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Um dos principais nomes do Axé Music, Tonho Matéria é autor de grandes clássicos do ritmo carnavalesco baiano. Compositor de canções que embalam e marcaram a trajetória de cantores a exemplo de Bell Marques, Durval Lelys, Olodum entre outros, o artista revelou em entrevista à Rádio Antena 1 Salvador alguns fatos pitorescos sobre o processo de composição dessas músicas.
Uma delas é “Olha o Gandhi Aí”, interpretada por Daniela Mercury, e presta homenagens ao bloco Filhos de Gandhy. Segundo Tonho, a ideia de escrever a canção surgiu em casa, quando sua esposa insistiu para que ele fosse assistir o documentário de José Lino de Almeida, que retrata sobre a história do bloco carnavalesco.
“Na televisão estava passando um documentário de Lino Almeida. Minha mulher, me chama e diz: ‘Olha o Gandhy aí’, está aqui na televisão, vem aqui ver. [Falei a ela] que iria ver depois. Ela falou ‘vem logo, olha o Gandhy aqui’. Aí eu saí do quarto ‘Olha o Gandhy aí’, cantando esse trecho. E ela é minha parceira, eu coloquei ela como parceira”, explicou Matéria no programa Bahia Notícias no Ar, apresentado por Rebeca Menezes e Maurício Leiro, na 100.1 FM.
O músico ainda contou sobre o processo de construção musical de algumas de suas obras. Conforme Tonho, suas produções nascem dessas narrativas, de forma espontânea, baseada ou inspirada em fatos que ocorreram em sua vida.
“Todas as minhas músicas têm essa narrativa. Eu não sei se eu sempre tava fazendo uma música de qualquer jeito, inventando motivos. 'Vieram Três Pra Bater No Negro' mesmo, que é uma música que hoje virou uma febre das redes sociais, é uma composição de capoeira, que há muitos anos gravei isso. E agora a juventude descobriu”, compartilhou.
Outro clássico do vocalista e capoeirista, “Menina Me Dá Seu Amor”, eternizada na voz de Bell, surgiu durante o Carnaval ao compositor ver uma placa levantada para o ex-chicleteiro com a frase ‘Daqui do alto eu te beijo’
“Menina Me Dá Seu amor, eu estava em cima de um trio elétrico, e de repente, olhando para cima, o que me chamou a atenção, era que Bell naquela época, estava estourado demais. Olhei para cima, vi várias placas escritas ‘Bell, eu te amo’, e uma dizia assim ‘Daqui do alto eu te beijo’. Aí eu fiquei com aquilo na cabeça comecei a criar em cima do trio algumas ideias e eu tinha um gravador pequeno e registrei algumas coisas. Depois do Carnaval fui para o estúdio de Wesley Rangel e encontro com Bell na escada. Falei com ele que estava com uma ideia para a gente fazer uma música. Cantei e ele disse que era boa e me convidou para fazer essa música e marcamos para irà casa dele. Só que quando cheguei lá estava com outras duas ideias. Uma música pronta era Se me chamar eu vou, que é uma música minha e de Buziga”, comentou.
Ele ainda explicou como nasceu a música “Durvalino Meu Rei”, cantada por Bell em homenagem a Durval Lelys.
“Quando cheguei em Vitória da Conquista, de madrugada para sair para tocar, quando cheguei, vi Durval. Ele começou a ficar conversando e eu querendo ir tocar. Aí pensei, meu irmão, deixe de milonga. Adiante aí e fiquei com aquilo na cabeça. Esse cara vai ser Durvalino, meu rei. E aí escrevi uma ideia e essas duas ideias eu fiz com o Bell. Aí Bel malandramente fez assim, meu irmão eu vou gravar ‘Se me Chamar Eu Vou e Menina Me Dá Seu Amor’ nesse disco aqui. E no próximo disco eu vou colocar Durvalino, meu rei. Eu falei a ele que não, que era para botar as três logo. Mas ele disse que não, que se essas duas fizessem sucesso, eu teria dado mais uma [canção] para o próximo disco, foi uma estratégia dele”
Durante uma entrevista concedida a Sarah Oliveira no programa “Minha Canção”, da Rádio Eldorado, Marisa Monte revelou que tem uma parceria inédita com Cássia Eller guardada a sete chaves. A revelação se deu após a apresentadora questionar se ela chegou a conhecer a artista, que morreu em 2001.
