Artigos
O maior adversário de Lula é ele mesmo
Multimídia
Angelo Almeida avalia críticas ao sistema logístico baiano e garante: “Tudo tem o porquê da coisa”
Entrevistas
Afonso Florence garante candidatura de Lula em 2026 e crava retorno ao Congresso: “Sou parlamentar”
libra
O Atlético-MG revelou, nesta terça-feira (28), que vai deixar a Libra e voltar à Liga Forte União. Durante o comunicado, a equipe informou que a decisão visa auxiliar para uma liga equilibrada.
"O Atlético dará esse passo para somar, liderar pelo exemplo e contribuir para uma liga unificada que promova equilíbrio competitivo, crescimento dos clubes e sustentabilidade financeira", completou o Galo.
A assessoria do clube mineiro afirmou que o Atlético vai cumprir o prazo de contrato com a Libra, que tem validade até o fim de 2029. Além disso, a equipe também confirmou que vai negociar a parte dos direitos econômicos do Campeonato Brasileiro conforme os contratos atuais.
As equipes que compõem a LFU são: Atlético, Botafogo, Corinthians, Ceará, Cruzeiro, Fluminense, Fortaleza, Internacional, Juventude, Mirassol, Sport, Vasco, Atlético-GO, Athletico-PR, Amazonas, América, Avaí, Botafogo-SP, Chapecoense, Coritiba, Criciúma, Cuiabá, CRB, Goiás, Novorizontino, Operário-PR, Vila Nova, CSA, Figueirense, Ituano, Londrina, Náutico, Ponte Preta, Tombense.
Confira a seguir a nota publicada pelo Atlético-MG:
O Clube Atlético Mineiro anuncia sua decisão de retornar à Liga Forte União (LFU), com o objetivo de contribuir decisivamente para a criação de uma liga unificada no Brasil.
Desde o início do debate sobre a criação de uma liga nacional, o Atlético sempre defendeu um modelo moderno, sustentável e com os clubes no centro das decisões estratégicas. O futuro retorno à LFU reflete a convicção de que os clubes da mesma competição são interdependentes e que a cooperação é essencial para fortalecer o futebol brasileiro.
O Galo entende que a LFU oferece a estrutura sólida para que esse modelo se concretize, combinando governança consistente, união de ideais, visão de longo prazo, incentivos à cooperação saudável e processos profissionais, em linha com as melhores práticas dos principais mercados esportivos do mundo.
A LFU é uma associação que reúne 33 clubes brasileiros, sendo 11 da Série A, com o propósito de modernizar a estrutura e a governança do futebol nacional. Criada em 2022, a associação representa um movimento sólido e coordenado de alguns dos principais clubes do país na promoção de melhorias no futebol profissional, em busca de maior sustentabilidade financeira, transparência e equilíbrio competitivo.
Estruturada sob um modelo de governança profissional, a LFU firmou, em 2023, um acordo de investimento de longo prazo, assegurando previsibilidade de receitas e autonomia para seus membros.
O confronto entre o Flamengo e a Libra (Liga do Futebol Brasileiro) ganhou novo desdobramento nesta quarta-feira (15). A entidade respondeu às declarações do presidente rubro-negro, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, que havia criticado a condução do bloco e a presidente do Palmeiras, Leila Pereira. Em nota oficial, a Libra classificou as falas como “descontroladas e negligentes”.
Em entrevista ao UOL, Bap afirmou que o Flamengo tem sido isolado pelos demais clubes e acusou a Libra de ser “palmeirense”. A liga rebateu as declarações, chamando-as de irresponsáveis.
“Na mesma entrevista, o presidente do Flamengo afirma que a ‘LiBRA é toda verde’. Uma afirmação descontrolada e negligente, que demonstra um aspecto oportunista de quem quer jogar para o torcedor e não mede a irresponsabilidade e o desrespeito da sua fala”, diz o comunicado.
O dirigente também questionou a imparcialidade da entidade e apontou influência do Palmeiras nas decisões. Bap citou o advogado André Sica, representante jurídico da Libra, alegando que ele trabalha em defesa dos interesses do clube paulista.
A Libra repudiou a acusação e saiu em defesa do profissional.
“Atacar um profissional com trajetória e reputação reconhecidas, além de ampla, profunda e rara experiência no futebol, por meio do time que ele torce, é praticar ato tão grave quanto os que condenamos com veemência quando ocorrem nas arquibancadas dos estádios. Lamentavelmente, quem deveria dar o exemplo positivo faz o oposto. A LiBRA reitera seu total apoio, respeito e a mais absoluta confiança nos profissionais que a representam”, afirmou a nota.
A entidade também contestou a declaração de Bap de que o Flamengo teria aberto mão de meio bilhão de reais em cinco anos “sem nenhuma garantia”. Segundo a Libra, o argumento é falso. O comunicado afirma que, em 2024, o clube arrecadou cerca de R$4,4 milhões por jogo sem mínimo garantido e R$7,6 milhões por partida no modelo com “Mínimo Garantido Premiere”.
Ainda de acordo com a liga, a projeção para 2025, com o novo contrato e a aplicação da Lei do Mandante, é de R$10,6 milhões por jogo, o que corresponde a um aumento de mais de 130% em relação ao cenário sem mínimo garantido e 35% acima do modelo anterior.
A Libra conclui dizendo que o Flamengo incluiu em seus cálculos valores que nunca fizeram parte da negociação, “por opção do comprador”.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) prorrogou por mais dez dias úteis o prazo para que os clubes integrantes da Liga do Futebol Brasileiro (Libra) apresentem esclarecimentos sobre o processo que apura possível prática de gun jumping — quando empresas formalizam uma fusão ou parceria antes da aprovação do órgão antitruste.
LEIA TAMBÉM:
O caso foi aberto em outubro de 2023, após a Superintendência-Geral do CADE apontar que a criação da Libra, em 2022, configuraria uma joint venture contratual que deveria ter sido submetida à análise prévia do conselho.
Entre os clubes representados estão Bahia, Vitória, Flamengo, Palmeiras, Corinthians, São Paulo, Santos, Grêmio, Atlético Mineiro, Ponte Preta, Ituano, Mirassol, Red Bull Bragantino, Paysandu, Novorizontino, ABC e Sampaio Corrêa, além da própria Libra.
A decisão, assinada pelo conselheiro-relator Victor Oliveira Fernandes, foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (14). O despacho determina que todos os representados enviem documentação complementar, como estatutos, contratos e acordos relativos à venda de direitos de transmissão e eventuais entendimentos com a Liga Forte União (LFU).
O CADE também advertiu que o não cumprimento do pedido dentro do prazo pode gerar multa diária de R$ 5 mil por clube.
O presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista (Bap), fez duras críticas ao Palmeiras e à estrutura da Libra, entidade criada para negociar os direitos de transmissão de clubes do Brasileirão. Em entrevista ao UOL concedida nesta quarta-feira (15), Bap afirmou que o bloco, que deveria representar diversos clubes de forma equilibrada, estaria dominado politicamente pelo Palmeiras.
"Se eu pudesse voltar atrás no tempo, eu jamais teria concordado com a construção de uma Libra. A Libra é verde. A Libra é toda verde. A Libra é palmeirense", afirmou o dirigente.
Bap ainda questionou a imparcialidade do grupo e apontou um suposto conflito de interesses envolvendo o advogado André Sica, que atua como representante jurídico da Libra e, segundo ele, também defende o clube paulista.
"O advogado do Palmeiras trabalha para o Palmeiras, a família dele trabalha para o Palmeiras há muito tempo. O escritório que entrou com o agravo da Libra contra o Flamengo é o escritório do Sica. Isso é um conflito evidente”, disse.
As declarações de Bap acontecem em meio ao impasse judicial entre o Flamengo e a Libra sobre a divisão das receitas de televisão e pay-per-view, que resultou no bloqueio de R$ 77 milhões em repasses aos clubes do bloco. O dirigente entende que o Rubro-Negro vem sendo isolado politicamente dentro da entidade, e que a condução do processo tem favorecido o Palmeiras.
"Alguns clubes querem mandar e acham que o Flamengo vai se comportar de forma dócil. O Flamengo quer permanecer na Libra, mas com respeito e equilíbrio nas decisões", completou.
A Libra ainda não se pronunciou sobre as novas declarações do presidente do Flamengo.
O sindicato dos atletas se envolveu no processo entre Flamengo e Libra na Justiça do Rio de Janeiro. A Fenapaf (Federação Nacional de Atletas Profissionais) alegou que os jogadores poderiam ser afetados com o bloqueio das verbas dos clubes que participam da Liga do Futebol Brasileiro, que podem ficar com os salários atrasados por conta disso.
O processo entre a liga e o Rubro-Negro carioca envolve a discordância das partes sobre a aprovação do critério de audiência do contrato de TV do Campeonato Brasileiro. A equipe solicitou o bloqueio das verbas e um pagamento de R$ 77 milhões feito pela Globo.
A equipe da Gávea afirmou que a Libra não cumpriu com as regras do estatuto por conta da aprovação da divisão do dinheiro, que deveria ter uma votação unânime.
Além do Flamengo, outros 8 clubes integram a liga e podem ser afetados pelo bloqueio das verbas: Santos, São Paulo, Palmeiras, Vitória, Bahia, Red Bull Bragantino, Grêmio e Atlético-MG.
O Clube de Regatas do Flamengo permanecerá na Libra até o final do contrato em 2029, apesar do impasse na divisão de receitas e da ação judicial que resultou no bloqueio de R$ 77 milhões destinados aos clubes do bloco. A decisão foi confirmada após uma reunião da diretoria na sede da Gávea, na noite da última terça-feira (7).
LEIA TAMBÉM:
O presidente do clube, Luiz Eduardo Baptista (Bap), descartou qualquer possibilidade de saída. "Zero chance [de pedir a desfiliação da Libra]. Vamos conviver com esse contrato até 31 de dezembro de 2029 e eles vão conviver com o Flamengo também até essa data", declarou Bap.
O Presidente Bap apresentou hoje aos conselheiros do Flamengo os detalhes sobre o contrato de direitos de transmissão e o imbróglio com a Libra.
— Flamengo (@Flamengo) October 8, 2025
A FlamengoTV acompanhou tudo — e a Nação vai poder assistir na íntegra no link ??
???? https://t.co/9Z4SlljSKf pic.twitter.com/UBF60U2ief
Apesar da permanência confirmada, o clube mantém sua contestação ao modelo de divisão de receitas. O Flamengo alega ser o único clube a ter prejuízo com o atual acordo. O contrato em vigor foi assinado em 2024, durante a gestão do ex-presidente Rodolfo Landim, que é opositor de Bap.
O principal ponto de conflito é o critério de audiência, que representa 30% da divisão das receitas de transmissão. O clube afirma que a fórmula de audiência está incompleta e é vista como incalculável, dependendo de complementação por aprovação unânime dos clubes da Libra.
O Flamengo levou o caso à Justiça, obtendo uma liminar no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para bloquear R$ 77 milhões que seriam repassados aos clubes. A Libra recorreu da decisão. A ação judicial veio após críticas públicas de outros clubes do bloco ao Flamengo.
LEIA TAMBÉM:
- Leila Pereira sugere criação de liga sem o Flamengo após liminar que trava repasse da Libra
- Flamengo rebate Leila Pereira e confirma busca de acordo com clubes da Libra
- Libra contesta Flamengo após bloqueio de R$ 77 milhões
A premissa básica do critério de audiência, aprovada por Landim em setembro de 2024, previa a divisão da audiência por plataforma (TV aberta, TV fechada e PPV). Contudo, o clube argumenta que o contrato não detalha o valor por plataforma, tornando a regra inaplicável.
O Flamengo e os clubes da Libra negociaram seis cenários diferentes para regulamentar o critério, mas nenhum foi aprovado. A disputa se intensificou quando, após o pagamento da primeira parcela (julho de 2025) com base em um dos cenários, a entidade instruiu o pagamento da segunda parcela, apesar de o Flamengo alegar ter votado contra o critério de divisão na assembleia de agosto. O clube solicitou as gravações do encontro.
LEIA TAMBÉM:
- Em nota, Libra repudia ação do Flamengo e garante luta pelo cumprimento de contratos: "Não pouparemos esforços"
- Bahia critica postura do Flamengo após ação contra a Libra: "Assinou um contrato e precisa respeitá-lo"
Na última semana, houve troca de notas oficiais: a Libra acusou o Flamengo de "disseminar desinformação", negar diálogo e assegurou que o estatuto é claro sobre a distribuição de receitas, enquanto o Fla rebateu, afirmando buscar diálogo, mas insistiu na omissão do estatuto quanto aos detalhes da divisão do dinheiro, citando as assembleias de maio e agosto deste ano.
O Conselho Deliberativo do Flamengo foi convocado para uma reunião na próxima terça-feira (6), às 18h. O encontro será para discutir as divergências com a Libra sobre a divisão de receita com os direitos de TV.
De acordo com O Globo, o presidente do clube, Eduardo Baptista, afirmou que poderá romper com a liga. A justificativa foi que o Rubro-Negro não abrirá mão de nenhum centavo das receitas obtidas com o pay-per-view.
O fator contestado pela equipe são os 30% dos direitos de TV, afirmando que esse acordo desconsidera o peso econômico do clube. Por conta disso, o Flamengo conseguiu o bloqueio de R$77 milhões de uma parcela do acordo do Brasileirão.
A Libra e o clube carioca trocaram críticas nos últimos dias por conta do processo judicial. A Liga do Futebol Brasileiro publicou uma nota e acusou a equipe de 'disseminar desinformação", além de ter afirmado que a diretoria do time da Gávea não buscou diálogo.
A Liga do Futebol Brasileiro (Libra) divulgou nota oficial nesta sexta-feira (3) em resposta ao Flamengo, após o clube carioca justificar a liminar que determinou o bloqueio de R$77 milhões da entidade.
A decisão havia sido concedida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro na última semana, a pedido do Rubro-Negro. O montante em disputa corresponde a repasses do pay-per-view do Campeonato Brasileiro, que seriam distribuídos entre os clubes filiados à Libra.
No comunicado, a liga acusou o Flamengo de apresentar informações de forma distorcida em relação ao caso.
Confira a nota oficial da Libra na íntegra:
?? Agora! Libra sobe o tom e emite nota oficial atacando o Flamengo: ‘Distribui desinformação e vive em realidade paralela’.
— Planeta do Futebol ???? (@futebol_info) October 3, 2025
A NOTA:
“Observamos com surpresa a postura do Clube de Regatas do Flamengo de, por um lado, requerer segredo de justiça em uma ação judicial e, por… pic.twitter.com/HVbueDqNgK
Na última terça-feira (30), a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, propôs a criação de uma liga de clubes sem o Flamengo para solucionar o impasse que o clube carioca criou com a Libra (Liga do Futebol Brasileiro). Após as críticas da gestora, o Flamengo se pronunciou sobre o caso, nesta terça-feira (1º), e afirmou que busca um acordo com a liga "sem impor nada a ninguém".
Durante o comunicado publicado pelo Rubro-Negro, a equipe ressaltou que a questão gira em torno dos critérios de divisão de verba entre as receitas de transmissão de TV.
De acordo com o clube da Gávea, a Libra teve de votar dentre seis cenários para a divisão de receitas, e o estatuto impunha que a resolução teria de ser por unanimidade. Além da negativa do Fla, outros clubes votaram em cenários diferentes.
Confira a seguir os pontos falsos e verdadeiros que a equipe considerou durante a nota publicada:
É falso que o Flamengo não queira participar de uma Liga. Se fosse o caso, não teria ingressado na Libra.
É falso que o Flamengo esteja buscando uma “virada de mesa”. O Clube respeita os contratos — basta consultar todas as atas de reuniões para comprovar.
É falso que o Flamengo negue ter assinado contrato e queira reverter suas condições, mudando a regra do jogo. A convocação da Assembleia Geral da Libra em maio de 2025 é clara: convoca para a votação e aprovação de cenários relativos à audiência na venda dos direitos de transmissão.
É falso que o Flamengo esteja pleiteando receber de volta R$ 100 milhões.
É falso que tenha sido acordada qualquer definição de percentuais de audiência. O Estatuto é omisso nesse ponto. Por isso, a assembleia-geral da Libra teve que deliberar sobre a lacuna existente no estatuto. Não houve uma conclusão. O Flamengo votou contra a opinião dos demais clubes. Mesmo assim, a Globo pagou as parcelas, segundo o cenário proposto pela Libra, o que é ilegal, pois fere a unanimidade do Estatuto.
O Flamengo está cumprindo o Estatuto. Acontece que o Estatuto precisa ser complementado. Do Estatuto não constam os percentuais de audiência dentro dos 30% destinados a essa fatia na divisão dos direitos de transmissão — justamente o ponto que precisa ser regulamentado.
O Flamengo sempre buscou diálogo. A Liga apresentou cinco opções de cenários e o Flamengo acrescentou mais uma. Após a assembleia de agosto, o Flamengo procurou três clubes para negociar. Nos encontros, o Flamengo reiterou a proposta de se ter um cenário alternativo para 2025 (cenário 4) e discutir um critério para os anos de 2026 a 2029. Nenhum clube aceitou discutir nada, mantendo postura irredutível.
O Flamengo sempre esteve aberto a acordo, mas nem a Libra nem os clubes apresentaram qualquer contraproposta em qualquer momento, desde fevereiro de 2025.
Não há qualquer documento que comprove a definição dos percentuais de audiência.
O Estatuto tem uma regra de transição que assegura, a todos os clubes, receber um valor mínimo garantido nos anos de 2025 a 2029, equivalente à quantia recebida em 2023 corrigido pelo IPCA. Se esta regra do Estatuto tivesse sido respeitada em 2025 o Flamengo receberia R$ R$ 321.181.432 nesse ano.
Ao considerar como válida uma aprovação irregular (sem unanimidade) e distribuir recursos sem respaldo estatutário, (pagamentos feitos pela Globo) a Libra age de forma ilegal.
A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, criticou duramente o Flamengo após a liminar obtida pelo clube carioca que suspendeu o repasse de R$ 77 milhões da Libra, referentes a parcelas de direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. Em entrevista ao R7 Esportes, na última terça-feira (30), ela sugeriu a criação de uma liga sem a presença do Rubro-Negro.
Segundo Leila, o Flamengo "não é maior do que o futebol brasileiro" e não pode impor decisões unilaterais. A dirigente ironizou a possibilidade de o clube disputar partidas sozinho ou contra equipes de base, questionando o impacto de audiência nesse cenário.
"A minha sugestão seria criarmos uma outra liga excluindo o Flamengo. O Flamengo deveria jogar sozinho. Nenhum clube é maior do que o futebol brasileiro. O Palmeiras não joga sozinho, e nem o Flamengo. Só se quiserem jogar eles contra o sub-20. Aí quero ver a audiência que eles vão ter. Acho muito difícil gestores com essa mentalidade. Isso não engrandece em nada o futebol brasileiro", disparou Leila.
A decisão judicial que motivou a reação da presidente do Palmeiras foi concedida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O Flamengo contesta o modelo de divisão das receitas do pay-per-view firmado pela Libra com a TV Globo em 2024, alegando prejuízos na forma de medição de audiência. O contrato é válido até 2029.
Além do Flamengo, outros 15 clubes têm direito a receber parte do valor bloqueado, entre eles Palmeiras, Atlético-MG, São Paulo, Grêmio, Santos e Bahia. Em nota oficial, o Rubro-Negro afirmou que sua posição busca fazer valer regras do estatuto da Libra e que tentou um acordo antes de recorrer à Justiça.
Após a decisão, o Palmeiras e outros integrantes da liga divulgaram comunicados criticando a conduta do clube carioca. A nota alviverde classificou a postura como prejudicial ao futebol brasileiro e lembrou que o Flamengo se recusou a assinar um manifesto coletivo contra o racismo no início do ano.
