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Artigos

Tadeu Paz
O maior adversário de Lula é ele mesmo
Foto: Ricardo Filho/ Divulgação

O maior adversário de Lula é ele mesmo

O terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva reúne um paradoxo curioso: os principais indicadores são positivos, mas sua popularidade não segue a mesma trilha, embora tenha tido um refresco nos últimos três meses, muito por conta da contenda, e agora as pazes feitas, com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Multimídia

Angelo Almeida avalia críticas ao sistema logístico baiano e garante: “Tudo tem o porquê da coisa”

Angelo Almeida avalia críticas ao sistema logístico baiano e garante: “Tudo tem o porquê da coisa”
O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico (SDE), Angelo Almeida (PSB), avaliou as críticas relacionadas a fragilidade do sistema de logística e escoamento de produtos e serviços na Bahia. Durante entrevista no Projeto Prisma, nesta segunda-feira (3), o gestor afirmou que “toda a crítica é construtiva”, porém destacou que a falta de investimento nacional atrasaram a evolução estadual neste sentido.

Entrevistas

Afonso Florence garante candidatura de Lula em 2026 e crava retorno ao Congresso: “Sou parlamentar”

Afonso Florence garante candidatura de Lula em 2026 e crava retorno ao Congresso: “Sou parlamentar”
Foto: Fernando Vivas/GOVBA
Florence foi eleito a Câmara dos Deputados pela primeira vez em 2010, tendo assumido quatro legislaturas em Brasília, desde então.

fpc

Fundação Pedro Calmon promove I Encontro InfantoJuvenil de Escritores Baianos
Foto: Maurício Matheus/FPC

A Fundação Pedro Calmon (FPC) promove, no próximo dia 17 de outubro, o Iº Encontro InfantoJuvenil de Escritores Baianos. O evento, com programação aberta ao público, terá apresentações teatrais, musicais, interação com jovens escritores, lançamentos de livros, oficinas e muita contação de histórias das 09h às 16h. 

 

Será um dia de ações voltadas para fortalecer o vínculo entre a biblioteca e a comunidade, despertando o interesse pela literatura por meio de atividades criativas e formativas, com apresentações teatrais, musicais, encontro com jovens escritores, lançamentos de livros, oficinas e muita contação de histórias.  

 

“Além de valorizar a produção local, a iniciativa reforça o papel transformador da literatura na formação de leitores e na construção de um futuro culturalmente mais rico e diverso. O I Encontro Infantojuvenil de Escritores Baianos representa um marco na promoção do acesso à arte e à educação, consolidando a biblioteca como um ambiente vivo de trocas e descobertas”, destaca Sandro Magalhães, diretor-geral da FPC/SecultBA. 

 

Com isso, a Biblioteca Infantil Monteiro Lobato segue se consolidando como um espaço de referência para o fomento à cultura escrita na Bahia, por meio de ações como rodas de conversa, oficinas de escrita criativa e interações com autores, durante todo o ano.  

 

“A expectativa é que, a partir dessa ação, haja um fortalecimento duradouro do hábito da leitura e um estímulo significativo à escrita entre crianças e jovens, contribuindo para a formação de novas gerações de leitores e escritores no cenário literário baiano”, conclui a diretora de Bibliotecas Públicas da Bahia, Tamires Conceição.   

 

 

PROGRAMAÇÃO 

09h – Falas institucionais: 

09h15– Apresentação do espetáculo A Bruxinha que Era Boa - Companhia de Teatro da BIML - Direção: Maick Barreto 

10h10 – Encontro com Escritor 
Analiz 
Samuel Nóbrega 
Duda Castro 
Maurício Akin 
Mediação: Maurício Akin 

11h – Lançamento de livro 
Analiz 
Samuel Nóbrega 
Duda Castro 
Maurício Akin 

TARDE 
14h – Relato de experiência e lançamento de livros das crianças e jovens autores 

16h – Apresentação: Pocket show literário com o Vivendo a história" 
Elenco: 
Marcela Rosa – Escritora mirim, compositora, cantora e atriz mirim 
Laisa Anjos – Bailarina e atriz mirim 
Sophia Sacramento – Atriz mirim 
Thalia Reis – Atriz mirim 
Davi Correia – Ator mirim 
Produção: Ruana Rocha 

 

SETOR INFANTIL 

MANHà

Mestre de Cerimônia: Jenifer Vitória Menezes(aluna da Escola Estadual Severino Vieira) 

09h30min – Rodada de contação de história 
Maria Neri 
Zion 
Marcela Rosa 
Mediação: Maria Neri 

10h30min – Lançamento de livro 
Maria Neri 
Zion 
Marcela Rosa  

FPC divulga textos para marcar Semana Nacional do Livro e da Biblioteca na Bahia
Foto: Nerivaldo Goes / Divulgação

Para marcar a Semana Nacional do Livro e da Biblioteca, celebrado de 23 de 29 de outubro, a  Fundação Pedro Calmon (FPC), vinculada à Secretaria de Cultura da Bahia, compartilhará textos com dados, depoimentos e ações promovidas ao longo da última década no estado.

 

A divulgação das iniciativas e investimentos, segundo a FPC, tem o objetivo de destacar a importância da leitura, promover a participação em eventos literários e o acesso a diversas formas de manifestações artísticas e culturais.

 

Todos os textos estarão disponibilizados no site www.fpc.ba.gov.br e nas redes da instituição @fpedrocalmon. A proposta é integrar ao conjunto de ações nacionais que pautam o livro como importante instrumento de compartilhamento de conhecimento, assim como, as bibliotecas.

FPC assina convênio para fortalecer bibliotecas de Santa Inês, Boninal e São Domingos
Foto: Divulgação

Por meio do Centro de Memória e Arquivo Público do Estado Bahia, a Fundação Pedro Calmon  (FPC) firmou convênios de cooperação técnica para fortalecer as bibliotecas públicas municipais de três cidades baianas: Santa Inês, no Vale do Jiquiriçá; Boninal, na Chapada Diamantina; e São Domingos, na região do Sisal.

 

De acordo com os resumos dos convênios publicados no Diário Oficial do Estado desta segunda-feira (18), a iniciativa visa “fortalecer a Biblioteca Pública Municipal, por meio de assistência técnica, bem como promoção de capacitação, mediante integração de ações a fim de viabilizar uma gestão que garanta a efetividade às políticas públicas de arquivos no Estado”. O prazo de vigência dos convênios é de quatro anos a partir da assinatura, podendo ser prorrogados.

 

“O papel da Instituição é realizar visitas de inspeção técnica para avaliar quais serão as ações prioritárias deste convênio. É de responsabilidade da FPC, também, garantir orientação na organização, formação e ampliação do acervo bibliográfico, bem como na administração e dinamização da biblioteca municipal. Todos os convênios com as bibliotecas municipais seguem o padrão. Pode ser que o convênio possa ser prorrogado”, informou a diretora do sistema estadual de bibliotecas públicas do estado da Bahia, Carmen Azevedo. 

 

Segundo a FPC, até o momento foram feitas as assinaturas dos contratos, mas as visitas aos municípios ainda não foram agendadas. O andamento dos convênios dependem também da deliberação da gestão municipal sobre o interesse de manter ou não abertos os espaços públicos.

Bibliotecas públicas da Bahia terão programação especial no mês das crianças
Foto: Ascom / FPC

Para celebrar o Dia das Crianças, as Bibliotecas Públicas do Estado da Bahia terão uma programação especial durante todo mês de outubro voltada para o público infantil.

 

Com atividades virtuais e presenciais, as unidades geridas pela Fundação Pedro Calmon (FPC) promovem atividades como contações de histórias, brincadeiras, oficinas literárias e oficinas teatrais.

 

Dentre os destaques da programação estão a contação de história da obra “Bia a Nuvem Que Não Queria Chover”, de Iray Galrão, dia 19, às 14h30, na Biblioteca Anísio Teixeira (BAT); a oficina criativa de confecção de brinquedos com palitos de picolé, nos dias 6, 13, 20 e 27, na Biblioteca Central; e teatro de fantoche, na Biblioteca Infantil Monteiro Lobato (clique aqui e confira a programação completa). 

Após segundo furto de fiação em 60 dias, sede da Fundação Pedro Calmon fica sem telefone 
Foto: Gilberto Queiroz

Localizada na Avenida Sete de Setembro, no centro de Salvador, a sede da Fundação Pedro Calmon (FPC) está sem serviço de telefonia após um furto no quadro de distribuição e fiação do Edifício Brasilgás, onde funciona o órgão. Ocorrido na última quarta-feira (19), este foi o segundo furto no período de 60 dias. 

 

De acordo com a assessoria da instituição vinculada à Secretaria de Cultura da Bahia, a Oi/Telemar - empresa responsável pela rede de telefonia - foi notificada, mas ainda não informou quando realizará o serviço para poder restabelecer a normalidade. 

 

A FPC informou ainda que solicitou da empresa que fossem adotadas medidas de segurança para proteger o equipamento, que fica em uma caixa fora do prédio, na rua Carlos Gomes. O local não tem câmeras de segurança que possam identificar os responsáveis pelos furtos.

 

Enquanto a telefonia não for restabelecida, a FPC atende ao público através de e-mails institucionais:

Diretor Geral: [email protected]   
Diretoria de Bibliotecas: [email protected]
Arquivo Público do Estado da Bahia: [email protected] 
Centro de Memória: [email protected]
Diretoria do Livro e Leitura: [email protected]

Prêmio Fundação Pedro Calmon prorroga prazo de execução de projetos para julho
Foto: Divulgação

A Fundação Pedro Calmon (FPC) anunciou, nesta quinta-feira (8), a prorrogação do prazo de execução dos projetos contemplados no edital do Prêmio Fundação Pedro Calmon, até o dia 10 de julho deste ano. 

 

A apresentação do relatório simplificado de atividades pelos proponentes premiados também será adiada para o dia 30 de julho. A oficialização das mudanças será publicada no Diário Oficial do Estado, nesta sexta-feira (9).

 

A premiação, que integra o Programa Aldir Blanc Bahia, contemplou 46 iniciativas culturais, alcançando 23 dos 27 Territórios de Identidade da Bahia, com um investimento de mais de R$ 11,5 milhões.

Após reforma, Arquivo Público da Bahia é reaberto no Dia Nacional da Cultura
Foto: Lucas Rosário

Com a terceira etapa das obras iniciada em janeiro de 2019 (relembre aqui e aqui) e alguns atrasos pelo caminho, a reforma do Arquivo Público da Bahia (Apeb), localizado na Baixa de Quintas, em Salvador, finalmente chegou ao fim. 

 

A primeira etapa aconteceu em 2012 para requalificação do sistema elétrico, lógico e telefônico, com um investimento de aproximadamente R$ 650 mil. Em 2014, o Apeb recebeu mais de R$ 2 milhões para restauro do telhado e do forro, e no ano passado, a Fundação Pedro Calmon (FPC), responsável por administrar o equipamento, obteve investimentos de R$ 3 milhões para serviços no Solar da Quinta do Tanque. A execução da obra foi de responsabilidade da FPC, com a interveniência do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado da Bahia (Ipac) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como financiador.

 

Ainda que não da forma festiva como no planejamento original, a reabertura acontece nesta quinta-feira (5), no Dia Nacional da Cultura. “É simbólico isso, porque para a gente é muito mais que uma obra. Nós na verdade estamos reabrindo um patrimônio nacional da cultura”, classifica Zulu Araújo, diretor da FPC.

 

“Estava prevista para ser entregue no final do ano [de 2019], mas houve um achado que interrompeu a velocidade das obras, tendo em vista que nós encontramos quase 2 mil artefatos arqueológicos (clique aqui e saiba mais), sendo que alguns deles datados de 300 anos, 250 anos, como azulejos, cerâmicas, artefatos de escravidão... E aí, quando você acha esse tipo de artefato, tem que entrar em contato com o Iphan e ele é quem determina qual o rumo que será dado. Então, por conta disso, atrasou entre 60 e 90 dias a obra. E aí caímos na pandemia”, conta Zulu, explicando que a fundação contratou uma empresa de arqueologia para realizar a listagem, classificação e higienização das peças.

Achados arqueológicos farão parte de exposição | Foto: Italo Pacheco

 

Alguns materiais encontrados, como cachimbos, moedas, canecas, talheres, peças de jogos e castiçais, inclusive estarão disponíveis para visitação com a reabertura do espaço. “Nós vamos ter uma sala de exposições, a chamada Sala dos Azulejos, onde vamos expor um quantitativo, se não me engano, de 150 destes artefatos para que o público não só tenha conhecimento, como perceba a importância que esses artefatos arqueológicos possuem para a história da Bahia e para a história daquele sítio, que na verdade é de 1551. Ou seja, dois anos após a fundação da cidade de Salvador aquele sítio estava sendo erguido”, conta o diretor.

 

Comemorando a reabertura, Zulu destaca a importância cultural do Apeb. “A gente está devolvendo ao público um patrimônio material e, junto com ele, os serviços que estão lá alocados. Ou seja, estamos disponibilizando o acesso para a produção de conhecimento importantíssimo sobre a história do Brasil, da Bahia, do nosso povo. Porque ali no Arquivo Público nós temos o segundo arquivo mais importante sobre o período colonial na América Latina”, avalia, listando parte do acervo que ele abriga. “Nós temos Registro Nacional do Programa Memória do Mundo da UNESCO de quatro conjuntos de documentos, temos passaportes de escravos do século XVI, temos o conjunto de obras sobre as empresas de artefatos na Bahia, temos obras raras que inclusive compartilhamos agora com a biblioteca de Londres... Ali no Arquivo Público está arquivada uma parte importantíssima da história da Bahia. Está, por exemplo, a primeira ata do Tribunal de Relação da Bahia, que é aquele que dá origem ao Tribunal de Justiça do Estado da Bahia. Foi o Tribunal de Relação que julgou, por exemplo, os condenados da Revolta dos Búzios”, pontua. 

 

Mas, para voltar a abrir as portas ao público, alguns protocolos serão implementados, como o distanciamento de mesas e cadeiras, higienização dos equipamentos e também de livros, além do uso de luvas e máscaras. “Não haverá possibilidade nenhuma de aglomeração, inclusive vamos agendar previamente a visitação para pesquisa, ou via e-mail ou via digital. Não será mais chegou e entrou. Enquanto não houver a vacinação, que é o mecanismo mais seguro de proteção, nós vamos seguir os protocolos”, garante Zulu. 

 

Além do ponto de vista sanitário que deve ser observado com rigor, ele afirma que a reforma garante uma maior segurança em outros níveis, podendo evitar incêndios como o ocorrido na Biblioteca Nacional, ocorrido em 2018 (relembre aqui), destruindo grande parte de um acervo histórico precioso para o Brasil e para o mundo. “Primeiro, a gente teve que fazer toda essa obra de restauro e agora entra a segunda etapa. Já temos lá um serviço de proteção a incêndios eficiente, com a disposição de hidrantes, extintores, ou seja, tem todo um protocolo devidamente instalado, mas agora nós estamos indo para o projeto de modernização de proteção a incêndio, que já está praticamente pronto. Pra ele ficar pronto definitivamente teria que fazer o restauro primeiro, porque ele implicava também na modernização do sistema elétrico e do telhado, por conta das das tesouras, que também já foram feitos. Então, uma coisa é sequenciada com a outra”, explica. 

Ordem de serviço para início de obras no Arquivo Público será assinada nesta quinta
Foto: Divulgação

Será assinada, nesta quinta-feira (13), a ordem de serviço para o início das obras do Arquivo Público do Estado da Bahia. O evento de assinatura será na sede da instituição, situada na Baixa de Quintas, em Salvador, e pode contar com a presença do governador Rui Costa.


O contrato para a execução da reforma, firmado entre a Fundação Pedro Calmon (FPC) e a Marsou Engenharia Eireli, no valor de R$ 2.301.585,96, foi publicado na última sexta-feira (7), no Diário Oficial do Estado (clique aqui e saiba mais). No plano de execução da obra está prevista a construção de anexo para refeitório, depósitos e sanitários; reforma nas instalações elétrica e hidrossanitária; a instalação de circuito fechado de TV; pintura geral; recuperação de todas as janelas e portas e reforma de esquadrias; iluminação externa; restauração dos elementos arquitetônicos; restauração de bens artísticos móveis e integrados; recuperação de toda a estrutura e cobertura; e instalações mecânicas (monta carga e elevador PNE).

