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A comemoração pelos 202 anos da Independência do Brasil na Bahia foi marcada pela cerimônia do Te Deum, realizada na manhã desta terça-feira (1º), na Catedral Basílica, no Centro Histórico. Presidido pelo arcebispo de Salvador e primaz do Brasil, cardeal Dom Sergio da Rocha, o ato religioso integra o calendário oficial das homenagens à data magna, que este ano traz o tema “Eu sou o 2 de Julho”.
Com origem no latim, “Te Deum” significa “A Ti, ó Deus” e define um hino de louvor entoado em momentos solenes, como forma de agradecimento. A cerimônia foi prestigiada por autoridades civis, militares das Forças Armadas e contou com a presença maciça da população.
Ao iniciar a homilia, o cardeal Dom Sergio da Rocha reforçou que a presença da Igreja Católica neste momento simboliza a junção entre fé e história. “É uma data muito especial, de rara beleza artística e religiosa, mas é claro, de reforçarmos as nossas memórias, valorizamos a nossa história. O Te Deum é um louvor a Deus. Nós louvamos a Deus pela Independência da Bahia, pela Independência do Brasil na Bahia, mas, ao mesmo tempo, queremos contribuir para que a liberdade, a paz, a justiça e a fraternidade se façam presentes entre nós”, disse.
O religioso fez questão de agradecer a todos que lutaram e contribuíram pela independência do Brasil. “Temos a presença aqui dos Caboclos de Itaparica e representantes das Forças Armadas. Nos alegramos com a presença daqueles que representam tantos, que se engajaram nas lutas pela independência no Recôncavo Baiano. Nós queremos também lembrar de tantas pessoas anônimas que no passado e no presente contribuíram e contribuem para edificar a sociedade. Os caboclos representam aqueles que, no anonimato, ajudaram e muito para que nós hoje pudéssemos estar celebrando o aniversário da Independência do Brasil na Bahia”, destacou o cardeal.
Para o presidente da Fundação Gregório de Mattos (FGM), Fernando Guerreiro, que participou da cerimônia representando a Prefeitura de Salvador, o Te Deum é uma solenidade tradicional, festiva e que marca a abertura da homenagem ao 2 de Julho.
“O civismo e o religioso comemorando essa grande batalha, essa grande conquista da Independência do Brasil na Bahia. Esse ano, temos a catedral lotada, com a presença maior das Forças Armadas, dos povos originários de Itaparica e da população. Momento importante para atrair as novas gerações, fortalecer o trabalho com as escolas, para que elas venham, assistam a essa missa e possam aprender mais sobre o 2 de Julho”, considerou o gestor.
Há mais de seis décadas, Hildo Peixoto, caboclo mestre da tribo Guaranis de Itaparica, grupo cultural da Ilha de Itaparica que celebra a resistência local contra as tropas portuguesas em 1823, participa do Te Deum. “Estamos mais um ano aqui para lembrar que toda essa luta teve a presença massiva dos povos indígenas. Enquanto Deus me der vida e saúde, eu estou aqui na luta, resistindo”, disse.
Ao som do Coral da Irmandade do Senhor do Bonfim, regido pelo maestro Francisco Rufino, o hino composto por Santo Ambrósio e Santo Agostinho, no ano de 387 em Milão, foi entoado, emocionando quem assistia à celebração.
Além do Te Deum, a programação pela Independência do Brasil na Bahia nesta terça (1º) contará, a partir das 16h, com a cerimônia cívica de chegada do Fogo Simbólico no Largo de Pirajá, onde autoridades hastearão as bandeiras, acenderão a pira e depositarão flores no túmulo do General Labatut. O Hino Nacional será executado pela Banda de Música da Polícia Militar da Bahia e o encerramento do dia contará com um show do grupo Cortejo Afro.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou sua presença nas celebrações de 202 anos da Independência da Bahia nesta quarta-feira (2 de Julho), em Salvador. É o quarto ano consecutivo que o chefe do Executivo federal vem ao estado para participar da cerimônia. A presença de Lula foi confirmada pela assessoria de imprensa do presidente.
O petista deve se juntar as celebrações por volta das 9h30, durante a caminhada na altura do Convento da Soledade, após a passagem dos carros da Cabocla e do Caboclo pelo local.
A programação do 2 de Julho será iniciada às 8h, com o tradicional hasteamento das bandeiras, seguido da deposição de flores no monumento ao General Labatut.
Em seguida, será realizada a entrega simbólica dos carros emblemáticos da Cabocla e do Caboclo, além do pronunciamento do presidente do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), professor Joaci Góes.
Segundo a assessoria de imprensa do governo do estado, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) irá acompanhar o movimento até o Pelourinho.
O secretário de Cultura de Irará, Roberto Martins, participou da cerimônia em celebração ao 2 de Julho no Largo da Lapinha, em Salvador, nesta terça-feira (2) e falou sobre a importância da data tanto para a capital quanto para o interior da Bahia. Em entrevista ao Bahia Notícias, Martins defendeu a proposta de tornar a Independência do Brasil na Bahia um feriado nacional.