O convidado do podcast BN na Bola desta terça-feira (2) foi Diego Assis, advogado e conselheiro do Vitória. Durante a conversa com Hugo Araújo e Thiago Tolentino, Diego ressaltou que seguir o caminho da reestruturação do clube e manter a competitividade esportiva não é um caminho fácil e demanda viver o processo.
“De fato, não é um caminho fácil. E aí não podemos deixar de usar aquela máxima: ‘Temos que aprender a viver o processo’. O Vitória, há quatro anos, quase esteve na Série D e hoje está na Série A. O clube está vivendo um processo de reconstrução e viver o processo é complicado, é chato. A gente sofre pra caramba, mas faz parte. Não vamos nos tornar um clube de potência econômica do dia pra noite”, ressaltou.
Diego Assis destacou a possibilidade da efetividade da liga brasileira. Citando a Libra, o advogado comentou que enxerga uma janela de esperança de crescimento e estruturação financeira dos clubes por meio de uma organização e gestão inteligente, mesmo sem adotar o modelo de SAF.
“Ainda assim, eu considero que existe uma janela hoje, no futebol brasileiro, que a gente ainda precisa explorar antes de dar espaço para SAF’s, que é a janela da formação da Libra. A liga que está chegando no Brasil vai trazer um grande investimento econômico nos clubes, vai trazer uma mudança na repartição das receitas do futebol brasileiro. Um clube com um baixo endividamento, como relativamente tem o Vitória, tem condições de zerar seu déficit, equilibrar suas contas, e a partir disso, ter condições de investir boa parte do seu orçamento em futebol”, afirmou o conselheiro do Vitória.
O fã de esporte pode assistir a melhor resenha do futebol baiano no canal do Bahia Notícias no YouTube. Se inscreva no canal, compartilhe com os amigos e ative as notificações!
O presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, voltou a subir o tom ao falar sobre a possível criação de uma liga nacional no futebol brasileiro. Em entrevista à Flamengo TV, canal oficial do clube, no último domingo (13), ele criticou duramente os modelos de divisão de receitas que estão sendo discutidos e deixou claro que, nas condições atuais, o Rubro-Negro não aceitará fazer parte do projeto.
"Sabe quando vou aceitar receber 3,5 vezes a mais do que os clubes pequenos? Nunca! Isso é a desapropriação de um ativo que é nosso, sem razão, sem critério, sem mérito. O Flamengo não será desapropriado", disparou Bap, em referência à proposta da Liga Forte União (LFU), que defende um teto de 3,5 vezes entre o que o clube que mais recebe fatura e o que o menor arrecada, com o argumento de reduzir o abismo financeiro entre os participantes e equilibrar a competição.
Bap, presidente do Flamengo, sobre a Liga:
— Planeta do Futebol ???? (@futebol_info) July 13, 2025
“Sabe quando vou aceitar receber 3,5 vezes a mais do que os clubes pequenos? Nunca! Não haverá acordo nessas condições. O discurso é lindo, mas vai todo mundo ganhar dinheiro e o Flamengo perder?”
???? Flamengo TV pic.twitter.com/65u3m2aind
Já a Libra, bloco ao qual o Flamengo é filiado, propõe uma divisão diferente:
- 30% do valor total distribuído de forma igualitária;
- 22% conforme o desempenho esportivo;
- 48% com base em audiência.
Bap reforçou que, para o Flamengo, abrir mão de receitas não está em negociação: "Se o Flamengo abrir mão desse direito, não vai haver liga no Brasil. Não somos idiotas. Eu não vou endossar isso."
Na última semana, inclusive, o Fla não participou do acordo entre Libra e LFU para a venda conjunta dos direitos internacionais do Brasileirão até 2027, sinalizando o descontentamento do clube com os termos debatidos.
Apesar das críticas, Bap reafirmou que o clube é favorável à criação da liga, mas com regras claras e reconhecimento de méritos de mercado.
"Uma liga é importante no Brasil? Claro. Toda a parte de governança, organização do campeonato, arbitragem, fair play financeiro... O Flamengo é completamente a favor. Mas tem muito clube posando de bonzinho que não paga ninguém. O Flamengo paga todo mundo em dia, até a CBF tem pendências com a gente", finalizou.
A criação de uma liga única para organizar o Campeonato Brasileiro deu um passo importante nesta quinta-feira (12), com a elaboração de um Memorando de Entendimento (MOU) por clubes da Libra e da Liga Forte União (LFU). O documento, que funciona como um pré-acordo, define princípios de governança, estrutura e diretrizes comerciais para um novo organismo gestor do futebol nacional a partir de 2030. No entanto, o Flamengo resiste a assinar o texto por discordar dos termos relacionados à distribuição de receitas comerciais.
De acordo com a informação do jornalista Rodrigo Mattos, do UOL Esporte, a aproximação entre os grupos Libra e LFU já vem sendo construída há meses, com negociações conjuntas envolvendo, por exemplo, os direitos de transmissão da Série B e do Campeonato Brasileiro no exterior. A união culminou na elaboração do MOU, que já foi distribuído aos 40 clubes das Séries A e B. O objetivo é que todos assinem o documento.
O pré-acordo é abrangente e propõe que os clubes negociem de forma coletiva direitos de transmissão, publicidade (como placas ao redor do campo), marketing digital durante os jogos, entre outras propriedades comerciais, a partir de 2030 — quando terminam os contratos vigentes. O modelo de divisão de receitas segue a fórmula que combina partes igualitárias, desempenho esportivo e audiência, inspirada nos padrões já utilizados por LFU e Libra. Os critérios detalhados, porém, ainda serão definidos posteriormente.
Além da parte comercial, o MOU também prevê um prazo de até seis meses para a estruturação jurídica da nova liga. O documento será analisado em reuniões internas das duas organizações nas próximas semanas. De acordo com apuração de bastidores, há boa aceitação da proposta entre a maioria dos clubes.
O Flamengo, porém, se recusa a assinar o MOU em sua forma atual. A diretoria rubro-negra, liderada por Luiz Eduardo Baptista (BAP), defende que apenas os pontos ligados à governança e à fundação da liga sejam tratados neste momento. A parte comercial, no entendimento do clube, deveria ser debatida separadamente e em uma etapa futura.
O principal ponto de resistência está na obrigatoriedade de negociar conjuntamente receitas nas quais o Flamengo é amplamente dominante, como direitos de TV, publicidade em campo e canais próprios, como a recém-lançada Flamengo TV. A diretoria alega que já foi prejudicada com o modelo de divisão atual no acordo com a Globo, e teme novas perdas ao diluir sua arrecadação com outros clubes.
A postura do Flamengo tem gerado certo desconforto entre integrantes da Libra e da LFU, que esperam consenso para consolidar a liga.