Governo contrata reforma do Arquivo Público por R$ 2,3 mi; obras devem começar este ano
Foto: Divulgação

Após a desistência de empresa vencedora de licitação, a Fundação Pedro Calmon (FPC), vinculada à Secretaria de Cultura da Bahia, fechou um contrato de R$ 2.301.585,96 com a Marsou Engenharia Eireli – única a permanecer na disputa – para a execução de obras de restauração do imóvel que abriga o Arquivo Público da Bahia, em Salvador. O recurso é proveniente de convênio firmado com o Ministério da Cultura (clique aqui e saiba mais) e, segundo a assessoria de comunicação da FPC, as obras, que incluem reforma do piso, forro, impermeabilização, restauração de móveis coloniais, pintura, instalações elétricas, escadarias e iluminação externa, devem ter início ainda este ano.

Deteriorada, Biblioteca Central passa por reforma e pode receber R$ 15 mi em emendas
Foto: Paulo Victo Nadal / Bahia Notícias

“Trago-lhe notícias da decadência da Biblioteca Pública do Estado da Bahia, criada em 1811 e instalada em 1970 nos Barris, centro de Salvador”. Em fevereiro deste ano, com estas palavras, o pesquisador e jornalista Claudio Leal abriu uma carta endereçada ao governador Rui Costa, na qual denunciou a interrupção das assinaturas de jornais periódicos, o "processo de desertificação" da biblioteca, os "mictórios podres" e o mau funcionamento do ar condicionado do equipamento cultural (clique aqui e saiba mais). Ao que tudo indica, o avançado estado de deterioração e a queda de público da Biblioteca Central dos Barris podem estar com os dias contados. Em entrevista ao Bahia Notícias, Zulú Araújo, diretor da Fundação Pedro Calmon (FPC), entidade vinculada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult-BA) responsável por administrar o sistema de arquivos e bibliotecas públicas, contou que o governo estadual liberou R$ 1.196.627 para as obras, que se darão em três etapas e já foram iniciadas no local. “As áreas que vão abranger estas obras são manutenção dos sanitários do térreo, primeiro e segundo andar; manutenção elétrica; e, claro, a climatização, que é um dos grandes problemas, por uma razão simples: o sistema de ar condicionado da Biblioteca Central possui mais de 20 anos de existência, ou seja, é na verdade um equipamento obsoleto, do ponto de vista técnico”, explica Araújo, que garante até o fim de abril a conclusão da reforma nos banheiros, enquanto a segunda fase das intervenções, que abrange as esquadrias internas e externas, além da reforma do quadrilátero, limpeza da cobertura e troca de cabos tensionados, está prevista para findar em maio. 

 

 


Claudio Leal denunciou a degradação do espaço | Foto: Reprodução Facebook

 

Pela complexidade, a terceira e última etapa destas obras - manutenção do ar condicionado -, no entanto, só deve ser concluída em julho. “Agora estamos fazendo o conserto das [três] turbinas, que não são mais fabricadas, por isso a demora. Estamos levando quatro meses para poder consertar porque mandamos fazer essas turbinas em São Paulo, numa determinada empresa. Além do que, tem uma determinada empresa em Salvador que faz esse tipo de serviço”, argumenta Zulú, salientando que o mercado não comercializa mais este tipo de equipamento. “Consertar o ar condicionado da Biblioteca Central não é o mesmo que consertar o ar condicionado da nossa casa. Porque às vezes o leitor imagina isso, que basta chamar o técnico que conserta, mas não, é muito mais complexo”, defende o gestor. Apesar de admitir que o sistema de refrigeração é obsoleto e oneroso, o diretor da FPC diz que uma resolução definitiva não virá por agora. “Necessitamos mudar, mas isto está na ordem de R$ 2 milhões a R$ 2,5 milhões para a mudança. E é evidente que nós temos que ter um processo licitatório, temos que ter diagnóstico, consequentemente um novo estudo de ar condicionado para aquele prédio”, afirma. 

