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hipertensao
A pressão arterial de 12 por 8, considerada até então dentro da normalidade, passa a ser enquadrada como pré-hipertensão, segundo nova diretriz divulgada nesta quinta-feira (18) durante o 80º Congresso Brasileiro de Cardiologia.
O documento, elaborado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e pela Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), define como pré-hipertensos os indivíduos que apresentam valores entre 12 por 8 e 13,9 por 8,9 (120-139 mmHg sistólica e/ou 80-89 mmHg diastólica).
Antes classificados como “normais limítrofes”, esses níveis passam a exigir maior atenção clínica. De acordo com as entidades médicas, a intenção é reforçar a prevenção. Nessa fase, em que a hipertensão ainda não está totalmente estabelecida, os profissionais de saúde devem orientar mudanças no estilo de vida e, conforme o risco do paciente, considerar até mesmo o uso de medicamentos.
A cidade de Salvador ficou na lista das capitais brasileiras com maiores taxas de hipertensão do país. A capital baiana ocupou a 4º posição no percentual de pessoas maiores de 18 anos que foram diagnosticadas com hipertensão arterial.
Segundo levantamento do Ministério da Saúde acessado pelo Bahia Notícias, no ano retrasado Salvador obteve uma taxa de 29,4% de adultos que referiram diagnóstico médico de hipertensão arterial. O município ficou atrás somente do Rio de Janeiro (34,4%), Porto Alegre (33,0%) e Recife (32,6%).
O levantamento do sistema de vigilância por inquérito telefônico implementado pelo Ministério da Saúde, indicaram que ao longo do período de 2006 a 2023, a frequência de adultos que relataram diagnóstico médico de hipertensão subiu na cidade, indo de 24,3% em 2006 para 29,4% em 2023.
Um aumento foi constatado também entre os anos de 2021 a 2023, onde as proporções foram de 24,03% para 29,4%. Na lista das capitais nordestinas, o território soteropolitano ficou na vice-liderança, perdendo apenas para Recife.
O ano de 2010 foi o período onde se obteve a menor taxa da doença com 22,9%, seguida por 2013.
ÓBITOS
Os números do país apontaram um aumento de 3,7% entre os adultos nos últimos 15 anos no Brasil. As informações foram divulgadas pelo Ministério da Saúde, no mês de maio. Os índices saíram de 22,6% em 2006 a 26,3% em 2021.
Foi registrado ainda um aumento na prevalência do indicador entre os homens, variando 5,9% para mais. Houve aumento também entre as mortes. Em 2011, foram 23.233 mortes por hipertensão. Em 21, esse número subiu para 39.964, o que representa um aumento de 72%.
Além disso, o estudo mostrou também os dados relacionados à morte em decorrência da hipertensão. Entre 2010 a 2020, foram registradas 551.262 óbitos por doenças hipertensivas, sendo 292.339 em mulheres e 258.871 em homens.
Um estudo conduzido pela Universidade de São Paulo (USP) publicado na revista científica Scientific Reports apontou que a qualidade dos espermatozoides presentes no sêmen é gravemente afetada pela pressão alta. Segundo os pesquisadores, a hipertensão possui ligação com a diminuição dos espermatozoides no sêmen, além de danos ao acrossoma, organela que facilita a penetração no óvulo.
“Um dado alarmante é que, nos últimos 50 anos, tem se observado uma redução de cerca de 50% de espermatozoides presentes no sêmen em indivíduos hipertensos ou não. Ainda não se sabe ao certo as causas do fenômeno, ou se ele vai começar a comprometer a reprodução da espécie no futuro. Por isso, todo estudo é bem-vindo, seja para reverter ou impedir que essa redução aumente”, explicou o professor de Ciências Biomédicas da USP (ICB-USP), Stephen Rodrigues, que conduziu o estudo, em comunicado.
Segundo publicação do portal “O Globo”, a queda na qualidade do sêmen em homens hipertensos ocorre ainda na juventude, se estendendo por toda vida do indivíduo. A pressão alta também tem a tendência de afeta a microcirculação nos testículos a longo prazo, matando os espermatozoides.
