Artigos
A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade
Multimídia
Ivanilson afirma que PV fará reavaliação de filiados e admite: “Servimos sim de barriga de aluguel”
Entrevistas
Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026
gil
Por conta de questões pessoais, o zagueiro Gil continuará como desfalque do Santos nas próximas duas partidas: contra o CRB, pela Copa do Brasil, e diante do Vitória, pela décima rodada do Campeonato Brasileiro. A tendência é que o jogador rescinda o contrato com o clube no meio da temporada e anuncie sua aposentadoria, de acordo com o repórter Ricardinho Martins, da TNT Sports Brasil.
Gil está temporariamente afastado de todas as atividades no Santos, sem participar de treinamentos ou jogos. O defensor recebeu autorização para permanecer no Rio de Janeiro, onde resolve questões pessoais.
Inicialmente, o jogador planejava encerrar a carreira ao fim de 2024, mas chegou a renovar seu contrato até o final de 2025. A expectativa, no entanto, é de que a rescisão aconteça em comum acordo.
FASE DO PEIXÃO
Em meio a uma fase difícil, o Santos ocupa a vice-lanterna do Brasileirão e precisa vencer o CRB, fora de casa, para garantir vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil.
O Santos visita o CRB na próxima quinta-feira (22), no estádio Rei Pelé, às 21h30, em jogo de volta da terceira fase da Copa do Brasil. Na partida de ida, na Vila Belmiro, as equipes empataram em 1 a 1. Em caso de novo empate, a classificação vai ser decidida em disputa de pênaltis.
No domingo (25), o Alvinegro Praiano volta a jogar pelo Brasileirão. Pressionado com a condição de ocupar a 19ª posição da tabela, o Santos enfrenta o Vitória, no Barradão, às 18h30. A equipe paulista venceu apenas uma das nove partidas disputadas na competição e acumula cinco pontos ganhos.
Atualmente no Santos, o zagueiro Gil buscou a justiça para cobrar R$ 11,3 milhões ao Corinthians. O atleta tem as mesmas justificativas que o meia Renato Augusto, que exige receber o pagamento por valor em direito de imagem atrasado.
De acordo o zagueiro, a equipe paulista lhe deve as parcelas de direitos de imagem referente ao período de julho a dezembro do ano passado, totalizando R$ 3 milhões.
Além disso, o Alvinegro não pagou uma dívida antiga, referente à primeira passagem de Gil pelo time paulista. Em 2019, esse débito foi restabelecido, e o Corinthians se comprometeu a quitar R$ 8,3 milhões em três vezes.
A defesa do zagueiro é a mesma de Renato Augusto, que assim como no caso do meia, diz ter tentado acordo amigável diversas vezes, mas o clube paulista alega viver crise financeira "em nenhum momento se prontificou a proceder ao pagamento da quantia devida".
Gil deixou o Corinthians em dezembro de 2023, pois a diretoria comandada por Augusto Melo não quis renovar o contrato do atleta, que logo depois foi para o Santos, clube em que atua até hoje.
O cantor e compositor baiano Gilberto Gil está comemorando mais um ano de vida nesta quarta-feira (26). Com 82 anos, o aniversariante recebeu várias homenagens em suas redes sociais, incluindo uma ação intitulada “Feliz Tempo, Gil” publicada no perfil pessoal do cantor, onde diversos artistas e familiares desejam felicitações pelo dia especial.
No vídeo, nomes como Caetano Veloso, Carolina Dieckmann, Flora Gil, Ivete Sangalo e Nando Reis celebram a vida do baiano. A iniciativa também é aberta para os fãs de Gil, que podem enviar mensagens escritas para ele através do site https://www.feliztempogil.com.br/. Mais cedo, a equipe de Gilberto escreveu um texto parabenizando o primeiro neto do artista, João Gil, que divide a data com ele.
Siga o @bnhall_ no Instagram e fique de olho nas principais notícias.
