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O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), associou a existência de ditaduras em países da África à falta de "capacidade cognitiva" da população africana, e afirmou que o "Brasil está emburrecido" e "segue o mesmo caminho das nações africanas".
Após a fala do parlamentar, que aconteceu durante um podcast, gravado na semana passada, foi emitido um pedido de cassação do deputado por racismo no Conselho de Ética da Câmara, pelas federais Duda Salabert (PDT-MG) e Tábata Amaral (PSB-SP).
Gayer publicou um vídeo afirmando que a fala dele foi tirada de contexto, e que o QI dos países africanos só seria menor que outros por conta da subnutrição, "que afetaria a educação e o conhecimento" e seria espalhada de forma proposital pelos ditadores.
Em outro momento do podcast, o deputado ofendeu o movimento feminista. O corte do trecho do vídeo ainda foi publicado pelo parlamentar em suas redes sociais.
O parlamentar já é alvo de outras duas representações no colegiado da Casa.
Nos preparativos para um show que marcará a volta do Casseta & Planeta aos palcos, Cláudio Manoel comentou as mudanças no humor ao longo dos anos e criticou o politicamente correto: “Um mimimi dos dois lados. Parece que tudo dói”, disse ele em entrevista ao jornal O Globo.
Para o comediante, “a democratização do processo, com stand-ups e YouTube” é a principal mudança no humor da época que iniciou para os dias atuais. “Hoje, Windersson Nunes tem mais público que algumas redes abertas. Estando na linha de frente, vimos o que era vantagem passar a não ser mais, como a piada para chocar, por exemplo. A audiência ficou importante, a pesquisa de opinião, referenciada. Aí, a ousadia foi a primeira a dançar. Hoje, o like e dislike podem tirar você do ar”, avaliou Cláudio Manoel.
Ao ser questionado sobre a sobrevivência do humor controverso do Casseta - que não poupava minorias como negros e gays – atualmente, ele disse acreditar que sim, teria lugar ainda hoje. “Nunca fomos ligados a causas, mas ao cotidiano. Naquela época, a discussão era outra. A coisa mais fácil é julgar um tempo que passou. Nos Trapalhões, ninguém pensava que o Mussum estava sendo sacaneado, nem ele. A visão de que brincadeira de moleque pode ser danosa é de agora. Negro chamado de chocolate tem até hoje. A quantidade de música de baile funk que faz apologia ao estupro...”, comentou.
O humorista falou ainda sobre o politicamente correto. “Ele atua mais em uma galera que em outra. E também não é isso tudo. Tanto que tem gente nem aí. Danilo Gentili é um. Às vezes, ele acerta, às vezes, erra. Emparedar o cara porque não é de esquerda? É a opinião dele! Não significa que não responderá pelo que fala. O que ele fez [o caso da ofensa à deputada Maria do Rosária, pela qual foi condenado a seis meses e 28 dias de prisão em regime semiaberto por injúria. Ela havia publicado, em 2016, uma série de tuítes chamando a deputada de ‘falsa’, ‘cínica’ e ‘nojenta’] é puro exercício da liberdade de expressão. Se exagerou, a Justiça vai dizer, mas ter uma demanda social, tipo ‘alguém precisa calar esse sujeito’. Por que?”, pontuou Cláudio Manoel. “Não tem que calar ninguém, o Danilo Gentili nem o Gregorio Duvivier. Tem um mimimi dos dois lados. Parece que tudo dói, isso ‘vagabundiza’ as causas”, afirmou.
O humorista condenou ainda a “sensibilidade exagerada” da sociedade e minimizou parte da causa feminista. “Estão exigindo uma proteção, um amaciamento, que é a coisa mais mauricinha que existe. O sufragismo foi importante, a lei da violência doméstica, o mundo é melhor porque as mulheres entraram no mercado de trabalho. Mas manterrupting é o cacete! Isso se chama chato de galocha. Aí, é virar e dizer pra ele: ‘Cala a boca, meu irmão. Vaza, é 2019’”, avaliou o humorista. “Não é uma causa. Respeito o feminismo e, machistamente falando, minha geração se beneficiou: conheci e transei com mulheres muito mais legais e interessantes do que as do meu pai, por exemplo. Eu falava isso para ele”, se justificou.
Ele comentou ainda sobre a participação de Maria Paula na bancada do programa Casseta & Planeta. Ao ser perguntado se o papel da atriz era machista, ele afirmou que na época não, mas “aos olhos de hoje”, sim. “Não era mulher-objeto, mas a nossa diva impossível. Nunca foi frágil, era mais a irmã moleca ou a mulher peituda diante da qual o homem babaca fica ‘dã’. Tinha o que não vemos hoje, tipo ‘ah, o Cassino do Chacrinha expunha as chacretes’. Mas quem ganhou, a mulher ou o moralismo?”, questionou.
