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Após sofrer um choque durante a partida e deixar a Arena Fonte Nova de ambulância, o volante Caetano, do Jequié, realizou um exame de tomografia que constatou um trauma na cervical. Ele se machucou no final do primeiro tempo da goleada sofrida pelo Jipão para o Bahia por 4 a 1, neste sábado (16), pelo jogo de volta da semifinal do Baianão.
Caetano foi encaminhado para Hospital Geral do Estado. Ele passa bem, está consciente e consegue mexer os braços e as pernas. No entanto, o atleta só deverá ter alta após realizar uma ressonância para saber o grau da lesão.
O lance aconteceu aos 40 minutos da etapa inicial. Após cobrança de escanteio de Juba, Caetano levou a pior na disputa de bola aérea com o zagueiro David Duarte e caiu no chão. A jogada prosseguiu, Biel fez o cruzamento e Estupiñán abriu o placar para o Tricolor. No entanto, o atleta do Jipão permaneceu deitado e os médicos entraram em campo. Em seguida a ambulância foi chamada para retirá-lo do gramado.
Com a derrota, o Jequié acabou sendo eliminado do Baianão. A equipe termina a competição na quarta colocação geral e como não tem calendário para o restante do ano, só voltará a jogar na próxima temporada. Já o Bahia, avançou para a final e conhecerá seu adversário após definição do confronto entre Vitória e Barcelona de Ilhéus, neste domingo (17), às 16h, no Barradão.
Os artistas baianos Caetano Veloso, Ivete Sangalo, Gilberto Gil e Luedji Luna se reuniram nesta quinta-feira (30), durante um ensaio geral para o show que celebra o aniversário de 474 anos de Salvador. O evento acontece neste domingo (2), no Farol da Barra, e promete muitas surpresas durante o encontro dos artistas. “Tá ficando lindo!”, destacou Caetano nas redes sociais.
Na apresentação, que marca o encerramento do Festival da Cidade, os baianos cantam juntos a partir das 20h. O show será transmitido ao vivo pela TV Globo e terá exibição completa pelo Multishow e Globoplay.
Para o repertório, que ainda não foi oficialmente divulgado, é possível ter um spoiler com base nos vídeos que vêm sendo publicados nas redes sociais dos artistas. “A Fé Não Costuma Faiá”, “Odara”, “Palco”, “Vamos Fugir” e “A novidade” estão entre as canções ensaiadas.
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A cantora, compositora e multi-instrumentista Gal Costa, 75, recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19 nesta segunda-feira (15), em São Paulo. A artista compartilhou o momento em sua conta no Twitter e disparou: "Vacina sim! Viva o SUS [Sistema Único de Saúde]!".
Os seguidores comemoraram o fato. "Esse é um dos momentos mais felizes de toda minha vida. Te ver vacina, protegida, alivia minha alma. Você é luz, é o patrimônio brasileiro!", escreveu uma fã.
Na foto, a cantora aparece com o cartão de vacinação em mãos. Ela foi mais uma das integrantes do movimento tropicalista a ser imunizada. Os companheiros de "Doces Bárbaros", Caetano Veloso e Gilberto Gil foram vacinados nas últimas duas semanas (veja aqui e aqui).
O cantor e compositor Chico Buarque, o dramaturgo Zé Celso Martinez e o músico baiano Tom Zé foram outros membros da Tropicália que também receberam pelo menos a primeira dose da vacina contra a doença.
????????Vacina sim! Viva o SUS! #vivaosus pic.twitter.com/h7mKhBGRIe
— Gal Costa (@GalCosta) March 15, 2021
A Academia Latina da Gravação divulgou nesta terça-feira (29) a lista de artistas e trabalhos indicados ao Grammy Latino 2020 (veja aqui). E os baianos não deixaram de aparecer na seleta lista da premiação, que reconhece as melhores produções da indústria fonográfica latino-americana.
Dentre os nomes que aparecem na lista estão o de Maria Bethânia, que concorre na categoria de "Melhor álbum de Samba/Pagode" com "Mangueira, a menina dos meus olhos". Já o irmão da cantora, Caetano Veloso, foi indicado ao troféu de "Melhor álbum de Música Popular Brasileira" com o trabalho "Caetano Veloso & Ivan Sacerdote", em parceria com o claritenista Ivan Sacerdote.
Na categoria "Melhor álbum de música de raízes em língua portuguesa" quatro nomes baianos aparecem na lista concorrendo entre si: Mariene de Castro concorre com o "Acaso casa ao vivo", gravado com o pernambucano Almério; Targino Gondim com "Targino sem limites"; o Grupo Ofá com "Obatalá: uma homenagem a Mãe Carmen"; e Margareth Menezes com o seu disco "Autêntica".
Outro título bastante concorrido por baianos nessa edição do Grammy Latino é o de "Melhor música em língua portuguesa". "AmarElo", música de Emicida com a soteropolitana Majur e a drag queen Pabllo Vittar, e "Libertação", canção de Elza Soares, BaianaSystem e Virgínia Rodrigues, concorrem nesta categoria. "Pardo", faixa cantada por Céu e composta por Caetano, também foi indicada.
VEJA A LISTA COM OS PRINCIPAIS INDICADOS AO GRAMMY LATINO 2020:
Gravação do ano
"China" — Anuel AA, Daddy Yankee, Karol G
“Cuando Estés Aquí” — Pablo Alborán
“Vete” — Bad Bunny
“Solari Yacumenza” — Bajofondo Featuring Cuareim 1080
“Rojo” — J Balvin
“Tutu” — Camilo com Pedro Capó
“Lo Que En Ti Veo” — Kany García & Nahuel Pennisi
“Tusa” — Karol G & Nicki Minaj
“René” — Residente
“Contigo” — Alejandro Sanz
Álbum do ano
"YHLQMDLG" — Bad Bunny
"Oasis" — J Balvin & Bad Bunny
"Colores" — J Balvin
"Por Primera Vez" — Camilo
"Mesa para Dos" — Kany García
"Aire (Versión Día)" — Jesse & Joy
"Un Canto Por México, Vol. 1" — Natalia Lafourcade
"Pausa" — Ricky Martin
"La Conquista del Espacio" — Fito Páez
"Cumbiana" — Carlos Vives
Canção do ano
“ADMV” — Maluma
“Bonita” — Juanes & Sebastián Yatra
“Codo Con Codo” — Jorge Drexler
“El Mismo Aire” — Camilo
“For Sale” — Alejandro Sanz & Carlos Vives
“#ELMUNDOFUERA (Improvisación)” — Alejandro Sanz
“Lo Que En Ti Veo” — Kany García & Nahuel Pennisi
“René” — Residente
“Tiburones” — Ricky Martin
“Tusa” — Karol G & Nicki Minaj
“Tutu” — Camilo com Pedro Capó
Melhor artista revelação
Anuel AA
Rauw Alejandro
Mike Bahía
Cazzu
Conociendo Rusia
Soy Emilia
Kurt
Nicki Nicole
Nathy Peluso
Pitizion
Wos
Melhor canção "urban"
“Adicto” – Tainy, Anuel AA e Ozuna
“Muchacha” – Gente De Zona e Becky G
“Rave de Favela” – MC Lan, Anitta, BEAM e Major Lazer
“Rojo” – J Balvin
“Yo x Ti, Tu x Mi” – Rosalía & Ozuna
Melhor álbum instrumental
"Plays Daniel Figueiredo" — Leo Amuedo
"Cartografias" — Caetano Brasil
"Sotavento" — Compasses
"Festejo" — Yamandu Costa com Marcelo Jiran
"Terra" — Daniel Minimalia
Melhor canção em língua portuguesa
“A Tal Canção Pra Lua (Microfonado)” — Vitor Kley & Samuel Rosa
“Abricó-De-Macaco” — João Bosco
“AmarElo (Sample: Sujeito de Sorte – Belchior)” — Emicida com Majur & Pabllo Vittar
“Libertação” — Elza Soares & BaianaSystem com Virgínia Rodrigues
“Pardo” — Céu
Melhor álbum de pop contemporâneo em língua portuguesa
"N" — AnaVitória
"Enquanto Estamos Distantes" — As Bahias e a Cozinha Mineira
"APKÁ!" — Céu
"Guaia" — Marcelo Jeneci
"Eu" — Melim
Melhor álbum de rock ou de música alternativa em língua portuguesa
"AmarElo" — Emicida
"Little Electric Chicken Heart" — Ana Frango Elétrico
"Letrux aos Prantos" — Letrux
"Universo do Canto Falado" — Rapadura
"Na Mão as Flores" — Suricato
Melhor álbum de samba/pagode
"Mangueira - A Menina dos Meus Olhos" — Maria Bethânia
"Martinho 8.0 - Bandeira da Fé: Um Concerto Pop-Clássico (Ao Vivo)" — Martinho da Vila
"Samba Jazz, de Raiz, Cláudio Jorge 70" — Cláudio Jorge
