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homofobia
O deputado federal André Janones (Avante-MG) teve seu mandato na Câmara suspenso por 90 dias após um desentendimento com o parlamentar Nikolas Ferreira (PL-MG) no dia 9 de julho deste ano. A decisão Conselho de Ética da Casa levou em consideração que foram proferidas ofensas homofóbicas contra Nikolas, que foi chamado de “Nikole” no plenário da Câmara.
Segundo o g1, a suspensão do mandato é cautelar e ocorre em ritmo mais célere do que as representações comuns no Conselho de Ética.
Em defesa, Janones ironizou a acusação de homofobia e afirmou que chamou o deputado de Nikole atendendo um pedido do próprio Nikolas. O parlamentar do Avante fez referência ao discurso Nikolas na tribuna da Câmara em 2023, no Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, quando vestiu uma peruca e proferiu falas transfóbicas.
Janones afirmou que, desde então, se refere a Nikolas apenas como Nikole.
"Ele não usou a tribuna novamente para retirar. Até que ele peça desculpas ou fale que não é mais a Nikole, todas as vezes que me refiro a ele, em respeito a maneira como ele se identifica, eu sempre me refiro no gênero feminino", afirmou Janones em sua defesa.
Apesar disso, a defesa de Janones não convenceu o colegiado. O relator, Fausto Santos Jr. (União-AM), afirmou que Janones quebrou o decoro. "O emprego dessas palavras como forma de xingamento reforça estigmas históricos, normaliza o preconceito e perpetua a marginalização dessa população no espaço público e institucional", afirmou.
Uma mulher foi presa em flagrante por injúria racial na tarde desta sexta-feira (27), após agredir verbalmente um agente de segurança na estação Boiúna do BRT, no bairro da Taquara, Zona Oeste do Rio de Janeiro. As ofensas ocorreram quando ela foi abordada por não pagar a tarifa de acesso à plataforma.
Segundo os agentes do programa BRT Seguro, da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), a suspeita se recusou a deixar o local e passou a insultar um funcionário com frases de cunho racista, chamando-o de “preto nojento” e “podre". Em um vídeo nas redes sociais é possível ver o momento que a mulher ofende o agente:
? VÍDEO: Mulher é presa por injúria racial após chamar agente de BRT de 'Negro nojento' e 'podre'
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) June 28, 2025
Confira ???? ? pic.twitter.com/iI8FSFQnWS
Com a resistência e a agressividade da mulher, os agentes precisaram algemá-la para conduzi-la até a 32ª Delegacia de Polícia (Taquara). Durante o trajeto, ela continuou a proferir xingamentos contra o servidor que a impediu de entrar na estação sem pagar a tarifa.
Em vídeo que circula nas redes sociais, a suspeita tenta justificar suas ofensas alegando ser também uma mulher negra, mas dispara frases ofensivas e contraditórias:
“Eu sou negra igual a você. Você é um nego nojento! Podre! Eu também sou preta. Quero ver você [dizer] que é racismo. Sou preta igual a você, mas eu não sou suja, imunda como você. Você envergonha nossa classe, você envergonha aqueles que morreram e sofreram no tronco”, grita a mulher, exaltada.
Às vésperas da 29ª Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, uma mulher foi presa em flagrante por homofobia após uma confusão dentro do Shopping Iguatemi, na zona oeste da capital paulista. O caso ocorreu na tarde de sábado (14) e foi registrado pela Polícia Militar.
Testemunhas relataram que a mulher discutiu com um homem e outras pessoas, e, durante o desentendimento, passou a proferir ofensas como “bicha nojenta” e “assassino”. A vítima contou que a agressora estava alterada e gritava por atendimento em uma cafeteria do shopping. Ele tentou intervir pedindo que ela se acalmasse, quando passou a ser atacado verbalmente.
Em entrevista à TV Globo, a mulher alegou que estava ansiosa por conta de uma cirurgia no joelho e reagiu de forma impulsiva. “Sim, me arrependo”, declarou. Segundo ela, o grupo teria rido da situação, o que teria gerado sua reação. “Houve aquela confusão na hora, eu chamei ele de ‘boiola’. Xinguei mesmo. Ele já tinha me xingado de ‘velha’”, disse.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou que a mulher, de 61 anos, foi presa em flagrante após ofensas homofóbicas a um homem de 39 anos. Policiais militares foram acionados e conduziram os envolvidos à delegacia.
O Shopping Iguatemi divulgou nota lamentando o ocorrido. “O empreendimento reforça que o respeito à diversidade — em todas as suas formas — é um valor inegociável e repudia qualquer ato de discriminação e intolerância”, informou. O shopping também declarou ter prestado todo o apoio necessário e segue à disposição das autoridades.
Mulher é PRESA por homofob1a após chamar homem de âbicha nojentaâ durante d1scussão no Shopping Iguatemi, em São Paulo. pic.twitter.com/2Z8uiVi6wY
— QG do POP (@QGdoPOP) June 15, 2025
A Associação do Orgulho dos LGBTQIAPN+ DE São Paulo entrou com uma ação contra a apresentadora Renata Fan, da Band, após a jornalista publicar um conteúdo em suas redes sociais, considerado homofóbico pela cantora Pabllo Vittar.
Em seu perfil pessoal, a apresentadora da Band utilizou uma foto em que era comparada com a cantora Pabllo Vittar, em um ‘meme’ de provocação ao ex-jogador Denilson, seu ex-colega de programa. “Internet, sua danada! Recebi umas dez vezes esta publicação hoje. E, na real, chorei de rir. Sempre serei do time da zoeira”, escreveu na legenda.
Foto: Reprodução
Segundo a coluna Outro Canal, do jornal Folha de S. Paulo, o presidente da Associação, Agripino Magalhães Júnior, lamentou a situação e chamou a foto de ‘preconceituosa’. “Isso é crime. É um deboche. Ela é tão ignorante, que ela não deve saber que a Pabllo Vittar não é uma mulher trans. Ela se monta para fazer arte”, declarou.
A cantora se pronunciou em suas redes sociais e reprovou a atitude da jornalista. “Homofobia não é brincadeira! Muita gente morre por conta dessa ‘ zoeira’’, escreveu na publicação. A atitude de Renata Fan dividiu opiniões dentro da Band, emissora onde trabalha. Conforme a coluna, a equipe do Jogo Aberto defendeu a apresentadora.
Em nota, a emissora afirmou que “as publicações feitas pela jornalista e apresentadora Renata Fan em seu perfil pessoal no Instagram não refletem a opinião da Band”. A jornalista não se pronunciou sobre o assunto.
O movimento LGBTI+ da cidade de Serrinha está de luto após a morte de Lucas Cruz de Jesus, conhecido como "Duduka", um dos fundadores do Coletivo Flores do Sisal. O jovem de 33 anos foi assassinado a tiros na madrugada desta sexta-feira (20) em sua residência, no bairro Vista Alegre.
Segundo informações da Polícia Civil ao Calila Notícias, parceiro do Bahia Notícias, o crime ocorreu por volta de 01h50. Testemunhas relataram ter ouvido disparos e gritos de socorro. Ao chegar no local, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) constatou que Duduka já estava sem vida.
O corpo da vítima apresentava marcas de tiros na cabeça e no tórax. A Polícia Civil investiga o caso e trabalha com a hipótese de que o crime tenha sido motivado por homofobia, devido ao ativismo de Lucas na comunidade LGBTI+.
O Coletivo Flores do Sisal, do qual Duduka era um dos fundadores, emitiu uma nota de pesar e indignação, pedindo justiça e condenando o crime. "Duduka era um símbolo de luta e resistência por um mundo mais justo para a comunidade LGBTQIA+", diz a nota.
A organização ressalta que a morte de Lucas é mais um exemplo da violência que a comunidade LGBTI+ enfrenta diariamente e exige que as autoridades investiguem o caso com rigor e punam os responsáveis.
A morte de Lucas Cruz é um triste lembrete da luta que a comunidade LGBTI+ ainda enfrenta por respeito e igualdade. Ao todo a Bahia teve um aumento de 8% no número de mortes motivadas pelo preconceito de pessoas LGBTQIAP+, com 257 pessoas mortas somente em 2023, segundo o Grupo Gay da Bahia.
A Polícia Civil da Bahia, através da 1ª Delegacia Territorial de Vitória da Conquista, cumpriu um mandado de busca e apreensão na residência de um homem investigado pela prática de discurso de ódio e homofobia. O crime ocorreu no dia 18 de setembro deste ano, nas dependências da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb).
Segundo informações da polícia ao site Achei Sudoeste, parceiro do Bahia Notícias, o indivíduo incitou à violência contra a comunidade LGBTQIA+, alegando que as “pessoas poderiam vender seus bens pessoais para comprar fuzis e exterminar pessoas LGBT”, além de associar pessoas LGBTQIA+ ao uso de drogas e à violência sexual.
O investigado também declarou ter criado um “ultimato” para exterminar homossexuais, que classificou como “libertinos”, configurando assim a prática de discurso de ódio e preconceito com base na orientação sexual. Essa conduta caracteriza crime de homofobia, previsto no Código Penal.
Indiciado pela Polícia Civil no dia 20 de setembro e denunciado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) quatro dias depois, tornando-se réu, o homem teve sua liberdade provisória condicionada à proibição de frequentar a Uesb, medida deferida pelo Poder Judiciário.
Durante as buscas realizadas nesta terça-feira (26), em uma residência no Bairro Candeias, o celular do denunciado foi apreendido. As investigações confirmaram a autoria do conteúdo preconceituoso divulgado na Uesb, além de identificarem mensagens de texto com ameaça de morte ao atual Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enviadas para um perfil de rede social da Polícia Federal.
Com essa ação, a Polícia Civil demonstra seu compromisso com o combate à homofobia e ao discurso de ódio.
Quatro livros jurídicos com conteúdo discriminatório contra pessoas LGBTQIAPN+ e mulheres deverão sair de circulação após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, nesta sexta-feira (1º). Os livros foram publicados entre 2008 e 2009 pela editora Conceito Editorial.
Uma das publicações classifica o “homossexualismo” como “anomalia sexual”, e relaciona a comunidade LGBTQIAPN+ ao vírus HIV – algo já descartado pela ciência. O livro também diz que a Aids existe apenas “pela prática doentia do homossexualismo e bissexualismo”. As informações são do g1.
Outro livro afirma haver um “determinismo” na sociedade que faz com que “algumas mulheres mais lindas e gostosas […] do uso exclusivo dos jovens playboys, sendo que outras mulheres do mesmo estilo ficam ainda, com os playboys velhos de 40, 50 e 60 anos, que teimam em roubar as mulheres mais cobiçadas do mercado”.
Nos livros ainda constam frases como: “Acredito que isso é uma manipulação da máfia gay que não aceitou que a mulher tem a vagina e que ele, obviamente, não a tem. Uma loucura psicológica tão devastadora como nos tempos de Hitler” e “Muitas mulheres que transaram demais optaram por favorecer o ânus para preservar a vagina de desgaste”.
