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influenciadores digitais
Você pode pensar que existem muitos pontos positivos em ser um influenciador digital. Ganhar “mimos”, vida glamourosa, parcerias com marcas famosas e até mesmo a chance de um dia ser chamado para algum reality show… No entanto, existe o lado negativo na superexposição de si nas redes sociais.
Com a repercussão do vídeo do youtuber Felca sobre adultização de crianças nas redes sociais, muito se discutiu sobre a superexposição de crianças e adolescentes nas redes sociais.
Porém, a exposição sem limites também pode ser prejudicial a adultos. Com o “boom” de influenciadores, a exposição das pessoas passou a crescer nas plataformas sociais.
Uma pesquisa do DataReportal, em 2024, apontou que brasileiros gastam em média 9h e 13 minutos por dia conectados, sendo a segunda população com maior tempo diário gasto online.
O tema ainda é muito novo, porém as consequências já estão sendo debatidas por profissionais de saúde mental. Segundo o psicólogo Matheus Dias, a superexposição pode se tornar nociva.
“Existe uma pressão constante para os influenciadores por performance, por relevância, para manter o engajamento. E isso acaba colocando eles em um estado permanente de alerta. A rotina, por exemplo, por si só já pode ser uma geradora de estresse crônico”, explica o psicólogo.
Dentre os prejuízos para a saúde mental estão sintomas de ansiedade - como transtornos de ansiedade generalizado ou social -, crises de autoestima, sensação de esgotamento, uma dificuldade em separar a vida pessoal da profissional. Além de viver um estado de conservação contínua.
“É um estado psíquico onde o influenciador vai estar sempre avaliando como ele será percebido pelos outros. O que pode acabar inibindo tanto a espontaneidade dele, como até gerando uma desconexão da própria identidade do influenciador. Ele não vai conseguir diferenciar o que é ele e o que é aquela persona que ele cria para as redes sociais”, detalhou.
Para o psicólogo, também é comum o surgimento de uma dependência emocional do influenciador com o reconhecimento online, os likes, os comentários positivos e os compartilhamentos. Essas interações virtuais tornam-se uma espécie de validação, que pode provocar um impacto na saúde dessa pessoa, caso os comentários se tornem negativos.
Esses influenciadores, dependentes de uma resposta positiva vinda de seus seguidores, podem desenvolver baixa autoestima, perda do prazer nas atividades e medo de eventos presenciais, preferindo evitar interações reais.
Para Dias, o ideal é que os influenciadores que estiverem passando por situações parecidas, procurem apoio psicológico.
“Com apoio psicológico eles podem buscar estratégias de autocuidado, principalmente em relação à própria autoestima. Quando eles desenvolvem uma boa autoestima, quando eles têm uma autoestima elevada, eles tendem a sentir menos a pressão da internet, a pressão por likes, e também refletir sobre os próprios limites”, recomenda.
Reconhecida desde 2022 como profissão pela Classificação Brasileira de Ocupação (CBO), os influencers trabalham nas redes produzindo conteúdos, engajando audiências e promovendo marcas. Muitos acabam criando suas próprias marca ou investindo em carreira como cantor ou ator.
Muitos foram os influenciadores ou figuras públicas que precisaram “dar um tempo” de seus perfis para priorizar a saúde mental. Dentre eles, está o humorista Whindersson Nunes, a cantora internacional Selena Gomez e, um dos casos de maior repercussão, a ex-BBB Vanessa Lopez.
A ex-BBB precisou de algumas semanas longe das redes sociais após ser diagnosticada com um quadro de psicose aguda durante sua experiência no reality show “Big Brother Brasil”. No programa, os participantes são gravados 24 horas por dia e avaliados pelo público do lado de fora.
Vanessa desistiu de sua participação no programa e chegou a comentar em entrevistas posteriores sobre sempre ter se sentido submetida a julgamentos alheios na internet. “Tudo que eu já vivenciei com a internet, todas as opiniões e julgamentos que as pessoas tiveram sobre mim, com certeza foram dores minhas que vieram à tona lá dentro, isso eu não tenho dúvida", a influenciadora afirmou ao Fantástico.