Provocativa e sempre atual, Marina Lima traz a Salvador a turnê de seu mais novo disco, “Novas Famílias”, em única apresentação na sala principal do Teatro Castro Alves, neste domingo (27), às 20h. Lançado em março de 2018 – antes da “nova era” da ministra Damares Alves, em que meninos vestem azul e meninas vestem rosa –, o álbum de inéditas traz um apelo por respeito às diferenças, um grito de liberdade e uma lupa na hipocrisia. “Meu trabalho esse tempo todo é permeado por comportamento e posicionamento. Fora o fato de ser uma mulher, compositora e instrumentista”, diz a artista carioca, citando novas e antigas canções que comprovam seu engajamento em pautas como direitos humanos, feminismo, liberdade sexual e combate à homofobia. “Isso tudo foi e é tão importante que esses temas permeiam o álbum; ‘Árvores alheias’, ‘Só Os Coxinhas’, ‘Mãe Gentil’, ‘Novas Famílias’ são canções que falam do Brasil, de democracia, de direitos. Mas podemos ir mais longe, não? ‘Fullgas’ é política, ‘Pra Começar’ é política”, afirma.
O primeiro single deste novo trabalho foi o funk “Só Os Coxinhas”, parceria com o irmão Antônio Cícero. A música, que tem versos como "Agora faz um passinho/ Feito um pica-pauzinho/ Curtindo o seu inferninho/ Só os coxinhas, vai!/ Agora faz um sonzinho/ Com aquele seu apitinho/ Tirando aquele sarrinho/ Só os coxinhas, vai!”, rendeu muita polêmica na época, e como quase tudo tem acontecido no Brasil polarizado, teve quem amasse e quem odiasse. “Eu quis fazer um funk porque gosto do ritmo, algumas são realmente boas e engraçadas e foi uma forma de homenagear minha cidade natal, o Rio de Janeiro. O funk é mais uma bossa musical vinda do Rio”, pondera a cantora, que há cerca de 10 anos mudou-se para São Paulo. “Confesso que tomei um susto com a repercussão... Como tanta gente se sentiu ofendida! Ora bolas, eu fiz essa música para as pessoas mais caretas que eu podia imaginar e que só sonham com coisas materiais. Eu lá podia imaginar que tanta gente se vê assim?”, questiona a artista.
Faixa-título, "Novas Famílias" preserva otimismo e ressalta resistência:
Abrindo o disco, a faixa-título também tem forte apelo político. “Mesmo que falte água no Estado/ Eu vou achar de beber/ Grãos, shots, ervas, o diabo/ E nós vamos sobreviver (...)/ Oh céus! E essas novas famílias/ Com terras molhadas de amor/ Minando qualquer ditador", dizem alguns dos versos da canção, dando pistas de que, apesar das adversidades, a cantora ainda consegue mirar o horizonte com otimismo. “Eu sou uma virginiana com ascendente em virgem, ou seja, mais realista e ‘árida’, impossível. Mas se há algo que aprendi em minha vida é não se deixar banhar pela tristeza. Algo que nunca devemos perder é o nosso entusiasmo. Nisso reside a minha força. Se depender de mim, eu vou resistir e tomar o poder”, diz Marina, para quem algumas conquistas do campo progressista não podem ser apagadas. Seguindo este raciocínio, nada mais justo que a regravação da faixa “Pra Começar” tenha entrado no novo disco. “É uma música dos anos 1980 que cabe perfeitamente no Brasil ou no mundo de hoje. Toda uma onda repressora, branca, direitista, religiosa, querendo dominar. E eu acho que, como diz a música, pátrias, famílias e religião, nesse sentido militar da coisa, quebrou mesmo, não tem mais jeito. Então ‘Pra Começar’ serve de emblema para hoje também”, avalia.
Segundo a cantora, a única outra canção não inédita, “Climática”, também dialoga perfeitamente com as demais autorais do álbum. “Eu já tinha ouvido há uns quatro anos num disco da própria Klébi Nori. Achei uma pequena obra prima, então guardei a minha ‘descoberta’ para gravá-la na hora certa”, conta. Além da regravação da obra da compositora paulista, o “Novas Famílias” conta também com contribuições de novos e antigos parceiros de Marina, além de Cícero. “Eu já vinha próxima a Letrux, Jeneci, Silva. Meu núcleo de trabalho em São Paulo tem sido com o Dustan Gallas, Arthur Kunz e Léo Chermont, que estão na minha banda e estarão comigo em Salvador. O Dustan produziu esse trabalho comigo. E o Leo Gandelman, que toca como convidado nesse disco, é um grande amigo de longa data. Tudo isso para te falar que as coisas foram acontecendo, naturalmente planejadas”, explica. Estas parcerias e antigos sucessos estarão no repertório apresentado por Marina Lima ao público baiano, neste fim de semana.
SERVIÇO
O QUÊ: Marina Lima – “Novas Famílias”
QUANDO: Domingo, 27 de janeiro de 2019, às 20h
ONDE: Sala principal do Teatro Castro Alves – Salvador (BA)
VALOR: A a W - R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia) | X a Z6 - R$ 90 (inteira) e R$ 45 (meia)| Z7 a Z11 - R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia)
A cantora e compositora paulista Anelis Assumpção apresenta nesta sexta-feira (26), em Salvador, a turnê do seu terceiro disco autoral "Taurina", no Largo Pedro Arcanjo, no Pelourinho, a partir das 20h. O show de abertura ficará por conta de Saulo Duarte, que irá apresentar o seu novo trabalho "Avante Delírio", num trio com Zé Nigro e Curumin.