O primeiro acordo em conjunto entre as ligas que representam o futebol brasileiro foi anunciado para a venda dos direitos de transmissão da Série B do Campeonato Brasileiro. A Libra e a Liga Forte União vão conduzir juntas as negociações para comercializar as transmissões da competição.
Os dirigentes dos clubes das ligas ficaram satisfeitos ao entrar em consenso e garantir a venda dos direitos de transmissão do campeonato.
“Esse é um passo fundamental na construção de um modelo mais sólido e integrado para o nosso futebol. Estamos muito felizes por avançarmos juntos nessa negociação, que fortalece a posição dos clubes e beneficia toda a indústria do esporte no Brasil”, completou Marcelo Paz, presidente da LFU e CEO do Fortaleza.
A próxima fase do processo conjunto de comercialização dos direitos de transmissão e marketing da Série B será revelado pelas ligas em breve.
A Record parece estar pronta para iniciar sua nova fase nas transmissões de futebol. A emissora, que adquiriu os direitos de transmissão do Brasileirão dos clubes da Liga Forte União (LFU) a partir de 2025, já definiu sua programação. Segundo o jornalista Flávio Ricco, do Portal Léo Dias, serão transmitidos 30 jogos aos domingos e oito nas quartas-feiras.
LEIA TAMBÉM:
Os mandantes dos clubes da LFU terão seus jogos exibidos exclusivamente como mandantes. A Record transmitirá os confrontos das 18h30 aos domingos e os das 20h às quartas-feiras. Os horários foram escolhidos para evitar concorrência direta com a Rede Globo.
Vale lembrar que a Liga Forte União é composta por Corinthians, Internacional, Cruzeiro, Fluminense, Vasco, Athletico-PR, Atlético-GO, Botafogo, Fortaleza, Cuiabá, Criciúma e Juventude entre as equipes da Série A. A Record desembolsou R$ 210 milhões para garantir os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro até 2027.
A Rede Globo, por sua vez, possui um acordo com a Libra, que reúne Atlético-MG, Bahia, Flamengo, Grêmio, Palmeiras, Red Bull Bragantino, São Paulo e Vitória.
É importante ressaltar que, mesmo que os jogos dos clubes da LFU sejam transmitidos como mandantes na Record, as equipes da Libra que forem visitantes também terão - consequentemente - seus jogos exibidos na emissora.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) notificou o Live Mode, que é o representante da Liga Forte União (uma das duas ligas de clubes do Brasil), por uso ilegal da marca do Campeonato Brasileiro. A acusação é devido ao material da empresa para a venda de propriedades comerciais da Série A de 2025.
Fazem parte da Liga Forte União um grupo de 12 clubes, incluindo Corinthians, Fluminense, Internacional, Vasco, Fortaleza, Cruzeiro, Botafogo e Athletico-PR. O grupo deu a responsabilidade ao Live Mode de negociar os direitos televisivos deles a partir de 2025, em acordo que envolvia a compra de 20% dessas propriedades por investidores.
A empresa distribuiu três pacotes de jogos de TV, e criaram também propriedades comerciais para serem vendidas em casas de apostas, foi feito também um material para a divulgação no mercado. O material continha previsão de horários de jogos, conhecido em exploração do Brasileiro e usava a marca de outros clubes, que pertencem à Libra. Bahia, Palmeiras, Flamengo, São Paulo e outros já haviam notificado o Live Mode por uso indevido da marca e cobravam uma punição por parte da CBF.
Na última sexta-feira (30), a CBF enviou uma notificação ao Live Mode informando que tem uma marca do Brasileiro registrada no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), além de ter o direito de exploração da marca garantida por lei. Além disso, a entidade classifica o uso da marca da Série A pela empresa como ilegal.
"No Ofício (dos clubes da Libra), acompanhado da Apresentação Comercial elaborada e distribuída ao mercado pela LIVEMODE, verifica-se, de maneira incontestável, flagrante ilegalidade na ação cometida pela empresa, posto ter propagandeado, com intuito mercantil, as propriedades do Brasileirão, além das logomarcas de parceiros e patrocinadores, sem a obrigatória e necessária autorização prévia, tampouco sem ostentar os poderes específicos necessários e exigidos para atuar na defesa de seus interesses, da Confederação Brasileira de Futebol", diz a notificação.
A entidade ainda afirma em seguida, que o material do Live Mode pode ser classificado como concorrência desleal aos patrocinadores do Brasileiro, em acordos feitos pela confederação.
"Como se não bastasse a usurpação de suas propriedades comerciais de forma manifestamente indevida, a ilegalidade cometida pelo Live Mode afigura-se ainda mais grave e danosa, quando avaliada a estratégia empregada para divulgar a ação comercial. Ao associar e faz alusão direta às marcas de titularidade dos clubes e da CBF, a atitude da agência pode, inclusive ser enquadrada e definida como ato de concorrência desleal aos importantes Patrocinadores desta entidade e aos Clubes-, acarretando, pois, prejuízos evidentes, não apenas financeiros, mas também, com repercussões negativas e imagem, em conformidade com os artigos 195, II, da Lei de Propriedade Industrial", diz o documento.
A CBF ainda exige que o Live Mode pare de usar o material com a marca do Brasileiro e se comprometa a não mais utilizar o nome no futuro.
Os representantes de doze clubes filiados à LiBRA se reuniram na última sexta-feira (9) em São Paulo para tratar de novas propostas comerciais que têm sido apresentadas nos últimos meses. Após a concretização da venda dos direitos nacionais da Série A pelos próximos cinco anos, os dirigentes avaliaram as ofertas feitas por direitos internacionais e betting.
"Estamos avançando de maneira constante e sólida, sempre no sentido de conseguir as melhores condições possíveis para nossos clubes e parceiros. Criamos a LiBRA com o propósito de fortalecer o futebol brasileiro e suas equipes de maneira coletiva, e seguiremos firmes neste objetivo", revelou a presidente do Palmeiras, Leila Pereira.
Os clubes da LiBRA fecharam um acordo de exclusividade com a Rede Globo ainda em março deste ano, cedendo os direitos de transmissão nacionais nas TVS aberta e fechada, streaming e pay-per-view entre 2025 e 2029. O contrato também prevê um valor de mais de R$ 6 bilhões aos clubes da entidade, que começou a ser distribuido ainda nesta temporada.
"Esta parceria com a principal emissora do país traz previsibilidade orçamentária e também de exposição pelos próximos cinco anos. Além disso, nos dá tranquilidade para ir atrás de novas fontes de receita e negócios estratégicos para os clubes da LiBRA, que foi o que tratamos nesta reunião", avaliou Alberto Guerra, presidente do Grêmio.
Entre os representantes dos clubes em São Paulo, estiveram Brusque, Flamengo, Grêmio, Guarani, Palmeiras, Red Bull Bragantino, Santos, São Paulo e Vitória. Atlético-MG, Bahia e Paysandu participaram virtualmente da reunião.