Os trechos são dos autores Dalvi, L. e Dalvi, F., do livro “Curso Avançado de Direito do Consumidor: Doutrina, Prática e Jurisprudência”, além de “Manual de Prática Trabalhista”, “Teoria e Prática do Direito Penal” e “Curso Avançado de Biodireito”.
Na avaliação de Dino tais trechos violam a dignidade da pessoa humana. O ministro analisou um recurso do Ministério Público Federal (MPF) contra a decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região que havia negado a retirada das obras de circulação.
A ação foi movida pelo MPF após alunos da Universidade Estadual de Londrina, no Paraná, identificarem conteúdo homofóbico nos livros da biblioteca da instituição.
Flávio Dino afirma que a ordem de agora não representa censura prévia. O ministro estabeleceu que para voltarem a ser vendidos, os livros terão que retirar os trechos degradantes e incompatíveis com a Constituição.
O ministro ressaltou que o STF tem entendimento consolidado de que o direito à liberdade de expressão e de livre manifestação do pensamento não são absolutos, cabendo intervenção da Justiça em situações de evidente abuso.
Ele segue dizendo que ao atribuírem às mulheres e à comunidade LGBTQIAPN+ características depreciativas, que fazem juízo de valor negativo e utilizam expressões misóginas e homotransfóbicas, as obras jurídicas “afrontam o direito à igualdade e violam o postulado da dignidade da pessoa humana, endossando o cenário de violência, ódio e preconceito contra esses grupos vulneráveis”.
No seu entendimento, tal tratamento degradante é capaz de abalar a honra e a imagem de grupos minoritários e de mulheres na sociedade brasileira. Sendo assim, se faz necessária a devida responsabilização civil, penal, criminal e/ou administrativa dos envolvidos conforme previsto na Constituição.
Para embasar o seu voto, Flávio Dino ainda trouxe levantamento feito pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), o qual revela o registro de 257 mortes violentas de pessoas LGBTQIAPN+ em 2023. Segundo a pesquisa, o Brasil segue como o país mais transfóbico do mundo.
O ministro reforça que qualquer tipo de discriminação atenta contra o Estado Democrático de Direito, inclusive a motivada pela orientação sexual das pessoas ou em sua identidade de gênero, "revelando-se nefasta, porque retira das pessoas a justa expectativa de que tenham igual valor".
Também foi fixada indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 150.000,00.
A Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST), por unanimidade, condenou as Lojas Americanas S.A., atualmente em recuperação judicial, a indenizar um operador de loja vítima de discriminação racial e homofóbica. O episódio aconteceu em uma de suas unidades em Porto Alegre.
O operador de loja, que se declara homossexual, disse que era vítima constante de preconceito praticado por um segurança da empresa, que fazia insinuações falsas de envolvimento sexual com colegas e o tratava com termos pejorativos e ofensivos.
Em depoimento, o rapaz contou que quando havia revista na sua bolsa na saída da loja, o segurança insinuava que ele poderia ter furtado produtos. Em março de 2019, após uma dessas acusações, o operador retrucou e levou socos no rosto, conforme boletim de ocorrência.
Os fatos foram confirmados por uma testemunha, que disse que o gerente, no caso da briga, havia sido omisso, apenas sugerindo que os dois pedissem desculpas um ao outro. Narrou ainda outro episódio de omissão, em que o empregado foi alvo de racismo de um cliente, e o gerente disse que não poderia fazer nada.
O juízo de primeiro grau já havia condenado as Americanas a pagar R$ 10 mil de indenização e a divulgar a carta pública de desculpas em jornal de grande circulação para admitir a prática de racismo e homofobia. A decisão foi mantida pelo Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul (TRT-RS). Para o TRT, a medida era necessária diante da gravidade dos fatos narrados e da omissão da empresa em apurar as reiteradas ofensas e agressões sofridas pelo empregado, com o pleno conhecimento de seu superior hierárquico.
Em recurso de revista ao TST, a empresa conseguiu excluir a carta da condenação. A relatora, ministra Liana Chaib, ressaltou que não há dúvidas de que as condutas descritas pelo TRT-RS refletem uma cultura organizacional fundada em assédio moral e agressões físicas calcadas em discriminações raciais e homofóbicas e uma conduta que viola a função social do contrato de emprego. Por isso, é necessário uma condenação com caráter pedagógico, para evitar futuras lesões individuais e coletivas.
Contudo, ainda que as condutas discriminatórias tenham sido reconhecidas e confirmadas, não se pode manter uma condenação que não tenha sido expressamente pedida na petição inicial do processo, como é o caso da carta. “A decisão precisa se ater aos limites dos pedidos da reclamação trabalhista”, ressaltou.
Outro ponto observado pela ministra é que, ainda que o racismo seja tipificado como crime e a homofobia tenha sido equiparada a ele pelo Supremo Tribunal Federal (STF), seus efeitos em uma relação trabalhista podem ser enfrentados e reparados na esfera cível, que abarca a Justiça do Trabalho. “Esse tipo de conduta discriminatória acaba por gerar efeitos nos direitos de personalidade do trabalhador”, concluiu.
O Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar a ação penal contra o ex-deputado federal Roberto Jefferson por incitação à prática de crimes, atentar contra o exercício dos Poderes, calúnia e homofobia. A decisão que cabe à Corte analisar o processo foi tomada pelo Plenário no exame de questão de ordem apresentada pelo relator, ministro Alexandre de Moraes, para definir se o caso deveria descer para a Justiça Federal do Distrito Federal ou continuar no STF.
Em junho de 2022, o Plenário do STF recebeu denúncia na qual a Procuradoria-Geral da República (PGR) listou entrevistas em que Jefferson teria incentivado a população a invadir o Senado Federal e a “praticar vias de fato” contra senadores e a explodir o prédio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele ainda foi denunciado por calúnia, por atribuir ao presidente do Senado o crime de prevaricação, e por homofobia, por dizer que os integrantes da comunidade LGBTQIA+ representam a “demolição moral da família”.
Após o recebimento da denúncia, o colegiado decidiu que o processo deveria ser remetido à Justiça Federal no Distrito Federal.
Em voto na questão de ordem na Petição (PET) 9844, o ministro Alexandre lembrou que, após o recebimento da denúncia, o ex-parlamentar ofendeu, nas redes sociais, a honra da ministra Cármen Lúcia, fato amplamente divulgado pela imprensa. Além disso, após as incitações a ataques às instituições do Estado Democrático de Direito atribuídas tanto a Jefferson quanto a autoridades e empresários ocorreu, em 8 de janeiro de 2023, a invasão e a vandalização das sedes dos Três Poderes.
Segundo o relator, a extensão e as consequências das condutas atribuídas ao ex-deputado tem estreita relação com os fatos apurados em procedimentos penais no STF envolvendo os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Assim, a denúncia tem conexão com essa investigação mais abrangente e que envolve, inclusive, pessoas com prerrogativa de foro na Corte. Esse entendimento, apontou o ministro, também foi defendido em manifestação da PGR.
O voto do relator pela manutenção do julgamento da ação penal no STF foi seguido, por maioria, na sessão virtual encerrada em 21 de junho. Ficaram vencidos os ministros André Mendonça e Nunes Marques, que mantinham a remessa dos autos à Justiça Federal de primeira instância.
Lauana Prado relata ter sofrido episódios de homofobia no sertanejo: "Dentro e fora desse backstage"
A cantora sertaneja Lauana Prado abriu o coração e revelou ter sofrido homofobia no início da carreira. Aos 35 anos, a artista, um dos nomes femininos do gênero que é conhecido por ser majoritariamente masculino, relatou que ser uma mulher LGBTQIAPN+ no meio musical foi um grande desafio no início da carreira.
Em entrevista ao 'Conversa com Bial', Lauana contou que a decisão de tornar o relacionamento pessoal algo público veio como forma de enfrentar as críticas e julgamentos que ouvia.
"Vivi algumas situações de homofobia, dentro e fora desse backstage, mas fiz questão de trazer meu relacionamento para um ambiente público, de falar sobre o assunto sem que se tornasse uma questão. Busquei fazer isso de maneira natural, até porque de fato estamos falando de um relacionamento no qual existia amor e cumplicidade", disse.
Foto: Instagram
Lauana viveu um relacionamento de quatro anos com a influenciadora digital Veronica Schulz, que terminou no fim de 2023. Na época que comunicou o fim do namoro, a cantora pediu privacidade aos fãs e jornalistas e garantiu que o respeito e a amizade com a ex continuariam, independente do status de cada uma.
"Eu e a Verônica Schulz não estamos mais juntas. Foi uma decisão tomada há algum tempo e em comum acordo, com muito amor envolvido. Vivemos juntas por quase 4 anos muito intensos, cheios de muita entrega e descoberta. Fomos amantes, melhores amigas e temos o objetivo de nos preservar pra seguir tendo uma relação leve e amorosa, honrando e respeitando a história linda que escrevemos até aqui."
O cantor Oh Polêmico foi acusado de homofobia após pedir para parar o trio durante a passagem pelo Circuito Dodô, na Barra, na noite desta sexta-feira (9). Ele pede “segura, segura, segura” e completa: “Um monte de homem se beijando”. Na sequência, o cantor de hits como “Samba do Polly” e “Pitbull Enraivado” diz: “Vai curtir o bloco, cheio de mulher aqui”.
Internautas flagraram o momento, quando o trio ainda estava na primeira etapa do circuito da Barra. Nas redes, foliões disseram que ficaram “assustados” com o comentário do cantor e que algumas pessoas duvidaram do episódio até o vídeo começar a circular nas redes. Veja:
já que tem algumas pessoas duvidando do que aconteceu. aqui o vídeo do oh polêmico sendo extremamente homofóbico ???????? https://t.co/K3elOFTqe9 pic.twitter.com/t7iXeS0HOk
— danilo (@baianomotivado) February 10, 2024
Nesta quinta-feira (19), o técnico do Paysandu, Hélio dos Anjos, foi suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), por atos de homofobia praticados na partida contra o Volta Redonda-RJ, pela 2ª fase do Campeonato Brasileiro da Série C.
Apesar da defesa feita pelo treinador de 65 anos, os auditores decidiram pela punição de nove jogos para o atual técnico do Papão da Curuzu, que conquistou o acesso para a Série B de 2024 junto com Brusque, Operário-PR e Amazonas. O profissional e o Paysandu podem recorrer da decisão indo até ao Pleno do STJD. Caso se mantenha a punição, Dos Anjos cumprirá a suspensão nos jogos da Segunda Divisão do ano que vem.
Após a definição dos quatro clubes que conquistaram o acesso, a final da Série C do Brasileirão está sendo disputada por Amazonas x Brusque. No jogo de ida, na Arena da Amazônia, em Manaus, a partida terminou empatada por 0 a 0. O jogo decisivo acontecerá no próximo domingo (22), às 17h, no Estádio Augusto Bauer, em Brusque.