Anelis é do signo de Touro, mas em conversa com o Bahia Notícias explicou que a escolha do título do álbum vai além do questão astrológica. “Eu tinha pensando em outros nomes, mas quando foi chegando a etapa final da produção do disco, eu fui reconsiderando. Comecei a pensar que eu queria que tivesse muito uma associação com um animal. Percebi como características do signo de touro estavam presentes no disco, mas isso também me incomodava, eu não queria que ficasse parecendo uma coisa somente astrológica, fazendo uma referência ao que é mais forte do signo como comida e tal”.
“Aí eu comecei a ligar o bicho a ‘Taurina’, que é quase um bicho inventado na minha cabeça. Não é a mulher do signo de touro e nem tão pouco é uma vaca, ela é quase um centauro, só que no feminino, mas é uma vaca e não um cavalo. E eu fui juntando essas referências da vaca, em como nós convivemos com ela, porque tem tanta simbologia através desse bichos... No oriente por exemplo existe uma interpretação bem diferente da nossa, toda a exploração desse animal, tudo que a gente usa dele. Acho que fui juntando tudo, até chegar na ‘Taurina’”, explica a cantora.
Capa do álbum 'Taurina', de Anelis Assumpção — Foto: Pintura de Camile Sproesser
Anelis é filha do cantor Itamar Assumpção, e iniciou sua carreira aos 18 anos fazendo backing vocals na banda do pai. Antes de começar a se apresentar como solista em 2007, integrou o grupo DonaZica ao lado de Iara Rennó e Andréia Dias. A cantora acredita que o novo álbum tem muito a ver com o momento em que ela entende a sua "própria existência, independente das memórias" do passado.
"Acho que nos meus três trabalhos eu comecei a criar coragem para me desligar da banda que eu tinha e entender como eu iria funcionar sem ser na sombra do meu pai, ainda que na memória da existência dele. Desde o meu primeiro disco eu venho descobrindo isso. Eu acho que nesse terceiro, eu sinto esse viés um pouco mais pessoal. Antes eu ainda estava pedindo um pouco mais de licença, e agora já estou mais íntima. Nesse momento eu tô de um jeito mais orgânico e mais madura para entender que não preciso concorrer com esses fatores do passado”, fala Assumpção.
A artista perdeu a irmã em 2016, vítima de câncer. Serena também era cantora e a apoiava em suas criações. O disco apresenta uma música escrita por Serena, que foi musicada por Anelis, "Chá de Jasmin", e também uma canção escrita pela cantora dedicada à irmã, "Gosto Serena".
"A partir do momento que ela morreu foi uma falta muito grande, um choque, uma perda, eu fiquei muito tempo imersa num vazio e buscar a memória e a presença dela fazia sentido para mim. As coisas se transformam a partir de um fato. Ela tinha escrito a letra e me pedido para fazer uma música, então quando ela morreu eu senti uma necessidade pessoal de realizar um pedido dela. Então eu musiquei aquela música dela e também fiz o 'Gosto Serena', uma música que eu fiz para uma irmã que eu perdi”, conta a artista.
E essa experiência também tem reflexos nas outras composições da cantora neste terceiro disco. "Esse terceiro disco é um momento em que eu tenho mais a dizer sobre mim, eu já tenho uma trajetória mínima que em algum momento se mescla com essa história que eu herdo, mas tem uma parte que ela é muito minha. A minha relação com a minha irmã, por exemplo, com a doença e com a morte dela, o meu pai não viveu. Os meus filhos... tem uma parte da minha vida que eu não tenho memória com o meu pai, então eu fui entendendo que a minha existência traz traumas positivos e negativos e nem todos estão relacionados a ele, então eu acho que esse momento da 'Taurina', tem mais a ver com eu entender a minha própria existência independente das minhas memórias", completou Anelis.
Além de trazer aspectos pessoais, "Taurina" aborda de uma maneira “sutil” questões ligadas ao movimento feminista. Anelis celebra o fato do público estar enxergando o feminismo em suas letras, e acredita que isso acontece “porque as pessoas estão com um olhar mais apurado” para esse assunto. “Eu acho que é muito natural. Eu sempre falo a mesma coisa, eu sou uma feminista, então isso está na minha obra e no meu cotidiano, não de uma forma direta e proposital. Eu acho que a gente não precisa necessariamente ser direto em uma narrativa, nem mesmo para falar de amor, então isso é uma coisa que me instiga muito a escrever”.
“Eu acho tudo muito sutil, e eu fico muito feliz que mais pessoas estão me dizendo que enxergam o feminismo nas minhas letras, e isso talvez esteja acontecendo porque as pessoas estão com o olhar mais apurado. Então, há uma nova interpretação sobre, então eu acho que quem me ouve, me lê, me escuta já está mais predisposto a isso, e consegue entender melhor algumas sutilezas. Eu fico feliz porque não consigo visualizar nada que tenha sido escrito de uma forma tão direta. Eu ainda prefiro os mistérios da poesia para falar sobre qualquer coisa”, declara Anelis.
