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Artigos

Augusto Vasconcelos
Bahia registra menor taxa de desocupação dos últimos 12 anos
Foto: Feijão Almeida/ GOVBA

Bahia registra menor taxa de desocupação dos últimos 12 anos

Além de liderar a geração de empregos no Nordeste, a Bahia obteve a menor taxa de desocupação dos últimos 12 anos. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada recentemente, confirmou o bom momento da Bahia na geração de empregos.

Multimídia

João Cláudio Bacelar defende permanência da Câmara na Praça Thomé de Souza

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O vereador da Câmara de Salvador, João Cláudio Bacelar (Podemos), defendeu a permanência da Câmara municipal, localizada na Praça Thomé de Souza. Segundo ele, em entrevista ao Projeto Prisma, Podcast do Bahia Notícias, trabalhar em um local histórico como aquele é motivo de "muito orgulho".

Entrevistas

Diretor do FIDA/ONU no Brasil reforça parcerias na Bahia para geração de emprego e renda no campo

Diretor do FIDA/ONU no Brasil reforça parcerias na Bahia para geração de emprego e renda no campo
Foto: Edu Mota / Brasília
O governo da Bahia anunciou recentemente a expansão do programa de cooperação que possui junto ao Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), com objetivo de promover o desenvolvimento sustentável, a inclusão produtiva e a geração de renda em diferentes biomas do estado. A parceria entre o governo e o órgão da ONU conta com investimentos que ultrapassam o patamar de R$ 1,5 bilhão.

blocos

Comcar inicia recadastramento obrigatório para blocos que irão desfilar no Carnaval de Salvador em 2026
Foto: Divulgação

O Conselho Municipal do Carnaval (COMCAR), deu início ao recadastramento obrigatório para entidades carnavalescas que irão desfilar no Carnaval de Salvador em 2026.

 

Em edital publicado no Diário Oficial do Município, foi convocado todas as entidades carnavalescas previamente cadastradas, e que desfilam nos circuitos oficiais da folia baiana para realizar o recadastramento, que acontece a partir desta segunda-feira (11) e vai até o dia 29 de agosto.

 

Para o recadastramento, serão aceitas apenas inscrições de blocos que tenham sido cadastrados nos últimos 5 anos e efetivamente tenham desfilado nos circuitos oficiais.

 

Toda inscrição será avaliada pelo COMCAR, com base nos relatórios dos desfiles anteriores. 

 

O cadastro de novos blocos será analisada apenas após a finalização do recadastramento mediante a estudo de viabilidade técnica pela SALTUR. Para a possibilidade de cadastramento de novos blocos será considerada a capacidade técnica da execução do projeto.

 

ELEIÇÃO DO COMCAR
O Conselho Municipal do Carnaval e Outras Festas Populares (Comcar) realizou a eleição para definir a nova Mesa Diretora, após meses de imbróglio.

 

O empresário Washignton Paganelli foi reeleito para o cargo de presidente, enquanto Márcia Mamede assume o cargo de vice-presidente, e Sidney Bonfim como suplente. O cargo de Secretário-Geral ficou com Jairo da Mata, enquanto Matias Silva foi eleito como suplente.

 

Uma ação protocolada no dia 28 de julho pelo segmento dos Afoxés na Justiça pede para que a eleição realizada no dia 22 de julho seja revista e que haja a realização de um novo pleito, alegando que houve descumprimento do Regimento Interno do conselho, especialmente no prazo de inscrição de candidaturas, que teria sido encerrado de forma irregular, inviabilizando a participação de segmentos tradicionais.

Folia por um fio? Agentes da festa vislumbram saldo positivo para Carnaval de Salvador em 2025: "Está se recuperando"
Foto: Alfredo Filho/ Secom

Pular atrás do trio se tornou uma preocupação para os foliões que questionam a possibilidade do Carnaval de Salvador deixar de existir em um curto espaço de tempo devido às mudanças envolvendo a festa desde a sua criação. 

 

A preocupação também aflige os empresários do setor de entretenimento que buscam nos circuitos já existentes da festa, espaços para abrigar os camarotes e avenidas que comportem a grandiosidade dos tradicionais blocos da festa, além de vagas para novidades nas ruas.

 

Afinal, estaria o Carnaval por um fio? Ou melhor, por uma corda frouxa? Para quem curte a festa, é nítida a redução significativa de blocos na rua nos últimos dez anos de folia. É também visível e exaltada a crescente dos trios independentes, proporcionando grandes atrações para o folião pipoca.

 

Em entrevista ao Bahia Notícias, o empresário Washington Paganelli, presidente do Conselho Municipal do Carnaval e Outras Festas Populares (Comcar) e responsável pelo bloco As Muquiranas, apontou um aumento no recadastramento obrigatório dos blocos que têm interesse em participar do Carnaval em 2025. 

 

"No ano passado nós tivemos um aumento de blocos, e esse ano tem blocos novos voltando, como o Cheiro, além de outros que manifestaram o interesse em voltar para o Carnaval. Todos que saíram ano passado estão confirmados, e muitos voltando, o que é muito bom. O Carnaval de Salvador está se recuperando", afirmou.

 

Foto: Priscila Marinho

 

Para Paganelli, a teoria do fim da folia é distante, mas é necessário valorizar a cultura local e perceber com mais atenção as mudanças. "O Carnaval é pulsante. Ele vem mudando durante os anos tanto nessa questão de circuitos, como no formato. Vieram os camarotes, acabaram-se os clubes. Eu acho que tem espaço para tudo. Tem blocos que já estão com o espaço certo, artistas também, tanto é que Bell tem três blocos. E a procura por blocos que deixaram de existir, por exemplo, prova que o Carnaval está para todos e vive".

 

O empresário Marcelo Britto, CEO da Salvador Produções, por exemplo, irá estrear um novo espaço na folia em 2025, o Camarote Glamour Salvador. Para Britto, que é responsável por diversos shows na capital baiana e pela carreira de Léo Santana, o surgimento de novos camarotes e a desistência de alguns artistas em colocar o bloco na rua, tem a ver com o estudo de mercado e do que o público quer curtir. 

 

"Isso é a democracia do Carnaval, eu acho que a cada ano ele se fortalece mais. Acontece de ter menos blocos, mas tem grandes atrações na rua arrastando um grande número que vai de senhora, idoso, a criança. E o interessante é que quem quiser buscar um conforto maior, mais segurança, bebida, comida, varanda imensa, vai buscar o camarote. E isso é o Carnaval de Salvador."

 

Foto: Lucas Leawry

 

Sócio de Brito no Camarote Glamour Salvador, o empresário Marcelo Rangel cita a pluralidade do Carnaval como a maior fortaleza da festa e também não acredita em um fim da folia, mas na reinvenção. "O grande ator do Carnaval são os blocos de rua com os artistas no trio elétrico, mas a festa é boa pela pluralidade que ela oferece. Tem os blocos, os grandes artistas em trios independentes e tem também os camarotes", afirmou ao BN durante o lançamento do espaço.

 

Para Valter Brito, empresário do Cheiro de Amor, que neste ano anunciou o retorno do Bloco Cheiro com um dia de desfile no Circuito Dodô (Barra-Ondina), é nítida a mudança do cenário de blocos após o alto investimento público nos trios independentes. O retorno do Cheiro ao Carnaval só foi possível após um estudo e pesquisa de campo, na qual foi percebido o desejo do público em pular atrás do trio novamente.

 

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O empresário afirma que a escolha de sair apenas um dia na folia foi uma decisão pensada para o que ele acredita que será um novo formato para os próximos anos.

 

"As pessoas sentem saudades de brincar no bloco. A grande dificuldade que existe hoje é a captação de patrocínio. Os blocos sempre foram viabilizados através de patrocínio, com essa perda de visibilidade, de transmissão, tudo isso foi afastando as marcas desse tipo de investimento. Mas ela sempre vai existir, ela existiu quando começamos, existe durante o percurso, mas as dificuldades existem em qualquer situação que você vai empreender não tem jeito. É trabalhar para derrubá-la."

 

Fábio Almeida, sócio-diretor da Join Entretenimento, que em 2024 entrou no Carnaval de Salvador com o Camarote Brown, em parceria com Carlinhos Brown, citou ao site um cenário positivo pintado pela imprensa com uma alta nas vendas de camarotes e blocos que já estão na rua, mas acredita que ao falar sobre Carnaval, é necessário ser pé no chão.

 

Foto: Instagram

 

"O fato é que a gente tem um gargalo, um ponto do Carnaval que diz respeito a corda, não é nem ao cordeiro, é a corda. Tem um estrangulamento, um afunilamento do público que tem algo que precisa ser levado em consideração. Esse modelo precisa ser revisitado."

 

O empresário cita a prosperidade artística grande em Salvador, mas a falta de atenção para quem faz a música acontecer e quem tem se comunicado diretamente com a massa.