“Pessoalmente, muito, muito, muito. Era uma grande cantora, grande intérprete, grande artista. Então, assim, a gente se encontrava, eu ficava impressionada com o fato da Cássia não compor, né? Então, eu ficava provocando ela pra ela me mandar melodias, porque eu queria fazer música com ela, e eu ficava: 'Cássia!'. Porque tem essa coisa, cantora que não compõe fica pedindo repertório, tentando conseguir. E eu ficava: 'Cássia!'. Ela tocava todos os instrumentos, cantava pra caramba, e eu 'Cássia, me manda aí!'. E ela me mandou e a gente chegou a fazer uma música, começar uma música com uma melodia dela bem bonita. Ela não está totalmente pronta, mas é bem bonita”, contou Marisa Monte, acrescentando que pretende um dia gravar a canção.
Apesar de ainda não ter chegado ao público a parceria inédita da dupla, Cássia já gravou canções compostas por Marisa, a exemplo de "Palavras ao vento", "E.C.T." e "Um branco, um xis, um zero".
Autora do hit “Era Uma Vez”, conhecido pelo trecho do “joelho ralado dói bem mais que um coração partido”, a cantora e compositora Kell Smith lançou, nesta quarta-feira (7), uma imersão em composição e desbloqueio criativo.
Voltada para artistas independentes, a iniciativa irá selecionar uma pessoa para compor em parceria com a artista. O conteúdo mostra as ferramentas utilizadas por Kell Smith em seu processo de composição, além de conceitos de mercado, desbloqueio criativo e conhecimentos essenciais para criar sua própria receita de sucesso.
"Essa imersão representa todo meu amor e gratidão por viver para música e de música. Nele, eu divido meu manual de sobrevivência e vivência. São reflexões e aprendizados capazes de me manter com leveza, segurança, sucesso e realização na minha carreira e vida", explicou a cantora.
O curso, que terá cinco módulos e estará disponível na plataforma Sympla Play, possibilitará uma interação real com a artista através de um grupo fechado. A inscrição custa R$ 299 (clique aqui).
A cantora e multi-instrumentista baiana Thathi lançou nesta terça-feira (2), o seu mais novo single, "Não sei se te contei", com a presença especial do músico Herbert Viana, líder dos Paralamas do Sucesso.
A canção, que já está disponível em todas as plataformas digitais, foi escrita pela própria Thathi e remonta um momento inusitado dela com Herbert. “Eu estava testando algumas guitarras, ele passou, ouviu e voltou para elogiar. Pediu uma guitarra para o vendedor e começou a fazer um som comigo. Foram algumas horas de muito papo e músicas, virou uma Jam Session”, conta Thathi.
No final do encontro, os artistas trocaram presentes e uma semana depois Herbert convidou Thathi para um show do Paralamas no Rio de Janeiro, durante a conversa indo para o evento, Herbert usou diversas vezes a expressão “não sei se te contei, mas queria que você soubesse”.
Inspirada, depois da conversa, a baiana começou a compor a música. Durante o processo de composição, Thathi recebeu a visita do amigo J. Velloso, que trouxe para a canção uma frase da sua avó, Dona Canô: “As pitangueiras não estão mais dando, mas as mangas estão caindo".