Assumpção revelou ao BN que todas as vezes que vem a Salvador é muito bem recebida, e se sente feliz por ser um lugar em que as pessoas acompanham o seu trabalho. “Eu adoro, venho muito fazer shows aqui, já fiz de todos os meus discos. Fiz show junto com a Márcia Castro, apresentando um tributo aos Novos Baianos, fiquei duas temporadas na Caixa Cultural fazendo uma homenagem ao meu pai. Eu adoro, toda vez que eu venho sou muito bem recebida, tem uma escuta para o meu trabalho que é muito gratificante”.
SERVIÇO
O QUÊ: Anelis Assumpção apresenta ‘Taurina’
QUANDO: sexta-feira, 26 de outubro, às 20h
ONDE: Largo Pedro Arcanjo, no Pelourinho, Salvador-BA
VALOR: 1º lote - R$ 50 inteira e R$ 25 meia
Com a proposta de desnaturalizar as relações entre sexo, gênero, visualidade e poder, o projeto artístico “Devires” ocupará o Goethe-Institut Salvador entre julho e setembro, com exposições, performances, shows e debates. Para compor a programação, será aberta uma convocatória que irá selecionar três performances de artistas de toda Bahia. Os interessados podem se inscrever até 15 de junho, através da internet (clique aqui). A curadoria de Paola Marugán e Juliana Vieira buscará contemplar trabalhos que trazem o corpo para o centro do discurso, incitando reflexões sobre sexo, sexualidade, desejo, gênero, identidade, diferença e sujeito político. A perspectiva é feminista, questiona a heteronormatividade e abre olhar para outros mundos possíveis. As propostas selecionadas terão toda assistência de produção necessária e receberão um cachê de R$ 1 mil para uma apresentação. Artistas de fora de Salvador terão também hospedagem e traslado terrestre custeados.
A atriz espanhola Penélope Cruz declarou apoio a uma greve geral organizada por mulheres em seu país, em 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Em entrevista coletiva para divulgar seu novo filme, “Loving Pablo”, a atriz afirmou que “há motivos de sobra” para o movimento e que está “totalmente de acordo”. Ela disse ainda que artistas em Hollywood e as demais pessoas em torno do movimento #MeToo acenderam uma chama que “deve dar luz a todas aquelas mulheres de outras profissões e com outras vidas, que não têm um microfone perto”. Ao jornal espanhol La Vanguardia, Penélope destacou ainda o papel dos artistas que estão no foco midiático, na luta pelos direitos das mulheres. “Creio, sinto e espero que o que está acontecendo será o início de uma revolução mundial. Não é coisa do cinema, mas de todas as mulheres, a quem nós, por nossa profissão, podemos servir de alto-falante”, disse a atriz, acrescentando que “já não podemos falar de igualdade sem falar de assédio e de violência doméstica”.
Morreu neste sábado (20) a americana Naomi Parker Fraley, que inspirou a personagem Rosie the Riveter (Rosie, a rebitadeira), ícone das mulheres trabalhadoras durante a Segunda Guerra Mundial, conhecida mundialmente ao ser estampada no cartaz "We Can Do It!", de J. Howard Miller. De acordo com informações do "New York Times", Naomi morreu aos 96 anos, em Longview, no Estado de Washington. Segundo a Folha de S. Paulo, ao longo do tempo muitas mulheres foram consideradas para assumir o papel de Rose no empoderamento feminino, mas um pesquisador da Universidade de Seton Hall identificou Fraley como sendo a verdadeira. Nascida em Tulsa, Oklahoma, Naomi Parker Fraley trabalhou na base naval de Alameda, na Califórnia, tendo sido uma das mulheres pioneiras no trabalho de guerra, após o ataque japonês a Pearl Harbor.
Conhecida por seu posicionamento firme sobre temas da sociedade brasileira, Pitty deu uma alfinetada a um tipo controverso de ativismo. “Amoras, ai ai ai. ‘Hino feminista’ que ataca outras mulheres e estimula competição com esse papo de ‘recalcadas e invejosas’, pra mim não é feminista nem aqui nem na Rússia. rs”, escreveu a roqueira baiana em sua conta no Twitter. “Mas isso sou eu, né? Cada uma, cada uma. Só acho que a gente tem coisas tão mais produtivas pra dizer umas sobre as outras”, arrematou.
Após seus comentários serem encarados como indireta para outras cantoras, como Claudia Leitte, que, nesta sexta-feira (8), lança a música “Lacradora”. Pitty, no entanto, nega. “Era só uma reflexão, e agora que eu vi que tão achando e direcionando para uma pessoa específica e criando o quê? Treta com outra mulher. Já apaguei. Não vai rolar”, voltou a escrever a baiana, após deletar as postagens anteriores. “Eu que sou cagada de timing mesmo hahahah. O pensamento é antigo, só caiu no dia errado”, acrescentou.
As transformações e ressignificações da natureza instintiva da mulher ao longo dos tempos são os pontos de partida do experimento cênico “Sobre Mulheres, Cavalos e Lobos”, que fica em cartaz de quinta-feira a sábado, sempre às 19h, até 7 de outubro, no Espaço Charriot, novo ponto cultural de Salvador. O local, situado no Comércio, ao lado do Plano Inclinado Gonçalves, faz parte da proposta de revitalização do Centro Antigo.