O Corinthians terá um jogo decisivo contra o Vasco, nesta terça-feira (28), no Rio de Janeiro, pela 36ª rodada. O Timão terá cinco desfalques para o duelo com o Cruzmaltino.
Para o compromisso na Cidade Maravilhosa, o técnico Mano Menezes não poderá contar com o zagueiro Gil, que vai cumprir suspensão automática por ter recebido o terceiro cartão amarelo. Já os outros quatro atletas estão fora de combate por questões físicas. O volante Fausto Vera trata de uma inflamação no tendão de Aquiles, o também volante Roni e o atacante Gustavo Mosquito estão com problemas musculares, enquanto o meia-atacante paraguaio Matías Rojas sente dores na coxa esquerda.
Por outro lado, Mano terá os retornos dos zagueiros Bruno Méndez e Caetano, e também do meia Ruan Oliveira. O trio volta a ficar à disposição após cumprir suspensão. A provável escalação do Timão deve ser: Cássio; Fagner, Bruno Méndez, Lucas Veríssimo e Matheus Bidu (Fábio Santos); Maycon, Gabriel Moscardo, Giuliano e Renato Augusto; Romero e Yuri Alberto.
A bola rola para Vasco e Corinthians a partir das 21h30, em São Januário. O Timão caiu para o 13º lugar com 44 pontos, três a mais da zona de rebaixamento, que neste momento é aberta pelo Cruzeiro, que é o 17º, mas joga visita o Goiás, nesta segunda (27), no encerramento da 35ª jornada. Com 42, o Cruzmaltino aparece na 15ª posição.
Os artistas baianos Caetano Veloso, Ivete Sangalo, Gilberto Gil e Luedji Luna se reuniram nesta quinta-feira (30), durante um ensaio geral para o show que celebra o aniversário de 474 anos de Salvador. O evento acontece neste domingo (2), no Farol da Barra, e promete muitas surpresas durante o encontro dos artistas. “Tá ficando lindo!”, destacou Caetano nas redes sociais.
Na apresentação, que marca o encerramento do Festival da Cidade, os baianos cantam juntos a partir das 20h. O show será transmitido ao vivo pela TV Globo e terá exibição completa pelo Multishow e Globoplay.
Para o repertório, que ainda não foi oficialmente divulgado, é possível ter um spoiler com base nos vídeos que vêm sendo publicados nas redes sociais dos artistas. “A Fé Não Costuma Faiá”, “Odara”, “Palco”, “Vamos Fugir” e “A novidade” estão entre as canções ensaiadas.
Siga o @bnhall_ no Instagram e fique de olho nas principais notícias.
A cantora, compositora e multi-instrumentista Gal Costa, 75, recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19 nesta segunda-feira (15), em São Paulo. A artista compartilhou o momento em sua conta no Twitter e disparou: "Vacina sim! Viva o SUS [Sistema Único de Saúde]!".
Os seguidores comemoraram o fato. "Esse é um dos momentos mais felizes de toda minha vida. Te ver vacina, protegida, alivia minha alma. Você é luz, é o patrimônio brasileiro!", escreveu uma fã.
Na foto, a cantora aparece com o cartão de vacinação em mãos. Ela foi mais uma das integrantes do movimento tropicalista a ser imunizada. Os companheiros de "Doces Bárbaros", Caetano Veloso e Gilberto Gil foram vacinados nas últimas duas semanas (veja aqui e aqui).
O cantor e compositor Chico Buarque, o dramaturgo Zé Celso Martinez e o músico baiano Tom Zé foram outros membros da Tropicália que também receberam pelo menos a primeira dose da vacina contra a doença.
????????Vacina sim! Viva o SUS! #vivaosus pic.twitter.com/h7mKhBGRIe
— Gal Costa (@GalCosta) March 15, 2021
O cantor e compositor Gilberto Gil fez uma homenagem para Gal Costa nas redes sociais. Nas post, Gil divulgou várias fotos dele e Gal juntos e parabenizou a amiga. "Viva a irmã de vida, a moça da Trinca, a Gaúcha de alma sempre jovem. Axé, @galcosta!", diz a postagem. Além de Gil, diversos artistas a parabenizaram nas redes sociais.
A cantora Gal Costa completou 75 anos neste sábado (26). Gal Costa nasceu em Salvador, no dia 26 de setembro de 1945. Para comemorar o aniversário, a cantora fará uma live que será transmitido pelo canal TNT e pelo Youtube (saiba mais).
Silva lançou, nesta quarta-feira (23), uma versão de "A Coisa Mais Linda Que Existe". Composta por Gilberto Gil e Torquato Neto, a canção ficou conhecida na voz de Gal Costa, e foi regravada pelo músico capixaba para a trilha sonora do último episódio da série "Amor e Sorte", da TV Globo.
"Foi uma honra regravar essa mu?sica que eu amo tanto e fiquei ainda mais honrado quando soube que Seu Gilberto gostou", comentou Silva nas redes sociais.
"A Coisa Mais Linda Que Existe" está disponível nas plataformas de streaming. Além de Silva, outros artistas foram convidados para apresentar suas versões de obras de Gil na série global. Lucy Alves, Céu, Liniker, Elza Soares, Sandy, Rubel, Pitty, Anavitória e Teago Oliveira (veja aqui) são alguns dos nomes que fazem parte do time.
Dentre as canções do tropicalista que estão na trilha sonora de "Amor e Sorte" estão "Aqui e Agora", "Barato Total", "Andar Com Fé", "Drão", "Divino Maravilhoso" e "Palco".
O Coala.VRTL, que acontece neste sábado (12), é a primeira edição virtual do Coala Festival. A festa precisou fazer mudanças por causa da pandemia de coronavírus e, pela primeira vez desde 2014, ano em que estreou, não acontecerá no Memorial da América Latina, em São Paulo.
Segundo a produção, o evento se refugiou em meio à natureza "em local sigiloso", de acordo com o G1.
"Quando decidimos fazer uma edição virtual, quisemos refugiar o Coala numa locação afastada, mas que pudesse passar uma sensação de acolhimento e segurança. É uma maneira de levar a música brasileira para todos, sem a necessidade de estar junto fisicamente", diz Fernanda Pereira, diretora do Coala Festival. O evento será transmitido à partir das 14h gratuitamente no canal do YouTube do Festival e contará com alguns encontros especiais.
Mariana Aydar e Mestrinho abrem a tarde de show, seguidos do encontro entre MC Tha e Rico Dalasam. Gilberto Gil encerra o festival candando com o trio Gilsons. O show ainda terá participação especial de Bem Gil.
O evento também traz apresentações dos Novos Baianos e de Nego Bala. DJs vão comandar os intervalos das atrações.
Veja abaixo lista com programação completa:
14h: Abertura Coala
14h05: Show 1 – Mariana Aydar e Mestrinho
14h50: DJ Set 1 – Mary G
15h30: Show 2 – MC Tha e Rico Dalasam
16h15: DJ Set 2 – Shaka x EB
16h55: Show 3 – Novos Baianos
18h15: DJ Set 3 – Cinara
18h55: Show 4 – Nego Bala
19h40: DJ Set 4 – Ubuntu
20h20: Show 5 – Gilberto Gil + Gilsons
O cenário apontado no livro "Música e Ancestralidade na Quixabeira", do doutor em Políticas Culturais e Audiovisual pela UFBA, Sandro Santana, mostra como o aumento do desinteresse das novas gerações, o êxodo rural e o avanço das igrejas evangélicas ameaçam a manutenção da cultura popular e das festas religiosas sincréticas. As manifestações também estão, segundo o pesquisador, sofrendo com a falta de apoio do poder público.