Depois dessa nova amizade com Herbert, Thathi fez alguns shows com Os Paralamas, e na primeira oportunidade, falou pra ele da canção que havia feito, inspirada no encontro que tiveram e de imediato ele disse que gostaria de participar. E agora chegou a vez de ouvir esse feat. “Foi mais do que compor e lançar uma nova música. Foi um presente do acaso, que nos encontra em qualquer circunstância da vida e que, de um despretensioso riff de guitarra numa loja de instrumentos, pode sair uma parceria para além dos palcos e um sonho realizado”, diz a artista.
O cantor e compositor baiano Tom Zé entrou com uma representação judicial junto com José Miguel Wisnik contra a deputada federal bolsonarista Carla Zambelli. A ação do iraraense aconteceu após a parlamentar usar "Xiquexique", uma música composta por ele e Wisnik, para exaltar o presidente Jair Bolsonaro em uma publicação nas redes sociais.
“Neusa (mulher de Tom Zé) até chorou. Mas como se diz no Nordeste, o povo da roça fala até pro cão: ‘Deus abençoe’, contou Tom Zé à coluna de Sonia Racy no Estadão.
A ideia de entrar com a representação foi da produtora Paula Lavigne, a quem o músico baiano recorreu. “Paula é minha madrinha, tanto é que fica sempre soprando para Caetano falar bem de mim, dizendo: ‘Diga que ele é um gênio’ (risos)”.
Miguel Wisnik, diz acreditar que o uso da composição pela deputada federal "trata-se de uma operação de alavancagem de Bolsonaro no Nordeste, que quer tomar carona na nossa composição". Ele chegou a repudiar, em um vídeo publicado no último fim de semana, o uso do trecho da música por Zambelli.
“Estou falando aqui em meu nome, em nome do meu parceiro, Tom Zé, em nome do grupo corpo, para repudiar e denunciar o vídeo postado pela deputada Carla Zambelli, que utiliza nossa composição "Xiquexique", feita para o espetáculo do grupo Corpo, chamado Parabelo", disse ele.
"O vídeo procura construir a imagem de suposta ampla aceitação de Jair Bolsonaro no Nordeste, região onde sabemos ele foi derrotado em todos os estados nas últimas eleições presidenciais", afirmou.
O pernambucano Alceu Valença revelou a história de uma de suas canções de maior sucesso, “Anunciação”, em depoimento ao programa “Ao Vivo no Soma”, que será exibido no dia 10 de setembro, às 21h, no canal por assinatura Music Box Brasil.
“Comecei a compor na frente dela [namorada] com uma flauta que eu comprei em Porto Alegre de um hippie malucão. Eu aprendi tocar sozinho, era uma flauta transversa. Na minha casa em Olinda, eu começava a andar pela rua. Aí olhei o Mosteiro de São Bento perto de casa, tocando pela rua. Fui no quintal e ela disse que a música era linda. Eu perguntei qual e ela disse a que eu estava está tocando. Aí eu peguei e escrevi na hora. Se ela não tivesse me dito que era bonita, eu tinha perdido a música”, lembrou o artista.
Alceu Valença - "Anunciação":
Conhecida em todo país após o sucesso da canção “Trem Bala”, a jovem cantora e compositora paranaense Ana Vilela (19) desembarcou pela primeira vez em Salvador nesta terça-feira (9) (clique aqui). Na ocasião, que marca também sua estreia no Nordeste, o público baiano pôde conferir um pouco do repertório autoral da artista, além de sucessos da música popular brasileira que fazem parte de suas influências, a exemplo de Legião Urbana e Paralamas do Sucesso.
Ana Vilela começou a compor cedo, aos 12 anos, mas foi em 2016, em um intervalo de seis meses, que o anonimato deu lugar à fama quase instantânea. “Aconteceram umas coisas comigo num sentido ruim em 2015, que foi um ano bem tenso. Foi o término de um relacionamento, eu me afastei dos meus amigos, enfim, eu me fechei muito. Então, depois desse período, em 2016, eu comecei a prestar mais atenção a algumas coisas e aconteceu de eu compor a música. E aí eu mandei para uns três e amigos e eles mandaram para outras pessoas e a música viralizou assim, de forma muito orgânica”, lembra Ana Vilela, sobre o processo de composição da música que carrega em seus versos questões existenciais como a relação entre pais e filhos, a efemeridade e os pequenos prazeres da vida.