Inspirado no livro “Mulheres que Correm com os Lobos” (Clarissa Pinkola Estés), e com encenação, performance e dramaturgia de Fernanda Veiga e Will Brandão, a montagem reúne diversas linguagens artísticas, com poesia, dança, teatro, experimentações sonoras e projeções. O espetáculo conta também com trilha sonora original e é todo ambientado com elementos da natureza, em um convite à plateia para uma experiência sinestésica - de exploração múltipla dos sentidos.
Além do espetáculo, o experimento cênico ainda conta com exposição fotográfica e instalação multimídia só de artistas mulheres, montadas nos ambientes do Espaço Charriot. Na antessala do espetáculo, o público pode conferir mais performances e, antes e depois da encenação, uma feira cultural do Coletivo Aquarela.
SERVIÇO
O QUÊ: Experimento cênico “Sobre Mulheres, Cavalos e Lobos”
QUANDO: De quinta-feira a sábado, às 19h, até 7 de outubro
ONDE: Espaço Charriot – Rua Conselheiro Lafayete, 05, Comércio - Ao lado do Plano Inclinado Gonçalves
VALOR: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)
“É o que me levanta da cama todo dia, o meu medo de morrer”. Com estas palavras a atriz Marisa Orth iniciou sua participação no quadro “Pensando Alto”, publicado nesta terça-feira (12), na Folha de S. Paulo. “Mas tenho mais medo de outras coisas, mortes em vida. Perda de tempo, paralisação, desperdício energético e espiritual”, contextualizou a artista, acrescentando que lhe incomoda não aproveitar a vida e os bons sentimentos, como a paz. “Estou realmente tentando ver o que é aproveitar. Porque, graças a Deus, eu tive conhecimento já de um monte de partes boas da vida”, diz Marisa, explicando que, por conta de seu momento de vida, é obrigada a buscar outros tipos de paz e alegria que não sejam tão fáceis. “Que não esteja numa propaganda, que não esteja num bar, no puteiro. Desculpa fazer esse discurso religioso, mas é isso. Mas eu acho que tem mais a ver com a filosofia, com o desapego mesmo. Eu tô tentando!”, diz. No vídeo, a atriz comentou ainda a sua relação com o tempo e o feminismo (clique aqui e confira o vídeo completo).
A crítica cultural norte-americana Camille Paglia desembarca em Salvador, nesta terça-feira (15), para participar da próxima edição do Fronteiras Braskem do Pensamento, que acontece a partir das 20h30, no Teatro Castro Alves. Formada pela Universidade de Yale, com Ph.D. em língua inglesa pela mesma instituição, ela é uma das intelectuais mais influentes da atualidade e a principal teórica do pós-feminismo. Desde 1984, é professora de Humanidades e Estudos Midiáticos na Universidade de Artes da Filadélfia. Conhecida por suas opiniões polêmicas, ela costuma falar sobre as incongruências do feminismo, a sexualidade, a política, a religião, a estética e a cultura pop. Os ingressos para o evento custam R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia).
SERVIÇO
O QUÊ: Camille Paglia - Fronteiras Braskem do Pensamento
QUANDO: Terça-feira, 15 de agosto, às 20h30
ONDE: Teatro Castro Alves
VALOR:R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia)
A ex-participante do Masterchef Brasil, Caroline Martins, que já se envolveu em polêmicas por adotar um estilo de vida minimalista – ela tem apenas seis trocas de roupa e dois pares de sapato (clique aqui e saiba mais), mais uma vez aparece nos holofotes por seu comportamento. Em uma postagem realizada nesta terça-feira (1º), a ex-concorrente do reality gastronômico rebateu as críticas recebidas após postar uma receita feita em uma assadeira com manchas. “Pessoal, estou recebendo algumas mensagens interessantes aqui na página. Estas mensagens enviadas apenas por mulheres estão me fazendo refletir sobre um assunto curioso. Tenho uma assadeira de alumínio utilizada na receita da prime rib e na receita das batatas rústicas. Veja que nestes dois vídeos os alimentos nem ao menos entram em contato com a assadeira. Pois bem, algumas mulheres quando vêem a assadeira, logo abrem a caixa de comentários para especularem, muitas vezes de forma ofensiva, sobre o porquê a assadeira esta cheia de manchas de uso. Amigas, talvez devêssemos refletir sobre tal fato. Nós, mulheres, não somos programadas geneticamente para pegar uma esponja de aço e sair areando qualquer louça com mancha de uso. Esta atitude condicionada é fruto de implicações sociais, pois desde sempre esta foi a posição social da mulher: deixar a casa brilhando para a família”, escreveu Carol, acrescentando que muitas mulheres ao notarem manchas em utensílio culinário acabam tendo o impulso “um tanto quanto irracional” de pegar uma esponja de aço para esfregar o objeto. Caroline, que além de cozinheira amadora é PHD em Física, explicou que tal hábito é danoso, já que acaba liberando metais tóxicos nocivos à saúde. “O atrito da palha de aço com a superfície do objeto remove a proteção de fábrica liberando assim alumínio na comida, e o consumo excessivo de alumínio está ligado a males como o de Alzheimer”, alerta a ex-Masterchef, afirmando ainda que “as manchas de uso, por outro lado, não são maléficas para nosso organismo, muito pelo contrário, elas são marcas que mostram o quanto você ama cozinhar para a família, amigos, ou até mesmo para si própria”. Carol pondera ainda que se as manchas incomodam tanto, a assadeira ou panela deveria ser descartada. “Talvez um dia eu tenha uma filha e torço por uma sociedade onde as mulheres optem por conhecimento, que por Bombril. Torço também para que as amiguinhas dela sejam gentis para com as outras, pois mulheres unidas e bem informadas, bicho, é uma afronta à sociedade”, afirma.