O homem encontrado morto na praia do Cristo da Barra, em Salvador, no último domingo (15) foi identificado como Júlio César Moreira, de 36 anos. Ele era morador da cidade de Curitiba, no Paraná. A Polícia Civil diz que a morte foi registrada sem indícios de crime.
Apesar de Júlio César ter sido encontrado morto com uma marca de pancada na cabeça, ainda não foi identificado se o motivo da lesão foi a queda ou um crime de fato.
No entanto, a família da vítima acredita que Júlio César pode ter sido vítima de homofobia. "Ele [Júlio César] não pulou, ou alguém empurrou ele, ou foi assalto ou homofobia, que acredito que seja [homofobia]", disse Josélia Moreira, a mãe da vítima ao g1.
De acordo com a reportagem, ele era pedagogo e já trabalhou como professor durante cinco anos na cidade de Barra da Estiva, no Sudoeste da Bahia, entre os anos de 2008 e 2013. Ele integrava o grupo Folclórico Ítalo-Brasileiro Santa Felicidade.
Ainda de acordo com o relato da mãe da vítima ao g1, Júlio saiu do local onde estava hospedado e disse que iria pedalar na orla, mas não voltou. Não foram encontrados o celular, uma pochete com documentos e um boné que ele utilizava quando saiu de casa.
"Ele falou que ia dar uma pedalada e logo voltava pra gente comer alguma coisa. Fiquei a noite toda esperando e ele não voltou", disse mãe da vítima. O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
A família da vítima aguarda a liberação do corpo de Júlio César. A vítima deve ser encaminhada para Curitiba e levada para cidade de Jaguariaíva, onde ocorrerá o sepultamento, na próxima quarta-feira (18).
O ator e influenciador digital, Victor Meyniel, foi vítima de um caso de homofobia neste sábado (02), na portaria de um prédio em Copacabana, no Rio de Janeiro. O ator teria conhecido o agressor numa boate da região.
Victor foi submetido a um exame de corpo e delito no Instituto Médico Legal (IML) e socorrido numa Unidade de Pronto Atendimento (UPA). O ator prestou queixa na 12ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro, em Copacabana. As informações são do advogado da vítima, Ricardo Brajterman.
Ainda segundo a defesa do ator, o agressor foi detido e encaminhado a um hospital. Foi pedida a prisão preventiva dele, que também está sendo acusado de falsidade ideológica, por se identificar como um médico da aeronáutica. O porteiro do prédio também foi indiciado, por sua vez, de omissão de socorro.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciou em suas redes sociais, nesta quinta-feira (20), que ingressou com denúncia o Ministério Público contra o ex-deputado Jean Wyllys, por declarações homofóbicas. Leite divulgou um vídeo explicando sua motivação para denunciar o ex-deputado, e disse que decidiu pela mesma medida que tomou quando foi vítima de ataques homofóbicos e preconceituosos por Roberto Jefferson e o ex-presidente Jair Bolsonaro.
"Não interessa se é da direita ou da esquerda. Não interessa a cor da bandeira que carrega. O que importa é que homofobia, preconceito, discriminação não podem ser tolerados. A sociedade que a gente defende é uma sociedade de respeito, de tolerância, em que as pessoas sejam julgadas pelo seu caráter, pela sua capacidade, pela sua honestidade, não pela cor da pele, não pela crença religiosa, não pela orientação sexual. Homofobia, venha do lado que vier, preconceito e discriminação, venha do lado que vier, da cor da bandeira que cada um segurar, não pode ser tolerado e por isso eu faço essa representação junto ao Ministério Público", disse o governador gaúcho no vídeo.
A declaração de Jean Wyllys que motivou a representação foi dada no Twitter, na última sexta (14), após Eduardo Leite anunciar que iria manter em seu estado o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares. Wyllys disse na ocasião que não esperava essa atitude especialmente de um governador homossexual, e insinuou que Leite teria uma “homofobia internalizada”.
“Que governadores heteros de direita e extrema-direita fizessem isso já era esperado. Mas de um gay…? Se bem que gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes; se for branco e rico então… Tá feio, bee!”, escreveu o ex-deputado.
Na própria sexta-feira, o governador gaúcho lamentou, em postagem no Twitter, o comentário feito por Jean Wyllys. “Manifestação deprimente e cheia de preconceitos em incontáveis direções… e que em nada contribui para construir uma sociedade com mais respeito e tolerância. Jean Wyllys, eu lamento a sua ignorância”, afirmou.
O processo citado por Eduardo Leite em referência às agressões que sofreu do ex-deputado e ex-presidente do PTB Roberto Jefferson gerou uma condenação pela Justiça do Rio Grande do Sul. O governador gaúcho processou Jefferson por declarações homofóbicas dadas em uma entrevista na Rádio Bandeirantes, em março de 2021.
Na ocasião, ao criticar medidas preventivas contra a Covid-19 tomadas por Leite, Jefferson afirmou que o comportamento dele era “típico de viado”.
“Não sei como é o comportamento dele, mas eu diria que é um típico papel de viado, não é um papel de homem, esse ódio ao povo, ódio à família”, disse o ex-deputado.
A ação foi ajuizada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul após a promotoria receber uma representação do governador contra Jefferson, na qual ele acusava o ex-deputado de injúria, homofobia e preconceito.
Em setembro de 2021, a Justiça do Rio Grande do Sul condenou Roberto Jefferson por homofobia e determinou ao réu o pagamento de R$ 300 mil ao Fundo de Reconstituição dos Bens Lesados. Na decisão, o juiz argumenta que não há direito à liberdade de expressão absoluto se as falas ultrapassam “limites extrínsecos em outros princípios constitucionais, como a igualdade jurídica de tratamento e o princípio da dignidade da pessoa humana”.
Em relação a Jair Bolsonaro, o governador do Rio Grande do Sul ingressou, em abril de 2021, com uma interpelação judicial contra o então presidente, cobrando respostas sobre falas dele a respeito do uso de verba pública pelo governo na área da saúde. Na época, em entrevista à Rede Bandeirantes, Bolsonaro questionou: "Onde ele (Eduardo Leite) enfiou essa grana? Eu não vou responder pra ele né… Mas eu acho que é feio onde ele botou essa grana toda aí”.
Na ação movida contra Bolsonaro, o documento citava a busca por “afastar a prática de crimes de calúnia e difamação, extinguindo as ambiguidades e equivocidades verificadas na entrevista televisiva”.
Como Bolsonaro não respondeu à ação, Eduardo Leite, em junho de 2021, interpelou o então presidente no Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Gilmar Mendes chegou a estipular prazo de cinco dias para que Bolsonaro explicasse a declaração ambígua na qual teria sugerido possível desvio de recursos federais pelo governo do Estado.
Em resposta ao STF, enviada pela Advocacia Geral da União, Bolsonaro afirmou que “ao comentar sobre gestão dos recursos públicos pelo governador, que teria recorrido às verbas destinadas à saúde para adimplir a folha do funcionalismo local, não atribuí ao interpelante a prática de qualquer crime, mas apenas sugeri uma má escolha de ordem política, o que é perfeitamente compatível com o debate público. De fato, em nenhum momento acusei-o de crime, mas de má-gestão”.
Em ação, o Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça que determine a imediata remoção de conteúdos que contenham discursos de ódio proferidos pelo pastor André Valadão no YouTube e Instagram. O MPF destaca que, utilizando as redes sociais, o líder religioso fez declarações discriminatórias contra a população LGBTQIA+, inclusive incitando a violência física.
O MPF também pede a condenação de Valadão para que arque com os custos de produção e divulgação de contrapontos aos discursos feitos, a retratação pelas ofensas, e o pagamento de R$ 5 milhões por danos morais coletivos.
Durante o mês de junho deste ano, o pastor André Valadão fez, em seus perfis nas redes sociais, a campanha “Orgulho não” ou “No Pride”. O MPF destaca que as postagens fazem clara referência discriminatória à população LGBTQIA+, uma vez que a palavra orgulho aparece nas cores da bandeira símbolo do movimento.
Em culto da Igreja Batista Lagoinha transmitido ao vivo pelo YouTube, em 4 de junho, André Valadão associa, em vários momentos, as vivências das pessoas homoafetivas a um comportamento desviante, pecaminoso, imoral e, portanto, algo a ser odiado e rechaçado. Durante a pregação, o pastor ofende a honra e a dignidade dos LGBTQIA+ com expressões como amaldiçoados, nojentos, antinaturais e dignos de ódio.
Já em 2 de julho, também em transmissão ao vivo da unidade da igreja em Orlando, nos Estados Unidos, o MPF afirma que “Valadão subiu mais um degrau na escalada de ódio e violência”, incitando os fiéis a matarem pessoas LGBTQIA+. Em trecho do culto, após mencionar “que se Deus pudesse mataria todos pra começar tudo de novo”, o pastor diz: “Tá com você. Sacode uns quatro do teu lado e fala: vamos pra cima!”.
Para o Ministério Público, a fala do líder religioso é clara ao estimular os cristãos a repudiarem e a atacarem fisicamente essa coletividade de pessoas que, socialmente, já se encontra em situação de vulnerabilidade social.
Na ação, o MPF ressalta que o que se vê na pregação divulgada em várias redes sociais ultrapassa em muito a liberdade religiosa e de expressão. A entidade destaca o tom agressivo e permeado de ataques à população LGBTQIA+, com a intenção de estimular os fiéis a estigmatizar, isolar e ir pra cima para matar tais pessoas. “Inclusive, outros pastores criticaram a propagação de discurso de ódio de Valadão, condenando o uso descontextualizado de trechos da Bíblia para justificar as falas transhomofóbicas”, endossou o MPF.
A procuradora da República Ludmila Oliveira, que assina a peça, cita que “a liberdade religiosa deve ser preservada e, decerto, pastores podem continuar a citar a Bíblia em seus cultos. Todavia, não pode ser admitido o discurso que vai além e prega a discriminação e incita a violência física contra a população LGBTQI+ que não está acobertado pelo manto da liberdade religiosa e de expressão”.
REDES SOCIAIS
O MPF encaminhou ofício às empresas Meta Plataform (responsável pelo Instagram) e Google Brasil (responsável pelo YouTube) para analisarem o vídeo e as postagens de André Valadão e submetê-los à moderação de conteúdo, diante da possível violação à política de combate ao discurso de ódio dessas plataformas.
Segundo o Ministério, apenas o Google respondeu ao pedido, afirmando que o vídeo foi revisado e não foi removido por violação das Diretrizes da Comunidade, sem apresentar outras justificativas.
Porém, conforme destacado no curso do procedimento que instrui a ação, não apenas o MPF aponta ofensa às políticas de combate ao discurso de ódio das plataformas, mas também vários comentários de usuários das redes sociais destacam o caráter discriminatório e homofóbico das postagens do pastor.