Premier League, LaLiga, Bundesliga, Serie A italiana, Ligue 1... Como funciona a divisão dos valores dos direitos televisivos nas principais ligas estrangeiras, e como caminha para acontecer no Brasil com a Libra e Liga Futebol Forte, que desde 2022 vem rondando a mente dos torcedores dos principais times do país?
Para entender como isso pode funcionar no Brasil, primeiro precisamos ver como acontece nas ligas em que o padrão de divisão já é estabelecido. Começando com a liga que talvez seja a mais igualitária entre todas as citadas: a Premier League, da Inglaterra.
PREMIER LEAGUE
.png)
Na Premier League, durante a temporada 2022/2023, o valor de 72,6 milhões de libras separou a quantia recebida pelo campeão (Manchester City) da quantia que recebeu o último colocado da liga (Southampton). A divisão funciona assim: 50% do valor dos direitos de transmissão são distribuídos de forma igualitária entre as 20 equipes participantes, enquanto a outra metade é dividida de acordo com a posição final dos clubes na temporada anterior (25%) e a audiência que cada um dá para as televisões (outros 25%).
Desta forma, o campeonato tem valores distribuídos de forma mais equilibrada, o que ajuda todos os clubes a poder realizar investimentos em novos reforços, quitar de dívidas, reformas nos estádios, etc.

Dados divulgados pela Premier League.
Assim foi dividido em 2022/2023. Os valores da atual temporada ainda não foram divulgados pela Premier League.
LALIGA
.png)
Em LaLiga, na Espanha, funciona de um forma diferente, pois a marca "LaLiga" gerencia os times da primeira e da segunda divisão, de modo que os valores são distribuídos da seguinte forma: de 100% do dinheiro recebido com a comercialização do produto, 10% vão para os times da 2ª divisão, a LaLiga2. Dentre os 90% restantes, 50% são divididos em partes iguais para todos os clubes da primeira divisão e os outros 50% são variáveis.
Nesta variável, existe uma série de critérios que são usados para a divisão: 25% é distribuído referente à classificação das últimas cinco temporadas dos clubes - com quantia progressiva do ano mais recente para o mais distante -, e os outros 25%, chamados de “implantação social”, considera audiência de TV e dinheiro recebidos das bilheterias dos jogos.
Sendo assim, na temporada 2022/2023 (última temporada), o Real Madrid recebeu 161,24 milhões de euros desse dinheiro, o que representa mais de 10% da receita total, já o Barcelona não fica muito atrás, pois arrecadou 160,53 milhões de euros.

Dados divulgados por LaLiga.
Do primeiro colocado, o Barcelona, com 160,53 milhões de euros arrecadados, para o último, o Elche, com 45,30 milhões de euros arrecadados, a diferença é de quase 116 milhões de euros.
BUNDESLIGA
.png)
Já no alemão, a porcentagem que é dividida de forma igualitária entre os clubes da primeira divisão é maior: ao invés dos 50%, 53% são divididos de forma idêntica aos clubes. Dos 47% restantes, 42% são distribuídos pela performance esportiva das cinco temporadas anteriores e a valorização dos mesmos em 10 anos.
Dos 5% que restam, 3% são baseados pelo desempenho esportivo das divisões de base das equipes na temporada e, os últimos 2% pelo interesse do mercado publicitário nos clubes.
Na última temporada, o campeão Bayern de Munique faturou 95,3 milhões de euros, enquanto o último colocado, o VfL Bochum, embolsou o total de 33,17 milhões de euros.

Dados divulgados pela Bundesliga.
Na Bundesliga, além da receita de cotas de TV nacional, a liga também divulga o que os times recebem do mercado internacional.
SÉRIE A ITÁLIA

Junto com muitos outros campeonatos, a Série A italiana é mais uma liga que divide metade dos valores de forma igualitária. Dentre os clubes participantes, 50%. Dos 50% restantes, 30% são distribuídos pelo desempenho das equipes e 20% pelo número de torcedores que cada clube possui - algo parecido com o que o Premiere FC faz na escolha do time de coração no Brasil.
Entretanto, dentre os valores distribuídos por desempenho, uma outra subdivisão acontece: 15% são pagos pela posição das equipes na temporada anterior, 10% pela média de pontos conquistados nos últimos cinco anos e os 5% restantes são distribuídos pelo histórico de cada clube na competição.

Dados divulgados pela Série A Italiana.
Na temporada 2018/19, a campeã Juventus recebeu 85,4 milhões de euros, e o rebaixado Frosinone recebeu o total de 36,4 milhões de euros.
LIGUE 1
.png)
No Campeonato Francês, metade do valor também é dividido de forma igualitária, dos outros 50%, 30% são baseados nas posições dos times na temporada anterior e 20% pela audiência que cada clube dá na televisão.

Dados divulgados pela Ligue 1
Em 2019, o campeão Paris Saint-Germain recebeu cerca de 59,9 milhões de euros, enquanto o lanterna e rebaixado Metz recebeu 19,1 milhões.
E no Brasil?
Libra e Liga Futebol Forte vêm ocupando espaço na mente do torcedor brasileiro nos últimos meses. Ambos os grupos de clubes apresentaram propostas para vender os direitos de transmissão televisivos das equipes. No atual formato do Campeonato Brasileiro, a diferença entre o clube que mais arrecada com o que menos arrecada em direitos televisivos é de 6 vezes. A Libra e a Liga Forte Futebol querem diminuir essa distância para 3,5 vezes, mas de formas distintas.
A Libra propõe atingir esse número de maneira gradual e com cinco anos de transição até alcançar o índice considerado ideal - de 3,5. Sendo que, Flamengo e Corinthians vão manter o mesmo patamar de receita nesses cinco anos. A Liga Forte Futebol propõe que a distância já comece em 3,5 vezes.
PORCENTAGEM DE PERFORMANCE
A porcentagem de que será distribuída por performance esportiva não é muito diferente entre ambos os grupos (Libra e LFF), mas há diferenças em alguns critérios estabelecidos para medir o valor que será repassado para cada clube.
A Libra, grupo que Bahia e Vitória estão inseridos, elaborou uma tabela onde a colocação no Campeonato Brasileiro vai determinar o valor que o clube vai receber. Já a LFF não estabelece percentual fixo para o que cada clube receberá nas temporadas.
AUDIÊNCIA
Em valores por audiência, também existe uma diferença entre os grupos. Na LFF a medição dos valores é feita pela média proporcional ao valor do direito de cada plataforma de transmissão. Essa média gera um ranking de posições onde tem uma tabela pré-estabelecida de valor por clube. Na Libra, o que vale é o somatório de audiência sem tabela pré-definida.