Confira o vídeo no qual aparece a assadeira em questão:
Aos 89 anos, a atriz Laura Cardoso revelou, em entrevista à revista Veja, considerar-se feminista “desde menina”. Para a artista, que este ano foi homenageada pelo projeto Ocupação, do Itaú Cultural, em São Paulo, o feminismo “é uma luta que vale a pena e deve prosseguir”. Ela define a causa como “a luta da mulher pela sua liberdade, pela sua vida, pelo que ela quer e sonha”, e avalia que houve conquistas ao longo do tempo, mas que “ainda falta dar mais crédito, respeito de verdade à mulher”. “Sempre acompanhei a luta da mulher, desde menina. De modo geral, as mulheres da classe artística sempre viveram essa luta, tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo. A gente lutou e brigou porque queria esses direitos que a mulher deveria ter e que lhes foram negados durante muito tempo. O feminismo é necessário. O que está acontecendo no Brasil, essa sujeira, esse massacre sobre o povo, quantas mulheres tem nesse movimento, fazendo mal a esse país? A maioria é homem. Acho que isso é um resultado da premissa de que homem sabe mais e fala mais. Não é isso. Acho que eles erram mais do que as mulheres”, disse ela ao ser preguntada sobre como via a onda feminista nos anos 1960. Laura Cardoso afirmou, no entanto, que o meio artística não é mais machista que os outros. “Estou nessa carreira desde os 15, 16 anos e nunca senti esse machismo. Talvez tenha havido no passado, mas hoje há muito menos. Sempre teve essa coisa de o homem ganhar mais do que a mulher no trabalho. Hoje não há tanto isso. Também, isso não tinha cabimento, às vezes as atrizes eram muito melhores do que os homens. Mas isso não é só no meio artístico, em todo lugar acontece. Sempre o homem sentado na mesa de chefe e a mulher tinha que ficar de lado. No meio artístico, as pessoas são mais abertas, elas leem mais, há um respeito. Mas não é uma santidade, tem seus altos e baixos, seus tropeços”, justificou a atriz.
Acusada de promover a objetificação do corpo feminino por aparecer com os seios parcialmente à mostra na capa da revista “Vanity Fair”, a atriz britânica Emma Watson, conhecida por seu engajamento em causas feministas, rebateu as críticas. "O feminismo é sobre dar escolha às mulheres. O feminismo não é um bastão com o qual se bate em outras mulheres. É sobre liberdade, é sobre liberação e sobre igualdade. Eu realmente não sei o que os meus peitos têm a ver com isso. É muito confuso", defendeu a artista, durante uma entrevista à BBC, ao lado de Dan Stevens, colega de elenco do longa-metragem “A Bela e a Fera”. Na ocasião, Stevens tentou brincar com a situação: "O que as pessoas estão dizendo sobre você?", perguntou o ator. "Estão dizendo que eu não podia ser feminista...", explicou Emma, que foi interrompida pelo colega. "E ter peitos?", disse ele. "E ter peitos", confirmou ela, reafirmando que não há contradição entre seu comportamento e a militância com a causa feminista.

Diretor buscou em sua própria história motivação para discutir o machismo | Foto: Divulgação
Mariana Moreno interpreta a "mulher impossível" concebida por Djalma Thürler
Jailma, por outro lado, contribuiu com um paralelo sobre a importância da obra da homenageada - que começou a escrever já depois dos 40 anos - para a produção literária feminina no Brasil. "A Zélia nos leva a pensar as condições de escrita e de leitura para as mulheres, ainda nos tempos atuais. Muita coisa mudou, mas ela ainda nos leva a pensar, por exemplo, políticas públicas pra que a mulher se torne escritora, pra que a mulher tenha acesso a livros de escritores e de escritoras", analisa Jailma, que é professora de Letras no campus de Alagoinhas da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). A professora ressalta que sem esse apoio, esse incentivo público, as autoras precisam ser as principais divulgadoras de suas obras, já que muitas não conseguem chegar às livrarias. "Você não encontra os textos nos arquivos, nas prateleiras, nas bibliotecas e aí, novamente eu pergunto, cadê as políticas públicas?", questiona. A professora entende que Zélia, enquanto dona de casa, é um exemplo para que tantas mulheres na mesma situação possam começar a ler, a escrever e se expressar também através da literatura.