“Esse reiterado comportamento de André Valadão de divulgar vídeos com falas agressivas e verniz bíblico, tem a intenção de chamar a atenção, garantir exposição, visualizações e comentários em seus posts, que geram, inclusive, pagamento de remuneração pelas plataformas”, defende o Ministério Público Federal.
Sendo assim, o MPF sinaliza que lhe coube a medida judicial para pedir a remoção do conteúdo discriminatório e ilícito identificado, “considerando que as plataformas nada fizeram, mesmo expressamente solicitadas a moderarem o conteúdo de acordo com suas próprias políticas”.
“Vale frisar que a inércia das plataformas gera um ambiente de anomia, que cria a sensação de que existe um direito absoluto à liberdade de expressão que permite às pessoas humilhar, ofender a dignidade, incitar o ódio e a exclusão de grupos vulneráveis, inclusive em uma escalada violenta, como se viu no presente caso”, destaca trecho da ação.
O Ministério Público Federal (MPF) vai investigar o pastor André Valadão por possível prática de homofobia. O procedimento foi instaurado após fala agressiva do líder religioso durante um culto, transmitido ao vivo pelo YouTube. O procurador regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) no Acre Lucas Costa Almeida Dias, é o responsável pelo procedimento.
No último domingo (2), no culto na Igreja Batista Lagoinha em Orlando, nos Estados Unidos, Valadão incitou os fiéis a perseguirem pessoas LGBTQIA+. "Agora é a hora de tomar as cordas de volta e dizer: Pode parar, reseta! Mas Deus fala que não pode mais", afirmou o pastor. "Ele diz: 'Já meti esse arco-íris aí. Se eu pudesse, matava tudo e começava de novo. Mas prometi que não posso'. Agora está com vocês".
"Não entendeu o que eu disse? Agora, tá com vocês! Deus deixou o trabalho sujo para nós", insistiu André Valadão.
Após a apuração dos fatos, o MPF encaminhará as medidas cabíveis para o caso.
O pastor assumiu a liderança da Lagoinha Global, no fim de 2022. A igreja tem mais de 700 templos no Brasil e no mundo. André foi promovido na hierarquia, após seu pai, Márcio Valadão, se aposentar.
O líder religioso foi um dos apoiadores evangélicos mais entusiasmados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na campanha eleitoral do ano passado.
OUTRO INQUÉRITO
O Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) também abriu inquérito contra André Valadão, por falas agressivas contra pessoas LGBTQIA+. O MP-MG atendeu a uma apresentação protocolada pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP).
Conforme a denúncia, no mês de junho, período em que é celebrado o Orgulho LGBTQIA+, o pastor e a Igreja da Lagoinha realizaram um culto chamado “Deus odeia o orgulho”.
"Considero que hoje é o mês que Deus mais repugna na humanidade", disse Valadão durante o culto. A parlamentar fez uma denúncia complementar desta fala mais recente, para ser anexada ao processo.
O empresário suspeito de agressão e homofobia em uma praia de Maraú, no Baixo Sul do estado, foi denunciado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA). O acusado foi identificado como Hebert de Moreira Dias, e o caso ocorreu em 2021 no distrito de Barra Grande, um dos destinos turísticos da região.
Segundo o G1, ele é apontado como autor de agressões a um casal durante a retirada de uma "barricada" montada pela prefeitura de Maraú, para limitar o acesso a uma praia. Um vídeo gravado pelo empresário Lucas Bahia mostra um homem cortando uma barreira feita de madeira, que limitava o acesso à praia.
Conforme o MP-BA, o homem que aparece no vídeo é Hebert de Moreira Dias. O empresário teria golpeado com socos Carlos Alberto Amaral Novaes, quebrando o nariz da vítima. Ele ainda fez insultos homofóbicos contra Lucas Bahia, marido de Carlos Alberto.
Um dos xingamentos incluía “os veados estão invadindo a praia”. Na denúncia, a promotora de Justiça, Alicia Violeta Botelho Sgadari Passeggi, pediu medidas cautelares, como proibição de contato com as vítimas e recolhimento noturno do acusado. O pedido foi feito porque as vítimas afirmam que o suspeito continua a intimidá-los.
MP-BA denuncia empresário que agrediu casal por homofobia em destino turístico baiano
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O Ministério Público do Trabalho na Bahia (MPT-BA) abriu inquérito para investigar um suposto caso de homofobia em Salvador. O influenciador digital Jeferson Moreira Santos, conhecido como Baiano Santos, que trabalhava como comerciário na Jacaúna Móveis, especificamente em uma loja na orla marítima da capital baiana, afirma ter sido agredido verbal e fisicamente pelo gerente do estabelecimento comercial.
Em vídeo publicado no seu perfil oficial no Instagram, Baiano Santos confirma ter denunciado o caso ao MPT-BA, no entanto a entidade afirma que não havia registro da denúncia até a manhã de segunda-feira (22). “Ainda assim, o órgão instaurou procedimento de ofício a partir das informações publicadas na imprensa e nas redes sociais”, sinaliza o MPT-BA.
No relato feito em vídeo, o influenciador alega ter sofrido agressões, xingamentos e perseguição por ser homossexual. Ele afirma ter sido demitido por justa causa, mesmo após denunciar os fatos em canais internos da empresa em que trabalhava, sem qualquer resposta.
“Após a entrada do gerente, há cerca de 5 anos, as perseguições começaram. O gerente por muitas vezes me chamou de 'florzinha', 'maricas', dentre outros termos com cunho homofóbico”, afirma o rapaz. “No último dia 26, imediatamente após a minha chegada na loja, o gerente me chamou de moleque e em seguida começou a me agredir com palavras até que partiu para agressão física. Ele me agrediu fisicamente dentro da loja e me aplicou uma justa causa”, relatou.
Baiano Santos afirma ter registrado boletim de ocorrência junto à 16ª Delegacia Territorial, no bairro da Pituba, que o encaminhou para fazer exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).
Em nota, também publicada nas redes, o grupo Jacaúna diz não compactuar com “nenhum tipo de preconceito e discriminação” e assegura estar colaborando com as investigações. “A marca está efetivamente colaborando com a justiça, onde parte do processo segue em sigilo, cedendo imagens, fotos e depoimentos para completa elucidação dos fatos”.
Foto: Reprodução/Instagram
Inicialmente, o MPT-BA vai avaliar se há elementos para justificar uma atuação do órgão ou se a situação se enquadraria apenas em uma ação individual perante a Justiça do Trabalho. Para verificar essa situação, serão ouvidos o influenciador digital e o sindicato da categoria, além da empresa envolvida.
O vereador de Salvador, Henrique Carballal (PDT), se tornou um nome nacionalmente conhecido no último final de semana, não por seu trabalho na Câmara Municipal, mas por conta de uma dança durante uma palestra. Em entrevista ao Bahia Notícias no Ar, da Salvador FM 92,3, nesta terça-feira (28), o edil comentou que tem sofrido ataques xenófobos e homofóbicos e afirmou que irá judicializar o caso.
“90% dos comentários foram muito positivos, mas a gente identificou vários comentários xenófobos de pessoas do Sul, e você tem também homofobia de forma muito explícita. Falo que sofri com racismo, aí o pessoal me vê assim branquinho, mas as pessoas não sabem que a xenofobia ao nordestino ocorre porque aqui é uma terra de negros. A gente não pode deixar de graça, já me reuni com o jurídico para a gente ver quais são as providências cabíveis para coibir”, afirmou Carballal.
O vereador também explicou que a dança feita por ele faz parte de um projeto de educação infantil, chamado “História Cantada”. Segundo ele, a dança é realizada desde a fundação da iniciativa, em 2006, mas que o caso só foi viralizado neste ano.
“A dança faz parte do projeto História Cantada, que é um projeto meu e do professor e compositor, Gerson Guimarães. Nós estamos na estrada com esse projeto desde 2006 e eu sempre faço aquela dança. Na verdade eu faço essa dança desde as aulas de cursinho em 1992. A surpresa foi ter viralizado. No ano passado nós fizemos 60 apresentações na Bahia, sendo 33 em Salvador, sempre com as mesmas dancinhas e nunca havia viralizado, mesmo com a gente publicando na internet”, contou Carballal.
O CASO
No sábado (25), o vereador protagonizou um momento inusitado durante o evento para os profissionais da educação, na Universidade Estadual da Bahia (Uneb). Durante o evento, o parlamentar caiu na dança e foi aplaudido pelas pessoas que estavam na reunião.
Confira:
Vereador Henrique Carballal dança em evento para profissionais da educação e viraliza nas redes sociais pic.twitter.com/fkyV6nOqTZ
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) March 26, 2023
Um casal de mulheres foi agredido no circuito Orlando Tapajós, durante a realização do Furdunço na tarde deste domingo (12). Segundo pessoas que estavam no local, uma das mulheres foi atingida por um soco no rosto, o que causou um sangramento. A vítima alega que o motivo da agressão foi homofobia, contudo não foi possível confirmar a informação.
Foto: André Carvalho / Bahia Notícias
Depois de sua primeira incursão solo pela música com o espetáculo #ComproVendoTrocoAMOR, o ator, dramaturgo, diretor teatral e agora “cantador” baiano Luiz Antônio Sena Jr., rebatizado de Lui, lança o projeto musical #ÉSóAmor. A direção artística é assinada por de Fred Soares.
A iniciativa é composta por músicas cujas letras e melodias afirmam o amor homoafetivo, descortinando preconceitos e estigmas, além de discutir a sorofobia a partir de reflexões sobre o HIV. A primeira faixa, “Comigo Ninguém Pode”, de autoria de Lui em parceria com Thiago Pugah, chega às plataformas digitais nesta sexta-feira (28), pela Candyall Music, selo e editora de Carlinhos Brown.
“Swingado pelos sons dessa Bahia que fazem meu corpo remexer, e ao mesmo tempo urgente por tratativas diante dos preconceitos que atravessam meu caminhar pelas ruas dessa cidade que diz Salva-dor, nasce esse single. Das folhas do terreiro às árvores do quintal de vó, encontro na planta Comigo Ninguém Pode a metáfora do que sou na lida diária de afirmação do meu existir gay: cheio de amor pra dar, mas também pronto para atacar caso seja ferido, maldito, maltratado”, define Lui.
O single “Comigo Ninguém Pode” ganhará também um videoclipe, lançado no Youtube. As gravações ocorreram no set de filmagens do espetáculo seriado PARA-ÍSO, no qual a faixa foi música tema. O projeto #ÉSóAMOR prevê outros quatro lançamentos ao longo dos próximos meses, com participações de Hiran e Márcia Castro, além da regravação de “Preciso Dizer Que Te Amo”, canção de Cazuza e Bebel Gilberto.
