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humberto miranda
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), Humberto Miranda, considera o cenário de exportações para os Estados Unidos (EUA) ainda “nebuloso”. Na pauta de exportações para os EUA, frutas e café já sofrem os 50% do chamado “tarifaço” de Donald Trump.
A medida, que ataca diversos produtos nacionais, já está em vigor há quase 15 dias. Pelos cálculos da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), o prejuízo é estimado em quase 400 milhões de dólares às exportações baianas até o fim de 2025.
Produtos da fruticultura baiana, como a manga [a mais exportada] e a uva, tem ainda o agravante de ser perecível, com prazo de validade mais curto, o que aumenta a preocupação do setor. O item é produzido sobretudo na região de Juazeiro, no Vale do São Francisco, e em cidades como Livramento de Nossa Senhora, no Sudoeste.
Ao Bahia Notícias, Humberto Miranda disse que uma das preocupações do momento se deve ao fato da paralisação de investimentos. “A fruta é um produto perecível que não tem tempo de armazenar por 60, 90 dias, enquanto se abre um novo mercado para colocar o seu produto. Então, isso gera uma instabilidade no setor, isso para os investimentos. Acho que esse é o problema maior nesse primeiro momento”, disse o presidente da Faeb ao BN.
O presidente da Faeb evitou também criticar o governo Trump pelo aumento da tarifa aos produtos brasileiros, umas das maiores impostas entre os países taxados, e preferiu concentrar a crítica no que chamou de guerra de narrativas.
“As narrativas, de um contra o outro, continuam, e isso é o pior. Se a gente tivesse se acomodado no cenário político, e as narrativas estivessem indo na mesma direção, ou se eles tivessem baixado o tom de ambos os lados, e não estou tomando o mesmo partido aqui, a gente iria num cenário mais tranquilo para o futuro”, justificou.
O presidente da Faeb também considera que o pacote de medidas do governo federal [Brasil Soberano] para injetar créditos no setor exportador nacional ainda carece de esclarecimentos.
“O governo lançou um volume significativo de recursos, mas não detalhou de que forma isso vai chegar. E aí falo em nome dos produtores da ponta, do setor primário, dos produtores rurais da Bahia. Então por isso que o momento ainda é muito nebuloso, um momento ainda de muita apreensão dos produtores, porque a gente não sabe como será o dia de amanhã em relação à nossa produção”, declarou.
O presidente do Sistema Faeb/Senar, Humberto Miranda, foi empossado como membro titular da Academia Baiana de Medicina Veterinária (ABAMEV).A honraria de imortal foi concedida em reconhecimento aos relevantes serviços prestados enquanto médico veterinário no estado. O nome de Humberto foi aprovado por unanimidade pelos confrades e confreiras da Academia. Ele vai ocupar a cadeira de número 3, que foi do médico veterinário e professor da Escola de Medicina Veterinária da UFBA, Renato Rodemburg de Medeiros Netto.
“Tenho imensa gratidão por ter sido escolhido, mesmo sem entender muito os motivos que me trouxeram aqui. O convite de fazer parte desta Academia chegou como uma surpresa em minha vida e gerou a honrosa responsabilidade de estar ao lado de figuras ilustres, que construíram o ensino, a pesquisa, a defesa e a qualificação profissional na Bahia e no Brasil. Os conhecimentos acadêmicos que me faltarem nesta caminhada, procurarei compensar com comprometimento, estudo e dedicação, para não faltar a confiança dos que me indicaram e me referendaram nesta Casa”, disse Miranda.
Em seu discurso, ele ainda destacou a importância do seu patrono como acadêmico e como figura pública e destacou as poucas semelhanças entre eles.
“Em comum com o grande mestre tenho o fato de, além de médico veterinário, ser produtor rural no semiárido da Bahia, região desafiadora e com grande potencial, mas que ainda carece de pesquisa, ciência, tecnologia e educação rural para melhor aproveitamento do bioma e transformação social e econômica da sua população”, ponderou, ao ressaltar a trajetória acadêmica do seu patrono que muito contribuiu com o curso de Medicina Veterinária da UFBA, e, na vida pública, com toda sociedade de forma mais ampla.
Além de Miranda, o médico veterinário Rodrigo Freitas Bittencourt também foi congratulado com o título de imortal e vai ocupar a cadeira de número 15, cujo o patrono é Raimundo Lima Ribeiro. “Essa indicação veio em um momento histórico e relevante: no mês em que se comemora 108 anos de formatura do primeiro médico veterinário do Brasil, que, apesar de ter se formado em Pernambuco, era baiano” , pontuou Bittencourt.
A cerimônia foi conduzida pelo presidente da ABRAMVET, Josélio Moura; presidente da ABAMEV, Paulo Emílio Torres; a presidente do CFMV, Ana Elisa Almeida; e pelo presidente do CRMV, Altair Sant’Ana. Também participaram o superintendente do Mapa, Fábio Alexandre Rosa; o superintendente do Sebrae Bahia, Jorge Khoure; e o vice-reitor da UFBA, professor Penildon Silva.
A incorporação de políticas de valorização da agricultura tem poder de fixar populações com baixa renda nas cidades baianas. Isso poderia ser óbvio, mas para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb), Humberto Miranda, ainda custa a se tornar realidade.
“A gente já devia ter isso há muito tempo. Porque tem de ser política de estado”, disse ao Bahia Notícias durante lançamento, nesta quinta-feira (17), do programa “UPB no Campo, Identidade Produtiva”, que visa destacar as identidades de cada município baiano a partir da produção agrícola.
A Faeb é parceira da iniciativa capitaneada pela União dos Municípios da Bahia (UPB). Para Miranda, com a permanência das pessoas nos locais de origem, a violência nas cidades, sobretudo nas de maior porte, tende a cair.
“Essa política pode ter um efeito extremamente benéfico para a sociedade, inclusive em pontos que a gente às vezes não consegue medir, que é a questão do êxodo das famílias das pequenas cidades. Com o setor agropecuário forte, gerando emprego e renda, as pessoas se fixam e evitam que tenhamos esses inchaços nas periferias das grandes cidades, gerando tantas chagas e tantos problemas”, avaliou o também presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-BA e ex-prefeito de Miguel Calmon, na região da Piemonte da Diamantina.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Kiki Bispo
"A prefeitura encaminhou alguns projetos de financiamento de ônibus regular, dos alternativos que são os amarelinhos. De repente a gente poderia dar uma ordenada nessa categoria importante que são os aplicativos".
Disse o vereador Kiki Bispo (União) ao defender nesta quarta-feira (15), a ordenação de motoristas por aplicativo que atuam em Salvador. Em entrevista ao programa Bahia Notícias no Ar, na rádio Antena 1 Salvador, o edil defendeu que a prefeitura faça outros investimentos para ordenar e auxiliar a regulamentação desses profissionais.