Uma das principais estratégias, segundo Matheus, para que influenciadores protejam sua saúde mental é trabalhando sua autoestima. Além disso, definir limites como filtrar comentário e bloquear palavras ofensivas também pode ajudar.
CUIDADOS DE SEGUIDORES
Não são só os influenciadores que estão vulneráveis a exposição nas redes. Seus seguidores também precisam ter cuidado. Acompanhar com tanto afinco seus influencers favoritos pode provocar uma constante comparação com a vida deles.
Conforme o psicólogo, o consumo intenso desse conteúdo pode impulsionar compras desnecessárias, criando a sensação de insuficiência. Além de padrões irreais em relação à estética, sucesso e estilo de vida, dependendo de quem acompanhe.
Dias pontuou ainda que muitas das pessoas que consomem em excesso influenciadores digitais costumam não ter outras formas de lazer para além das redes sociais. “Talvez esse seja o único momento de lazer que essa pessoa específica tem durante a semana. E a gente entra numa problemática muito grande em relação ao desenvolvimento social e econômico do país”, afirmou.
Para esses internautas, o psicólogo recomenda se questionar: “Por que eu estou seguindo essa pessoa?” ou “O que essa pessoa tem de importante a agregar em minha vida?”.
O influenciador, que ganha com base em seu engajamento e contato com os seguidores, não vai impor esses limites. É o seguidor que precisa questionar o que consome e o que ganha com isso.
Neymar, Virginia Fonseca e Zé Felipe são os influenciadores digitais com maior engajamento, monetização e número de seguidores do Brasil, segundo um levantamento da Favikon, em parceria com People2Biz.
Segundo o site Exame, a pesquisa analisou os principais criadores de conteúdos nas redes sociais Instagram, Youtube, X (antigo Twitter), TikTok e LinkedIn, e montou um top 10 com os principais influenciadores do país.
- Neymar (jogador de futebol)
- Virginia Fonseca (influenciadora digital)
- Zé Felipe (cantor)
- Cleyton da Silva (influenciador digital)
- Lucas Rangel (youtuber)
- Hytalo Santos (influenciador digital)
- Vinicius Júnior (jogador de futebol)
- Emilly Vick (criadora de conteúdo)
- Camilla Pudim (criadora de conteúdo)
- Marcelo Vieira (ex-jogado de futebol)
A pesquisa apontou ainda que 85% dos principais criadores de conteúdo nacionais são multiplataforma, ou seja, possuem presença em três ou mais redes sociais. Ainda conforme os dados, os influenciadores ultrapassaram as cinco maiores redes de TV do Brasil e apresentam níveis de engajamento de quatro a seis vezes maiores.
O casal de influenciadores digitais Maíra Cardi e Thiago Nigro surpreendeu seus funcionários com um presente de Natal não convencional: um cheque no valor de R$ 10 mil para cada um. A iniciativa foi divulgada pela própria Maíra em suas redes sociais, onde ela explicou que a ideia surgiu como forma de agradecer o trabalho e a dedicação de toda a equipe.
"A gente ficou pensando no que dar, mas como é Natal e temos um tanto de funcionários, a gente resolver dar um valor simbólico de R$ 10 mil para cada", disse Maíra em um vídeo publicado no Instagram. A influenciadora destacou a importância dos funcionários para o sucesso de seus projetos e afirmou que o presente é uma forma de reconhecer o trabalho de cada um.
A atitude do casal gerou diversas reações positivas nas redes sociais, com muitos internautas elogiando a generosidade de Maíra e Thiago. "Que atitude linda!", comentou um seguidor. "Vocês são demais!", disse outro.
A Polícia Civil do Tocantins deflagrou uma operação contra três influenciadores digitais denunciados pelo Ministério Público do Estado por causa da realização de rifas ilegais nas redes sociais.
O MP estima que Evoney Fernandes Macedo, Hitalon Silva Bastos e Fábio Oliveira Neto movimentaram, em menos de um ano, cerca de R$ 4,5 milhões em 36 rifas.