O cantor gospel André Valadão teceu um comentário preconceituoso em suas redes sociais. Ele sugeriu que seria incoerente que homossexuais frequentem igrejas evangélicas e afirmou que "cada um (gays e cristão) deve saber o seu lugar".
O episódio envolvendo o artista, que também é pastor da Igreja Batista da Lagoinha, aconteceu nesta terça-feira (8) em seu Instagram, quando ele respondeu uma pergunta de um seguidor nos seus stories. "Dois rapazes que são membros da igreja estão namorando. Você os expulsa?", questionou o usuário.
Reprodução/Twitter
"A igreja tem um princípio bíblico. E a prática homossexual é considerada pecado. Eles podem ir para um clube gay. Mas, na igreja, não dá. A igreja é lugar de quem quer viver princípios bíblicos. Não é sobre expulsar. É sobre entender o lugar de cada um", respondeu o pastor.
Conforme noticiou o Diário de Pernambuco, após o posicionamento repercutir negativamente, Valadão o apagou.
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) condenou autores de animações com mensagens transfóbicas, homofóbicas e machistas, do canal Mundo Canibal, a indenizarem em R$ 80 mil por danos morais coletivos.
Pela decisão da 8ª Câmara de Direito Privado, o valor deverá ser revertido pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo, que ajuizou a ação civil pública, em política de ações afirmativas para promover a igualdade e o combate às diferentes forma de discriminação.
De acordo com o site Jota, o colegiado, por outro lado, não concordou com o pedido para retirar do ar o conteúdo, publicado em redes sociais, pois isso configuraria censura. Por unanimidade, foi provido parcialmente um recurso da Defensoria, que havia tido seu pedido negado em 1ª instância em 2017 pelo juiz Guilherme Madeira Dezem para retirar os vídeos do ar e para obter indenização por danos morais.
A ação ajuizada pela defensoria foi movida contra os irmãos Rodrigo e Ricardo Piologo e as plataformas nas quais foram publicados os conteúdos - Google, Facebook e Twitter.
Um dos vídeos destacados pela Defensoria, intitulado “Piripaque”, se inicia com os seguintes dizeres: “Olhe, cara, sabe aquelas situações em que você SABE o que quer fazer, mas não tem CORAGEM de fazer?” São então mostradas as seguintes situações: personagem dá um soco na barriga de sua namorada gestante, provocando um aborto; filho que “vomita” fogo e mata sua mãe queimada após ela confessar o seu ofício de prostituta; pai que, de arma em punho, atira no estômago do filho e em sua cabeça, disparando, ainda, aos risos, diversos outros tiros em seu corpo, fazendo-o sangrar copiosamente, após descobrir-lhe homossexual.
Ainda de acordo com a reportagem, o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), em parecer, defendeu que o “humor” do vídeo “decorre da identificação: somente quem compartilha do desejo de realizar tais atos de violência, ou que os entendam no seu íntimo, como naturais, diante das situações narradas” irá achar graça no material. “O vídeo reforça machismo e homofobia e ainda naturaliza atos de violência contra minorias, tratando-os como se integrassem o inconsciente coletivo, como se as violências retratadas constituíssem desejos reprimidos, mas existentes em todos nós, bastando um remedinho para liberá-los”, disse o MP-SP.
Em outra animação, de nome “Sr. Donizildo em Whatahhel Prostituto”, quando um personagem percebe que a profissional do sexo por ele contratada é, na verdade, uma travesti, ele passa a torturá-la, removendo com uma tesoura seu órgão sexual masculino e alongando, com alicates, seus mamilos, para que se transformem em seios.
Em seu voto, a desembargadora-relatora Clara Maria Araújo Xavier diz que “em uma sociedade desigual, na qual existe a disparidade entre grupos sociais, é comum que o grupo supostamente dominante naturalize a situação marginalizada da minoria e ache ‘graça’ em situações nas quais há uma clara violação de normas, sejam elas sociais, linguísticas, morais ou de dignidade pessoal. Tais violações, aliás, muitas das vezes são tidas como benignas e inofensivas, seja pela distância psicológica do espectador/criador com a norma violada, seja pelo pouco ou nenhum comprometimento desse mesmo espectador/criador com referida norma”.
“De todo modo, importante salientar que a ferramenta do ‘riso’, – tão enaltecida pelos requeridos em sua contestação, e, obviamente, tão desejada por quem tem o humor como ofício – não tem, por si só, o condão de escusar ou mesmo de minimizar discursos excessivos, muitas vezes revestidos de caráter discriminatório e excludente de direitos, independentemente de serem eles considerados ou não discursos de ódio”, continua a desembargadora.
Por isso, em sua visão, a indenização por danos morais é devida. Já o pedido de retirada do ar dos conteúdos não pode prosperar, porque não há o explícito cometimento de crime, e a liberdade de expressão deve prevalecer.
“Analisando os conteúdos produzidos pelos requeridos – e por mais que, ao senso crítico desta julgadora, sejam eles absolutamente repulsivos, toscos e grotescos – compartilho do entendimento externado pelo julgador a quo no sentido de que o Estado-juiz não pode, de fato, impedir a sua livre circulação, removendo-os da rede mundial de computadores. Isso porque não se pode ignorar, pelos motivos bem expostos na r. sentença, que o objeto do litígio se encontra mesmo em linha limítrofe, não havendo o claro cometimento de crime por parte dos réus, “nem mesmo na questionável figura jurídica da apologia ao crime”, disse.
E continua: “Forçoso reconhecer que pleitos objetivando a proibição da veiculação de manifestações artísticas que, a princípio, teriam ofendido terceiros, soam – salvo naqueles casos excepcionais de patente desproporcionalidade no ingresso dos direitos de personalidade – um tanto quanto temerários, seja porque não se pode judicializar a arte (uma vez que o exercício da atividade jurisdicional não se destina à crítica artística), seja porque a solução encontrada pela Constituição Federal para o suposto abuso da liberdade de expressão é aplicado a posteriori, mediante indenização e eventual responsabilização criminal do artista”.
Na decisão, foram condenados Rodrigo, Ricardo, Rogério e Fábrica de Quadrinhos Núcleo de Artes S/C LTDA ao pagamento de R$ 80 mil em danos morais coletivos.
Em uma mensagem enviada a formandos de 2020, neste domingo (7), Beyoncé denunciou o racismo e destacou a importância das mobilizações contra a violência e o preconceito voltados aos negros. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.
"Vocês chegaram aqui no meio de uma crise global, uma pandemia racial e uma expressão mundial de indignação pelo assassinato sem sentido de mais um ser humano negro desarmado", disse a cantora aos alunos, lembrando os protestos que acontecem nos Estados Unidos, após um policial branco matar um homem negro. "E mesmo assim vocês conseguiram. Estamos muito orgulhosos de vocês", parabenizou a cantora.
"Obrigada por usar sua voz coletiva para que o mundo saiba que as Vidas dos Negros Importam", disse, em referência ao movimento Black Lives Matter. "A verdadeira mudança começou com vocês, esta nova geração de formandos do Ensino Médio e das Universidades que celebramos hoje", disse Beyoncé.
No pronunciamento, ela aproveitou também para denunciar o sexismo na indústria da música. "Como mulher, eu não vi modelos femininos suficientes tendo a oportunidade de fazer o que sabiam que tinham que fazer", afirmou. "Para dirigir minha gravadora e administrar minha empresa, administrar minhas turnês, isto significava ser dona - dona das minhas fitas masters, dona do meu coração, dona do meu futuro e dona da minha própria história", destacou.
Ao finalizar o discurso, ela criticou ainda o preconceito e prestou apoio à comunidade LGBTQ+ e demais grupos marginalizados. “Sua homossexualidade é linda, sua negritude é linda, sua compaixão, seu entendimento", afirmou a artista. "Sua luta por pessoas que podem ser diferentes de você é linda", concluiu.
O desembargador Benedicto Abicair, que mandou suspender a veiculação do especial do Porta dos Fundos (clique aqui e saiba mais), já disse ser contra a “censura” em uma ação na qual o presidente Jair Bolsonaro, na época deputado federal, foi condenado por homofobia.
De acordo com informações do jornal O Globo, o desembargador da Sexta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) relatou o processo em novembro de 2017, quando Bolsonaro foi condenado em segunda instancia a pagar uma indenização por dano moral movido por grupos em defesa dos direitos LGBTQ+, por ter dito no “CQC” que não tem filhos gays porque eles “tiveram boa educação”.
Ainda segundo a publicação, na ocasião Abicair votou a favor de um recurso de Bolsonaro, alegando que em uma democracia não via como "censurar o direito de manifestação de quem quer que seja". Ele foi voto vencido.
"Gente, olha a Zefa como dança o xaxiado, êita nega da muléstia dão cabelo arrepiado". Quando compôs essa música, Luiz Gonzaga não imaginava que temas como racismo e machismo poderiam estar relacionados aos seus versos. Fora do que é tido como "consciente", a canção não toca, em 2019, no "Particulino à Beira Mar", que acontece mensalmente em espaços públicos da capital baiana. O evento é gratuito.
O "Particulino" é uma festa de forró realizada há cinco anos em diversos pontos de Salvador e que não reproduz canções de cunho racista, machista ou qualquer outra que não cumpra a premissa básica de ser "consciente" - ou se preferir, politicamente correta.
A DJ Preta Oster, responsável pela organização da festa, explica o veto: "São [músicas] de outra época, uma época que se podia falar sobre isso. Hoje não dá mais para ter esse tipo de discurso, muito pelo contrário, a gente tem que incentivar a igualdade e o respeito às diferenças".
Embora "Dona Zefa" não toque no evento organizado por Preta, outras canções do "Rei do Baião" continuam a ser referência para a playlist de Preta. Uma delas é "Asa Branca".
FOMENTO AO FORRÓ
A proposição da festa, segundo a Preta, surge para proporcionar que mais pessoas acessem o forró e que haja uma desmistificação de que o ritmo só tem espaço no período junino. "O forró é um ritmo nordestino, mas que infelizmente enfrenta algumas barreiras, culturalmente falando, e uma delas é a sazonalidade. Ele é um ritmo que as pessoas costumam lembrar no São João ou no aniversário de Luiz Gonzaga", lembra a agitadora cultural.
E se ela pondera a questão da temporalidade musical, é taxativa em dizer que "existem poucos investimentos públicos no forró". "E privados menos ainda", complementa.
O "Particulino" já percorreu pontos de Salvador como a Praça do Farol de Itapuã, a Ponta de Humaitá e o bairro da Barra. Nas redes sociais, mais de 3 mil pessoas acompanham o perfil vinculado ao projeto, o Forró Sound, que tem publicações sobre outras iniciativas da cena "chamegada" da cidade. "É um cenário que é fixo, muita gente dança forró em Salvador", defende.
