Artigos
A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade
Multimídia
Ivanilson afirma que PV fará reavaliação de filiados e admite: “Servimos sim de barriga de aluguel”
Entrevistas
Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026
ismael carvalho
O ano de já começou com polêmica. O ator Pedro Cardoso, famoso por seu papel como Agostinho Carrara, causou burburinhos na internet ao comparar Tracy Chapman, ícone do blues e soul, a Beyoncé, uma das maiores cantoras do mundo.
Em seu texto, ele sugere que Bey só é famosa porque vende sua vida pessoal. "Mais me toca a arte de Tracy Chapman do que a de Beyoncé. Mas a minha questão aqui é a razão de a Beyoncé ser mais consumida do que Tracy. E desconfio que o maior sucesso comercial das 'Beyoncé' frente as 'Chapman' se deve àquelas que vendem, além de sua arte, também a sua vida pessoal", disse ele.
Pedro também criticou o consumo de arte entre as pessoas. Segundo ele, uma “biografia espetacularizada” é mais consumida que a arte. "Os jornais noticiam como fatos da cultura os namoros, os negócios, os treinos, os crimes e, principalmente, a vida sexual dos ditos 'famosos'. Quase nada dizem sobre a arte deles", emendou.
"Não gosto nem desgosto especialmente de Beyoncé, mas da vida pessoal de Tracy eu nada sei; da de Beyoncé, sem que eu procure, chegam-me mil fofocas. Para fazer o sucesso comercial tal qual o de Beyoncé é preciso um empenho de promoção tão milionário quanto os milhões que se quer ganhar”, adicionou.
O artista finalizou criticando a indústria artística. E nisso, a arte se torna um adorno secundário da vida pessoal dos artistas. A indústria que vende biografias íntimas de artistas é tão rica hoje que ela mesma produz os artistas sem arte que explora. E os artistas autênticos, e suas artes, circulam menos pelo planeta. Sem vender a vida, “Beyoncés” não venderiam tanto".
O comentário não foi bem aceito entre o público, que logo criticou o posicionamento de Pedro. O influenciador baiano Ismael Carvalho escreveu: "Pedro, dá tempo de apagar. Porque você está falando de uma das artistas mais reservadas do mundo, com menos polêmicas. Achei de péssimo tom um cara branco colocar duas mulheres pretas nessa posição comparativa".
Esta resposta também não foi bem aceita por Cardoso, que logo questionou quem o influenciador estava chamando de “cara branco”. "Quem é um 'cara branco' aqui? Eu? Não sou branco nem cara. O que é ser branco? É a cor da pele ou a ideologia? Para mim, sobre o que falo, o fenótipo do exemplo, é irrelevante. Poderia ser Marisa Monte e Luiza Sonza ou Rita Lee e Madonna. A obsessão sua com a questão tão relevante dos ecos da escravidão no presente é sua".
Além de Ismael, outros seguidores do ator também não acharam a publicação de “bom tom”. A maioria dos comentários acusam Pedro de ser racista em seu comentário. Segundo alguns, Cardoso fez uma crítica baseada em “achismos”.
"Dizer que discrição e silêncio são boas características quando se trata de uma artista negra é sintomático também. Branco gosta de preto discreto. Comparar obras também me parece algo pequeno, mas o que mais chama a atenção é como é fácil para quem sempre teve o poder da palavra formar opinião baseada em achismo", apontou uma internauta.
Já outra escreveu: “Não aguento mais sentir vergonha alheia. Esse povo finge que lê, finge que é antirracista. Não é possível. A ignorância convicta é a pior que tem. Que morte horrível de Pedro”.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.