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Vencedor de três das principais categorias da Academia (filme, direção e roteiro) além da de filme internacional, "Parasita" sintetiza as décadas de investimentos públicos no mercado audiovisual da Coréia do Sul. O segmento é visto, desde a década de 1990, como estratégico para o desenvolvimento do país e a conquista de novos mercados.
O setor conta com o Korean Film Council (KOFIC) desde 1973. vinculado ao Ministério da Cultura, Esporte e Turismo do país, ele é um conselho responsável por elaborar políticas de apoio ao mercado audiovisual sul-coreano através de investimento, pesquisa, capacitação e promoção dos filmes no mercado interno e no exterior.
Há, pela KOFIC, a administração de um projeto de incentivo e desenvolvimento da indústria cinematográfica, que que arrecada 3% do valor dos ingressos. Em 2020, de acordo com O Globo, o orçamento para o fundo de incentivo ao mercado cinematográfico da Coreia é de US$ 85 milhões, segundo informações do Centro Cultural Coreano no Brasil. Este fundo é utilizado para investimento a produção de filme, a distribuição e a educação aos profissionais da área.
Uma política de cotas de telas também é adotada no país, desde os anos 1960 - época em que o país passava por uma ditadura que fazia um controle rigoroso de produtos estrangeiros. Em média os filmes nacionais ocupam cerca de 30% do mercado.
Para efeito de comparação, o Brasil regulamentou no ano passado as regras para a reserva de mercado para filmes nacionais, na qual o período varia de acordo com o tamanho das empresas exibidoras: empresas com apenas uma sala são obrigadas a exibir filmes brasileiros por 27 dias, enquanto as que tenham a partir de 201 salas devem dedicar 57 dias de sua programação ao cinema nacional.
A proteção ao mercado local e o investimento fizeram com que a indústria cinematográfica sul-coreana se tornasse a quinta maior do mundo, com um faturamento de R$ 6,7 bilhões. As cerca de três mil salas de cinema do país, das quais 80% estão em multiplexes, acumularam 216 milhões de espectadores no ano passado.
Para o cônsul e adido cultural do Centro Cultural Coreano no Brasil, Young Sang Kwon, "a premiação de "Parasita" foi uma glória não só para Coreia, mas para todo o mercado cinematográfico dos países da Asia". "Por outro lado, isso traz um novo desafio para o cinema coreano. O mercado está se deparando com grandes mudanças, com o surgimento de plataformas como Netflix, os webdramas etc", ressaltou, dizendo que para os filmes coreanos se tornem o centro desse cenário, é preciso que se adaptem ao novo mercado de conteúdos culturais.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Ciro Nogueira
"A única pessoa que não pode perder essa próxima eleição é o Bolsonaro, e ele não vai arriscar. Tire as conclusões. O Tarcísio é candidato, se tiver o apoio do Bolsonaro. O Lula nem disputa com o Tarcísio".
Disse o presidente nacional do Progressistas (PP), senador Ciro Nogueira (PI) ao afirmar que Jair Bolsonaro (PL) só deveria anunciar um nome para concorrer às eleições presidenciais de 2026.