 

"A minha visão não é pessimista, mas ela é muito realista. Nada de novo aconteceu em formato, nos últimos anos, por falta de uma engrenagem maior que é o que está por trás. Carnaval tem que ser discutido o ano inteiro [...] É inteligente, além de necessário, trazer o turista não apenas para os camarotes, para os blocos de corda, mas fomentar a Bahia mais cultural, a saída do Olodum, a saída do Ilê, a saída do Gandhy. Porque o Carnaval é muita coisa e pouca coisa é publicizada, mas muita coisa acontece e que torna ele rico."

 

O mesmo é pontuado por Carlinhos Brown, que exalta a expertise de Salvador em fazer o Carnaval acontecer e a importância de ser criativo para transformar a festa. Para Buja Ferreira, vocalista da banda Timbalada junto com Denny Denan, o folião como prioridade se tornou tendência para a folia baiana.

 

“O Carnaval é do povo, o Carnaval é da rua, e eu fico muito feliz, eu fico emocionado, eu, que vim da comunidade, eu sei que as pessoas têm sonhos de atrás do trio e eu fico muito feliz, emocionado, e o Carnaval é da rua, o Carnaval é do povo, a Timbalada é da rua, a Timbalada é do povo.”

 

Foto: Lucas Leawry

 

Ao Bahia Notícias, durante entrevista na rádio Antena 1, o secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Pedro Tourinho, foi positivo ao falar sobre as mudanças relacionadas ao Carnaval.

 

"Eu acho que o Carnaval está se transformando, a gente tem um Carnaval hoje mais diverso, mais popular. Os blocos afro tem mais protagonismo do que tinha 10 anos atrás, a rua tem protagonismo maior. A criação do Furdunço foi uma coisa muito importante porque trouxe o Carnaval de rua em que a estrutura do bloco não é tão relevante. É uma transformação que, na minha opinião, está indo para um lugar legal."

Pioneiro na música eletrônica no Carnaval de Salvador, Bloco Yes! cogita retorno para 2025
Foto:

Armandinho e Moraes Moreira não mentiram quando afirmaram em 'Chame Gente' que o baiano é Carnaval. Muito menos que a terra é de todos os santos, encantos e axés, ou quando cantou sobre a loucura que é a mistura da nossa folia.

 

Pisar em um circuito de Carnaval em Salvador consiste em ouvir um pouco de tudo e não é brincadeira. Prova disso é que, nos anos 2000, os 4,5km de percurso do Circuito Dodô (Barra-Ondina) foram transformados em uma grande balada a céu aberto. E o fato pode voltar a acontecer em 2025.

 

Para além da tradição de blocos como o Camaleão, Coruja, Cerveja & Cia, Crocodilo, Me Abraça e outros, a folia baiana abriu espaço para um gênero chamariz de jovem e "diferentão" para o Carnaval de Salvador: a música eletrônica.

 

Essa foi a aposta dos sócios do Bloco Yes! para fazer diferente e em 2008 com o DJ holandês Tiësto, o bloco arrastou uma multidão, além de disputar espaço com o Bloco Skol, que na época também teve a mesma ideia que o Yes! e investiu no inglês Fat Boy Slim para levar o som das pick ups para a avenida. 

 

 

Segundo Ivan Bastos, sócio do Yes!, a decisão de investir no gênero, por mais que pareça um tiro no escuro por se tratar do Carnaval de Salvador onde o axé é rei, veio de uma pesquisa de público que indicou o aumento de boates em Salvador e a alta no consumo de música eletrônica no país.

 

"A nossa proposta, em relação a música eletrônica, desde o primeiro ano foi baseada em grandes atrações e no movimento crescente do estilo. Fomos pioneiros junto com o Bloco Skol, na época eles lançaram Fat Boy Slim e nós lançamos Tiësto, que naquele ano era o número 1º no ranking da DJ Mag, e a gente aproveitou que naquele momento a cidade respirava o avanço na música eletrônica, a cena estava muito forte", conta.

 

Na época, a novidade custou ao bolso do folião R$ 300, ano em que o salário mínimo era R$ 415, para curtir a farra dentro das cordas e o resultado foi positivo para o empresário, que deu continuidade ao bloco por 12 anos com duas atrações cativas do público, Bob Sinclar e Mark Ursa.

 

"O resultado foi muito bom no primeiro ano em relação à perspectiva que tínhamos planejado, a gente teve que aumentar a capacidade do bloco diante da aceitação do público e de lá para cá já foram 12 anos trabalhando nessa linha, sempre 3 dias. Só que com atração local, atração nacional e atração internacional de música eletrônica."

 

Mas afinal, o que aconteceu com o 'Yes!'?. O último registro do bloco na avenida com a venda de abadás e cordas foi em 2016 com os DJs Bob Sinclar & Mark Ursa. 

 

 

Em 2017, um comunicado foi divulgado informando que o bloco se reservava a um ano de descanso, "motivado pela grave crise financeira e as consequências dela". Ao Bahia Notícias, Ivan citou questões como a mudança no consumo do público, as transformações do mercado musical e do próprio Carnaval de Salvador, como motivação para a pausa do Yes!. 

 

Entre as mudanças do próprio Carnaval estão o aumento de trio sem cordas e a oferta de música eletrônica de forma gratuita, como o DJ Alok e Vintage Culture, que puxaram trios para o folião pipoca nos últimos anos.

 

"As redes sociais trouxeram, de forma pujante a questão do sertanejo, o mercado de axé modificou bastante, saindo muito da linha que vinha sendo construída durante os anos. A estrutura do Carnaval, tanto estrutura física quanto as diretrizes governamentais, tivemos a democratização do Carnaval com os trios sem cordas e um trabalho do Estado e da Prefeitura para que grandes atrações saíssem de graça."

 

Outro fator tem sido o investimento nos camarotes, que acabam trazendo grandes nomes da cena eletrônica para a festa, como o Camarote Salvador, com o atrativo do conforto dentro do espaço.

 

"O aumento no circuito significativo, tanto em quantidade quanto em qualidade dos camarotes fez com que o mercado se tornasse menos atraente para a cultura do abadá pago no bloco de rua."

 

Foto: Instagram

 

Pontos como falta de patrocínio, aumento no valor das atrações e crescimento das festas de Carnaval fora de Salvador com a proposta dos trios elétricos, também interferiram para que, não só o Yes!, como outros blocos deixassem de desfilar no Carnaval.

 

"Os grandes patrocinadores diante da mudança econômica suspenderam contratos e pararam de se interessar pelo mercado local, além disso houve também uma evolução de outros mercados com o mesmo intuito que o nosso, São Paulo, Rio de Janeiro... Antes era uma coisa centralizada em Salvador, mas começou a ser pulverizado."

 

Apesar das questões, o Yes! manteve o lugar na fila para desfilar no Carnaval de Salvador e tem planos para participar da festa em 2025.

 

"Não desistimos do bloco. Todo ano a gente faz análise, levanta a negociação com patrocinadores e DJ e tenta criar um projeto viável. A gente tentou voltar ano passado e esse ano, e faltou muito pouco para isso ocorrer. Em 2025, a gente tá muito próximo de fechar. Então, existe sim a possibilidade do bloco Yes voltar com grandes nomes, mas em um formato de um dia só de desfile."

 

CHAMARIZ DE JOVEM
Além do Yes!, o Carnaval de Salvador tinha outros três nomes que faziam os olhos dos jovens foliões brilharem, são eles o Bloco Pirraça, o Bloco Balada e o Banana Coral. 

 

Porém, os três seguiram o mesmo caminho e fazem parte da lista de "ausências" da folia baiana.

 

A baixa de blocos em um comparativo dos últimos 10 anos de festa é de mais de 41%. Para se ter uma ideia, em uma análise feita pelo Bahia Notícias a partir de dados divulgados pela Prefeitura de Salvador na programação do Carnaval, foi percebida uma queda de 31 para 14 blocos de 2014 para 2024.

 

Para Ivan Bastos, a grande insegurança dos empresários de voltarem com os blocos para a rua, além dos pontos já citados, é a indefinição de circuito.

 

"Quando se é jovem no mercado, há um risco assumido quando existe uma modificação de conjuntura e um amadurecimento profissional. Existe ainda uma preocupação com a indefinição do circuito. É uma preocupação do mercado como um todo. Como seria esse circuito? Seria uma substituição ou seria para acrescentar? Qual seria o incentivo do governo local e do governo estadual em relação aos blocos tradicionais e alternativos?", pontua.

 

Mas afinal, por onde andam os "diferentões" e "chamarizes" de jovens da folia? O Bahia Notícias foi atrás de informações sobre o trio. Confira:

 

Bloco Pirraça: diferentão na folia por levar o sertanejo para as ruas, o Pirraça nasceu em 2011 com um dos grandes representantes do gênero, a dupla Jorge & Mateus. Produzido pela On Line Entretenimento, o bloco chegou a trazer nomes como Gusttavo Lima, Wesley Safadão e Israel Novaes para o Carnaval de Salvador.

 

Foto: Quero Abadá

 

O último ano de desfile do Bloco Pirraça foi em 2017 com a dupla Matheus e Kauan. O Bahia Notícias entrou em contato com a produtora para mais informações do bloco e foi informado que ele não está na programação de eventos da On Line para 2024/2025.

 

Bloco Balada: o Balada surgiu no ano de 2004 e tinha como grande atração a banda Jammil, na época com Tuca Fernandes como vocalista. O grupo dividia o desfile em outros dias com a Timbalada e já chegou a ter Léo Santana como atração no último ano de desfile, em 2017.

 

Para o empresário Binho Ulm, responsável pelo Balada, a saída do bloco está ligada ao aumento de trios independentes no Carnaval de Salvador, o que fez com que ele investisse ainda mais no Camarote Brahma (antigo Skol), para continuar com força na folia.

 

Foto: Quero Abadá

 

"Quando a gente terminou de fazer o Balada e passou a fazer o trio independente do Balada, a gente sentia que o público estava preferindo, talvez ir para o camarote e sair para os trios independentes em grande oferta. Não adiantava a gente fazer um bloco se existia a tendência de migrar para trio independente."

 

Binho não descarta o retorno do bloco para a folia. "Se eu sentir que existe uma demanda reprimida das pessoas querendo novamente comprar um bloco, obviamente a gente vai ofertar".

 

Banana Coral: lançado em 2011 pelos irmãos Rafa e Pipo Marques, na época que comandavam a banda Oito7Nove4, os herdeiros de Bell Marques eram responsáveis por arrastar um público do nicho de 16 à 30 anos.

 

Foto: Quero Abadá

 

Com dois dias de desfile, os artistas conseguiram levar a atração para outros carnavais, mas só renderam na folia baiana até 2019. Não há vendas abertas para o Carnaval de 2025, nem previsão de retorno para a folia.

Salvador já tem 12 blocos com vendas abertas para o Carnaval de 2025; confira
Foto: Instagram

A pouco mais de 200 dias para o Carnaval de Salvador de 2025, que no ano que vem irá acontecer entre os dias 27 de fevereiro e 4 de março, só não está em busca de garantir o abadá para a festa quem se garante em pagar o valor em cima da hora.

 

A premissa do apressado come cru não é válida para quem curte o Carnaval, já que quem garante o bloco antes da festa consegue comprar o abadá com desconto. Ao todo, a folia já tem 12 blocos com vendas abertas para o Carnaval de 2025. Desses, três desfilam apenas no Circuito Osmar (Campo Grande) e um desfila nos dois circuitos.

 

De acordo com o levantamento feito pelo Bahia Notícias, dos 14 blocos que desfilaram no circuito Dodô (Barra-Ondina) em 2024, apenas 8 já confirmaram presença na folia. O número deve ser maior em um comparativo a este ano, já que a festa contará com o retorno do Bloco Cheiro, e é esperado ainda a presença dos blocos O Vale, Largadinho, Crocodilo, Fissura, Blow Out e Daquele Jeito. 

 

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O Coruja, puxado por Ivete Sangalo, tem preocupado os foliões após os problemas técnicos envolvendo o bloco em 2024. A artista não se pronunciou mais sobre o bloco após o fim do Carnaval. No Fortal, Carnaval fora de época de Fortaleza, a artista estreou um novo bloco, o 'Se Lança'. 

 

Ivete não falou sobre os planos para a folia em 2025, mas garantiu, ao fim do desfile de 2024, que iria recalcular a rota. "Tem percepções que vêm de forma até tardia, mas eu acho que é tempo da gente reconsiderar, recapitular. E o que eu vou fazer é recapitular a rota".

 

De olho no Carnaval de 2025, o Bahia Notícias preparou uma lista com os blocos que já estão com vendas abertas para a folia. Confira:

  • Bloco Camaleão: um dos mais antigos a desfilar na avenida, o Bloco Camaleão, puxado por Bell Marques, está confirmado para o Carnaval de 2025, com três dias, domingo, segunda e terça no circuito Dodô (Barra-Ondina). Os abadás estão sendo vendidos pela Central do Carnaval e tem venda limitada a dois por CPF.

 

Foto: Instagram

Domingo: R$ 1.890
Segunda: 1.590
Terça: 1.390

 

  • Bloco do Nana: puxado por Léo Santana desde 2018, o bloco também é certeza no Carnaval de 2025. O pagodeiro irá puxar os dois dias de desfile no circuito Dodô (Barra-Ondina).

 

Foto: Gabriel Pacheco

Sexta: R$ 390
Sábado: R$ 450

 

  • Vumbora: primeiro bloco solo de Bell Marques no Carnaval de Salvador, o Vumbora fez estreia em 2014 e desde então é presença cativa na folia. O bloco desfila no circuito Dodô (Barra-Ondina) e terá dois dias na festa.

