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Feira de Santana celebra 192 anos: Da feira de gado ao posto de maior cidade do interior do Nordeste
O município de Feira de Santana comemora 192 anos de emancipação política nesta quinta-feira (18). Conhecida como “Princesa do Sertão”, a cidade se consolidou como um dos principais polos urbanos, econômicos e logísticos da Bahia, sem perder a força da identidade cultural.
Segundo o Acorda Cidade, parceiro do Bahia Notícias, as origens do município remontam ao século 18, quando foi fundada a Fazenda Sant’Anna dos Olhos d’Água, de propriedade de Domingos Barbosa de Araújo e Anna Brandoa. O casarão do local, atualmente considerado patrimônio histórico, foi a primeira habitação da futura cidade.
Situada em uma região estratégica entre o sertão e o Recôncavo, próxima ao porto de Cachoeira, a fazenda se tornou ponto de passagem para tropeiros e comerciantes. Ao redor da capela dedicada à Senhora Sant’Ana surgiu o povoado que, impulsionado pelas feiras de gado, deu nome e vida à cidade. Em 1832, o povoado foi elevado à categoria de vila, marcando a emancipação política.
Anos depois, em 1873, transformou-se oficialmente em cidade, já sob o nome de Feira de Santana. O crescimento foi impulsionado pela posição geográfica estratégica, que fez do município um centro de escoamento de produtos do interior e um entroncamento vital para o comércio entre Salvador e outras regiões do país.
Segundo a historiadora Márcia Sueli Oliveira do Nascimento, doutoranda em História e pesquisadora da trajetória local, a pecuária foi o motor que atraiu gente e consolidou o município. “Foram justamente as estradas de boiada e o comércio de gado que expandiram a cidade. Uma pequena vila se transforma em cidade promotora de um futuro próspero, atraindo coronéis e visitantes”, explicou.
Durante décadas, a tradicional Feira do Gado movimentou a economia regional e ajudou a consolidar o município como referência em abastecimento. Aos poucos, a atividade comercial se diversificou para setores como cereais, tecidos e artesanato, ampliando ainda mais a relevância econômica da cidade.
A professora destaca que essa vocação comercial moldou a identidade feirense. “Feira é traduzida por ser uma cidade do comércio. Muitas vezes, esse perfil ofusca o potencial cultural existente. Mas foi a força dos feirantes e comerciantes que expandiu a cidade, transformando-a em polo logístico e econômico do interior”, diz.
Atualmente, quase dois séculos após a emancipação, Feira de Santana é a segunda maior cidade da Bahia e a maior do interior nordestino, unindo desenvolvimento, tradição e cultura.
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Luís Roberto Barroso
"Não há caças às bruxas".
Disse o ministro do STF Luis Roberto Barroso ao comentar o julgamento feito contra o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), realizado pela Suprema Corte.