“As manifestações – samba de roda, capoeira, jongo, maracatu, coco, umbigada etc. – que compõem aquilo que se denomina cultura popular foram sempre coadjuvantes nas políticas públicas. Num momento em que se elege um governo que não só despreza, como também persegue as produções não alinhadas com seu projeto, o quadro torna-se ainda mais preocupante. E a tendência é piorar”, avaliou o pesquisador.
Para a Carta Capital, Santana indicou que as escolas se tornaram as únicas trincheiras de enfrentamento ao cenário difícil. “Nelas, conseguimos mobilizar mais famílias para algum evento em torno das manifestações culturais ancestrais destas comunidades, sem entrar em choque com as preferências religiosas por tratar-se de um espaço neutro”.
O pesquisador tem vivência nas artes e com produção de registros e shows de expressões culturais no interior do Nordeste, como de Quixabeira - uma região no agreste do estado que foi objeto de estudo do livro.
Os fundos de cultura estaduais são, para Sandro, um dos poucos caminhos de fomento à cultura popular no país atualmente. “Afinal, as leis de incentivo são, historicamente, terra arrasada para estas manifestações”. Ainda assim, os recursos destinados são invariavelmente mais baixos do que para outros setores, apesar das exigências burocráticas serem equivalentes.
“Nos editais de audiovisual, setor que disponibiliza mais recursos e possibilidades de comunicação com os membros dessas comunidades, as empresas se tornam proponentes e detentoras dos direitos patrimoniais dos projetos. O resultado é que os protagonistas destas histórias são alienados dos resultados que a sua cultura produz. Em muitos casos, sequer veem os filmes produzidos sobre eles”, explica Santana.
“Após um período de construção de uma política democrática e de combate aos estereótipos culturais, estas iniciativas não conseguiram adentrar no cotidiano das pessoas”, relata Sandro, citando os anos em que Gilberto Gil esteve à frente do extinto Ministério da Cultura.
Nos primeiros anos da gestão de Gil, editais específicos para a cultura popular chegaram a dar um gás para a área, fazendo com que surgissem novas lideranças. “Mas a partir do momento em que reduzimos o pensamento da cultura enquanto números e ao seu poder de gerar impostos, as manifestações da cultura popular se transformam em commodities”, finalizou.
Oficialmente reconhecida como “cidade da música”, Salvador foi e ainda é palco de muitos encontros. O mais recente aconteceu nesse domingo (3), no Parque de Exposições: Gilberto Gil e BaianaSystem tocaram juntos pela primeira vez em meio ao projeto também estreante "Encontros Tropicais".
Cada um teve seu momento solo. Gil iniciou a performance com uma série de hits antigos, como "A Novidade", "Drão" e "Vamos Fugir". Baiana fez o encerramento com uma versão pequena de seu show, que continha "Lucro" e "Capim Guiné", entre outras.
No meio, as duas atrações tocaram principalmente canções do patrono. Como adiantado pelo guitarrista do Baiana, Roberto Barreto, ao Bahia Notícias, as bases do encontro foram o reggae e o ijexá (veja aqui), puxado por canções como “Extra”, de Gil, “Água”, da própria banda, e “Is This Love”, de Bob Marley.
Embora essa reunião tenha sido inédita, shows com destaque para encontros musicais são corriqueiros em solo baiano. Nas proximidades do verão e no Carnaval de Salvador, com os improvisados encontros de trio, isso fica ainda mais evidente.
Então, a fim de relembrar alguns destes momentos que marcaram a história da música baiana, o BN decidiu recorrer a jornalistas, produtores e críticos de música para que elegessem seus exemplos memoráveis. Segue a lista:
1. Orquestra Sinfônica e Filhos de Gandhy - por Nadja Vladi
“Um encontro que me marcou profundamente foi quando a Orquestra Sinfônica da Ufba se encontrou com os Filhos de Gandhy no Teatro Castro Alves. Foi uma coisa muito interessante ver aquela movimentação se dando ali no final dos anos 1980, dessa questão mais erudita, dessa música sinfônica nesse encontro com essa sofisticação rítmica, percussiva dos Filhos de Gandhy, desse ijexá. Acho que foi um dos momentos muito importantes e fundamentais pra música baiana, que gera uma série de intervenções e possibilita que a gente esteja tendo, por exemplo, esses encontros da Osba com BaianaSystem. E isso reverbera na música que está sendo produzida na Bahia na contemporaneidade, que é uma música que está trabalhando com gêneros locais, tradicionais como o ijexá, o pagode, o samba reggae e, ao mesmo tempo, o diálogo com a música eletrônica, os dubs”.
Nadja Vladi é jornalista e professora do Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas (Cecult), na Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB). Ela pesquisa a nova cena de música contemporânea de Salvador.
2. Gilberto Gil e Caetano Veloso - por Luciano Matos
“Tem alguns, mas eu acho que tem um encontro que é bem marcante. Eu não vi, não estava lá, mas gerou um disco interessante, que é o encontro de Gil e Caetano, se despedindo do Brasil pra ir para o exílio por causa da ditadura militar. Eles sempre contaram que fizeram um show marcante no Teatro Castro Alves e isso deixou como registro um disco bem bonito”.
Luciano Matos é jornalista especializado em cobertura do cenário musical baiano e brasileiro, crítico musical e produtor de festas, a exemplo do “Baile Esquema Novo”, festa em que também discoteca como o DJ el Cabong. Atualmente, ele integra o time de curadores do festival Radioca.
3. Aya Bass com Larissa Luz, Xênia França e Luedji Luna - por Carol Morena
“Pra mim, um exemplo é o encontro de Larissa Luz, Luedji e Xênia. Eu vi no Festival Sangue Novo no ano passado e foi um showzão, uma potência danada. Foi interessante porque elas fizeram repertórios individuais, tocaram músicas que elas nunca tinham cantado e a platéia envolvida. Além disso, o encontro reverberou pra além desse show específico, como um novo projeto das três. Teve no Carnaval dois shows, vão tocar agora na abertura do Afropunk em São Paulo. Deu tão certo que está frutificando”.
Carol Morena é produtora e assina a curadoria e coordenação-geral do festival Radioca, que chega a sua quinta edição.
4. O Encontro com Léo Santana, Xanddy e Tony Salles - por Júnior Moreira Bordalo
“Acredito que nos últimos tempos, ‘O Encontro’. É incrível verificar que os três maiores expoentes do pagode feito aqui na Bahia entenderam a lógica do mercado atual e decidiram unir forças. Estamos falando de três atrações que vendem shows pelo país inteiro. Ou seja, não precisam disso. É mais interessante ainda, pois é de conhecimento de qualquer estudioso de música - especialmente o Axé - que o grande problema que desencadeou a crise por aqui foi justamente a falta de união do meio. Os empresários ficaram conhecidos por ‘lutarem apenas pelo seu’, independente do preço que isso tivesse. O resultado são artistas talentosos e atualmente sem grandes êxitos na cena musical e, em alguns casos, com sérios problemas financeiros. Então, é revigorante este projeto. É algo que o sertanejo sabe fazer muito bem e, por isso, virou o maior do Brasil.
Júnior Moreira Bordalo é jornalista, ator e especializado em cobertura de celebridades. Como repórter de Holofote no Bahia Notícias, circula pelas principais festas de Salvador e acompanha os bastidores da música popular baiana.
Último nome a se apresentar no Festival Combina MPB, que encerra neste domingo (3), o cantor Gilberto Gil decidiu responder os gritos do público que pediam a saída do presidente da República Michel Temer. "Não vai demorar muito não. Em outubro acaba", disse o cantor, acalentando o público. Gil ainda completou, rindo: "Logo ele vai ter que procurar outro emprego". Gilberto Gil e Anitta encerraram o Combina MPB, que começou na última sexta-feira (1º).
Lobão sempre foi uma figura polêmica, porém dificilmente controversa. Prova disso é o novo registro escrito do cantor, o livro "Guia Politicamente Incorreto dos Anos 80 pelo Rock", que traz novamente as recorrentes opiniões ásperas do artista em relação a Caetano Veloso, Roberto Carlos, Chico Buarque, a MPB e o rock no Brasil. Lobão esteve em nesta tarde (12) em Salvador para lançar o livro na Livraria Leitura do shopping Bela Vista.
O “Guia dos anos 80 pelo Rock” conta a trajetória do ritmo no Brasil nos anos 80, ano a ano, a partir de 1976. “É a primeira vez que o narrador faz parte da história”, diz o autor que se defende como um dos sócios fundadores do rock no Brasil. Apesar de pertencer a coletânea de livros “politicamente incorretos” de Leandro Narloch, Lobão refuta a ideia de qualquer proximidade com os guias da história do Brasil feitos por Luiz Felipe Pondé: “Não tem o menor cabimento isso”.
No livro, Lobão acusa uma “Máfia do Dendê” formada por cantores baianos de querer impedir o rock de crescer por medo da decadência da MPB. Lançando o livro em Salvador, o artista não teme qualquer represália do público baiano por criticar ídolos como Caetano Veloso e Gilberto Gil. “Geralmente o público baiano é adulto e a maioria dos baianos que conheço são modernos”, conta o autor que levanta a tese de que Gil, Caetano e a “Máfia do Dendê” agiam como velhos coronéis na música tentando impedir o avanço do Rock: “Conto na obra como Roberto Carlos pediu para que removessem a música do RPM das rádios”.
A maior dificuldade durante o processo de escrita foi ter que reviver momentos problemáticos da carreira. “Tive que mergulhar de cabeça na época em que fui preso, agredido e perdi um dos meus melhores amigos”, confessa Lobão ao lembrar que o livro também fala sobre a morte do seu amigo Cazuza.
Se o rock um dia foi cerceado, Lobão é enfático na defesa de ritmos que hoje sofrem com projetos de criminalização, como o funk e o pagode baiano: “Eu não me coloco do lado desses estilos porque eu acho que são uma merda, mas vou ser o primeiro a ficar contra qualquer tipo de censura", declara o cantor.
O cantor Lobão irá lançar, na próxima quinta-feira (13), seu mais novo livro "Guia Politicamente Incorreto dos Anos 80 Pelo Rock”, em que narrará os acontecimentos musicais da década 1980 sob seu ponto de vista, incluindo a relação do Rock com nomes da MPB, a exemplo de Maria Bethânia. “Nada pessoal, mas acredito que Maria Bethânia seja uma das aberrações artísticas mais insuportáveis geradas pela música nativa. Ela faz parte daquele fenômeno típico, quando alguém, por ser esquisito, torna-se miseravelmente confundido com algo genial”, escreveu. Por conta do lançamento, o artista tem visitado alguns veículos para contar detalhes da obra. Em entrevista ao Pânico, na Rádio Jovem Pan, na última quinta-feira (6), ele afirmou que Gilberto Gil ficou biliardário após se beneficiar pelas leis de incentivo à cultura na época que era ministro do Ministério da Cultura (MinC) do governo Lula, de 2003 a 2008. Assista:
Foto: Júnior Moreira / Bahia Notícias
A homenagem pretende ajudar Paulinho Camafeu, um dos precursores da axé music, que vive momentos difíceis após ter sido internado por causa da diabetes, que o fez amputar um dos pés. Luiz Caldas, Armandinho, Surama Albuquerque, Bloco Ilê Aiyê, Projeto Sampovo com Andreia Nery, Jota Veloso e o Cavaleiros de Jorge e o Conexão Negra também marcarão presença no evento. O show é gratuito.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.