Sexta: R$ 990
Sábado: R$ 1.190

 

  • Bloco da Quinta: novidade no Carnaval em 2023, o sucesso do Bloco da Quinta, com Bell Marques, fez com que o artista continuasse a desfilar com o bloco em 2024 e confirmar a presença no Carnaval de 2025. O trio desfila no circuito Dodô (Barra-Ondina).

Quinta: R$ 740

 

  • Bloco Olodum: tradição no Carnaval de Salvador e um dos únicos a desfilarem na folia nos últimos 10 anos, o bloco, que levará para a avenida o tema "Olodumaré - O Senhor do Universo, raízes e origens do Deus Supremo" em 2025, está confirmado para desfilar no circuito Dodô (Barra-Ondina).

Domingo: R$ 450

 

  • Bloco Eva: o ano de 2025 irá marcar a volta do sábado do Eva. O bloco, puxado por Felipe Pezzoni, sairá no circuito Dodô (Barra-Ondina) com o Trio Dragão, o maior do planeta.

Sábado: R$ 420

 

 

  • Bloco Me Abraça: gerenciado pelo Grupo Eva desde 2023, o Me Abraça, que será puxado por Durval Lelys, terá dois dias de desfile na folia baiana. O trio irá desfilar no domingo e na segunda com o trio Dragão, que divide com o Bloco Eva.

Domingo: R$ 840
Segunda: R$ 800

 

  • Bloco Cheiro: de volta ao Carnaval de Salvador, o Bloco Cheiro irá celebrar os 45 anos de existência na avenida com a nova vocalista, Raquel Tombesi. O bloco irá desfilar apenas um dia no circuito Dodô (Barra-Ondina).

Sexta: R$ 280

 

  • Afoxé Filhos de Gandhy: um dos mais tradicionais do Carnaval de Salvador, o Afoxé Filhos de Gandhy promete três dias emocionantes de desfile. O desfile é dividido entre dois dias de avenida e um dia de circuito Dodô (Barra-Ondina).

Todos os dias: R$ 800

 

Foto:  Fred Pontes / Patrick Souza / Ag. Fred Pontes / Bahia Notícias

 

  • Alerta Geral: tradição do samba no Carnaval de Salvador, o bloco Alerta Geral confirmou mais um ano de desfile na folia e irá participar da festa na quinta-feira, no circuito Osmar (Campo Grande).

Quinta-feira: R$280

 

  • Bloco Pagode Total: com mais de 20 anos de história, o bloco Pagode Total, idealizado pelo cantor Compadre Washington, levará o samba para avenida em 2025. Sem atrações anunciadas, o bloco iniciou a venda "no escuro" e irá desfilar no primeiro dia de festa.

Quinta-feira: R$ 250

 

  • As Muquiranas: com tema e atrações definidos, o bloco As Muquiranas está confirmado para o Carnaval de 2025 com três dias de desfile. O 1º bloco de travestidos da folia baiana irá levar para a avenida o tema "As Muquiranas e os Encantos da Bahia" e contará com Psirico, La Fúria e Parangolé para agitar o trajeto.

Todos os dias: R$ 800

 

Foto: Site As Muquiranas

 

BLOCOS QUE AINDA NÃO ESTÃO A VENDA

  • Bloco Coruja: o bloco, puxado por Ivete Sangalo, não anunciou se estará presente no Carnaval de Salvador em 2025. No site oficial de vendas, é informado que: "Nenhum item localizado para este evento".

 

Já o site do bloco traz informações apenas do Carnaval de 2024. A presença do Coruja na festa preocupa os foliões. Isso porquê neste ano, o bloco chegou a sofrer com problemas técnicos e teve processos de foliões, que relataram terem sido esmagados e se ferido durante o desfile.

  • Bloco Fissura;
  • Bloco Daquele Jeito;
  • Bloco Blow Out;
  • Bloco Largadinho;
  • Bloco Crocodilo;
  • Bloco UAU.
Sócio do Bloco Cheiro explica retorno ao Carnaval de Salvador em 2025; Número de blocos caiu em 41% de 2016 para 2024
Foto: Divulgação

Quatro décadas e meia de história, é com esse peso que o Bloco Cheiro retorna a avenida em 2025 para o Carnaval de Salvador em uma contramão do caminho feito por muitas agremiações ao longo dos últimos anos de folia, o de tirar o bloco da rua.

 

Sob uma nova direção, e não, não se trata do condutor que irá levar o caminhão no circuito Dodô (Barra-Ondina), mas sim de quem será responsável por dar voz a banda Cheiro de Amor, a cantora Raquel Tombesi, a expectativa é de fazer a festa acontecer com a energia dos velhos tempos, mas com um pé na realidade de que as coisas já não são como antes.

