Artigos
A Política Brasileira: um Espelho Bíblico da Vaidade
Multimídia
Ivanilson afirma que PV fará reavaliação de filiados e admite: “Servimos sim de barriga de aluguel”
Entrevistas
Léo Prates define “desgaste” de Lula e do PT como trunfos e projeta chapa da campanha de oposição em 2026
educacao ambiental
Estudantes do Colégio Estadual Monsenhor Turíbio Vila Nova, em Bom Jesus da Lapa, estão engajados em uma experiência educativa e prática: a Horta Agroecológica na Escola. A iniciativa, que começou como uma oficina, expandiu-se e hoje envolve 110 alunos da 2ª série do Ensino Médio em Tempo Integral. O projeto tem como principal objetivo produzir hortaliças usadas para complementar a alimentação escolar.
A horta atua como um laboratório vivo onde os jovens aplicam, na prática, conteúdos de biologia, química, matemática e ecologia. Orientados por um monitor do programa Educa Mais Bahia, eles também desenvolvem um forte senso de responsabilidade social e ambiental.
O engenheiro-agrônomo Romendes Marques de Souza, que acompanha a produção, destaca o respeito e o alto engajamento dos adolescentes na atividade.
A colheita já está abastecendo o refeitório da escola, garantindo refeições mais saudáveis para os próprios estudantes. A professora Aliciene Costa Oliveira, da disciplina Estação do Saber, ressalta que a horta é uma experiência valiosa fora da sala de aula, unindo ciência, consciência ambiental e a mudança para hábitos alimentares mais saudáveis. O sucesso da produção motivou a escola a planejar melhorias, como um novo sistema de irrigação e a ampliação do viveiro.
Com o projeto, os alunos aprendem a cultivar diversos alimentos, como alface, coentro, rúcula, beterraba e batata-doce. Além disso, eles fazem cálculos de área, volume e peso, compreendendo na prática o processo produtivo e seus custos.
A estudante Maria Clara dos Santos Gomes, de 17 anos, contou que participar é "muito bom", pois a permite aprender a plantar, a cuidar do solo e a produzir de forma mais saudável.
Um grupo de estudantes do Colégio Estadual de Tempo Integral Sinésio Costa,localizado no município de Riacho de Santana, no sudoeste baiano desenvolveu uma solução inovadora para o problema do descarte de papel nas escolas: copos biodegradáveis feitos a partir de papel reciclado
O projeto, que vai além de uma simples atividade escolar, busca contribuir ativamente para a sustentabilidade e a conscientização ambiental. As alunas, sob a orientação das professoras Dulcinéia Ferreira e Nilva Araújo, decidiram transformar o papel acumulado nas lixeiras da escola em algo útil e ecológico.
Dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) revelam que papel e papelão representam cerca de 10,4% dos resíduos sólidos urbanos anuais no Brasil, totalizando 8,57 milhões de toneladas.
Fernanda Gabriela, uma das estudantes envolvidas, explicou o processo de criação dos copos. Ele começa com a coleta e separação dos papéis descartados, seguidas por etapas rigorosas de higienização, trituração e moldagem. Após a secagem, os copos recebem um revestimento com ceras naturais, como cera de abelha ou de origem vegetal, tornando-os impermeáveis e seguros para uso.
"Essa metodologia, além de acessível, demonstra que soluções ecológicas podem ser aplicadas com criatividade e baixo custo, desde que haja engajamento e orientação adequados", conta Fernanda.
A professora Nilva Araújo ressaltou que a iniciativa, batizada de "Ecovisionárias", alinha-se às metas da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), especificamente aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). "Nossa iniciativa não aborda somente um problema específico de resíduos na escola, mas também exemplifica, de maneira prática, como instituições educacionais podem contribuir para a concretização dos ODS", explica a professora.
O projeto "Ecovisionárias", que contou com o apoio da Secretaria da Educação (Sec), mobilizou sete estudantes: Ana Luiza Menezes Oliveira, Bruna Dayssy de Souza Lima, Camila Souza Miranda, Fernanda Gabriela, Kawany Beatriz Sena de Amorim, Mariana Araújo Macêdo e Sofia Lima Alves. A iniciativa serve como um exemplo inspirador de como a educação pode ser uma ferramenta poderosa para a inovação e a sustentabilidade.
A Bahia ficou atrás no novo levantamento da pesquisa Munic do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado está abaixo da média nacional quando o assunto é coleta seletiva e educação ambiental. Em 2023, menos de 4 em cada 10 dos municípios baianos possuem serviço de coleta seletiva.
Apesar da Política Nacional de Resíduos Sólidos estabelecer diretrizes claras para a implementação da coleta seletiva em todo o país, dados do IBGE, obtidos pelo Bahia Notícias, apontam que a Bahia continua aquém das metas estabelecidas
Na verdade os dois únicos municípios baianos mencionados como exemplares, ou seja, de acima da média prevista pelo estudo em descartes de resíduos foi Cruz das Almas e Feira de Santana. Isso representa menos de 1% dos municípios baianos.
Pontos fixos de coleta em Feira de Santana auxiliam o descarte apropriado | Foto: Reprodução / Jorge Magalhães
A disparidade entre os estados brasileiros é evidente. Enquanto o Paraná, Espírito Santo e São Paulo lideram o ranking nacional com mais de 85% dos municípios com coleta seletiva, a Bahia se encontra na parte inferior da lista, com apenas 37,2% representando 155 cidades, segundo a pesquisa do IBGE obtida pelo Bahia Notícias.
Além da coleta seletiva, a educação ambiental é outro ponto crucial para a construção de uma sociedade mais sustentável. No entanto, a Bahia também apresenta números muito baixos nesse quesito. Apenas 11,3% dos municípios baianos possuem uma política municipal específica para a educação ambiental.
A falta de coleta seletiva e de políticas de educação ambiental nos municípios baianos tem diversas consequências negativas, como o aumento da quantidade de lixo nos lixões, a poluição do solo e dos recursos hídricos, e a perda de oportunidades de geração de renda e emprego a partir da reciclagem.
A Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb) realiza diversas atividades que incluem palestras, oficinas e confecção de brinquedos recicláveis em escolas municipais e particulares da capital baiana. A iniciativa tem o objetivo de conscientizar os jovens sobre a importância da sustentabilidade e da educação ambiental.
Na Escola Municipal Ana Nery, no Rio Vermelho, a ação realizada na segunda-feira (11) envolveu alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, com foco na reciclagem e nos "5 R's" – repensar, reduzir, reciclar, reutilizar e recuperar. Uma das atividades práticas foi a oficina de binóculos feitos a partir de rolinhos de papel, incentivando os pequenos a aplicarem o que aprenderam na prática.
De acordo com a coordenadora de Educação Ambiental da Limpurb, Rosemary Mascarenhas, essas ações fazem parte de um calendário contínuo de mobilização, com eventos planejados para ocorrer semanalmente em diferentes escolas.
“A ideia é levar essas mensagens sobre sustentabilidade para as escolas, para que os alunos possam replicar esse aprendizado em casa e na comunidade”, explicou Rosemary. Ela também anunciou que, após o fim do período escolar, a Limpurb focará em ações de conscientização nas praias, especialmente nas mais frequentadas por banhistas.
A coordenadora pedagógica da Escola Ana Nery, Fátima Dorneles, ressaltou que temas como sustentabilidade e proteção ambiental, abordadas na atividade da Limpurb, estão alinhados ao projeto pedagógico da escola. “Estamos formando cidadãos que, no futuro, terão a responsabilidade de cuidar do nosso planeta”, afirmou.
Maísa Lessa, aluna do 5º ano, disse ter aprendido mais sobre a coleta seletiva e como separar corretamente os resíduos. “Eu já sabia um pouco sobre reciclagem, mas aprendi mais hoje, sobre como separar os materiais de forma certa”, contou a estudante.
Chico Bento, que já acumula cargos como o de embaixador da proteção das nascentes do Pantanal, agora virou também embaixador oficial do WWF-Brasil, ONG que desenvolve iniciativas voltadas para educação ambiental.
Com uma parceria firmada desde 2014, a ONG e a Mauricio de Sousa Produções fecharam a nova proposta de trabalho conjunto com o objetivo de promover ações de educação ambiental e conscientização em defesa da natureza.
A escolha do personagem para essa tarefa tem a ver com a trajetória do personagem, que em seus mais de 57 anos de história, traz mensagens de preservação da natureza e cuidados com o meio ambiente nos quadrinhos.
"Dessa forma garantimos que o recado seja passado da maneira mais eficaz possível, de forma lúdica e didática. Esse convite ao Chico Bento como embaixador, é uma forma de demonstrar que a natureza ao nosso redor merece todo respeito, cuidado e carinho, valores que são demonstrados sempre pelo personagem. É preciso demonstrar nosso amor e proximidade com toda a natureza que está ao nosso redor", diz Mauricio de Sousa, desenhista e criador do personagem.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.