da exposição “Cabeça do Tempo” nesta terça-feira (4), às 17h. A Mostra é composta por dez obras do artista Mario Cravo, que faleceu em agosto deste ano (veja aqui), e fazem parte do acervo da galeria de Paulo Darzé, que também assina a curadoria do projeto.
De acordo com Claudia Vaz, diretora Executiva do Instituto, Mario Cravo foi escolhido pois deixou um legado material e intelectual para a cultura baiana. A exposição poderá ser vista gratuitamente até o dia 21 de setembro, sempre de segunda a sexta, das 9h às 12h e das 13h30 às 17 e, aos sábados, de 9h às 12h.
SERVIÇO
O QUÊ: Exposição "Cabeça do Tempo"
QUANDO: De 4 à 21 de setembro, segunda a sexta, das 9h às 12h e das 13h30 às 17 e, aos sábados, de 9h às 12h
ONDE: Instituto ACM, Praça da Sé, Salvador - BA
VALOR: Gratuito
Mário Cravo Jr. morreu, nesta quarta-feira (1º), em Salvador, aos 95 anos. O artista plástico baiano havia sido internado no dia 17 de julho, para tratar uma pneumonia (clique aqui), mas teve alta médica da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Teresa de Lisieux no último sábado (27), após apresentar melhoras no quadro de saúde. A morte foi confirmada pelo filho do artista, Ivan Cravo. De acordo com nota oficial do hospital, Mário Cravo “não resistiu e veio à óbito, às 10h11 do dia 01 de agosto, por falência múltipla de órgãos”.
Nascido em Salvador no dia 13 de abril de 1923, o artista plástico, escultor, gravador, desenhista e professor Mário Cravo Júnior foi um dos pioneiros da Arte Moderna na Bahia e um dos mais importantes artistas brasileiros do século XX. Grande parte de suas obras ficavam expostas no Parque Metropolitano de Pituaçu, na capital baiana, local no qual funcionava o Espaço Mário Cravo e o atelier do artista, onde ele trabalhou diariamente até pouco antes de ser internado. Apesar da importância do artista, o espaço sofre com a degradação e o abandono (clique aqui). O governo estadual, responsável pela gestão do local, chegou a afirmar que uma “grande intervenção” fazia parte dos planos futuros (clique aqui), mas até então nao houve qualquer melhoria.
Em 2013, prestes a completar 90 anos, Mário Cravo Júnior concedeu uma entrevista ao Bahia Notícias (clique aqui e confira), na qual falou sobre sua longeva carreira, a predileção por expor ao ar livre e o olhar curioso de artista. "Eu prefiro minhas obras iluminadas ao sol, porque as sombras se modificam com o movimento solar, elas variam. Uma coisa maravilhosa!", disse ele, que tem grande parte de seus trabalhos expostos pela cidade de Salvador, a exemplo da Cruz Caída, a Sereia de Itapuã e a Fonte da Rampa do Mercado.
Assista ao depoimento de Ivan Cravo e veja como estavam os espaços dedicados ao artista baiano:
O Hospital Teresa de Lisieux divulgou nota na noite desta segunda-feira (23) informando que artista plástico baiano Mário Cravo, de 95 anos, "segue apresentando avanços no quadro de saúde, inclusive com melhora na função renal".
Cravo está internado na unidade desde a última terça-feira (17) (veja mais), após apresentar quadro de infecção por pneumonia com disfunção renal. "A equipe médica segue empenhada no atendimento para que Mário Cravo continue melhorando a cada dia", relatou a unidade médica no texto.
Mário Cravo é o último modernista baiano vivo. Entre os locais de Salvador que possuem obras expostas dele está o Parque de Pituaçu. O local possui, ao todo, três mil peças do artista plástico.
Aos 95 anos, Mário Cravo Jr. foi internado em Salvador, nesta terça-feira (17). O artista plástico baiano deu entrada no Hospital Teresa de Lisieux com um quadro de pneumonia e, segundo a nora, Maria Naponuceno, ele sofreu uma parada respiratória na quarta-feira (18).
Último modernista baiano vivo, Mário Cravo tem sofrido há anos com o abandono de parte de suas obras, expostas no Parque Metropolitano de Pituaçu (clique aqui e saiba mais). O governo estadual, responsável pela gestão do espaço, chegou a afirmar que uma “grande intervenção” fazia parte dos planos futuros (clique aqui), mas até então o espaço não passou por qualquer reforma.
Em forte processo de deterioração, o Parque Metropolitano de Pituaçu, situado em Salvador, está incluído nos planos futuros de ações do governo da Bahia. Em entrevista ao Bahia Notícias, o secretário Geraldo Reis, titular da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), informou que o local, que abriga de forma precária áreas dedicadas ao artista plástico baiano Mário Cravo Júnior (clique aqui e saiba mais), passará por uma “grande intervenção”, na ordem de R$ 17 milhões. “Eu já tive oportunidade de me reunir com o governador, logo quando assumi a secretaria”, contou Reis, lembrando que está há mais de 90 dias na pasta. “O governador tem o compromisso com essas intervenções no Parque de Pituaçu. Eu tinha, inclusive, na semana passada, uma agenda com o chefe da Casa Civil, o secretário Bruno Dauster, mas ele viajou para a China e a agenda caiu”, afirmou, acrescentando que um dos pontos da pauta era exatamente este projeto. “São grandes intervenções, que vão desde iluminação adequada, à parte referente à ciclovia. O governador, por exemplo, tem interesse que o parque seja todo cercado com um gradil, uma cerca verde”, explica o titular do Meio Ambiente estadual. “E tem as intervenções logo ali na entrada do parque, que é a área mais urbanizada, etc. Ali, que já está razoavelmente degradado”, diz Geraldo Reis, em referência à região onde se encontram o Parque das Esculturas e o Espaço Mário Cravo.
Espaços dedicados a Mário Cravo no Parque de Pituaçu estão abandonados | Foto: Jamile Amine / Bahia Notícias
Zona de convergência, com imprecisões entre as atribuições das pastas de Meio Ambiente - responsável pela gestão do parque – e de Cultura, tais áreas dedicadas ao artista plástico baiano dependem ainda de um acordo entre as duas secretarias. “A gestão em si ali é nossa, da Sema e Inema [Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos]. Agora, essa área especifica com as obras de Mário Cravo demanda todo um cuidado. Então, esse manejo é bastante delicado, essas obras estão se deteriorando ali, até pela proximidade da praia, do mar”, explic Reis. “Ao mesmo tempo, não basta vontade, chegar ali, pegar aquelas obras, fazer uma reforma, uma restauração. Precisa de especialistas pra fazer essa restauração. Portanto, neste caso específico, teria que entrar uma forte colaboração da Secretaria de Cultura, que tem esta expertise”, pondera ele, afirmando que existe diálogo entre sua pasta e a Secult, mas sem dar, no entanto, um prazo para o início das obras do governo no parque. Procurada pelo Bahia Notícias desde meados de maio, a assessoria de comunicação da Secult não se manifestou sobre as reformas requeridas nos espaços dedicados a Mário Cravo no Parque de Pituaçu.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Ciro Nogueira
"A única pessoa que não pode perder essa próxima eleição é o Bolsonaro, e ele não vai arriscar. Tire as conclusões. O Tarcísio é candidato, se tiver o apoio do Bolsonaro. O Lula nem disputa com o Tarcísio".
Disse o presidente nacional do Progressistas (PP), senador Ciro Nogueira (PI) ao afirmar que Jair Bolsonaro (PL) só deveria anunciar um nome para concorrer às eleições presidenciais de 2026.