Veja o encontro musical entre Ana Vilela e o ídolo Luan Santana:
A simplicidade de versos como “Segura teu filho no colo/ Sorria e abrace teus pais/ Enquanto estão aqui/ Que a vida é trem-bala, parceiro/ E a gente é só passageiro prestes a partir” conquistou o público brasileiro e internacional, rendendo regravações em idiomas como inglês, espanhol, francês, italiano e japonês. “Trem Bala” agradou também a muitos famosos, como a Gisele Bündchen, Luiza Possi e o padrinho musical Luan Santana, que chegou a dividir os vocais com Ana Vilela em uma versão que virou música-tema de novela. O encontro dos dois aconteceu através da produção de um programa de TV. “Foi uma surpresa. Eles levaram o Luan até mim, sabendo que eu era muito fã dele, desde os 12, 13 anos. E, cara, é uma sensação maravilhosa. Ver seu ídolo cantar sua música não tem preço. E ele é um cara muito do bem, ele topou na hora fazer e a gente tem trabalhado juntos. Agora estamos com a música em Malhação, então a gente meio que acabou trabalhando juntos assim meio que sem querer com essa história toda da música. Mas ele é muito legal, muito incrível, muito maravilhoso!”, disse Ana Vilela, em entrevista ao Bahia Notícias.
Confira a versão de Gisele Bündchen:
Sobre o interesse da top model, que pediu autorização para cantar e compartilhar sua versão de “Trem Bala” em voz e violão, a jovem compositora é enfática. “A Gisele é uma das coisas mais absurdas que me aconteceu!”, disse Ana Vilela, destacando a projeção da modelo brasileira no mundo. “Ela é uma pessoa muito grande, muito expressiva, internacionalmente falando. Foi muito louco ver uma pessoa desse tamanho cantando a minha música. Eu falei ‘meu, ela segue, sei lá, Beyoncé no Instagram!’. E pegar uma música minha pra cantar, chega a ser surreal”, diz Ana, que está fechando contrato com a gravadora Som Livre, e já se prepara para lançar um livro ilustrado sobre a música, além de novos singles e seu primeiro CD. Além da canção que lhe rendeu o sucesso, o álbum terá outras músicas autorais e uma regravação. Já o livro, que conta com ilustrações e projeto gráfico de Anna Cunha, tem sido viabilizado através de financiamento coletivo, com conclusão prevista para o fim de maio (clique aqui para colaborar).
Gilberto Gil divulgou, nesta terça-feira (21), a letra de uma nova música, em homenagem a Sereno, seu décimo neto, filho de Bem Gil com a cantora Ana Cláudia Lomelino. “Composição feita em parceria com o filho Bem Gil para o 10º netinho que hoje completa uma semana”, escreveu o artista baiano em suas redes sociais. “"Vovô gostou do nome Sereno / Vovô gostou do nome Sereno / Tem mais dois aqui / Tem mais dois aqui / Tem mais dois irmãos pra te curtir", diz trecho da canção.
"Vovô gostou do nome Sereno..."