"Fazendo Samba" — Moacyr Luz e Samba do Trabalhador
"Mais Feliz" — Zeca Pagodinho
Melhor álbum de MPB
"O Amor no Caos Volume 2" — Zeca Baleiro
"Belo Horizonte" — Toninho Horta & Orquestra Fantasma
"Bloco na Rua" — Ney Matogrosso
"Planeta Fome" — Elza Soares
"Caetano Veloso & Ivan Sacerdote" — Caetano Veloso & Ivan Sacerdote
Melhor álbum de músicas sertaneja
"#IssoÉChurrasco (Ao Vivo)" Fernando & Sorocaba
"Origens [Ao Vivo em Sete Lagoas, Brazil / 2019]" — Paula Fernandes
"Livre Vol. 1" — Lauana Prado
"Churrasco do Teló Vol. 2" — Michel Teló
"Por Mais Beijos Ao Vivo (Ao Vivo)" — Zé Neto & Cristiano
Melhor álbum de música de raízes em língua portuguesa
"Veia Nordestina" — Mariana Aydar
"Aqui Está-se Sossegado" — Camané & Mário Laginha
"Acaso Casa Ao Vivo" — Mariene De Castro e Almério
"Targino Sem Limites" — Targino Gondim
"Obatalá - Uma Homenagem a Mãe Carmen" — Grupo Ofa
"Autêntica" — Margareth Menezes
Melhor álbum de música cristã (língua portuguesa)
"Catarse: Lado A" — Daniela Araújo
"Reino" — Aline Barros
"Profundo" — Ministério Mergulhar
"Maria Passa à Frente" — Padre Marcelo Rossi
"Memórias II (Ao Vivo em Belo Horizonte / 2019)" — Eli Soares
Melhor clipe musical em versão curta
"Saci (Remix)" — BaianaSystem & Tropkillaz
"Rojo" — J Balvin
"Cubana" — Bivolt
"Para Ya" — Porter Alexis Gómez
"TKN" — Rosalía & Travis Scott
Melhor álbum de engenharia de gravação
"Aire (Versión Día)" — Jesse & Joy
"APKÁ!" — Céu
"Quimera" —Alba Reche
"Sublime" — Alex Cuba
"3:33" — Debi Nova
"Narciso em Férias" é a única produção brasileira no 77º Festival de Veneza, mas além disso, um outro aspecto da obra chama a atenção: uma foto rara de Caetano Veloso preso estampa o cartaz do filme. A fotografia, de dezembro de 1968, quando o santamarense foi detido por militares da ditadura, foi mantida como parte de arquivos secretos do regime.
“Eles me tiraram da cela e disseram: ‘Ande em frente e não olhe para trás!’. Eu pensei que eles iam atirar. Mas eles me levaram no barbeiro. Eu tinha um cabelo grande, todo cacheado, grandão, e eles cortaram meu cabelo. Eu fiquei feliz porque não ia morrer, e eu não podia nem demonstrar a minha felicidade, adorando aquele barbeiro cortando o meu cabelo. Eles cortaram como se fosse um soldado, rasparam na lateral, deixaram baixinho em cima, depois me levaram de volta. Aí eu cheguei, e os meninos todos disseram: ‘Poxa, cortaram o seu cabelo’... Porque aquilo era uma coisa simbólica de liberdade, mas eu estava feliz porque não me mataram”, relembra o artista em um trecho da produção.
O artista ficou mais de 50 dias preso. Contudo, a censura da época não permitiu que a prisão do tropicalista fosse divulgada.
O documentário é dirigido por Renato Terra e Ricardo Calil, e produzido por Paula Lavigne. Ele conta sobre a época em que Caetano ficou preso e traz relatos íntimos do cantor. As informações são do Yahoo Notícias.
A revista Rolling Stone publicou, nesta quarta-feira (19), uma reportagem sobre o Samba de Roda e o Prato-e-Faca, duas expressões culturais tradicionais no Recôncavo da Bahia. A veiculação do conteúdo acontece semanas após a própria Rolling Stone tratar o uso do prato e da faca como instrumentos inusitados e colocados em cena de forma "improvisada" pelo filho de Caetano, Moreno Veloso, pela primeira vez durante a live de aniversário do filho de Dona Canô.