Essa queda de braço pode terminar com a unificação de ambos os blocos. De acordo com o site ge.globo, os presidentes dos clubes de futebol do país têm em mãos neste momento uma proposta para a unificação da Libra, Liga Forte Futebol e União, que foi enviado em janeiro deste ano, com o interesse de vender os direitos de transmissão do Brasileirão para o ciclo entre 2025 a 2029.
Neste acordo, as receitas se dividiriam em 85% para a Série A e 15% para a Série B, que passaria a se beneficiar pelos direitos comerciais da 1ª divisão, pela primeira vez na história. Com isso, o valor destinado à primeira divisão se repartiria em uma fórmula 45-30-25, sendo: 45% em partes iguais para todos os clubes da Série A, 30% de acordo com a performance esportiva e 25% conforme interesse do mercado publicitário nos clubes.
Todavia, esse acordo entre as partes parece ser algo distante de ser atingido, pois, o grupo Libra fechou com a Globo e, no último dia 27 de março, os oito clubes da Série A que fazem parte dele receberam uma antecipação de R$ 63 milhões da emissora por conta da venda dos direitos de transmissão para o período entre 2025 a 2029.
Bahia, Vitória, Red Bull Bragantino, Atlético-MG, Grêmio, São Paulo, Palmeiras e Flamengo são os clubes da Série A que acordaram sorrindo nesta quarta-feira (27). Todos os clubes citados acima fazem parte da Libra, a Liga Brasileira de Clubes. Segundo reportagem de Rodrigo Mattos, do site UOL, a Globo pagou um adiantamento de cerca de R$ 60 Milhões a cada clube que faz parte da Libra.
Os clubes assinaram o contrato com a emissora para os direitos de transmissão do Brasileirão de 2025 a 2029 neste mês de março, e esse adiantamento estava previsto no acordo. O valor global é de R$ 1,3 bilhão por ano, mais adicionais de pay-per-view, como é o caso dos canais Premiere.
O contrato tinha a previsão do adiantamento de 10% do valor total do acordo, o total de R$ 650 milhões. Desse valor, é estimado que os clubes da Série A recebam o montante de R$ 63 milhões, enquanto 3% será destinado aos clubes da Série B que fazem parte da Libra.
Segundo a divisão do dinheiro no contrato, o valor será dividido em 40% de forma igual entre os clubes, 30% por audiência e 30% pela classificação na tabela do Brasileirão.
Em reunião realizada na tarde desta quarta-feira (7), os clubes da LIBRA aceitaram a proposta da Globo em relação à venda dos direitos de transmissão do Brasileirão. O acordo entrará em vigência em 2025 e terá duração até 2029.
A LIBRA pensou em se unir à Liga Forte Futebol para realizar a negociação em conjunto, com uma oferta de R$ 2 bilhões da emissora, mas preferiu realizar a negociação sozinha e concretizar o acordo.
As partes jurídicas seguem sendo preparadas e a expectativa é de que o contrato seja assinado no próximo mês. O presidente do Vitória, Fabio Mota, juntamente com Julio Casares, do São Paulo, falaram sobre a negociação.
“Foi uma boa reunião”, concretizou Fabio Mota, do Vitória.
“De forma conjunta, optamos por avançar com a proposta da Rede Globo, parceira histórica do futebol brasileiro, e que já se encontra em estágio avançado de negociação”, completou Casares.
Em nota oficial, a entidade também falou a respeito do acordo e projetou os próximos passos.
“Para os clubes membros da liga, este é um importante passo no processo de formação de uma liga nacional, que contemple as 40 equipes da Série A e B do Campeonato Brasileiro. Desde a sua criação, em 2022, esse tem sido o objetivo principal da instituição.”
A Globo promete R$ 1,3 bilhões de reais sem contabilizar os valores do pay-per-view. As equipes devem ganhar valores estimados até R$ 2 bilhões com o Premiere.
Os presidentes dos clubes do futebol brasileiro possuem uma proposta para a unificação da Libra e da ingressão entre o Forte Futebol e União. Os grupos seguem em lados distintos na no que diz respeito à criação da liga. O documento foi enviado aos representantes dos seus times na última sexta-feira (19).
O Globo Esporte teve acesso às cópias do documento e divulgou que as entidades que assinarem irão declarar automaticamente o desejo de unir os blocos. A única proposta que os clubes possuem interesse em comum é sobre a venda dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, que tem vigência entre 2025 e 2029.
Os principais pontos do documento estabelecem uma divisão de receitas, onde 85% são destinados à Série A e 15% à Série B, sendo essa a primeira vez na história em que a Série B se beneficiará dos direitos comerciais da elite.
Dentro da Série A, as receitas serão distribuídas de acordo com uma fórmula de 45-30-25, que se desdobra da seguinte forma:
- 45% iguais para todos os clubes: Garantindo uma base equitativa para todos os participantes.
- 30% de acordo com performance: Considerando a classificação do Brasileirão durante três temporadas. Isso promove estabilidade nas receitas para os clubes com melhor desempenho.
- 25% conforme o apelo comercial: Distribuídos com base na audiência média de cada clube em suas transmissões, ponderada para considerar a representatividade de cada plataforma. A medição inclui critérios como audiência de televisão aberta e fechada, além do streaming, este último medido como a soma de espectadores a cada minuto.
O modelo de distribuição de receitas da Liga Brasileira delineia com precisão dois elementos essenciais: o componente de performance e o apelo comercial. Estas são peças fundamentais na equação que visa uma distribuição mais equitativa e justa das receitas entre os clubes.
O componente de performance considera a classificação do Brasileirão ao longo de três temporadas. Em 2025, por exemplo, 34% do valor deste componente seriam atribuídos à tabela daquele ano, enquanto 33% seriam provenientes da classificação de 2024 e outros 33% de 2023.
O apelo comercial ocorre com base na audiência média de cada clube em suas transmissões. Para garantir uma medição abrangente, o padrão do Ibope é considerado tanto para televisão aberta quanto fechada. Isso oferece uma base para avaliar a popularidade dos clubes em diferentes plataformas tradicionais. No caso do streaming, a medição é realizada considerando a soma de espectadores a cada minuto, um método mais conservador, quando comparado ao utilizado pelo Ibope.
O diretor executivo da subsidiária do Mubadala Capital no Brasil, Sergio Carneiro, deu um prazo até 12 de junho para que os clubes do Forte Futebol manifestem o interesse de aderirem à Libra. A informação é do portal ge.
Nesta semana, o fundo de investimentos já havia apresentado nova proposta para se tornar sócio da liga de clubes, em assembleia com dirigentes que formam a Libra. O grupo sediado nos Emirados Árabes propõe pagar R$ 4,75 bilhões para comprar 20% da liga, caso ela tenha 34 ou mais clubes, ou R$ 4 bilhões para a hipótese de haver entre 18 e 33 clubes.