"Participo do 2 de Julho há mais ou menos 20 anos, desde que vim para Salvador em 2003. Sempre estive presente nessa data, que é magna para o Brasil. No interior, especialmente em Irará, essa consciência foi crescendo com o tempo. Irará tem uma forte representatividade, já que de lá saíram os encourados de Pedrão para lutar na independência da Bahia," explicou o secretário.
Roberto Martins destacou que, inicialmente, o movimento no interior era mais tímido, mas que com o tempo e o aumento da conscientização, a participação se tornou mais significativa. "Pedrão, que era parte de Irará até a década de 60, teve papel importante na luta pela independência da Bahia em 1823."
Sobre a ideia de transformar o 2 de Julho em um feriado nacional, Martins expressou seu apoio. "Apoiamos a iniciativa da deputada Alice Portugal de nacionalizar essa data. O Brasil deve olhar para a Bahia nessa data, porque a independência na base da resistência e da força popular aconteceu aqui."
O secretário de Cultura do Estado, Bruno Monteiro, destacou a importância da presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na comemoração e defendeu a federalização da data durante a cerimônia em celebração ao 2 de Julho, no Largo da Lapinha, em Salvador, nesta terça-feira (2).
“A presença da mais alta autoridade do país na celebração do 2 de Julho, para além do simbolismo e do caráter popular, mostra que Lula tem essa sintonia com o povo baiano. É um reconhecimento da história da luta do povo baiano como parte da história oficial do Brasil”, afirmou Bruno Monteiro. Ele ressaltou que este é o terceiro ano consecutivo que Lula participa do evento, sendo o segundo como presidente da República, o que reforça a importância dessa história para o país.
Bruno Monteiro também comentou sobre os esforços para incluir a história do 2 de Julho nos currículos escolares em todo o país. “Nós que estamos nesse trabalho para o reconhecimento da história do 2 de Julho temos uma força com isso. A presença do presidente nos dá mais visibilidade e apoio para essa causa”, disse.
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O secretário de Cultura mencionou que a federalização da data é uma prioridade e que a Secretaria de Cultura está pronta para colaborar com o governo federal nesse processo. “Nós temos feito um trabalho de resgate dessa história para que as atuais gerações se empoderem e conheçam as lutas de hoje em dia. Queremos fortalecer isso e vamos estar à disposição, junto ao Ministério da Cultura, ao Ministério da Educação e às instâncias necessárias, para que essa data seja federalizada. Acho que é uma dívida do país com a história do 2 de Julho”, concluiu Bruno Monteiro.
A presença de Lula no evento e a defesa da federalização do 2 de Julho marcam um esforço contínuo para destacar a importância histórica da luta do povo baiano pela independência e a necessidade de seu reconhecimento em âmbito nacional.
O secretário de Governo da prefeitura e presidente do PP em Salvador, Cacá Leão, comentou sobre a importância da data e os desafios políticos enfrentados em um ano eleitoral em entrevista ao Bahia Notícias durante a cerimônia de celebração ao 2 de Julho, no Largo da Lapinha, em Salvador, nesta terça-feira (2).
Cacá Leão ressaltou a relevância histórica do 2 de Julho, destacando-o como a data mais importante do estado, representando a luta do povo baiano pela independência. Este ano, a celebração ganha um contorno especial devido à proximidade das eleições e à presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no evento. "Apesar da campanha eleitoral começar oficialmente em 15 de agosto, todos tratam o 2 de Julho como um pontapé inicial, um primeiro termômetro importante", afirmou Leão.
O secretário de Governo enfatizou que o prefeito Bruno Reis e a vice-prefeita Ana Paula chegam ao evento com a sensação de que ainda há muito a ser feito por Salvador. "Nós sentimos que podemos continuar contribuindo, trabalhando e cuidando do povo de Salvador. Vamos mostrar tudo o que já fizemos e o que ainda queremos fazer", disse.
Ao ser questionado sobre a organização do PP para as eleições de vereadores, Leão destacou que o partido, que tradicionalmente não tem conseguido eleger vereadores em Salvador, agora possui uma bancada forte com quatro cadeiras na Câmara. "Nossa meta é eleger cinco vereadores nas eleições de 2024. O partido está muito forte, ao lado do prefeito Bruno Reis e da vice-prefeita Ana Paula, construindo a Salvador que todos nós desejamos", comentou.
Leão também abordou a questão da polarização política e a possível nacionalização das eleições municipais de Salvador. "Não acredito na nacionalização da eleição municipal. Acho que é uma escolha do cidadão local, preocupado com quem tem as melhores condições de gerir a nossa cidade e tomar conta do dia a dia do cidadão", concluiu.
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"O meu time não tem medo de brigar. Se for preciso brigar, a gente vai brigar. Mas antes de brigar, a gente quer negociar".
Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre as negociações com Donald Trump para o fim do tarifaço.