— Gilberto Gil (@gilbertogil) 21 de março de 2017
Composição feita em parceria com o filho Bem Gil para o 10º netinho que hoje completa uma semana. #Serenou pic.twitter.com/3BzCKeLvuZ
'O público vai dizer o caminho que nós vamos seguir', afirma João Bosco sobre shows em SSA
Com mais de 10 álbuns lançados, é compreensível a dificuldade do músico em definir um repertório específico, mas alguns clássicos, como "Papel Machê” – composição feita em parceira com o baiano José Carlos Capinam – e “O Bêbado e o Equilibrista” estão garantidos nos setlist. Fora isso, Bosco ressalta que tudo depende da interação com o espectador. "O público é que vai dizer qual é o caminho que nós vamos seguir", resume. Essa conexão, inclusive, é o ponto forte do projeto, que mescla canções com um bate-papo com a plateia para que os músicos se abram sobre o seu processo de criação. "É interessante porque eu, por exemplo, não sou aquele compositor ou ator que toma nota de alguma coisa. Eu não tomo nota de nada. Eu trabalho muito à noite, que é a hora que o telefone para de tocar. Aí eu fico muito à disposição das ideias e com meu violão até às 3h, 3h30 da manhã diariamente", adianta.
João Bosco encerra temporada do Palco Brasil | Foto: Divulgação
Serviço:
O quê: Palco Brasil
Quem: João Bosco
Quando: 1º e 2 de outubro, às 17h e 20h (dois shows por dia)
Onde: Caixa Cultural Salvador - Rua Carlos Gomes, 57, Centro – Salvador (BA)
Valor: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)
'O público vai dizer o caminho que nós vamos seguir', afirma João Bosco sobre shows em SSA
Com mais de 10 álbuns lançados, é compreensível a dificuldade do músico em definir um repertório específico, mas alguns clássicos, como "Papel Machê” – composição feita em parceira com o baiano José Carlos Capinam – e “O Bêbado e o Equilibrista” estão garantidos nos setlist. Fora isso, Bosco ressalta que tudo depende da interação com o espectador. "O público é que vai dizer qual é o caminho que nós vamos seguir", resume. Essa conexão, inclusive, é o ponto forte do projeto, que mescla canções com um bate-papo com a plateia para que os músicos se abram sobre o seu processo de criação. "É interessante porque eu, por exemplo, não sou aquele compositor ou ator que toma nota de alguma coisa. Eu não tomo nota de nada. Eu trabalho muito à noite, que é a hora que o telefone para de tocar. Aí eu fico muito à disposição das ideias e com meu violão até às 3h, 3h30 da manhã diariamente", adianta.
João Bosco encerra temporada do Palco Brasil | Foto: Divulgação
Serviço:
O quê: Palco Brasil
Quem: João Bosco
Quando: 1º e 2 de outubro, às 17h e 20h (dois shows por dia)
Onde: Caixa Cultural Salvador - Rua Carlos Gomes, 57, Centro – Salvador (BA)
Valor: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)
Presser descreveu sua composição como "uma das canções pop mais amadas de todos os tempos na Hungria e no leste da Europa". O músico pede, no mínimo, US$ 2,5 milhões de dólares de indenização por violação de direitos autorais. Presser afirma que não tomou conhecimento do uso da música até receber um e-mail de um advogado de West. Segundo o húngaro, a mensagem dizia que o rapper "gostaria de fazer um acordo o mais rápido possível", lhe dando apenas 24 horas para responder.
De acordo com o processo, os representantes de West chegaram a enviar um cheque de US$ 10 mil dólares para Presser, mas ele nunca descontou. "Kanye West fez uso impróprio da composição do demandante sabida e intencionalmente", diz a ação. "Depois que seu roubo foi descoberto, os réus se recusaram a lidar de forma justa com o demandante", acrescenta.
Nota de Repúdio a João do Morro
Durante esta semana, chegou ao conhecimento do Setorial de Mulheres do Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras, a denúncia sobre a composição de João Morro, referente à Presidenta da República, Dilma Rousseff.
Precisaremos nesta nota, relatar alguns trechos escritos, para que cheguem ao conhecimento do maior número de pessoas as atrocidades ditas, mesmo que nos agrida violentamente: "Eu votei 'num' cara pra ser o presidente, mas quem ganhou foi Dilma pra botar no c* da gente." "Meu Santo Antônio, urgentemente, arruma um macho pra ela pra Dilma parar de foder com a gente." "Quem votou em Dilma, tem que tomar no c*”.