PRÓXIMA EDIÇÃO
A próxima edição do "Particulino à Beira Mar" já tem data marcada. Em alusão ao Dia Nacional do Forró, comemorado nesta sexta-feira (13), e ao aniversário de "Gonzagão", o forró vai ser no Deck da Praia da Paciência, neste domingo (15), a partir das 16h. A organização, que é composta por Preta e o DJ Terranova, espera cerca de 500 pessoas no local.
Veja a playlist do evento:
O artista baiano Rafael Bulhões estreia, nesta sexta-feira (20), o espetáculo “Devir Gazela”. A performance, que é escrita e dirigida por ele mesmo surge após um drama do passado por ele vivido enquanto estudava em um tradicional colégio de Salvador. Por lá, Rafael passou pelos traumas da homofobia, sofreu bullying e foi apelidado de “Gazela” por ser assumidamente homossexual.
O espetáculo será dividido em três atos: Galeria, Tempo e Escatológico. Bulhões também vai incluir em sua apresentação textos de Mário Cravo (‘Exu’), Marcelo Coelho (adaptação atualizada de ‘Ser ou não Ser’, de Shakespeare) e Antonin Artaud (‘Para Acabar com o Julgamento de Deus’, 1948). “Devir Gazela”, que também será apresentada no sábado (21) e no domingo (22), no Laboratório de Experimentação Estética do Museu de Arte da Bahia (MAB), a partir das 19h, tem ingressos custando R$ 10.
“Gazela para mim sempre foi pejorativo. E através deste trabalho tento ressignificar o trauma, afinal gazela é um animal maravilhoso em seu porte e que a sociedade machista e patriarcal tende a violentar. Muitos passam pelo que passei. ‘Devir Gazela’ é uma ode a empatia. Vejo nas relações de afeto potências transformadoras”, explicou o artista.
SERVIÇO:
O QUE: Performance Devir Gazela, de Rafael Bulhões.
QUANDO: Sexta-feira (20), sábado (21) e domingo (22), às 19h
ONDE: Laboratório de Experimentação Estética do Museu de Arte da Bahia, Corredor da Vitória
VALOR: R$ 10.
Após o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, criticar a HQ "Vingadores a cruzada das crianças", exposta na Bienal do Livro, e sugerir a censura à obra por conter imagens com beijos entre gays (clique aqui e saiba mais), a Secretaria Municipal de Ordem Pública (SEOP) realizou uma operação no evento, na tarde desta sexta-feira (6).
De acordo com informações do jornal O Globo, 15 funcionários foram enviados ao local para fazer "uma vistoria em busca de material pornográfico". À Folha de S. Paulo, agentes prefeitura disseram que foram orientados a recolher títulos com temática LGBT ou que possam gerar polêmicas.
Questionado pela imprensa, o subsecretário operacional da SEOP, Wolney Dias, afirmou que “a prefeitura tem poder de polícia para isso”. “Se o material não estiver seguindo as recomendações, ele será recolhido. Estamos seguindo a orientação da procuradoria da prefeitura. Eu não entendo que haja censura. Se for material pornográfico, oferecido sem as normas, será recolhido”, disse.
Segundo o jornal, a movimentação dos agentes da SEOP causou problemas de movimentação no evento. Mesmo diante da tentativa de censura, a HQ que desencadeou o imbróglio entre Crivella e a Bienal teve seus exemplares esgotados em poucos minutos (clique aqui).
A iniciativa do prefeito do Rio gerou muitas críticas:
Diante da censura feita por Marcelo Crivella, prefeito do Rio, e da fiscalização p/ identificar livros considerados “impróprios” na Bienal do Livro, a Companhia manifesta seu repúdio a todo e qualquer ato de censura e se posiciona, mais uma vez, à favor da liberdade de expressão. pic.twitter.com/ijpjkDlwZX
— Companhia das Letras (@cialetras) September 6, 2019
Censura da Teocracia! “Crivella manda recolher ou embalar HQ dos Vingadores com personagens gays!”. Bienal do Livro não aceita! Próximo passo: queimar livros!
— José Simão (@jose_simao) September 6, 2019
Bispo Crívella não cuida do Rio, mas impõe censura, preconceito, obscurantismo. Rio está entregue às inundações: ele cortou $ da manutenção de redes pluviais. Submerso em lixo: loteou, sucateou a Comlurb. Se arvora em látego da moral que não tem: sua família anda em carro oficial https://t.co/Bu2FLLIxVK
— Carlos Minc (@minc_rj) September 6, 2019
Desinformação, mentira, moralismo farisaico, uso político das nossas crianças (e desvio de finalidade das políticas públicas de proteção), abuso de poder. Crivella será responsabilizado por querer fazer da Bienal um exemplo do seu obscurantismo tosco. https://t.co/zJkewsim7H
— Marcelo Calero (@caleromarcelo) September 6, 2019
Pelo visto, Bienal do Livro vai ter de se mudar para município e estado em que prefeito e governador sejam cultos e não-homofóbicos. Pelo menos até que o art 5o da CF volte a ser respeitado. O que acontecerá, mais cedo ou mais tarde. https://t.co/B2L8uf7OPA
— Mônica Waldvogel (@MonicaWaldvogel) September 6, 2019
Durante um show realizado recentemente em Moscou, na Rússia, músicos do Rammstein protestaram contra a legislação homofóbica do país governado por Vladmir Putin.
Quando o grupo de rock alemão tocava a música "Auslander" os guitarristas Landers e Richard Kruspe se beijaram, para expressar de forma clara a oposição às leis russas, que reprimem a classse LGBTQ+.
Uma foto com o registro do momento foi divulgada na conta oficial do grupo no Instagram, acompanhada da legenda: “Rússia, nós te amamos”.
Em cartaz nos dias 24, 25 e 31 de maio, sempre às 20h, no Teatro Sesc Senac Pelourinho, em Salvador, o espetáculo “Ananias” discute feminicídio e homofobia.
Sem o propósito de ser polêmico, a montagem visa debater, com seriedade, estes tipos de violência, que fazem inúmeras vítimas diariamente no país. A peça pretende ainda conduzir o espectador para a identificação e reflexão a respeito dos temas.
SERVIÇO
O QUÊ: “Ananias”
QUANDO: Sexta-feira e sábado, 24, 25 e 31 de maio, às 20h
ONDE: Teatro Sesc Senac Pelourinho – Salvador (BA)
VALOR: R$20 (inteira), R$ 10 (meia) e R$ 16* (comerciário com Cartão Sesc atualizado)
“Ancestralidade para qual identidade?”. A partir desta pergunta/mote, o espetáculo “Afronte” propõe uma reflexão sobre a interseccionalidade das discussões de gênero e raça, além da importância de preservar a memória e a construção histórica do que o diretor chama de “bixa preta”. Projeto de formatura de Thiago Romero em Direção Teatral pela Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (Ufba), a montagem estreou nesta quinta-feira (7), na Casa Rosada, em Salvador, e segue em cartaz de quarta a sábado, até o dia 16 de fevereiro, sempre às 19h.
Thiago conta que, junto com o Teatro da Queda - plataforma que dirige há cerca de 10 anos na Bahia -, já trabalhava com pesquisa de gênero, estudando a representação e os dados históricos do homossexual em cena, mas foi em 2018 que decidiu se aprofundar também nas discussões de raça dentro do universo LGBT. “Ano passado eu lancei o ‘Madame Satã’, que já falava um pouco dessa relação entre gênero e raça. E a ideia do ‘Afronte’, então, é da gente na verdade entender como opera gênero e raça dentro dessas discussões, porque a gente tem muitas discussões sobre a homofobia, LGBTfobia, de racismo, mas pouco esses lugares se encontram”, explica.
O diretor destaca ainda a necessidade de que a sociedade entenda que o corpo negro LGBT tem um recorte muito específico. “Desde o ‘Madame Satã’, me interessam as narrativas das ‘bixas pretas’. O quanto de silenciamento as histórias que inter-relacionam gênero e raça ainda estão distantes da gente. A partir dessa necessidade, dessa interseccionalidade, eu fui percebendo quanto seria importante a gente perceber uma coisa que virou o mote da peça, que é uma ancestralidade ‘bixa preta’”, diz Thiago Romero, que busca evidenciar a existência de processos de silenciamento que fazem com que as narrativas das “bixas pretas” desapareçam.
Na montagem, público poderá escolher por dois caminhos, contemporâneo ou ritualístico | Foto: Mayara Ferrão / Divulgação
A dramaturgia da montagem, que une duas peças em uma, convida o espectador a optar por dois caminhos, que ao final se encontram. “Acontecem simultaneamente. Ao chegar na bilheteria, ele [o espectador] vai poder escolher entre os dois percursos. Um é mais poético, mais lírico, que a gente acompanha a trajetória dos Quimbandas e se reconhece a partir desse grupo”, explica o diretor. Esta composição cênica traz os atores Teodoro, Diego Alcântara, Ricardo Andrade e Antônio Marcelo. O público poderá optar também por outro caminho, que segundo Thiago “parte da experiência da formação de um ‘Queerlombo’, formado por quatro ‘bixas pretas’”, interpretadas pelos atores Anderson Danttas, Diogo Teixeira, Igor Nascimento e Rafael Brito. “O ‘Afronte’ é exatamente isso. As pessoas têm a possibilidade de escolher entre o agora, o presente, que é um circuito; e a história dos Quimbandas, que na verdade foi esse grupo de negros trazidos ao Brasil por conta do tráfico negreiro e viveram aqui ainda nesse processo de resistência”, pontua, destacando que, ao final, o público é levado a refletir sobre como a história dos homossexuais negros é apagada.
SERVIÇO
O QUÊ: “Afronte”
QUANDO: Quarta a sábado, 7 a 16 de fevereiro, às 19h
ONDE: Casa Rosada – Travessa dos Barris – Salvador (BA)
VALOR: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)
A ialorixá Mãe Stella de Oxóssi, que faleceu na última quinta-feira (27), foi alvo de intolerância nas redes sociais. Em uma postagem publicada pelo G1 em seu perfil oficial no Instagram, alguns seguidores utilizaram-se de palavras ofensivas e homofóbicas em referência a líder religiosa. A notícia em questão, publicada no sábado (29), tratava-se sobre o cortejo realizado nas ruas de Salvador, o qual levava o corpo de Mãe Stella até o cemitério Jardim da Saudade.
Um dos perfis, identificado como pastor evangélico, escreveu diversos comentários em tom de deboche e associou a ialorixá ao satanás: “Satanás é descarado mesmo”, “como sempre macumbeiro sendo macumbeiros”, “como sempre, vocês pereceram por falta de conhecimento. Deus tem misericórdia das suas pobres almas, porém essa daí está angustia (sic) com os donos dela, são muitos demônios”, “nobres comedores e bebedores de sangue de galinha”.
Já outro perfil escreveu um comentário homofóbico, pelo fato de Mãe Stella ter mantido um relacionamento com outra mulher: “Agora estou entendendo o aumento considerável do número de homossexuais, acho que tem a ver com a troca dos orixás na feitura do santo… Coloca uma entidade feminina na cabeça do homem e uma masculina na cabeça da mulher. Ele passa a se ‘sentir’ mulher e ela passa a se ‘sentir' homem".
