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indigenas na bahia
Um relatório apontou a ocorrência de 18 assassinatos de indígenas na Bahia em 2023. Os casos ocorreram em cidades do Sul e Extremo Sul baiano, como Pau Brasil, Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (22) pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) no relatório "Violência contra os Povos Indígenas no Brasil".
As vítimas eram das etnias pataxó e pataxó hã hã hãe em situações de conflito de terras. Os primeiros casos ocorreram em janeiro do ano passado quando os jovens Samuel Cristiano do Amor Divino, de 25 anos, e Nau Brito de Jesus, de 16 anos, foram mortos em um trecho da BR-101 de Itabela. Os dois voltavam de um povoado onde compraram alimentos e seguiam para uma ocupação quando foram alvejados. No mesmo mês, um policial militar foi preso suspeito pelo crime.
O último caso do ano foi registrado em dezembro, quando o cacique Lucas Santos Oliveira foi morto em Pau Brasil. Segundo o Movimento Unido dos Povos e Organizações da Bahia (Mupoiba) e a Polícia Civil, dois homens em uma moto atiraram contra o cacique, que condizia uma moto, com o filho na garupa. Lucas era pataxó Hã-Hã-Hãe.
Cacique Lucas Santos de Oliveira / Foto: Reprodução / Instagram
Em todo país, foram 208 assassinatos de indígenas em 2023, o que representa um aumento de 15,5% ante o número registrado em 2022 (180). O resultado vai na contramão da redução do número de homicídios no país. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os assassinatos diminuíram 3,4% em 2023, na comparação com 2022.
Os estados com maior número de mortes de indígenas permaneceram os mesmos Roraima (47), Mato Grosso do Sul (43) e Amazonas (36). Dos 208 óbitos, a maioria (171) das vítimas tinha entre 20 e 59 anos, sendo que 179 eram homens, e 29 mulheres.
As informações do relatório foram obtidas a partir da base do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e de informações da Sesai via Lei de Acesso à Informação (LAI).
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Nikolas Ferreira
"Meu Deus, quanta humilhação. Nada disso será esquecido".
Disse o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) ao criticar o modo em que o advogado Lucas Brasileiro, preso por envolvimento nos atos do 8 de janeiro de 2023, foi levado algemado em velório de sua avó.