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O presidente do PDT da Bahia, Félix Mendonça Júnior, se reuniu nesta quarta-feira (23) com o secretário estadual de Relações Institucionais, Adolpho Loyola, para tratar de investimentos em municípios onde o partido tem prefeitos, vice-prefeitos ou lideranças de peso. O pedetista assegurou que a participação da sigla no governo não foi pauta do encontro.
O deputado Félix Mendonça fez questão de assegurar que a ocupação de cargos no governo não foi tema da reunião. "Quando anunciamos o apoio ao governo, não o fizemos em troca de cargos. O que esperamos é que os municípios onde o partido tem uma atuação mais direta sejam contemplados com novas obras e ações", garante Félix ao Bahia Notícias.
Ao lado de Félix Mendonça Júnior, Adolpho Loyola recebeu o prefeito de Euclides da Cunha, Heldinho Macedo (PDT), e seu antecessor, Luciano Pinheiro (PDT), que é considerado uma das principais apostas do partido para "puxar" votos na disputa por cadeiras na Assembleia Legislativa. Também estiveram presentes no encontro o vice-prefeito de Serra do Ramalho, Aroldo Muniz (PDT), e o empresário Edilson Campos (PDT), que foi candidato a prefeito de Brotas de Macaúbas em 2024.
Luciano Pinheiro reforçou a confiança no crescimento do partido. "Não tenho dúvidas de que, ao lado do governador e com o apoio de Adolpho Loyola, o PDT vai crescer em 2026. Ingressar na base aliada foi a melhor decisão que tomamos", disse. Sobre a questão de cargos, Pinheiro reiterou a posição do partido: "Sobre essa questão de ocupar cargos, nosso partido tem excelentes quadros para liderar qualquer missão, se houver um convite de Jerônimo. Temos todas as condições de contribuir, mas nunca impomos essa condição".
O ex-prefeito ainda lembrou que, por meio da Secretaria Estadual de Educação, o governo já executa um projeto em parceria com os oito municípios administrados pelo PDT na Bahia, focado na área da educação em tempo integral. A iniciativa é coordenada pelo secretário-geral da legenda, Severiano Alves.
O deputado federal Leo Prates (PDT) afirmou sempre ter apoiado aos orientações de seu partido, tanto nas eleições de 2022, quando a legenda apoiou ACM Neto (União) para governador, quanto no Congresso Nacional. O parlamentar alfinetou nesta terça-feira (4) ainda integrantes do PDT que não seguiram a orientação do partido em 2022, apoiando Jerônimo Rodrigues (PT) invés do ex-prefeito de Salvador.
O posicionamento de Leo Prates ocorreu após o ex-prefeito de Euclides da Cunha Luciano Pinheiro (PDT) dizer que o deputado “é netista, e não pedetista”. Antes, Prates havia endossado o discurso da vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos, que disse que o PDT estará com ACM Neto nas eleições do ano que vem, quando o ex-prefeito da capital baiana deve reeditar o confronto contra o governador Jerônimo Rodrigues (PT).
“Desde quando entrei no PDT, apoiei todas as orientações partidárias, inclusive a de 2022, quando o presidente Félix Mendonça Júnior apoiou ACM Neto. Na Câmara Federal, sou um dos parlamentares que mais seguiu a orientação do PDT e desafio nacionalmente alguém ter qualquer reparo à minha postura. É só falar com Carlos Lupi”, disse.
Prates ainda alfinetou integrantes do partido, em recado claro a Luciano Pinheiro, sem citar o nome do ex-prefeito de Euclides, que, em 2022, não seguiu a orientação do partido e apoiou abertamente Jerônimo na disputa contra ACM Neto.
“Esses que me acusam de ser netista poderiam responder dizendo que são petistas, porque nem a orientação do presidente Félix Mendonça Júnior seguiram em 2022. Podem me acusar de tudo, menos de não seguir a orientação do partido. Basta me dizer uma decisão da Executiva Nacional que eu não segui. Basta uma”, provocou.
A relação entre o PDT e o União Brasil pode estar mais estremecida do que parece. Após alguns desentendimentos entre lideranças das legendas, o "ex-pedetista histórico", deputado estadual Roberto Carlos, hoje no PV, protestou e indicou que irá trabalhar pelo retorno do PDT à base do governo do Estado.
"É inaceitável a forma como o União Brasil tem tratado o partido ao qual fui filiado por muitos anos e onde meu filho Randerson Leal ainda está, na condição de vereador de Salvador", protestou o parlamentar. O posicionamento de Roberto Carlos se dá após o presidente do PDT da Bahia, deputado federal Félix Mendonça Júnior, publicar nas redes sociais um texto no qual ressalta que o partido não vai se curvar a outra legenda, prometendo se "afastar de alianças que são danosas aos nossos ideais". O recado seria do União Brasil, que articula para tirar do ninho pedetista a vereadora Débora Régis, pré-candidata do PDT à Prefeitura de Lauro de Freitas.
"Tenho mantido conversas com Félix sobre as eleições municipais, inclusive tratando da filiação de prefeitos. O caminho natural é que o PDT retome a aliança com o PT, como já aconteceu no âmbito nacional. Os caciques do União Brasil não respeitam aliança, eles querem subserviência", pontuou o parlamentar.
Além dele, outro nome ligado à gestão estadual e que integra o PDT, o prefeito de Euclides da Cunha, Luciano Pinheiro, foi na mesma linha. Questionado pelo Bahia Notícias, Pinheiro revelou que irá buscar a migração do apoio.
"Historicamente, sempre marcharmos ao lado do PT, do governo estadual. Em 2022, por pequenas diferenças locais e o projeto nacional, a cúpula estadual do partido tomou um rumo diferente, mas está na hora de nos reaproximarmos. O PDT é um partido de esquerda, e precisa ser respeitado. Eu tenho aconselhado Félix a abrir o diálogo com o governo Jerônimo Rodrigues (PT), de quem nunca deixei de ser aliado e apoiei em 2022, assim como sou parceiro também do meu deputado federal. Vou insistir nisso com ele", disse ao BN.
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"O meu time não tem medo de brigar. Se for preciso brigar, a gente vai brigar. Mas antes de brigar, a gente quer negociar".
Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre as negociações com Donald Trump para o fim do tarifaço.