No planejamento do Mubadala, existe diferença de prazos para clubes que já estejam na Libra e os outros que hoje pertençam ao Forte Futebol. O fundo de investimentos dá mais tempo àqueles que decidam entrar no bloco só agora, para que eles tenham mais tempo para analisar os contratos, etc.
Atualmente o bloco Futebol Forte é formado por: ABC, Athletico, Atlético-MG, América-MG, Atlético-GO, Avaí, Brusque, Chapecoense, Coritiba, Ceará, Criciúma, CRB, CSA, Cuiabá, Figueirense, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Náutico, Operário-PR, Sport, Vila Nova e Tombense.
Já a Libra é composta por: Bahia, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Grêmio, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Palmeiras, Ponte Preta, Bragantino, Sampaio Corrêa, Santos, São Paulo, Vasco e Vitória.
Confira a mensagem de Sergio Carneiro, diretor executivo da subsidiária do Mubadala no Brasil,na íntegra:
"Caro Presidente, boa tarde.
Após meses de trabalho intenso, acordamos ontem o cronograma para finalização do investimento da Mubadala Capital no futebol brasileiro e gostaríamos de estender a oferta e oportunidade a todos clubes da Serie A e B.
A força dos escudos representados na LFF e diálogos entre clubes teve papel importante nos últimos meses, permitindo grandes avanços no modelo de distribuição de receitas aprovado na LiBRA. Agora é o momento de juntar forças, passar a focar na grande oportunidade de aumentar o tamanho do bolo a ser repartido por todos.
Nesse contexto, gostaríamos de reforçar o convite para participar da nossa proposta para o futebol brasileiro. Pela confiança que temos na oportunidade pela frente, estamos fixando os valores a serem pagos em cada cenário de adesão: (i) R$ 4.75 bilhões para adesão de 34 ou mais clubes e (ii) R$ 4.0 bilhões para adesão entre 18 e 33 clubes.
Estou à disposição para discutir em mais detalhes e explicar a estrutura da proposta. Um ponto adicional relevante do memorando assinado é a previsão de sinal de R$ 3 milhões por clube na assinatura definitiva dos documentos da transação. Para seu clube estar apto a receber tal parcela do preço, a condição inicial é que o documento abaixo, de indicação de interesse em avaliar nossa proposta, seja assinado até dia 12 de junho.
Ficaríamos honrados com a sua participação para seguirmos unidos no desenvolvimento da Liga.
Me coloco à disposição para conversar em mais detalhe.
Att
Sergio".
A Liga do Futebol Brasileiro (Libra) divulgou na manhã desta terça-feira (21) um documento com a proposta de divisão de receitas aos clubes. Dentre os membros do bloco está a dupla Bahia e Vitória. A simulação de cálculo traz somente um cenário, onde os valores projetados são maiores do que o dobro da quantia atual, além de permitir que a diferença entre o primeiro e o último da fila de arrecadação seja de 3.34 vezes.
Atualmente, os clubes da Série A dividem 29,7% das receitas do campeonato de forma igualitária, 22,2% de acordo com a colocação e 48,1% a partir da audiência. Para que o impacto não seja tão grande, o modelo apresentado considera um período de transição numa divisão 40/30/30. A proposta da Libra inclui uma chamada "cláusula de estabilidade". O objetivo é resguardar "clubes que fazem maior concessão na formação da Liga (Flamengo e Corinthians)" e determina, que caso a receita no período de transição de cinco anos, fique abaixo da temporada de 2022, a dupla do sudeste terá percentuais idênticos aos dos contratos atuais de transmissão.
Já a Série B assegura um repasse anual de 15% das receitas da liga. O porcentual é maior do que o repassado atualmente de 9,5%.
O documento é assinado pelo BTG Pactual e pela Codajas Sports Kapital, parceiros da Libra. Eles buscam o Mubadala Capital, potencial investidor com fundo ligado ao governo dos Emirados Árabes.
A Liga Forte Futebol (LFF) emitiu, nesta quarta-feira (1º), um comunicado falando sobre as mudanças aprovadas pela Libra (Liga do Futebol Brasileiro) nesta terça (28). Em Assembleia Geral, os clubes do segundo grupo definiram ajustes no formato de divisão de receitas em seu Estatuto.
"A Liga Forte Futebol (LFF) acredita que o modelo de distribuição de receitas da Liga Brasileira deve ser aquele que torne o futebol brasileiro mais forte e competitivo como um todo. E, para isso, considera fundamental que haja um debate aberto sobre o tema. Pelas notícias veiculadas nesta terça-feira sobre mudanças aprovadas em reunião da Libra acerca do modelo de distribuição das receitas de uma futura liga unificada, a LFF acredita que estão na direção certa e aguarda um contato da Libra compartilhando a proposta oficial aprovada para que possa haver. a retomada do diálogo entre os dois grupos", diz o texto.
Liga Forte Futebol reforça princípios para formação de liga única de 40 clubes
— Liga Forte Futebol do Brasil (@LigaForteBR) March 1, 2023
Nota completa no fio ?? pic.twitter.com/r5wj4bOVit
A LFF também se disse "aberta ao diálogo construtivo", mas ressaltou que ainda há pontos críticos que ainda parecem "afastar uma convergência" para um modelo único de acordo entre os dois grupos. Confira:
1) Um limite máximo de 3.5x de diferença entre o clube de maior e o de menor receita, independentemente do volume de receitas total gerado, ou de qualquer regra de transição - cláusula pétrea para a LFF;
2) A garantia de repasse de 20% da receita total para as Série B e C, independentemente de como os direitos sejam negociados, seja de forma separada entre A e B ou de forma conjunta - cláusula pétrea para a LFF;
3) A garantia mínima do PPV, presente nos contratos de alguns clubes até 2024, que causa as maiores distorções de receitas no futebol brasileiro, não pode ser mantida como referência para qualquer garantia de receita após 2025;
4) A governança precisa respeitar um quórum de votação para mudanças importantes de 2/3, e não por unanimidade ou por uma maioria que na prática dê poder de veto a um grupo muito reduzido de clubes (ex.: 85%);
Ao todo, 26 clubes fazem parte da LFF: ABC, Atlhético-PR, Atlético-MG, América-MG, Atlético-GO, Avaí, Brusque, Chapecoense, Coritiba, Ceará, Criciúma, CRB, CSA, Cuiabá, Figueirense, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Náutico, Operário, Sport, Vila Nova e Tombense.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Jaques Wagner
"Te afianço que vamos corrigir, tanto em cima como embaixo".
Disse o líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), durante a discussão na Comissão de Assuntos Econômicos sobre o projeto que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, indicando que a faixa de cobrança dos chamados “super-ricos”, que ganham acima de R$ 600 mil, precisaria ser retificada a cada ano.