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carol de toni
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, se tornou um dos principais alvos da oposição ao governo Lula neste recomeço de atividades do Congresso Nacional após a paralisação por conta do feriado de Carnaval. Depois de ter seu nome como foco até mesmo de pedidos de impeachment na Câmara, agora os oposicionistas ingressaram com pedidos em diversos órgãos para que a ministra seja investigada por desvio de recursos públicos.
Os novos pedidos foram apresentados pela nova líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Caroline De Toni (PL-SC). A deputada, que em 2024 foi presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), protocolou representação formal contra Margareth Menezes na Controladoria-Geral da União (CGU), no Tribunal de Contas da União (TCU) e no Ministério Público Eleitoral (MPE), com pedidos de investigação e responsabilização.
A deputada do PL cita em seu pedido algumas denúncias contra a ministra da Cultura, como o fato dela ter recebido R$ 640 mil em cachês pagos por prefeituras que recebem verba do governo federal. Recentemente, a Comissão de Ética da Presidência da República flexibilizou regra que proibia a ministra de receber valores custeados por recursos federais.
A cantora Margareth Menezes faturou mais de R$ 640 mil durante o Carnaval de 2025, com contratos firmados pelas prefeituras de Salvador e Fortaleza. Ao todo, Margareth realizou sete apresentações pelo país entre os dias 27 de fevereiro e 3 de março.
Os shows aconteceram na Bahia e no Ceará, sendo três deles financiados pelas prefeituras, três com o apoio do Governo da Bahia e um privado. Não há informações sobre o valor pago pelas apresentações da ministra no Bloco Os Mascarados, em 27 de fevereiro (quinta-feira); no Trio da Cultura, em 1º de março (sábado); e no Show do Oscar do Carna Pelô, em 2 de março (domingo).
Carol de Toni pede investigação também sobre reportagens que teriam revelado que o Programa Nacional de Comitês de Cultura (PNCC) do governo tem sido usado para fortalecer aliados do Partido dos Trabalhadores (PT) e partidos de esquerda. A deputada do PL afirma que boa parte dos R$ 58,8 milhões da verba do Programa Nacional de Comitês de Cultura (PNCC) estariam sendo usados para favorecer aliados do PT.
“Não vamos deixar barato! Exigimos a investigação e responsabilização de todos os envolvidos!”, afirma a deputada do PL de Santa Catarina em postagem nas redes sociais.
Em entrevista recente na Jovem Pan, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, defendeu-se das acusações de irregularidades, afirmando que todas as suas ações foram pautadas pela legalidade. A ministra afirmou que consultou as instâncias internas do governo antes de aceitar as apresentações e que não é a primeira ministra da Cultura a também ser artista.
Margareth Menezes destacou na entrevista que, em todas as ocasiões, buscou orientação do Comitê de Ética, que não identificou irregularidades em suas ações. Ela argumentou que sua atuação como artista é parte integrante de seu trabalho, e enfatizou que a decisão de se apresentar foi tomada com base em pareceres internos que garantiram a legalidade de suas ações, reforçando sua confiança na lisura do processo.
“Peça de ficção”. Assim foi chamada pelos deputados e senadores de oposição ao governo Lula a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 33 pessoas. Os parlamentares realizaram uma coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (19), no Salão Verde da Câmara dos Deputados.
Parlamentares como o líder da oposição na Câmara, deputado Coronel Zucco (PL-RS), disseram que desde o início do governo Lula, foi iniciada uma “perseguição implacável” aos políticos e influenciadores de direita. Para o deputado do PL gaúcho, a denúncia apresentada pela PGR representaria, portanto, mais um degrau no que ele chamou de “escalada criminosa contra a liberdade”. úncia pela suposta tentativa de golpe de Estado representa mais um degrau nessa escalada criminosa contra a liberdade”.
“Trata-se de uma série de acusações desprovidas de evidências concretas que sustentem as graves acusações imputadas. Uma verdadeira peça de ficção, uma denúncia encomendada para gerar um resultado que todos já conhecem. Denúncia essa baseada em delações e presunções. Ao longo do processo, o delator foi alterando e omitindo fatos, situação mais do que suficiente para anular a delação”, disse o líder da oposição.
Zucco e um grupo de parlamentares se reuniu nesta manhã com Bolsonaro, para reforçar o apoio do PL ao ex-presidente. O encontro acabou gerando um mal-estar na bancada, já que a reunião se deu no apartamento funcional do deputado gaúcho, e poucos deputados da oposição e do PL foram chamados.
Na manifestação realizada no Salão Verde da Câmara, um dos discursos mais contundentes foi feito pela deputada Caroline de Toni (PL-SC), aliada de Bolsonaro e que presidiu no ano passado a Comissão de Constituição e Justiça. A deputada catarinense disse que a denúncia é uma “narrativa construída” para intimidar a direita no Brasil, e que o STF não é mais um tribunal jurídico, e sim um tribunal político.
“Essa denúncia está baseada em uma única evidência, que é a delação de Mauro Cid, que teve idas e vindas, altos e baixos e mudanças na narrativa. É uma prova frágil. Na verdade é mais uma estratégia orquestrada pelo sistema para destruir Bolsonaro politicamente. Eles são a lei agora. Alexandre de Moraes é a lei. Ele prende quando quiser, ele solta quando quiser. Vocês acham mesmo que em um estado democrático de direito, essa prova seria válida? Essa prova não vale. É uma aberração jurídica. É para incriminar toda a oposição no país”, disse De Toni.
Da mesma forma, o senador Rogério Marinho (PL-RN) classificou a denúncia da PGR como uma “trama mirabolante”. O senador afirmou que a oposição é vítima de perseguição por criticar a integridade das urnas eletrônicas e rejeitou que o processo seja isento.
“Vejam o inusitado da trama: é apoiada na delação de um cidadão que depôs várias vezes para corrigir informações”, disse. “Como crer na isenção desse processo?”, disse o senador.
“Nós não somos favoráveis a depredação de prédios públicos, ao vandalismo, a invasão de prédios públicos. Achamos que quem fez e foi privado através da individualização de culpas, deve ser responsabilizado, mas não com 17 anos, não com 14 anos”, completou Marinho.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Capitão Alden
"Estamos preparados, estamos em guerra. Toda e qualquer eventual postura mais enérgica, estaremos prontos para estar revidando".
Disse o deputado federal Capitão Alden (PL) sobre possível retirada à força da obstrução dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional.