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eduardo paiva
Uma decisão liminar da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso de Niterói, no Rio de Janeiro, concedeu à prefeitura o direito de proibir a entrada de três vereadores em escolas da rede municipal sem autorização formal da Câmara e aviso prévio à Secretaria de Educação. A medida, expedida no dia (15) também veta a realização de filmagens, registros e publicações de imagens de crianças e adolescentes no ambiente escolar.
Os parlamentares Eduardo Paiva e Fernanda Loubach, do PL, e Professor Túlio, do PSOL, são os alvos da liminar. Em suas manifestações, eles afirmam que a ação judicial representa uma tentativa do governo municipal de impedir a fiscalização e ocultar problemas da rede pública de ensino.
O município argumentou em juízo que os vereadores realizavam visitas em horário de aula, acompanhados de terceiros não identificados, e registravam imagens sem a autorização dos responsáveis pelos alunos. Segundo a administração, essa conduta gerava "tumulto e insegurança" e descumpria a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A prefeitura apresentou como prova comunicados de diretores, vídeos e relatos de servidores, que demonstram "invasões sucessivas" e episódios que, de acordo com a magistrada, chegaram a envolver a presença de policiais armados nas portas das escolas, provocando pânico entre os estudantes.
Em sua decisão, a juíza destacou que a medida busca proteger os direitos fundamentais das crianças e adolescentes, sem interferir na função fiscalizadora do Legislativo.
O vereador Professor Túlio atribuiu a ação ao que chamou de "desespero do secretário Bira Marques" em tentar esconder o que classifica como caos na educação. "Em nossas postagens e visitas, não há qualquer exposição de alunos e servidores. Temos sempre esse cuidado de não expor imagens de crianças e adolescentes. Sempre acessamos as escolas dando prévio aviso às direções, de maneira tranquila e sem atrapalhar a rotina escolar. O que gera problemas é a má gestão de Bira Marques, marcada por falta de profissionais, ratos e baratas nas escolas, degradação das condições de trabalho dos educadores, falta de vagas e indícios de desperdício de dinheiro público com contratações questionáveis", afirmou.
Eduardo Paiva disse receber denúncias diárias sobre a situação das unidades de ensino. "Chegam denúncias todos os dias. São problemas sérios de estrutura que eu mostro nos vídeos. Tive que arquivar porque a Justiça mandou, mas aquilo é verdade. Não é invenção quando você chega à escola e vê fios expostos, brinquedos quebrados, crianças no pátio por falta de professores. Os vereadores estão sendo cerceados no direito de fiscalizar. Isso é o fundo do poço. O que está por trás disso são os contratos milionários da educação que vêm sendo expostos", declarou.
Já a vereadora Fernanda Loubach contestou a alegação da prefeitura de que as fiscalizações não tinham autorização da Câmara. "A prefeitura está me perseguindo para tentar me calar. Estou lutando por crianças com deficiência, que sofrem com a falta de professores e de respeito dentro das escolas municipais. Estão mais preocupados em me processar do que em resolver os problemas que denunciei. Tudo isso é muito estranho, ainda mais vindo logo depois do movimento que estamos fazendo pela abertura da CPI da Educação. O que eles querem esconder?", questionou.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Flávio Bolsonaro
"Uma parte da imprensa, que já tem má vontade com a gente e adora defender traficante de drogas, inventa que eu estou defendendo que se taque bombas na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Eu fico revoltado com essa defesa de traficantes, porque eu sei que é o dinheiro desses caras que é usado para comprar a pistola que vão apontar para a nossa cabeça no sinal de trânsito para ser assaltado no Rio de Janeiro".
Disse o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ao reagir às críticas recebidas após publicar, na véspera, uma mensagem no X (antigo Twitter) sugerindo que os Estados Unidos realizassem ataques a barcos de traficantes no Rio de Janeiro.