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Apesar de estar em Brasília acompanhando as movimentações do seu partido, o presidente do PP na Bahia, deputado Mário Negromonte Júnior, não deve participar da cerimônia que vai oficializar a federação da sigla com o União Brasil, prevista para às 16h desta terça-feira (19).
Segundo lideranças do PP da capital federal, Negromonte estaria desconfortável com a junção dos partidos em função de sua proximidade com o governador Jerônimo Rodrigues, do PT. Aos poucos, o Progressistas está articulando a retomada de espaços na gestão estadual após ter deixado a base governista para a eleição de 2022.
Fontes ouvidas pelo Bahia Notícias indicaram que o presidente estadual, além de não marcar presença na convenção de hoje, avalia não fazer parte da federação de modo geral, com a possibilidade de migrar para outro partido também não sendo descartada. O futuro ainda estaria incerto.
Apesar disso, Mário Júnior celebrou a recondução do senador Ciro Nogueira, para a presidência nacional do PP, em ato que antecedeu o evento da federação.
Outra informação obtida junto aos interlocutores, é que o vice-presidente nacional do União Brasil e ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, teria sofrido algumas derrotas em votações internas para decidir os comandos estaduais após a consolidação da federação.
Nesta segunda-feira (18), em entrevista concedida ao Bahia Notícias o deputado Cláudio Cajado chegou a comentar a situação dos filiados do Progressistas que integram a base do governo, em meio à formalização da federação com o União Brasil, principal partido de oposição na Bahia.
Cajado elogiou o governador Jerônimo Rodrigues (PT), mas ressaltou sua atuação política como "independente". "Eu não tenho pé no governo. Eu não frequento secretarias. Eu frequento o palanque do governador Jerônimo quando ele está nos municípios que os prefeitos também me apoiam. Devo dizer que o governador me recebe muito bem, não vou negar, gosto muito dele. Mas eu não tenho nada no governo, não tenho cargo, não tenho participação no governo, pelo contrário", afirmou Cajado.
Com uma iminente debandada de deputados estaduais do PP, o parlamentar afirmou que o apoio da bancada do Progressistas na Assembleia Legislativa (AL-BA) a Jerônimo ocorre por meio de seus mandatos, e não em nome do partido.
Oficialmente aposentado do Tribunal de Contas dos Municípios, o ex-conselheiro Mário Negromonte deve decidir o futuro em breve. Enquanto o governo segue imerso na escolha de quem irá substituí-lo no TCM, essa definição ainda deve contar com a participação do filho do ex-conselheiro, deputado federal Mário Negomonte Jr., que também é presidente do PP na Bahia.
Ao Bahia Notícias, Mário Jr. não descartou a possibilidade do pai retornar para a disputa política, concorrendo a um cargo público, em 2026. “Vou ver com ele [Mário Negromonte] o que ele quer fazer agora. Ainda estamos estudando as possibilidades. Precisamos ver qual será o futuro de meu pai”, indicou por um aplicativo de mensagens.
Em postagem nas redes sociais, Mário Negromonte indicou que a missão no Tribunal "veio coroar a vida pública". "Quero agradecer todos os conselheiros do Tribunal, os funcionários da Casa, do meu gabinete, aos representantes do Ministério Público e a minha família. Dizer que a experiencia que tive nao long da minha vida, estou em plenas condições físicas e mentais". indicou.
O ex-conselheiro também agradeceu o senador Jaques Wagner (PT), à época governador da Bahia, que indicou Mário Negromonte para o posto. Além dele, os deputados estaduais que aprovaram sua indicação na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).
O futuro do ex-conselheiro também passa pelo novo nome do TCM, onde Mário Jr. defende a indicação de sua esposa para uma vaga no Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA). Procuradora do Ministério Público de Contas (MPC), Camila Vasquez é apontada como principal nome para assumir o posto. O parlamentar tem feito coro para que ela seja a escolhida pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT).
A disputa pela vaga, em tese, também precisaria respeitar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 2010, durante a gestão de Jaques Wagner (PT) no governo da Bahia. No acordo, assinado pelo então procurador-geral de Justiça, Wellington César Lima e Silva, e pelo presidente do TCM, Francisco de Souza Andrade Netto, ficou estabelecido que, quando surgisse uma vacância na Corte destinada ao Ministério Público junto ao Tribunal, a indicação deveria recair sobre um membro da carreira.
O processo ocorre desde a chegada de Negromonte para a vaga de conselheiro, sucedendo Paulo Maracajá, em 2014. Essa cadeira já seria destinada ao Ministério Público de Contas. O espaço delimitado para um procurador concursado do TCM ficou impossibilitado por, naquele momento, os procuradores não terem atingindo 35 anos, idade mínima para a indicação. Então, a vaga foi transferida para Negromonte. Com isso, agora existe um “acordo” para a indicação de procurador concursado da Casa assumir.
Dos quatro possíveis indicados, atualmente, três deles devem estar em uma lista para avaliação e nomeação do governador Jerônimo Rodrigues (PT), que decide sobre o indicado. Entre os nomes estão: Danilo Diamantino Gomes — atual procurador-geral do MPC —, Aline Rego Rio Branco — procuradora-chefe —, Guilherme Costa Macedo, além de Camila.
POLÍTICA ENVOLVIDA
Em entrevista recente ao Bahia Notícias no Ar, na Antena 1 Salvador, Mário Jr. voltou a apontar que Camila seja a escolhida pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) ao posto.
“É constitucional que cada Tribunal de Contas deva ter uma vaga para os auditores, o qual foi a passada que indicou, e para o Ministério Público. Então essa vai ser a primeira vaga a ser ocupada por membros do Ministério Público. Então minha esposa, Camila Vasquez Negromonte, passou no concurso e foi a primeira procuradora geral do TCM, é a mais antiga, mais idade, sendo reconhecida como profissional de notório saber jurídico e muito competente”, disse.
“Tenho certeza que, se por ventura o governador indicá-la, porque é uma indicação do governador, e passar para a Assembleia e ser votada, ela vai honrar a indicação do governador e os votos dos deputados estaduais. Mas não cabe a mim falar porque é uma atribuição exclusiva do governador Jerônimo”, completou.
A indicação também tem uma relação com o bastidor político, já que o Progressistas, presidido por Mário Jr. segue na iminência de concretizar uma federação com o União Brasil, partido que integra a oposição na Bahia.
Circula nos bastidores, a possibilidade de Mário Negromonte em disputar algum cargo no legislativo, sem definição do posto. O agora conselheiro aposentado chegou a ser citado como um nome para uma das vagas majoritárias do grupo político do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União), prioritariamente uma das cadeiras de senador. Todavia, os rumores não avançaram após Negromonte Jr. iniciar esse processo de flerte com o governo Jerônimo Rodrigues.
Entrevistado do Bahia Notícias no Ar, na rádio Antena 1 Salvador, nesta segunda-feira (12), o deputado federal e presidente do Progressistas na Bahia, Mário Negromonte Jr, comentou o processo que praticamente sacramentou a federação entre o PP e o União Brasil - a União Progressista.
Durante o bate-papo na FM 100.1, o parlamentar afirmou que foi um período de negociações difíceis e apontou que a divergência de posicionamentos nas esferas nacional e estadual foi um dos principais fatores para a construção. Segundo ele, a maioria dos filiados na Bahia se colocou contra a federação.
"Foi um processo que durou quase dois anos, durante esse processo, foi muito difícil na formação para prefeitos. Onde tinha especulação, e a federação vai ser mais vinculada a oposição da Bahia, então esse foi um processo difícil e mesmo assim com essa dificuldade a gente entregou. 41 prefeitos, 37 vice-prefeitos e 414 vereadores. Vencemos essa etapa e agora estamos em uma segunda etapa, a federação mais azeitada, quase uma realidade, e agora enfrentando o novo desafio de fazermos deputados federais e estaduais e como o partido vai estar nas próximas eleições para governado federal e estadual", disse na conversa com os apresentadores Mauricio Leiro e Rebeca Menezes.
"Eu posso falar como presidente que existia vontade da maioria para que não tivesse federação, que a gente caminhasse independente, tomasse uma decisão sem estar engessado com a decisão nacional. Por isso que eu defendo a coligação, porque os interesses nacionais do partido não são os mesmos da estadual e é muito difícil os partidos terem o mesmo posicionamento nas duas esferas, unir o mesmo sentimento. Mas nosso partido que é de centro sempre teve posições diferentes nos estados e vamos ter que encarar. Eu não sou de chorar leite derramado, eu gosto de trabalhar sob pressão", complementou.
Ainda de acordo com Negromonte Jr, o comando do PP no estado vai encarar com "naturalidade" eventuais saídas de deputados e prefeitos pós a federação: "Se tiver que começar do zero, vamos começar do zero", disse.
Na última semana, o deputado estadual Niltinho, líder do Progressistas (PP) na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), confirmou a debandada dos parlamentares para partidos da base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) após anúncio da Federação PP-União Brasil.
Na conversa, Niltinho contou detalhes da movimentação e afirmou que ficou decidido na bancada pepista que todos os seis deputados do partido irão migrar para legendas da base de Jerônimo. Segundo o líder do PP, o Avante deve ser um dos principais destinos escolhidos para receber os legisladores.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luiz Inácio Lula da Silva
"O meu time não tem medo de brigar. Se for preciso brigar, a gente vai brigar. Mas antes de brigar, a gente quer negociar".
Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre as negociações com Donald Trump para o fim do tarifaço.