“Esses resultados mostram que a hipertensão arterial tem um impacto reprodutivo que começa muito cedo e persiste durante toda a fase adulta. Mesmo períodos relativamente curtos de exposição a níveis elevados de pressão arterial já são suficientes para causar danos irreversíveis”, afirmou Rodrigues.
A USP também realizou estudou sobre a eficácia dos medicamentos sobre a qualidade do sêmen. Foram analisados os remédios que normalmente são utilizados no combate a hipertensão: losartana e a prazosina.
A losartana não obteve sucesso em reverter as mudanças nos espermatozoides. Contudo, a prazosina modificou parte dos danos observados.
“Esse achado sugere que apenas reduzir a pressão arterial não é suficiente para proteger a saúde reprodutiva. A combinação de agentes que reduzem a mortalidade com outros que preservem a função reprodutiva pode ser um caminho promissor”, disse o professor que conduziu o estudo.
A pesquisa, no entanto, não foi realizada em humanos. Os resultados foram obtidos a partir de estudos feitos em ratos com diferentes faixas etárias, indo de 8 a 10 semanas, equivalente a cerca de 18 anos humanos, até 60 a 66 semanas, equivalente a 45 a 50 anos humanos.
Alunos de um colégio estadual de Itamaraju, no Extremo Sul baiano, desenvolveram um produto para controle de hipertensão. A doença atinge cerca de 60 milhões de brasileiros, segundo dados do Ministério da Saúde.
O produto – desenvolvido para a feira de ciências do Colégio Estadual Professora Aurivaldina Joazeiro – combina hibisco, passiflora, valeriana e camomila, plantas conhecidas pelas propriedades relaxantes e antioxidantes. Segundo a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, o projeto teve início a partir de uma questão que afetava uma das criadoras, a estudante Juliana Thayslen Carvalho. A avó dela tem hipertensão.
“A partir desse problema, meu amigo e eu decidimos pesquisar plantas com propriedades que auxiliassem na redução natural da pressão arterial. Foi assim que encontramos a passiflora, a valeriana, o hibisco e a camomila. O hibisco já fazia parte da nossa rotina. Ao confirmarmos sua eficácia como um redutor natural da pressão arterial, decidimos torná-lo o ingrediente principal do nosso produto”, explica a estudante.
A partir das pesquisas foram feitos testes para avaliar a funcionalidade da goma e o período de duração do efeito. “O resultado mostrou que o efeito da goma dura em torno de seis horas. O hibisco ajuda a eliminar o excesso de líquidos do corpo, reduzindo o volume de sangue e a pressão sobre as artérias. A passiflora possui efeitos sedativos suaves, que ajudam a reduzir a ansiedade e o estresse e contribuem para o relaxamento dos vasos sanguíneos. Já a camomila possui propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes”, completa.
O grupo tem apoio da Secretaria da Educação (SEC). Além de Juliana, o projeto ainda conta com os colegas Isabelle Lima, Izaque Jesus, Kamilly Lisboa, Larissa Paz e Raquemilly Melgaço, que recebem orientação do professor Guilherme Chile. "Queremos aprofundar ainda mais as pesquisas sobre plantas com propriedades naturalmente redutoras da pressão arterial e aprimorar a fórmula da goma. O hibisco, no entanto, continuará sendo o ingrediente principal”, projeta Juliana.
Mãe Stella de Oxóssi, que deu entrada no Hospital da Bahia, em Salvador, nesta quarta-feira (28), em decorrência de uma crise hipertensiva e fortes dores de cabeça, segue internada na UTI cardíaca da unidade hospitalar. De acordo com o boletim médico divulgado na manhã desta quinta-feira (29), a ialorixá de 92 anos de idade está medicada e apresenta quadro clínico neurológico estável. Segundo o comunicado oficial, Mãe Stella, que passou por exames complementares e de imagem, está “lúcida, vigil com respiração espontânea em uso de medicação específica, sob vigilância médica e monitorização continua de dados vitais”. A paciente está sob cuidados do médico cardiologista Jadelson Andrade.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Hugo Motta
"Segurança é uma das maiores preocupações dos brasileiros e uma prioridade do Parlamento – e prioridade se faz ouvindo, dialogando e agindo".
Disse o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), pretende acelerar nesta semana algumas propostas voltadas à área da segurança pública, além de debater o projeto que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda para pessoas que ganham até R$ 5 mil.