De acordo com informações do G1, Evoney foi o que mais lucrou com os sorteios que distribuiam celulares, vídeo games e valores em espécie. Cada sorteio gerava cerca de R$ 200 mil de arrecadação. A operação foi chamada de “Tá no Grale” em referência ao bordão usado por Evoney Fernandes.
A investigação ainda destaca que algumas das rifas não tiveram o vencedor anunciado pelos realizadores.
A realização de rifas é caracterizada com contravenção pela prática de loterias não autorizadas. Uma autorização da Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria, do Ministério da Economia (Secap) é necessária para a realização de forma legal.
Leia a nota na íntegra enviada pela assessoria do humorista Evoney Fernandes ao g1:
Em relação a operação policial denominada “Tá no Grale”, bordão usado por EVONEY FERNANDES, informamos que ele está à inteira disposição de todas as autoridades investigativas para prestar os esclarecimentos que se fizerem necessários. Ao que se colhe, não se cuida de crime, visto que a investigação diz respeito à realização de rifas, o que, acaso confirmado, se enquadra na hipótese legal de contravenção penal. Todos os bens de EVONEY FERNANDES foram adquiridos de forma lícita, são registrados em seu nome e declarados às autoridades competentes. Tão logo seja oportunizado o contraditório, os fatos serão devidamente esclarecidos. O artista se encontra no interior do Maranhão cumprindo agenda de shows normalmente. Estamos sempre à disposição.
O Brasil é o segundo país com mais pessoas apostando na carreira de influenciadores digitais, perdendo apenas para os Estados Unidos, onde 13,5 milhões trabalham como influenciadores, de acordo com uma pesquisa da consultoria Nielsen de 2022. A reportagem é do jornal Extra.
De acordo com a publicação, no Instagram, o país lidera o ranking, com 10,5 milhões de influencers - o equivalente a oito vezes o número de advogados ou quase 20 vezes o número de médicos brasileiros, segundo dados da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Conselho Federal de Medicina (CFM).
Em 2021, uma pesquisa feita pela empresa de informação, dados e mediação germânico-americana Nielsen Media Research apontou que o Brasil possui cerca de 500 mil influenciadores digitais.
Na época, isso representava um mercado com mais influenciadores do que dentistas, com 374 mil formados no país, e engenheiros civis, com 455 mil. O número ainda empatava com o de médicos, que chegava a 502 mil.
Para comemorar a marca de um milhão de seguidores no Instagram, o humorista baiano Leo Marques realiza, nesta terça-feira (11), a partir das 16h, o arraiá Chocky de São João, reunindo amigos influenciadores digitais de Salvador. O encontro acontecerá em uma casa de veraneio, ao som de Seu Maxixe, Forró Massapê, Colher de Pau e Nata do Samba, e será exibido através dos storioes no Instagram do comediante.
“Como a gente anda muito junto, sugeri fazer um arraiá e todo mundo se animou. Um arraiá só nosso, íntimo, dos amigos influencers mesmo. O objetivo é unir a galera e deixar os seguidores assistirem, já que eles gostam tanto do nosso grupo junto”, conta Leo Marques.
Entre os presentes estarão Alesson, Nanda Macedo, Deisybel, Tassia Real, Sthefane Matos, Leonardo Pedreira, Índia, Jadson Faleta, Victoria Brito, Nai Darlen e Pâmela Sampaio.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Kiki Bispo
"A prefeitura encaminhou alguns projetos de financiamento de ônibus regular, dos alternativos que são os amarelinhos. De repente a gente poderia dar uma ordenada nessa categoria importante que são os aplicativos".
Disse o vereador Kiki Bispo (União) ao defender nesta quarta-feira (15), a ordenação de motoristas por aplicativo que atuam em Salvador. Em entrevista ao programa Bahia Notícias no Ar, na rádio Antena 1 Salvador, o edil defendeu que a prefeitura faça outros investimentos para ordenar e auxiliar a regulamentação desses profissionais.