Os comentários preconceituosos foram duramente criticados. Além destes perfis no Instagram, outros perfis no Facebook também escreveram mensagens intolerantes, mas a publicação do portal de notícias por lá já tinha sido removida no momento da realização desta nota.
Veja os comentários:
Foto: Reprodução / Instagram
Foto: Reprodução / Instagram
Foto: Reprodução / Instagram
Após confirmar a participação como apresentador da cerimônia do Oscar 2019 (clique aqui), o ator e humorista Kevin Hart anunciou, na madrugada desta sexta-feira (7), ter desistido de ser anfitrião da premiação. A decisão se deu após o artista ser acusado de homofobia, por conta de uma série de publicações antigas, de 2009 e 2011, em sua conta no Twitter. Em uma das postagens Hart diz que se um filho seu quisesse brincar com uma casa de bonecas iria "quebrá-la na cabeça dele e dizer 'pare, isso é gay'". Após a polêmica ele apagou as mensagens conflituosas e anunciou que não apresentaria mais a cerimônia do Oscar. "Eu não quero ser uma distração em uma noite que deveria ser celebrada por tantos artistas talentosos incríveis. Eu sinceramente peço desculpas à comunidade LGBTQ pelas minhas palavras insensíveis do passado", escreveu ele na rede social. “Desculpa por ter machucado as pessoas... Estou evoluindo e quero continuar a fazer isso. Meu objetivo é unir as pessoas e não nos separar. Muito amor e apreço pela Academia. Espero que possamos nos encontrar novamente”, acrescentou.
I have made the choice to step down from hosting this year's Oscar's....this is because I do not want to be a distraction on a night that should be celebrated by so many amazing talented artists. I sincerely apologize to the LGBTQ community for my insensitive words from my past.
— Kevin Hart (@KevinHart4real) 7 de dezembro de 2018
I'm sorry that I hurt people.. I am evolving and want to continue to do so. My goal is to bring people together not tear us apart. Much love & appreciation to the Academy. I hope we can meet again.
— Kevin Hart (@KevinHart4real) 7 de dezembro de 2018
Alex Kapranos, vocalista da banda britânica Franz Ferdinand, é mais uma celebridade internacional a aderir ao movimento #EleNão, em oposição ao candidato à presidência do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL). “Eu costumava acreditar que músicos deveriam ficar fora da política, mas isso foi antes dessa era da demagogia. Não é mais possível permanecer neutro. Amo o Brasil e não posso ignorar o que está acontecendo. Sim, eu posso irritar alguns fãs, mas tenho que dizer: #EleNão”, publicou o artista em suas redes sociais, nesta terça-feira (16).
Kapranos se soma a uma lista de artistas estrangeiros que se posicionaram contra o candidato e as pautas defendidas por ele. Dentre as adesões ao #EleNão estão Madonna (clique aqui) e Roger Waters (clique aqui); os atores da série Grey'a Anatomy, Stefania Spampinato, Giacomo Gianniotti e Jesse Williams (clique aqui); o ator de Rebelde e Sense8, Alfonso Herrera (clique aqui) e a atriz Ellen Page (clique aqui). Prestes a se apresentar no Brasil, a cantora colombiana Shakira foi orientada pela produção a não se manifestar politicamente durante os shows (clique aqui).
Eu costumava acreditar que músicos deveriam ficar fora da política, mas isso foi antes dessa era da demagogia.
— alex kapranos (@alkapranos) 16 de outubro de 2018
Não é mais possível permanecer neutro.
Amo o Brasil e não posso ignorar o que está acontecendo. Sim, eu posso irritar alguns fãs, mas tenho que dizer:#EleNão https://t.co/TOHs6rCRfr
Um dos criadores da exposição fotográfica urbana "É só amor", Luiz Antônio Sena Jr já esperava que a arte provocasse um impacto no público, mas não imaginou que seria tão "afrontoso, de maneira clara e imediata". Um dia após começar a colagem dos painéis, que seguirão um corredor da Av. Carlos Gomes a Praça da Sé, as imagens foram rasgadas e rabiscadas em um ato homofóbico.
Parte de um projeto homônimo, a exposição é composta por imagens que abordam situações cotidianas de homoafetividade, a exemplo de um beijo, um abraço ou simples mãos dadas. Além de Sena, as artistas Tina Melo e Mayara Ferrão assinam o trabalho. Ele conta que começaram a expor na noite de segunda-feira (1º), colando três painéis de lambe-lambe. Já na tarde de terça (2), os três haviam sido danificados "no ponto onde as imagens tinham o elo de afetividade".
Foto: Divulgação
"Por exemplo, no painel é do beijo, a parte do beijo foi arrancada. Tem um outro painel que é uma sequência de oito imagens. Das oito, sete imagens foram rasgadas também nesse lugar da mão dada ou do abraço e apenas um ficou intacto. Por acaso é o painel que tem o meu rosto, aí, em cima da minha testa escreveram com caneta: 'só bala'", descreveu o artista em contato com o Bahia Notícias.
Diante desse quadro, Sena disse que os artistas se viram obrigados a alterar o formato da exposição. Ao invés de colar os outros seis painéis como estava previsto na terça, eles colaram apenas dois e vão acrescentar mais dois hoje. O objetivo é acompanhar a receptividade do público ao longo dos dias.
"Isso acabou alterando todo o sentido da exposição. (...) Mas é uma reação, de fato, de ódio, não é nem levemente contrário à homoafetividade, à questão LGBT, é uma ação de ódio porque os rasgos são exatamente nos pontos onde existe o elo de afeto e são rasgos grotescos", ressalta.
Até o momento, eles não denunciaram o ato à polícia ou a outro órgão público, mas discutem formas de intervir na intervenção preconceituosa, a fim de destacar a homofobia sofrida por esses grupos.
Exposição antes do vandalismo | Foto: Divulgação
Contemplado no edital Arte Todo Dia - Ano IV, da Fundação Gregório de Mattos (FGM), o projeto terá ainda outras duas etapas: um show musical, cruzando teatro e música, que deve ser realizado em novembro, e um teatro performático, previsto para ocorrer apenas no ano que vem, após o Carnaval. Já a exposição de lambe-lambe na rua não tem data limite para ocupar o espaço público. “A ideia é que ela tenha seu próprio tempo”, simplifica o artista. Os painéis ficarão expostos à mercê das intervenções climáticas e sociais.
A atriz, produtora e apresentadora estadunidense Ellen Page se juntou ao grupo de personalidades que se opõem à candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência do Brasil. Ao participar do movimento "Ele Não", no Instagram, Ellen lembrou a entrevista que fez com o candidato em 2016.
"Ele é um homem perigoso, homofóbico, racista e misógino que atualmente lidera a corrida presidencial no Brasil", afirmou Ellen em sua postagem, lembrando que Bolsonaro disse preferir um filho morto por acidente a vê-lo em um relacionamento homossexual.
A atriz esteve com o deputado federal durante a gravação da série documental "Gaycation". A produção roda o mundo para contar experiências da comunidade LGBTQ e os preconceitos enfrentados pelo grupo. O episódio sobre o Brasil é definido como "Ellen e Ian chegam ao Rio de Janeiro durante o Carnaval para descobrir como a comunidade queer do Brasil vive em um lugar com a mais alta taxa de homicídios de LGBTQ no mundo". Assista aqui:
Em meio à disputa eleitoral deste ano, internautas recuperaram alguns tweets de 2011 feitos pela cantora Rita Lee. Nas mensagens, ela zomba do candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL).
"Bolsonaro e eu tivemos um caso. Ele não era muito chegado na coisa, se é que me entendem. Terminamos porque Bolsinho estava de olho num colega de classe", publicou a artista no dia 17 de maio de 2011.
No dia 19 daquele mês, ela continuou. "No internato, o apelido de Bolsonaro era Santinha: o coroinha preferido de nove entre 10 padres. Vou negar tudo no tribunal!", afirmou a artista, acrescentando em outro post que se o deputado federal continuar com seu "nhén nhén nhén", vai contar tudo que sabe.
Imagens: Reprodução / Twitter @LitaRee_real
Já em novembro de 2011, ela voltou a falar sobre a orientação sexual do parlamentar, dessa vez de forma chula. "Vocês têm razão, pau de negão em Bolsinho não será castigo, ele prazer... Então, amarra o bambi e faz o que?", questionou Rita Lee.
Uma checagem no mecanismo de busca da rede social mostra que os tweets foram mesmo publicados pelo perfil oficial da artista. A conta de Rita Lee, que ainda não se manifestou desde que as mensagens viralizaram, é verificada pelo Twitter.
Hospitalizado enquanto se recupera da facada que recebeu no último dia 6 (saiba mais aqui), Bolsonaro também não comentou as declarações antigas da artista. Mas é de conhecimento público que o candidato, primeiro colocado nas pesquisas de intenções de voto para à Presidência, trata a homossexualidade como doença.
Em 2011 mesmo, no mês de abril, ele demonstrou esse preconceito em entrevista à revista Playboy. "Seria incapaz de amar um filho homossexual. Não vou dar uma de hipócrita aqui: prefiro que um filho meu morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí. Para mim, ele vai ter morrido mesmo", afirmou, acrescentando em outro trecho que sua casa seria desvalorizada se um casal homossexual fosse morar na vizinhança.
Depois da grande repercussão causada pela publicação de uma foto na qual uma boneca aparece entre os brinquedos de seu filho Theo, de 4 anos (clique aqui e relembre), Sandy comentou o incidente e minimizou a polêmica, durante uma entrevista para Amaury Jr. “Não imaginamos que pudessem ter tantas reações, como isso fosse uma grande coisa (a gente permitir que nosso filho brinque com uma boneca), sabe? E, se quiser saber mais a fundo, se ele fosse ou virasse gay, não teria nenhum problema com isso também. Somos todos iguais, todos irmãos”, afirmou a cantora.
“Ele brinca com bonecas, bonecos, carrinhos, bola. A gente não coloca nenhuma restrição. Na nossa concepção, não existe isso de brinquedo de menina e menino. A gente tá criando ele para não ser uma pessoa machista, sexista e preconceituosa”, defendeu Sandy.
Negra e homossexual assumida, a cantora Mart’nália comentou o cancelamento do show de Liniker durante a Copa do Mundo na Rússia, por medo de transfobia. De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, a artista que se apresentou no mesmo evento, disse não ter sofrido como a colega. “Não sabia que ela tinha ficado nervosa, mas eu não penso nisso, não”, comentou Mart’nália. “Por enquanto está tudo leve”, acrescentou, destacando que se preocupa mais com o racismo que com os ataques aos homossexuais no país, cujo governo proíbe manifestações de afeto entre casais homoafetivos nas ruas. “É mais fácil eu pensar na coisa do preto, que só ficou eu de preto num lugar. Mas homofobia e racismo tem no mundo inteiro”, ponderou.