Neta de Zélia Gattai, Maria João Amado compôs a mesa | Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias
O projeto é inspirado em ações, como a campanha Chega de Fiu Fiu, criada em 2013. A campanha surgiu a partir do resultado de uma pesquisa que mostrou que 99,6% das entrevistadas já foram assediadas, tendo 98% delas sofrido violência nas ruas. O "Tô Na Rua, mas não sou sua" busca potencializar o alcance das vozes femininas através da ocupação do espaço público. Desenvolvido como Trabalho de Conclusão de Curso, o projeto pretende ainda gerar a reflexão de que cantada de rua não é elogio nem uma atitude aceitável.
As mensagens do álbum são denúncias ao racismo e machismo, principalmente sofrido por mulheres negras, da periferia. Com 12 canções autorais, Yzalú pretende chamar a atenção para a complexidade desse problema. "A proposta do álbum é mostrar que o universo da mulher negra é um universo real, que ele existe e que não é tão simples, tão fácil. Aí a gente está falando de um universo, de uma carne mais barata no mercado, que tem um sentimento, que tem a arte pura e verdadeira, então esse é o universo da mulher e, sobretudo, da mulher negra", descreve. Na própria capa, inspirada em uma foto icônica de Gal Costa – o registro dos anos 1980 mostra a cantora nua, abraçando um violão –, Yzalú já evidencia o tom de protesto do CD, que também contesta os padrões de beleza. A cantora aparece pela primeira vez com sua prótese na perna direita. "A capa em si foi uma forma de me comunicar de uma forma poética com o público para que eles pudessem entender que foi assim que eu vim ao mundo porque a prótese é só o detalhe da 'Minha Bossa é Treta', além de ser uma forma de protesto, você dizer que a beleza é diversa", defende. Por uma doença congênita, Yzalú usa a prótese desde que nasceu.
Parte de um novo nicho do rap, a cantora atribui a artistas, como Dina Di e Cris SNJ, a responsabilidade pela abertura do estilo para que mais mulheres ganhem espaço na cena. "Eu vejo com muito bons olhos, eu vejo que a cena do rap é crescente, principalmente no que diz respeito à mulher dentro do rap, que lá atrás fizeram uma base para que a gente pudesse hoje estar em grande número. É uma cena gigante que cada vez mais se profissionaliza, mostra a que veio", avalia. Para Yzalú, esse crescimento exige dos artistas mais estudo e profissionalização na música para atender a um público cada vez mais exigente. "O público como um todo quer ouvir boa música, então, a gente entende que o rap não é somente a rima. É a rima, é a consciência, é o pé no chão, é o profissionalismo, a equipe. Eu tenho certeza que daqui a alguns anos o rap vai ser a música brasileira", ressalta. No show, que apresenta neste sábado (30), às 21h, no Largo Pedro Archanjo, ela apresenta o repertório do disco, além de um medley com sucessos do ritmo. Com o intuito de "somar" e "apoiar" os colegas da música, Yzalú recebe ainda as participações de Negro Davi, Verona e do Grupo LDF, todos de Salvador.

Artista sofreu lesão na córnea em decorrência dos três socos desferidos pelo motorista de taxi | Foto: Reprodução / Facebook
A cantora disse ainda que teve dificuldade para encontrar atendimento. “A partir daí iniciamos uma saga buscando atendimento. Não sabíamos se seguíamos pra Delegacia da Mulher, que de início parecia o caminho mais certo, onde teoricamente poderia ser melhor assistida e acolhida. Só que não... Ao chegar por lá fomos atendidas por uma senhora super mau humorada e sem muito trato pra acolher uma vítima de agressão. Ela nos informou que lá só poderiam ser acolhidos casos em que a vítima tivesse alguma relação com seu agressor. Então quer dizer: eu sou mulher, sofro uma agressão por ser mulher, mas não posso ser acolhida na delegacia da mulher?!!!”, indagou Aiace, que registou a ocorrência em uma delegacia comum, onde recebeu os primeiros socorros. Apesar da violência, a artista destacou os malefícios do “machismo, burocracia, preconceito, despreparo” e garantiu que não vai se calar. “Nós somos vítimas desse sistema falocêntrico há anos. Eu não fui a primeira vítima do machismo, mas espero muito que estejamos mais próximas de ver a última. Eles não vão nos calar!! Juntas somos muito mais fortes e não somos obrigadas a nada que a gente não queira! Não sou propriedade de ninguém e não vou aceitar calada. E se pra isso eu tiver que apanhar mais mil vezes, pode vir que eu aguento!”, escreveu.
@ela_isab tem q ser só mulher, abro mão de participar na buena
— xico sá (@xicosa) 29 de junho de 2016
Iniciado em março, o projeto segue com atividades até junho deste ano. O coletivo busca incentivar, empoderar e conectar mulheres através da arte. Afinadas com essa proposta, as cantoras preparam um repertório que enaltece a presença das mulheres na cena local. "O repertório traz arranjos e músicas autorais, revelando alma e corpo femininos do grupo", explica a instrumentista Carlas Suzart, responsável pela direção do espetáculo. Para Manuela Rodrigues, a participação no festival é "uma forma contundente de afirmar que está inserida nesse meio artístico, no qual cada vez mais as mulheres se empoderam". Os ingressos para o show custam R$ 10 e R$ 5 reais.