Não podemos chamar de música, nem qualquer outra obra ligada à arte, algo que ofenda, constranja e exponha, viole direitos humanos e agrida verbalmente qualquer pessoa.
Quando um homem coloca a condição de felicidade (neste caso, de boa administração pública), condicionada a presença de um homem, ele não só tira a sua credibilidade quanto mulher (e gestora), como afirma que só sob a proteção de um homem, seremos felizes e eficazes.
João do Morro não faz ideia da transformação social que o país dele atravessa. “Em 2000, as mulheres comandavam 24,9% dos 44,8 milhões de domicílios particulares. Em 2010, essa proporção cresceu para 38,7% dos 57,3 milhões de domicílios – um aumento de 13,7 pontos percentuais” Via IBGE. Outro dado que precisamos reafirmar aqui, é que essas mulheres comumente são abandonadas pelos homens, pais dos seus filhos e se veem diante da imensa responsabilidade manter um lar. Mais um ponto para o governo petista, agora já nas mãos da Presidenta Dilma: as casas do Programa Minha Casa Minha Vida, agora ficam nos nomes das mulheres, facilitando assim, o empoderamento e o encerramento dos ciclos de violência, muitas vezes baseado no patrimônio.
Muito nos espanta que João do Morro, homem negro, que cresceu no Bairro recifense de Casa Amarela, não tenha conhecimento dos avanços proporcionados por esta gestão, bem como a gestão petista do ex prefeito João Paulo Lima e do ex prefeito João da Costa, que tanto lutaram para atender o bairro citado.
Assim, só podemos caracterizar o ocorrido de uma maneira: oportunismo. E aproveitamos o momento para lhe garantir: não silenciaremos diante da sua agressão direcionada à Presidenta Dilma, porque somas todas unidas em nome de uma causa. A luta contra a violência é nossa bandeira comum.
O referido cidadão, além de ofender moralmente às mulheres, incita o crime de estupro. A relativização da violência nos dirá que não, que é apenas uma forma de expressão, mas quando esta liberdade agride e propõe publicamente resposta em forma de violência, ela deve ser combatida.
Vimos através desta nota, defender o direito do povo ao protesto, seja ele contra o governo, seja ele contra a oposição. A voz das pessoas não pode e não será silenciada. O setorial de mulheres do Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do estado de Pernambuco tem análises duras a este modelo de governo, as faz e em qualquer momento, impedirá qualquer membro de emitir opinião, de forma plural, democrática e que respeite os princípios do respeito e da construção popular.
Continuaremos de pé, enfrentando as raízes do patriarcado, pautadas no sistema capitalista, que prioriza as relações de poder de supremacia masculina. Não permitiremos que nossas atuações políticas estejam ligadas às nossas escolhas sexuais, tampouco que sejamos avaliadas por nossas relações pessoais. Toda forma de opressão será combatida.
Nosso inimigo tem nome. O machismo, que mata milhares de mulheres ao ano e coloca o Brasil em 5° lugar entre os países que mais agridem mulheres. Sabemos que incitações à violência da forma como esta foi apresentada, contribui para a normalização dos crimes contra a mulher e nos coloca como responsáveis pelas agressões que sofremos. Não somos. Não aceitaremos ser.
Convidamos o cidadão João do Morro a entender um pouco mais sobre um dos crimes que mais mata no mundo e repudiamos aquilo que ele chama de liberdade de expressão, a caracterizando como agressão.
As mulheres do Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras seguirão na luta e dela não sairão.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Tiago Correia
"Na verdade o medo deles é que Neto seja o candidato. Ele é o mais competitivo e que lidera as pesquisas. Na eleição passada eles fizeram o mesmo".
Disse o deputado estadual e líder da oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Tiago Correia (PSDB) ao comentar os rumores de que o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União), poderia desistir de disputar o governo da Bahia em 2026.