Na época da primeira publicação, Caetano classificou a publicação da revista especializada em música como sendo de uma "ignorância inacreditável" (relembre aqui). "O fato é que de inusitado não tem nada. Prato e faca no samba de roda na Bahia é um instrumento tradicional. Mas, não é só na Bahia. Tem João da Baiana. Aqui no Rio ainda tem gente que toca em área de samba. Se você falar com qualquer pessoa do mundo do samba e que sabe das coisas, prato e faca é comum. Agora, uma revista de música pensar que prato e faca foi inventado na hora, porque Moreno não tinha instrumento, isso é uma maluquice. É uma ignorância inacreditável", explicou o cantor na ocasião.
No dossiê desta quarta-feira, a Rolling Stone conversou com J. Velloso, produtor, cantor e compositor natual de Santo Amaro para falar sobre a sua vivência com o Samba de Roda. "Não precisava contratar um grupo de samba. Os próprios santo-amarenses já eram sambistas por natureza. Um cantava, outro respondia e ia aumentando. Aí, aparecia alguém e começava a bater palmas", ressaltou o artista.
Destacando a relação entre a linguagem e a cultura afro-diaspórica, a publicação também deixa claro que o Samba do Recôncavo inspira diferentes musicalidades brasileiras. Uma das fontes ouvidas pela revista, o professor de Etnomusicologia na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Carlos Sandroni, afirmou que a tradição de "se juntar para cantar, dançar e tocar junto ao som de certos ritmos e instrumentos" é integrante de uma matriz cultural que inclui o Samba de Roda.
"O repertório de cantigas tradicionais é muito rico, e cresce com a criação de novos sambas dentro dos estilos tradicionais da chula, do corrido, etc. As maneiras de dançar, das quais a mais conhecida tem o passo chamado de 'miudinho', são maravilhosas", elencou Sandroni.
Rosildo Rosário, um dos sambadores mais importantes atualmente no Recôncavo, vai além na definição do samba de roda: “Me arriscaria a dizer que não haveria música baiana se não existisse o samba de roda do Recôncavo". Para ele, esse "samba constituído no campo semântico possibilita a utilização e interpretação em qualquer recorte temporal. O samba se completa com outras manifestações e reorienta para outros campos da música. Foi construída uma identidade musical no Brasil em torno do samba".
A Rolling Stone ainda dá conta do percurso histórico da manifestação cultural, que tem registros das primeiras referências nas décadas de 1860 e 1870.
Doutorando em etnomusicologia pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) e pesquisador das musicalidades e culturas africanas e afrodiaspóricas, Marcos Santos explicou que "enquanto acontecimento, [a roda] é um princípio que fundamenta muitas das tradições do continente africano bem como tradições dos povos originários do Brasil". "Ela organiza a partilha de experiências musicais nos diversos lugares e contextos do nosso território, a exemplo dos candomblés, os sambas de coco, os jongos, tambor de crioula, as cirandas, os batuques de umbigada do sudeste e os sambas de roda", completou.
Um dos nomes que têm evidência no cenário é o da sambista baiana Dona Dalva Damiana, doutora honoris causa pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e líder de um dos grupos de samba mais famosos, o Samba de Roda Suerdieck, de Cachoeira. "[Ela] era funcionária da fábrica de charutos Suerdieck, naquela cidade, e criou o grupo com suas companheiras de trabalho.", explica Sandroni, afirmando que o grupo fundado por ela mostra a proximidade do samba de roda com o cruzamento de processos identitários, religiosos e econômicos da região do Recôncavo.
Além do Samba de Roda, compõem o "guarda-chuva" o Samba Chula, Corrido, de Viola, de Parada. Tradições distintas, ritmos, instrumentos, danças, estéticas, sonoridades diferenciam os diferentes sambas.
A Rolling Stone ainda comenta sobre o prato-e-faca e a importância de Edith do Prato. "Como bem sabemos, não foi permitido à pessoa africana escravizada trazer instrumentos musicais em sua travessia, entretanto, foram trazidos em seus corpos referenciais sonoros identitários", explica o pesquisador Marcos Santos. Daí é que vem a instrumentalização. "Atrela-se ao lugar da ressignificação de uma pretensa carência de um instrumental originário em um novo e estabelecido referencial sonoro - prática própria da diáspora -, e pela localização geográfica interna de uma casa em período colonial, onde as mulheres passavam maior parte do tempo e tinham permanente acesso a esses utensílios: ou seja, na cozinha".
O cantor Caetano Veloso classificou como sendo uma "ignorância inacreditável" o fato da revista Rolling Stone, especializada em música, classificar a utilização do prato-na-faca por seu filho, Moreno Veloso, na live da última sexta-feira (7), como cômico e inusitado.
"O fato é que de inusitado não tem nada. Prato e faca no samba de roda na Bahia é um instrumento tradicional. Mas, não é só na Bahia. Tem João da Baiana. Aqui no Rio ainda tem gente que toca em área de samba. Se você falar com qualquer pessoa do mundo do samba e que sabe das coisas, prato e faca é comum. Agora, uma revista de música pensar que prato e faca foi inventado na hora, porque Moreno não tinha instrumento, isso é uma maluquice. É uma ignorância inacreditável", explicou o cantor.
Caetano também comentou que sua mãe, Dona Canô também tocava o instrumento. " Minha mãe tocava prato. No filme que tem sobre Bethânia [Fevereiros], aparece minha mãe tocando prato em um samba de roda na Bahia, gravado no início dos anos 70", explicou.
O cantor comentou também que o prato e a faca, em uma roda de samba, são uma forte representação da nossa cultura. "Qualquer profissional que se propõe a falar sobre música deveria ter o aprofundamento necessário para tratar de nossa cultura com mais cuidado e respeito", pontuou.
Veja vídeo:
Durante a #LiveALenda @Moreno_Veloso aparece em algumas canções tocando prato e faca, instrumentos muito importantes e tradicionais no samba e na cultura popular. A @rollingstoneBR citou esse momento como cômico e inusitado, mas o fato é que de inusitado não tem nada. + pic.twitter.com/BJGTcOirlk
— Caetano Veloso (@caetanoveloso) August 11, 2020
Caetano Veloso e Paula Lavigne destinaram uma parte do Imposto de Renda para a reconstrução do Museu Nacional, que foi destruído por um incêndio em 2018. Lavigne utilizou as redes sociais para distribuir mensagens estimulando outras pessoas a se engajar.
Conforme noticiou o Estadão, Paula disse que o gesto não é doação, que é possível usar até 6% do IR, recebendo a restituição do valor no ano seguinte.
Oficialmente reconhecida como “cidade da música”, Salvador foi e ainda é palco de muitos encontros. O mais recente aconteceu nesse domingo (3), no Parque de Exposições: Gilberto Gil e BaianaSystem tocaram juntos pela primeira vez em meio ao projeto também estreante "Encontros Tropicais".
Cada um teve seu momento solo. Gil iniciou a performance com uma série de hits antigos, como "A Novidade", "Drão" e "Vamos Fugir". Baiana fez o encerramento com uma versão pequena de seu show, que continha "Lucro" e "Capim Guiné", entre outras.
No meio, as duas atrações tocaram principalmente canções do patrono. Como adiantado pelo guitarrista do Baiana, Roberto Barreto, ao Bahia Notícias, as bases do encontro foram o reggae e o ijexá (veja aqui), puxado por canções como “Extra”, de Gil, “Água”, da própria banda, e “Is This Love”, de Bob Marley.
Embora essa reunião tenha sido inédita, shows com destaque para encontros musicais são corriqueiros em solo baiano. Nas proximidades do verão e no Carnaval de Salvador, com os improvisados encontros de trio, isso fica ainda mais evidente.
Então, a fim de relembrar alguns destes momentos que marcaram a história da música baiana, o BN decidiu recorrer a jornalistas, produtores e críticos de música para que elegessem seus exemplos memoráveis. Segue a lista:
1. Orquestra Sinfônica e Filhos de Gandhy - por Nadja Vladi
“Um encontro que me marcou profundamente foi quando a Orquestra Sinfônica da Ufba se encontrou com os Filhos de Gandhy no Teatro Castro Alves. Foi uma coisa muito interessante ver aquela movimentação se dando ali no final dos anos 1980, dessa questão mais erudita, dessa música sinfônica nesse encontro com essa sofisticação rítmica, percussiva dos Filhos de Gandhy, desse ijexá. Acho que foi um dos momentos muito importantes e fundamentais pra música baiana, que gera uma série de intervenções e possibilita que a gente esteja tendo, por exemplo, esses encontros da Osba com BaianaSystem. E isso reverbera na música que está sendo produzida na Bahia na contemporaneidade, que é uma música que está trabalhando com gêneros locais, tradicionais como o ijexá, o pagode, o samba reggae e, ao mesmo tempo, o diálogo com a música eletrônica, os dubs”.
Nadja Vladi é jornalista e professora do Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas (Cecult), na Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB). Ela pesquisa a nova cena de música contemporânea de Salvador.
2. Gilberto Gil e Caetano Veloso - por Luciano Matos
“Tem alguns, mas eu acho que tem um encontro que é bem marcante. Eu não vi, não estava lá, mas gerou um disco interessante, que é o encontro de Gil e Caetano, se despedindo do Brasil pra ir para o exílio por causa da ditadura militar. Eles sempre contaram que fizeram um show marcante no Teatro Castro Alves e isso deixou como registro um disco bem bonito”.
Luciano Matos é jornalista especializado em cobertura do cenário musical baiano e brasileiro, crítico musical e produtor de festas, a exemplo do “Baile Esquema Novo”, festa em que também discoteca como o DJ el Cabong. Atualmente, ele integra o time de curadores do festival Radioca.
3. Aya Bass com Larissa Luz, Xênia França e Luedji Luna - por Carol Morena
“Pra mim, um exemplo é o encontro de Larissa Luz, Luedji e Xênia. Eu vi no Festival Sangue Novo no ano passado e foi um showzão, uma potência danada. Foi interessante porque elas fizeram repertórios individuais, tocaram músicas que elas nunca tinham cantado e a platéia envolvida. Além disso, o encontro reverberou pra além desse show específico, como um novo projeto das três. Teve no Carnaval dois shows, vão tocar agora na abertura do Afropunk em São Paulo. Deu tão certo que está frutificando”.
Carol Morena é produtora e assina a curadoria e coordenação-geral do festival Radioca, que chega a sua quinta edição.
4. O Encontro com Léo Santana, Xanddy e Tony Salles - por Júnior Moreira Bordalo
“Acredito que nos últimos tempos, ‘O Encontro’. É incrível verificar que os três maiores expoentes do pagode feito aqui na Bahia entenderam a lógica do mercado atual e decidiram unir forças. Estamos falando de três atrações que vendem shows pelo país inteiro. Ou seja, não precisam disso. É mais interessante ainda, pois é de conhecimento de qualquer estudioso de música - especialmente o Axé - que o grande problema que desencadeou a crise por aqui foi justamente a falta de união do meio. Os empresários ficaram conhecidos por ‘lutarem apenas pelo seu’, independente do preço que isso tivesse. O resultado são artistas talentosos e atualmente sem grandes êxitos na cena musical e, em alguns casos, com sérios problemas financeiros. Então, é revigorante este projeto. É algo que o sertanejo sabe fazer muito bem e, por isso, virou o maior do Brasil.
Júnior Moreira Bordalo é jornalista, ator e especializado em cobertura de celebridades. Como repórter de Holofote no Bahia Notícias, circula pelas principais festas de Salvador e acompanha os bastidores da música popular baiana.
Lobão sempre foi uma figura polêmica, porém dificilmente controversa. Prova disso é o novo registro escrito do cantor, o livro "Guia Politicamente Incorreto dos Anos 80 pelo Rock", que traz novamente as recorrentes opiniões ásperas do artista em relação a Caetano Veloso, Roberto Carlos, Chico Buarque, a MPB e o rock no Brasil. Lobão esteve em nesta tarde (12) em Salvador para lançar o livro na Livraria Leitura do shopping Bela Vista.
O “Guia dos anos 80 pelo Rock” conta a trajetória do ritmo no Brasil nos anos 80, ano a ano, a partir de 1976. “É a primeira vez que o narrador faz parte da história”, diz o autor que se defende como um dos sócios fundadores do rock no Brasil. Apesar de pertencer a coletânea de livros “politicamente incorretos” de Leandro Narloch, Lobão refuta a ideia de qualquer proximidade com os guias da história do Brasil feitos por Luiz Felipe Pondé: “Não tem o menor cabimento isso”.
No livro, Lobão acusa uma “Máfia do Dendê” formada por cantores baianos de querer impedir o rock de crescer por medo da decadência da MPB. Lançando o livro em Salvador, o artista não teme qualquer represália do público baiano por criticar ídolos como Caetano Veloso e Gilberto Gil. “Geralmente o público baiano é adulto e a maioria dos baianos que conheço são modernos”, conta o autor que levanta a tese de que Gil, Caetano e a “Máfia do Dendê” agiam como velhos coronéis na música tentando impedir o avanço do Rock: “Conto na obra como Roberto Carlos pediu para que removessem a música do RPM das rádios”.
A maior dificuldade durante o processo de escrita foi ter que reviver momentos problemáticos da carreira. “Tive que mergulhar de cabeça na época em que fui preso, agredido e perdi um dos meus melhores amigos”, confessa Lobão ao lembrar que o livro também fala sobre a morte do seu amigo Cazuza.
Se o rock um dia foi cerceado, Lobão é enfático na defesa de ritmos que hoje sofrem com projetos de criminalização, como o funk e o pagode baiano: “Eu não me coloco do lado desses estilos porque eu acho que são uma merda, mas vou ser o primeiro a ficar contra qualquer tipo de censura", declara o cantor.
O ator Nelson Freitas, que neste domingo (27) desembarca em Salvador para realizar um sonho de criança - se apresentar no Teatro Castro Alves -, esteve recentemente com um baiano de peso. “Estive com Caetano Veloso ontem, é muito inspirador, Jesus de Nazaré das Farinhas! Que coisa gostosa! O bicho é quieto, sabe? Mas quando ele desanda, menino, aí, meu pai, é um deleite pra nós”, disse Nelson, em entrevista ao Bahia Notícias. O encontro aconteceu na casa do baiano e de sua companheira Paula Lavigne, residência que se tornou um ponto de encontro de artistas e personalidades para a discussão do momento político pelo qual passa o país. Na noite desta segunda-feira (21) não foi diferente: a reunião teve como tema de discussão a reforma política proposta pela Câmara dos Deputados e contou com a presença do Procurador da República Deltan Dallagnol, figura que ganhou notoriedade ao coordenar a força-tarefa da Operação Lava-Jato no Paraná. “Acho esse momento muito profícuo para a gente começar a entender um pouco e ter voz ativa mesmo”, comentou Nelson Freitas, contando que conhece Dallagnol há muitos, através de Cristina - também Procuradora da República -, com quem é casado há 17 anos. “Nós estivemos lá discutindo essa reforma política, que é um tapa na cara da sociedade brasileira. Quer dizer, tapa na cara eu acho que a gente já hoje está até acostumado, porque é tanto pontapé, soco no olho e cascudão, que todo dia é um novo. Então essa reforma política é mais uma artimanha que eles estão tramando pra permanecer no poder”, avalia o ator, que se mostra otimista ao ver o envolvimento da população com os temas políticos e, por sua relação familiar, diz acompanhar há cerca de duas décadas o sofrimento da Justiça para tentar resolver os problemas do país, até em momentos em que as pessoas nem sabiam o papel de um Procurador.
Em tempos de polarização, parte da classe artística brasileira finalmente entrou em consenso. Reunidos nesta quinta-feira (1º), na casa de Paula Lavigne, no Rio de Janeiro, “mortadelas” e “coxinhas” deixaram de lado as diferenças políticas para reivindicar a cassação do presidente Michel Temer, que é investigado em inquérito por crimes de corrupção passiva, organização criminosa e obstrução à Justiça, após divulgação de áudio de conversa com o empresário Joesley Batista, da JBS. “Mesmo com todas as nossas diferenças de pensamentos, provamos que podemos dialogar e nos respeitar uns aos outros. Isso é democracia. Saímos desse encontro com o desejo em comum de ver Temer cassado no próximo dia 6 para que possamos dar os próximos passos”, escreveu Letícia Sabatella, em sua conta no Instagram, agregando a nova hashtag #TemerJamais, que une os desejos tanto dos artistas do #MoroBloco, quanto os do #NãoVaiTerGolpe.
Segundo informações da Folha de S. Paulo, o encontro foi articulado pelo baiano Wagner Moura e Tico Santa Cruz, que pediram à mulher de Caetano Veloso para ceder seu apartamento. “Um registro emblemático de nosso encontro entre pessoas que adotaram posicionamentos políticos diferentes, mas que são capazes de dialogar, de debater, de quebrar essa briga superficial ‘coxinhas’ X ‘mortadelas’ - o Brasil é muito maior que isso e política muito mais complexa. Hora de acolher, dialogar, olhar nos olhos, deixar o amor vencer o medo, o ódio! Não precisa concordar, basta que nos respeitemos!”, escreveu o vocalista da banda Detonautas. Além dos organizadores, estiveram presentes na reunião nomes como Camila Pitanga, Márcio Garcia, Leoni, Marcelo Serrado, Elisa Lucinda, Cristiane Torloni, Taina Muller, Glória Pires, Dira Paes, Monica Iozzi, Leona Cavalli e Caetano.
Na ação, mobilizada pelas Voluntárias Sociais da Bahia, a cantora apresentará músicas de Gilberto Gil e Caetano, em uma homenagem aos 50 anos de carreira dos dois compositores baianos. Ivete será acompanhada pela Orquestra Juvenil da Bahia, sob regência do maestro Ricardo Castro.
Durante a coletiva que apresentou o evento, a presidente das Voluntárias Sociais da Bahia, Aline Peixoto, se emocionou ao agradecer ao apoio de Ivete. "Ivete, em nome das crianças, eu te agradeço", disse a primeira-dama, tentando conter as lágrimas.
Luciano Calazans, Ricardo Castro, Ivete Sangalo, Aline Peixoto e Rosinha Bahia apresentaram o projeto para o Martagão na Arena Fonte Nova | Foto: Daniel Silveira | Bahia Notícias
Ivete também se emocionou durante a coletiva. “É o grande sonho de minha vida, de minha carreira”, contou. “O que foi me dado é muito, tenho que dividir. Vou usar a minha voz em benefício das pessoas”, completou.
O dinheiro arrecadado com a venda dos ingressos do show será revertido para o Hospital Martagão Gesteira e será usado para uma restruturação física do espaço, principalmente nas enfermarias, segundo a presidente de honra da instituição, Rosinha Bahia. O orçamento para as intervenções é de R$ 4,5 milhões. “Mas vamos arrecadar seis milhões”, disse Ivete esperançosa. O hospital atende 500 crianças por dia em ambulatório e realiza cerca de 700 cirurgias de grande, médio e pequeno porte.
O show, cujos ingressos já estão à venda, será transmitido ao vivo pelo canal pago Multishow e pode virar um DVD, segundo Ivete Sangalo. Os valores dos ingressos variam entre R$ 50 e R$ 700.
O concerto será transmitido ao vivo pelo canal por assinatura Multishow, para o qual a cantora já gravou um DVD anteriormente. O registro do show pode se tornar um novo DVD da cantora, que também terá lucro das vendas revertidas para o Martagão. “A gente está jogando essa energia positiva”, falou Ivete sobre a ideia de gravar o show para vender depois.
“No início desse projeto, muitas coisas poderiam dar errado, mas foram acontecendo”, contou a estrela da Axé. Segundo a cantora, o DVD ainda não está confirmado, mas toda a equipe está trabalhando para que se torne realidade.
O repertório do show contará com 17 músicas, sendo apenas uma delas ainda inédita. As outras 16 serão canções que fizeram história na voz de Caetano e Gil. “Só vai ter os hits dos cantores”, disse Ivete, esclarecendo que serão tocadas as mais famosas da dupla.
Ivete revelou também que o músico Luciano Calazans, que fez os arranjos das canções para o show, criou uma peça especialmente para ela, intitulada Zamores, nome carinhoso que a cantora usa para chamar seus fãs.
As vendas para o espetáculo começam nesta quarta (14) através da internet. Os valores dos ingressos variam entre R$ 50 e R$ 700.
Na defesa que faz de Paula Lavigne ["minha empresária, ex-mulher e mãe de dois dos meus três filhos maravilhosos"], presidente e porta-voz do grupo Procure Saber (criado para defender causas de um grupo de artistas, entre elas a autorização prévia para biografias), Caetano critica a Folha. "Repórter da 'Folha' cita trechos de algo dito por Paula Lavigne em outro contexto para responder a sua carta de leitor. Logo a 'Folha', que processou, por parodiá-la, o blog Falha de S.Paulo", declarou, em referência à ação movida pela Folha contra o blog "Falha de S.Paulo", criado pelos irmãos Mario e Lino Bocchini, por violação da propriedade da sua marca – e não por parodiar o jornal. "Censor, eu? Nem morta!", exclamou Caetano, para quem "no cabo de guerra entre a liberdade de expressão e o direito à privacidade, muito cuidado é pouco".
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Jaques Wagner
"Tá igual a mandacaru, que não dá sombra nem encosto".
Disse o senador Jaques Wagner (PT) rebateu as críticas feitas pelo o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil) sobre a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.