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Vereza critica 'fritura' e diz que foi 'excelente' a saída de Regina Duarte da Secretaria da Cultura
Amigo pessoal de Regina Duarte, o ator Carlos Vereza comemorou a saída da atriz do comando da Secretaria Especial da Cultura. "Acho maravilhoso, excelente ela sair, não deixaram ela fazer nada. Assim que ela entrou, começou um processo de fritura. Ela foi massacrada pelos 'olavetes', ficou sem área de manobra para fazer algo pela cultura. [O governo] é um meio de falsidade e de puxação de tapete", disse ele à coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.
"Que ótimo que ela saiu, ela é uma pessoa íntegra e muito querida. E agora foi para o lugar certo, que tem tudo a ver com a profissão e a biografia dela, que é a Cinemateca", acrescentou o ator, que hoje é um ex-apoiador do governo Bolsonaro. Vereza “tirou o time de campo” após os ataques do presidente ao ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em meio à pandemia do novo coronavírus (clique aqui e saiba mais).
Sobre a nova função de Regina Duarte - ainda não oficializada - na Cinemateca, o ator disse que espera que ela consiga superar a crise financeira enfrentada pela instituição atualmente. O órgão tem sido “asfixiado” e até este mês ainda não recebeu o repasse anual de R$ 12 milhões que o governo federal deveria fazer para a gestão da instituição (clique aqui e entenda). "Espero que ela possa resolver essa questão gravíssima. Espero que ela salve financeiramente a Cinemateca. Culturalmente eu tenho certeza que ela vai salvar", afirmou.
Desencantado, Carlos Vereza disse que atualmente não aceitaria qualquer cargo oferecido no governo. Segundo o artista, provavelmente "Bolsonaro vai botar mais um general na secretaria da cultura". A fala reflete os episódios recentes na área da saúde, que perdeu o segundo ministro, Nelson Teich, no meio da pandemia e foi ocupada por uma série de militares. "Imagino, né. Ele botou dez no Ministério da Saúde", ironizou.
Regina Duarte, que tem passado por um período de fritura, como secretária Especial da Cultura, conseguiu se reunir com o presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira (6), em Brasília, e garantiu uma sobrevida no governo. Ela que em um áudio divulgado pela revista Crusoé dizia que o presidente estava decidindo sobre sua permanência na pasta e acreditava que ele estaria lhe dispensando, fica mais um pouco na política. A artista aproveitou a ocasião para aparesentar planos para o setor cultural.
O mais recente desgaste entre Regina e o governo foi a exenoreção de do maestro Dante Mantovani - que é conhecido por ligar o rock ao aborto e satanismo - como presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), no dia 4 de março, pela secretária. Nesta terça ele foi reconduzido ao cargo e exonerado novamente em menos de 24h (clique aqui e saiba mais).
De acordo com a CNN, durante o encontro nem Regina pediu a demissão e nem Bolsonaro mencionou sua saída. Segundo informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, a reunião teve ainda a presença o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, e ocorreu sem intercorrências entre ele e a atriz, que já se bicaram anteriormente e viviam em queda-de-braços na secretaria.
Segundo a coluna, Camargo teria dito que sofre com a narrativa da imprensa e que quer apenas um país melhor para todos, enquanto Regina Duarte explicou que Humberto Braga, um dos nomes escolhidos por ela para assumir um cargo na Cultura, que foi atacado pela ala ideológica bolsonarista por ser de esquerda, nunca foi ligado a partidos e chegou até a trabalhar no setor público em governos conservadores.
Apesar da permanência de Regina Duarte como titular da Cultura, segundo a CNN, o governo já estuda um substituto para o cargo: o ator e apresentador Mário Frias.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Adolpho Loyola
"Nunca teve isso. O estilo de Afonso é diferente. Ele não é um cara que aparece. Mas é um professor. Um intelectual. Ele cuida dos grandes projetos como as questões do VLT, da Ponte [Salvador-Itaparica], do Novo PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]. Ele mergulha. Já com Caetano foi algo complementar [...]. Ele vai para frente, já eu sou um cara de retaguarda. Mas a gente se completava. Nunca tive nenhum problema".
Disse o chefe de Gabinete do Governo da Bahia, Adolpho Loyola ao comentar uma eventual "disputa" entre nomes do alto escalão pela realização da interlocução política do governo Jerônimo Rodrigues (PT).