Pabllo Vittar lançou nesta terça-feira (10) o clipe da música “Indestrutível”. Com imagens em preto e branco, o vídeo traz cenas que abordam homofobia e preconceito que pessoas da comunidade LGBTQ. Logo nas primeiras imagens, o vídeo traz uma informação: “73% dos jovens LGBTQ+ no Brasil são vítimas de bullying e violência nas escolas”. Uma mensagem de superação é mostrada no final do clipe, quando o personagem principal consegue se tornar mais forte do que as críticas que recebe. “Indestrutível” tem direção e produção de Bruno Ilogti, responsável por “Sua Cara”, música feita por Anitta e a drag queen.
A boneca mais famosa do mundo aderiu à causa LGBT e tem causado alvoroço nas redes sociais. Em uma publicação que já alcança cerca de 40 mil curtidas no Instagram, duas Barbies aparecem vestidas com uma camisa criada pela blogueira Aimee Song, com a frase “Love Wins”, que significa “O Amor Vence”, e representa o slogan da defesa do direito ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. “Orgulho de usar esta camisa ‘Love Wins’ com @songofstyle! Você sabia que suas camisetas exclusivas beneficiam de diferentes causas sem fins lucrativos? Foi uma experiência inspiradora e dias fabulosos que passei com Aimee, ela é uma boneca! ???? #barbie #barbiestyle”, diz a postagem. Mas a ousada campanha pela diversidade, que mostra as duas bonecas supostamente como um casal, conquistou fãs e também críticos. “As crianças não precisam disso em suas vidas”, disse um internauta. “Desapontado”, comentou outro. Por outro lado, há também os apoiadores: “Espero que seu filho aprenda com adultos mais sábios e não aprenda e imite sua homofobia e fanatismo”, escreveu um seguidor. “Sinta-se livre para vestir sua homofobia da maneira que você se sinta melhor com você mesmo. Compreendo. É a única maneira de sentir-se bem com sua homofobia e valores odiosos”, afirmou outro.
Com a notícia de que teria convidado Pabllo Vittar para uma parceria, a rapper Azealia Banks negou o feito. Ainda assim, ela deixou a possibilidade aberta. "Eu não me lembro de ter convidado oficialmente pra uma colaboração, mas eu estou dentro se Pabllo estiver", comentou Azealia no Instagram Stories.
De acordo com o blog Gente Boa, de O Globo, Leocádio Rezende afirmou que Pabllo tem sido procurada por muitos artistas. "Muita gente tem vindo atrás dela, inclusive a Azealia Banks, que é incrível, mas ficamos preocupados", contou Rezende, que é DJ oficial da drag queen. A preocupação, de acordo o blog, se deve à postura polêmica de Azealia, que teria assumido atitudes homofóbicas. Em resposta, Azealia disse que "definitivamente não é homofóbica" e que essa imagem é "culpa dos garotos gays" que a ensinaram piadas ruins. "Eu tive que aprender do jeito difícil que eu não devo repeti-las", justificou.
Depois de "Sua Cara" com Anitta e Major Lazer, Pabllo tem mais uma parceria internacional confirmada. O nome ainda está em segredo, mas, de acordo com Rezende, "é com uma americana".
A marca Polenguinho postou uma imagem nas redes sociais que está sendo mal interpretada por alguns internautas. A empresa publicou uma montagem do queijo Polenguinho em homenagem à capa do disco da banda de rock Pink Floyd, "The Dark Side of The Moon" com a legenda "Dark Side da Fominha". Após a postagem, pessoas começaram a atacar a marca dizendo que a empresa estava incitando a "ideologia de gênero" devido ao arco-íris da imagem."Até o Polenguinho fazendo ideologias de gênero. Boa empresa põe arco íris, já está incitando o fato. Menos um produto em meu lar e dos meus familiares", diz um dos internautas na postagem da marca. Por conta do número de comentários, os autores da campanha publicaram uma resposta para explicar o post.
"Nossa equipe criativa teve como inspiração a capa do álbum The Dark Side of The Moon, da banda Pink Floyd, para 'brincar' com o conceito de fominha, tão utilizado quando o assunto é Polenguinho. Prezamos pela paz, pelo respeito e pela igualdade em nossa comunidade aqui. Embora não tenhamos feito alusão ao movimento LGBT+, temos máximo respeito pela causa. Contamos com todos que adoram o queijinho mais querido do Brasil desde mil novecentos e bolinha para fomentar uma comunicação afetuosa e fluída por aqui! Obrigado", declarou a empresa na resposta.
A boate Wood’s, localizada na cidade de Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), está sendo acusada de homofobia. De acordo com frequentadores da casa, seguranças e funcionários do local foram desrespeitosos com o público da cantora Pabllo Vittar que fez show no local na última quarta-feira (27). Segundo apurado pelo site Bhaz, o público encontrou dificuldades para entrar na casa no dia da apresentação por causa de uma regra da Wood’s que impede que homens entrem de bermuda. “Um dos seguranças me abordou de forma grosseira, dizendo que eu já podia dar meia volta e ir em casa colocar um calça, caso eu quisesse entrar. Porém, horas antes do evento, entrei em contato com a Wood’s e me passaram a informação de que, como se tratava de um evento LGBT, seria permitido a entrada de pessoas com bermuda. Aliás, eu não entendi esse argumento”, contou Filipe Rocha, 30 anos. Após ter o acesso autorizado, Felipe foi novamente barrado por um dos supervisores da boate. “Ele me levou na frente de uma placa e disse, ‘você tem escolaridade suficiente pra poder ler isso aqui?’. Na hora eu fiquei sem reação e fui mostrei a postagem que a Wood’s havia feito e várias pessoas comentando que também ligaram na casa pra saber sobre a questão da bermuda e todos dizem que a casa disse sim, que poderia entrar”, diz. Segundo ele, após mostrar a postagem, o supervisor disse: “já não suporto viado. Ainda mais burro” . Depois do show, as avaliações do espaço na página do Facebook da Wood's caíram para uma estrela com diversos relatos de agressão durante a noite. Em outro momento, Felipe afirma que sofreu outra agressão. “Na hora de ir ao banheiro, havia uma fila indiana para acesso aos caixas. Uma desorganização total. Até que os seguranças chegaram, empurrando as pessoas, inclusive eu. Eu questionei se ele tinha educação e os seguranças, conversando entre eles disseram ‘não aguento mais ver tanto viado’”, conta.
O espetáculo “Condenados”, da SouDessa Cia de Teatro, estreia nova temporada nesta quinta-feira (14), às 20h, no Espaço Xisto Bahia, em Salvador. Escrita e dirigida por Filipe Harpo, a montagem discute a homofobia através de diferentes pontos de vista: do agressor, da sociedade e de quem sofre o ato. Como lidar com a violência? Qual é a melhor forma de combater a homofobia? E se em vez da tentativa de diálogo os homossexuais revidassem com a mesma moeda? Estes são alguns dos questionamentos que aparecem no palco, por meio de várias histórias e 20 personagens, interpretados por Taric Marins e Bruno Roma. A peça segue em cartaz no Xisto, nas sextas e sábados, até 22 de julho, com ingressos a R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Depois deste período, o espetáculo segue para Centro Cultural Plataforma, onde será apresentado nos dias 28, 29 de julho e 4 e 5 de agosto, sempre às 19h.
SERVIÇO
O QUÊ: Espetáculo “Condenados”
QUANDO: Sextas e sábados, de 14 a 22 de julho, às 20h
ONDE: Espaço Xisto Bahia – Barris – Salvador (BA)
VALOR: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)
Com as diversas expressões de protesto por parte do público em shows e espetáculos, Criolo conta que não houve sequer uma apresentação sua sem que a plateia se expressasse politicamente através de coros ou de cartazes, mas criticou a "chuva de ódio" gerada com a polarização da sociedade. "É muito louco isso, porque foi criado um ambiente de ódio, de rancor, tão absurdo que as pessoas passam por cima e parece que não estão vendo uma construção de fortalecimento, que algumas pessoas sugerem, de homofobia, xenofobia, racismo, de achar normal esse abismo social que a gente vive", lamenta.
Para o rapper paulista, há quem se beneficie com a expansão da crise enquanto a população carente sofre as consequências desse cenário. "Tem corrupção no governo e fora, todo mundo sabe disso, todos os partidos políticos têm. Agora, os caras fizeram uma manobra monstra e que se exploda a favela. Que morra todo mundo: acho que é isso que passa na cabeça dos caras, talvez com um pouco mais de poesia e vernáculo mais apurado", analisou.
Adams se apresentaria na quinta-feira (14), na cidade de Biloxi, mas se mostrou solidário à causa dos ativistas que lutam para revogar esta lei "extremamente discriminatória". Prevista para entrar em vigor em julho, a lei permitirá que empresas, organizações religiosas e funcionários neguem serviços a homossexuais que pretendem se casar.
De acordo com a AFP, textos similares foram aprovados em outros estados do país a fim de burlar a decisão tomada pela Suprema Corte americana, em junho de 2015, que legalizou o casamento homossexual em todo o país. Na última sexta (8), Springsteen cancelou um show que faria na Carolina do Norte para protestar contra uma lei promulgada contra a comunidade LGBT (lembre aqui).
Em entrevista à atriz Ellen Page, Jair Bolsonaro afirma que o aumento da quantidade de gays na sociedade se deu devido “...
Posted by Danilo Rodrigues on viernes, 11 de marzo de 2016
"Eu li coisas que você disse e coisas que você disse pra mim... Elas soam muito homofóbicas", começou a atriz, citando um artigo escrito pelo deputado em que ele sugere que pessoas com filhos gay tirassem a homossexualidade de seus filhos na base da porrada. "Eu acredito que a grande parte dos gays é comportamental. Quando eu era jovem - eu falo de percentual - existiam poucos. Com o passar do tempo, com as liberalidades, drogas, a mulher também trabalhando, aumentou-se bastante o número de homossexuais", afirmou o deputado. Bolsonaro ainda disse à atriz que, caso a visse na rua quando era cadete da Academia Militar, assobiaria para ela.
"Quando a criança está sendo muito violenta, você dá um corretivo nele e ele deixa de ser violento. Por que o contrário não vale? Se você estimular desde criança, mostrar que é normal isso, normal aquilo, seja lá o que for, a criança vai praticar aquilo", continuou. A atriz explicou que todo esse ódio leva pessoas a se esconderem, se deprimirem e até tirarem a própria vida, o que Bolsonaro considerou uma "teoria do absurdo". "Eu acho que você foge do discurso aqui, você foge à normalidade. Nós temos que ter um norte aqui. Você beira, com todo respeito a você, a teoria do absurdo. Até porque você e sua companheira não geram filhos", concluiu o político.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.