Ariana, que, no passado namorou o rapper Big Sean, constantemente se posiciona contra discursos machistas. "Quando um homem fala sobre as mulheres em suas músicas é tipo 'yeah, são vadias prostitutas!'. Se uma mulher faz uma música sobre um término, dizem 'wow, não acredito que ela fez isso' ou 'que vadia!'", ressaltou.
O nome Tombo também foi sugestão de Milla, unindo conceitos e olhar crítico sobre termos como “tombar” e “Geração Tombamento”. O “tombo”, na gíria LGBT significa passar na frente do outro, daí a proposta de “tombar” um espaço que era predominantemente masculino e colocar a mulher como protagonista. Já a alcunha “Geração Tombamento”, vem dos movimentos negro e feminista, geralmente usado em tom pejorativo para denominar pessoas que utilizam a estética para promover seus discursos políticos. “Queremos mostrar que essa geração não é alienada, que é muito mais que isso. Pessoas negras que não tinham visibilidade agora se vestem de certa forma, para enaltecer o que não era padrão. Existe essa crítica de pessoas do movimento, mas queremos mostrar que também somos politizadas. Nós somos novas, e queremos mostrar que a estética também é uma forma de lutar”, argumenta a estudante, que desde janeiro vem planejando o evento, mas decidiu concretizá-lo no mês da mulher.
Tombo - Território ConquistadoPensando na necessidade urgente de dar protagonismo as mulheres nas noites soteropolitanas, eis que surgiu a TOMBO. Uma festa irreverente que já está dando o que falar, apenas por levantar a bandeira feminista em um cenário majoritariamente comandado por homens. Em resposta aos que se sentiram incomodados com as minas ocupando a cena noturna, a Deusa Elza Soares, juntamente com a Larissa Luz, vêm dizer: "Não é meu inimigo, não te quero domado, não te quero contido, é TERRITÓRIO CONQUISTADO, espaço garantido" Chegou a hora das mulheres botarem a cara no sol!Evento: https://www.facebook.com/events/1712887775595992/Fotografia: Milla CarolModelo: Thatila Martins
Publicado por TOMBO em Terça, 1 de março de 2016
No line up, a produção reuniu novos nomes da cena soteropolitana: o trio Ovelhas Negras, e as DJs Annia Rizia e Prisunto, além de Queen Mischa, que recebeu uma formação especialmente para participar do evento, que contará com músicas variadas, voltadas para o público jovem. Integra a festa ainda o coletivo feminista “Donas do Rolê”, que darão mostras de seu trabalho de graffiti e farão bodypaint no público que deseje estampar arte urbana em seus corpos. Para as próximas edições, ainda em aberto, as realizadoras pretendem manter o formato, convidando jovens DJ e aproveitando para formar outras jovens mulheres para assumir o comando das pick-ups. “Nossa expectativa é muito grande, esperamos que tudo dê certo. Vamos tentar continuar o projeto, que é muito importante. Queremos também aproveitar para abrir outras portas, tanto para outras mulheres, quanto para o debate sobre o empoderamento e causas sociais lideradas por mulheres. Para outras edições, por exemplo, tentaremos arrecadar produtos de higiene para mulheres detentas”, conta Milla.
Serviço
O QUÊ: Festa “Tombo”
QUANDO: Sábado, 5 de março, 23h
ONDE: Idearium Studio Bar – Rio Vermelho
QUANTO: R$ 10 (até 00h) / R$ 15 (com nome na lista) / R$ 20 (sem nome na lista)
Reese é conhecida por ser defensora da causa feminista em Hollywood. Em 2012, a atriz criou a produtora Pacific Standard, que tem a intenção de lançar longas com mulheres em papeis centrais. "Precisamos ver mais mulheres interpretando cirurgiãs, astronautas, soldadas e juízas da suprema Corte, não apenas mães e namoradas de homens famosos", acrescentou.
pois eu não volto pra cozinha, nem o negro pra senzala, nem o gay pro armário. o choro é livre ( e nós também) :))))
— Pitty (@pittyleone) 16 março 2015
de xingamentos impublicáveis, a xenofobia, machismo, e "comunista". e olha que eu nem defendo o PT! essa atitude é praticamente um endosso.
— Pitty (@pittyleone) 16 março 2015
de xingamentos impublicáveis, a xenofobia, machismo, e "comunista". e olha que eu nem defendo o PT! essa atitude é praticamente um endosso.
— Pitty (@pittyleone) 16 março 2015
uau. se vocês vissem nas minhas mentions o jorro de ódio irracional desde ontem… diálogo zero, só ofensas preconceituosas
— Pitty (@pittyleone) 16 março 2015
Foto: Marília Moreira/ Bahia Notícias
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Cármen Lúcia
"Todos! Mas desde que seja rápido porque também nós mulheres ficamos dois mil anos caladas, nós queremos ter o direito de falar, mas eu concedo, como sempre. Apartes estão no regimento do STF, o debate faz parte do julgamento, tenho o maior gosto em ouvir, eu sou da prosa".
Disse a ministra Cármen Lúcia ao comentar uma fala do ministro Flávio Dino e brincar sobre interrupções às falas um do outro.