 


Obras nos banheiros devem ser concluídas em abril | Foto: Manu Dias/GOVBA


Para este fim, Zulú aponta as dificuldades e conta que uma reestruturação ampla na Biblioteca Central está nos planos de sua gestão. “O mecanismo de controle no Brasil hoje burocratizou muito a liberação de recursos. Nós começamos um projeto chamado ‘Biblioteca Viva’ em janeiro de 2016, e só agora conseguimos receber parte do recurso para poder fazer o termo de referência, do ponto de vista arquitetônico e o ponto de vista do conteúdo para a nova biblioteca”, diz o diretor da FPC, informando que os R$ 100 mil previstos para o projeto já estão em caixa. “Estamos contratando o IAB [Instituto de Arquitetos do Brasil] e uma organização de bibliotecários. Optamos por isso porque são entidades públicas reconhecidas, e ninguém tem dúvidas sobre a qualidade do trabalho que a IAB faz. Aí a gente poderá, com esses termos de referência, fazer um concurso público para a obra e para a implantação do conteúdo”, explica, estimando para 90 dias o prazo para apresentar os documentos ao público. Após esta etapa, é preciso ainda que o Estado garanta a verba para a reestruturação. “Já dialogamos com os senadores da Bahia e os três concordaram em fazer uma Emenda Parlamentar da ordem de R$ 15 milhões para que a gente possa reestruturar a Biblioteca Central, como um todo”, garante. “Esperamos para setembro, que é quando abre para a apresentação de emendas de bancadas e emendas individuais, [que] os três senadores apresentem os termos de referência”, diz Zulu, ponderando que, dentro deste cronograma, as obras só devem começar em 2019.

 


Biblioteca Central deverá ser requalificada através de emenda no valor de R$ 15 milhões | Foto: Rosilda Cruz

 

Deterioração x ações do poder público
Sobre as duras críticas referentes à demora na resposta do governo para deter a degradação do equipamento público, além de citar a burocracia dos mecanismos de controle, Zulú Araújo aponta o baixo orçamento destinado à Cultura. “A grande dificuldade para você gerir equipamentos culturais é o orçamento. Não é à toa que nacionalmente o setor cultural briga há 12 anos pela emenda 451, que estabelece 1% do orçamento público para a área da cultura no governo federal, 1,5% no governo estadual e 2% para os municípios”, pondera o gestor, dividindo as responsabilidades entre os diversos governos à frente da Bahia ao longo de duas décadas. “A presença humana e a manutenção faz com que o prédio tenha maior longevidade. Isso é da arquitetura. Então um prédio que tem 48 anos, com 22 anos que foi feita a última manutenção, vai degradar, vai deteriorar. E a manutenção constante precisa de recurso financeiro. E isso é com qualquer prédio. Então o prédio da biblioteca deteriorou porque ele levou um longuíssimo tempo sem ter a manutenção adequada, que não é do governo que eu estou participando. É injusto, é incorreto responsabilizar esse governo”, defende Zulú.


O diretor da Fundação Pedro Calmon admite o estado crítico da Biblioteca Central, mas atribui como um dos grandes fatores a situação econômica do Brasil. “É verdade sim que a biblioteca passou por um conjunto de dificuldades. Nós vivemos no país a maior crise econômica dos últimos tempos. E essa crise econômica impactou governo federal, governos estaduais e governos municipais. E é evidente que várias das reclamações feitas na biblioteca são pertinentes, uma delas relativo à assinatura de periódicos”, diz o gestor, apontando também o fato de priorizar o pagamento dos funcionários: “Em todas as críticas que foram feitas havia ressalva de que os servidores da Fundação Pedro Calmon e da biblioteca tinham compromisso, carinho, cuidado com aquele trabalho que estavam fazendo e que prestavam um excelente serviço. Por que é que faziam isso? Porque esses servidores são uns dos poucos do Brasil que não têm seus salários nem atrasados, nem divididos ao longo do mês. Dos 27 estados, temos 20 que pagam seus salários parcelados. Então houve uma opção política, e foi por ter como prioridade o salário dos servidores. Isso eu não nego”.

 


Zulú Araújo rechaça a afirmação de que a falta dos jornalis periódicos é responsável pela perda de público da biblioteca | Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias

 

Assinaturas de jornais x "processo de desertificação" da biblioteca
Uma das queixas de usuários citadas na carta aberta de Claudio Leal foi a descontinuidade das assinaturas dos jornais, apontadas por ele como um fator para a queda das visitações. “A seção de consulta a periódicos, antes repleta de frequentadores, sofre um processo de desertificação. Visitantes retornam para a rua ao verificar que não há jornais do dia. São quase dois anos de incúria, de estúpida austeridade e de grosseria contra leitores e pesquisadores”, escreveu o pesquisador. Zulú Araúdo, no entanto, rebate veementemente a afirmação. “A ausência da assinatura não é responsável pela diminuição dos visitantes ou público da Biblioteca Central. A biblioteca teve algo em torno de 46 mil visitantes ao longo do ano de 2017”, garante o gestor. “Nós identificamos, por exemplo, que 73% da redução de visitantes se dá por conta da tecnologia. Ou seja, televisão, internet, Facebook, Twitter e Instagram. Esses é que são os grandes responsáveis pela redução”, argumenta. “Então não vamos falsear a verdade, de que será a assinatura de jornal físico - que já foi feita -, que será responsável pelo retorno do público. Ele se dará pela modificação tecnológica que nós estamos agora implementando, numa parceria com a Secretaria de Educação, pela potencialização dessas redes sociais. Então nós temos que ter um wifi mais potente, temos que ter um número de computadores maior, que também nós estamos implementando. E nós temos que ter programas de leituras que estimulem o livro e a leitura”, avalia o diretor da Fundação Pedro Calmon, explicando que o projeto de requalificação da biblioteca contempla as ações para atrair o público e consolidar o equipamento como um complexo cultural.

Com Roberto Mendes e Jorge Portugal, FPC estreia 'O violão e a palavra'
Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias
A fim de aproveitar o público presente em Cachoeira para a Flica 2016, a Fundação Pedro Calmon (FPC) estreou o projeto o "O violão e a Palavra", na noite desse sábado (15). A primeira edição contou com a participação do secretário de Cultura do Estado, Jorge Portugal, e o músico Roberto Mendes. "O objetivo do projeto é fazer uso da música, ou melhor dizendo, de todo e qualquer elemento artístico porque também pode ser o teatro e a poesia, mas fazer uso dessas ferramentas artísticas para estimular o livro e a leitura", explicou o diretor da FPC, Zulu Araújo. Ele adiantou também que a partir de 2017, o projeto deve ser apresentado uma vez por mês para estudantes do segundo grau da rede pública. As próximas duplas de convidados ainda não foram confirmadas, mas um nome já está garantido: Lazzo Matumbi.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Sabe como os pais fingem que não têm um filho preferido? A mesma coisa acontece com os políticos. E vale tanto do lado do Soberano quanto do Cacique. Mas tem gente que corre o risco de perder o lugar. Fica de olho, DuBicho. Já a equipe do Bonitinho não sei se está muito satisfeita com o chefe. Enquanto isso, o Ferragamo é que parece que não gosta de si mesmo... Ou gosta demais, vai saber. Saiba mais!

Pérolas do Dia

Jerônimo Rodrigues

Jerônimo Rodrigues
Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

"As facções também investem, e muito, em inteligência. Eles montam uma indústria de armas. No último fim de semana vimos que muitas dessas peças são montadas aqui mesmo, não vêm todas de fora". 

 

Disse o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) ao comentar que não há negacionismo na política de segurança pública do estado e destacou que o enfrentamento ao crime hoje exige novas estratégias, diante da evolução tecnológica das facções criminosas.

Podcast

Projeto Prisma entrevista secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia Angelo Almeida

Projeto Prisma entrevista secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia Angelo Almeida
Secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, e deputado estadual licenciado, Angelo Almeida (PSB) é o entrevistado Projeto Prisma nesta segunda-feira (3). O programa é exibido no YouTube do Bahia Notícias a partir das 16h.

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