 

Foto: Instagram

 

Em entrevista ao Bahia Notícias, o empresário Valter Britto celebrou a nova fase da banda e do bloco, tradicional no Carnaval de Salvador e que preocupou o público com a saída da folia em 2023.

 

“A gente já tinha vontade de fazer esse retorno ao Carnaval de Salvador, mas não naquela quantidade de dias que fazíamos antes. A ideia era voltar com aquele formato de bloco com trio e carro de apoio, mas acabou não dando certo em 2023 nem em 2024, porque já sabíamos da intenção de Vina em não permanecer mais na banda e fazer carreira solo. Então, optamos por fazer isso em 2025 para marcar também essa mudança de vocalista e celebrar os 45 anos de história do bloco.”

 

Para o representante do bloco, o cenário é promissor, mesmo que os foliões especulem e ventilem histórias sobre o fim dos blocos no Carnaval de Salvador. Segundo Valter, a prova de que foi uma boa decisão retomar o Cheiro na folia foi o resultado nas vendas já nos primeiros meses de anúncio. 

 

 

O empresário não esconde o medo, mas afirma que a animação para retomar a história é ainda maior. “A gente está fazendo coincidentemente no ano que vem 45 anos de fundado, e a gente espera que vá ser um grande desfile. Nós estávamos um pouco apreensivos com o retorno, até pela redução dos blocos, mas para a nossa surpresa quando lançamos o bloco oficialmente, as pessoas que frequentavam o Cheiro comemoraram o retorno. Nós fomos muito bem recebidos e percebemos isso também já no início das vendas. A gente lançou o bloco no mês de junho, onde praticamente só se respira festa junina, e conseguimos um bom número de vendas", contou ao site.

 

Ao Bahia Notícias, Valter ainda citou a principal dificuldade de retornar à folia com o bloco: a falta de patrocínio. Para o empresário, a mudança no comportamento do folião e a chegada de novos espaços na festa, acabaram afastando os investidores dos blocos, tornando difícil manter o trio no Carnaval.

 

“A grande dificuldade que existe hoje é a captação de patrocínio. Os blocos sempre foram viabilizados através de patrocínio, com essa perda de visibilidade, de transmissão, tudo isso foi afastando as marcas desse tipo de investimento. Hoje elas estão mais dentro dos camarotes, até em um número mais reduzido. Temos barreiras estabelecidas por marcas que já fecham um circuito, como é o caso de cervejarias, tudo isso vai dificultando a captação de patrocínio que é fundamental para que o bloco saia.”

 

Em 2023, o empresário Joaquim Nery, sócio da Central do Carnaval, falou ao Bahia Notícias sobre o investimento feito para colocar o bloco para desfilar. Responsável por um dos maiores blocos do Carnaval de Salvador, Nery optou por não entrar em detalhes financeiros, mas afirmou que o investimento tem correlação com todos os gastos envolvidos para o desfile dos blocos, desde a corda que divide o folião da pipoca ao que é servido para o artista no camarim do trio elétrico. 

 

Foto: Instagram

 

Já Washington Paganelli, presidente do Conselho Municipal do Carnaval (Comcar) e sócio do bloco As Muquiranas, aproximou o valor mínimo do investimento no bloco em R$ 3 milhões

 

Mas afinal, o que tirou o Bloco Cheiro e outros nomes de peso do Carnaval de Salvador? Nos últimos 10 anos, a folia baiana sofreu com uma queda no número de blocos desfilando no Circuito Dodô (Barra-Ondina), escolhido pelo Cheiro para fazer o retorno à festa. 

 

Em uma análise feita pelo Bahia Notícias a partir de dados divulgados pela Prefeitura de Salvador na programação do Carnaval, foi possível ver uma queda de 31 para 14 blocos. A redução no número de blocos aconteceu antes mesmo da pandemia da Covid-19.

 

Questionado sobre o que pode ter motivado a saída dos blocos da rua, Valter acredita que o alto investimento nos camarotes pode ter impactado na escolha dos foliões.

 

“Os camarotes no porte que eles funcionam hoje, para 5 mil pessoas, 6 mil pessoas, e dando um conforto que o bloco jamais pode dar por conta da estrutura de um bloco na rua. As pessoas foram optando pelo camarote, pela segurança, pelo conforto e foram deixando de frequentar os blocos. Foi uma mudança lenta, mas que a gente já esperava que fosse acontecer. Aos poucos foi diminuindo o número de blocos, hoje temos um saudosismo pelos blocos”, contou.

 

Foto: Divulgação

 

No início do ano, o Bahia Notícias investigou o investimento feito para levantar um camarote na folia baiana. Na época, Michel Cohen, responsável pelo Camarote Harém do Gigante, afirmou que um investimento inicial para se ter um espaço na folia baiana gira em torno de  R$ 7 milhões, podendo custar até R$ 30 milhões em camarotes mais luxuosos.

 

Outro ponto citado pelo empresário foi o aumento nos trios independentes, que desfilam com verba do Governo e Prefeitura. A quinta-feira de Carnaval em 2024, por exemplo, não contou com nenhum bloco desfilando. 

 

“Tem um fator muito importante, por mais que exista um investimento do governo e da prefeitura, eles não conseguem suprir uma demanda de artistas que o bloco permitia. Quando tinha os blocos, a Banda Cheiro de Amor saía quatro dias no Carnaval de Salvador. Ivete, Durval, mas isso era mantido pela iniciativa privada. Não tem como a prefeitura e o governo manter essa qualidade de artistas se apresentando todos os dias do Carnaval. Houve essa perda também. Muitas vezes falta atração.”

 

No retorno do Carnaval após o período da pandemia, o circuito Dodô (Barra-Ondina), contou com 110 trios independentes, divididos entre trios patrocinados pela Prefeitura de Salvador e Governo da Bahia. Naquele ano, a Secretaria de Cultura e Turismo (Secult) previu uma arrecadação estimada em R$ 1,8 bilhão durante a festa e um movimento de R$ 479 milhões apenas na capital.

 

Para ir mais a fundo na reportagem, o Bahia Notícias fez um recorte analisando a programação do Carnaval de Salvador no circuito Dodô (Barra-Ondina), entre os anos de 2014 e 2024, uma amostragem de 10 anos. 

 

A escolha do circuito para ser analisado teve como motivação o fato do Dodô (Barra-Ondina) ser o circuito em que o Bloco Cheiro irá voltar a desfilar em 2025, além de ser o trajeto com a maior concentração de blocos na folia baiana.

 

Análise dos blocos no Carnaval de Salvador

 

A reportagem teve como base para a análise a programação divulgada pela Prefeitura de Salvador ao longo dos últimos 10 anos. É necessário pontuar ainda que os anos de 2021 e 2022 não tiveram análise já que o Carnaval não aconteceu devido a pandemia da Covid-19.

 

Através da análise foi possível perceber que:

  • Houve uma variação no número total de blocos ao longo dos últimos 10 anos, sendo o ano com mais blocos desfilando em 2016, (31 blocos no total) e o menor em 2024 (13 blocos). 
  • A queda no número de blocos é percebida a partir de 2018, coincidentemente foi o ano em que Ivete Sangalo se ausentou da folia pela gravidez de Marina e Helena e tirou 2 blocos da folia, Coruja e Cerveja & Cia.
  • O Me Ama, com André Lelys, deu adeus à folia em 2015. Já o Cocobambu, de Durval Lelys, saiu do Carnaval após o Carnaval de 2018, deixando o artista apenas com o Me Abraça.
  • Em 2015 o cantor Tomate lançou o bloco ‘Amanhecer’, que ocupou o espaço deixado pelo Voa Voa, na época do Chiclete com Banana, o bloco era o último a desfilar na avenida. O bloco só durou um ano.
  • Os blocos Filhos de Gandhy, Filhas de Gandhy, Camaleão e Olodum são os únicos que desfilaram em todos os anos de 2014 a 2024.
  • Em 2018, o Nana Banana passou a ser puxado por Léo Santana, após anos do bloco com o Chiclete com Banana e Timbalada.
  • Após o hiato em 2018, o bloco Cerveja e Cia não desfilou mais no Carnaval de Salvador.
  • Bell Marques é o artista com mais blocos no Carnaval de Salvador. Após a saída do Chiclete com Banana em 2014, o artista lançou o ‘Vumbora’ naquele ano e manteve o Camaleão. Em 2023 o artista lançou o Bloco de Quinta. 
  • O ano de 2017 marcou a despedida do Pirraça como um bloco no Carnaval de Salvador. A agremiação era conhecida por trazer nomes do sertanejo para a avenida.
  • O cantor Saulo Fernandes parou de sair em blocos no ano de 2016. Desde então, o artista tem focado no folião pipoca.
  • Os blocos Harém, Nu Outro, Eu Vou e Yes se transformaram em atrações independentes, isto é, sem a venda de abadá.
  • Em 2020, o bloco Praieiro se despediu da folia. Neste mesmo ano, Levi Lima anunciou a saída do Jammil. A banda atualmente tem Rafa Barreto como vocalista, porém sem bloco na avenida.
  • Após a pandemia da Covid-19, a capital contou com o surgimento de dois novos blocos, o Agrada Gregos, voltado para o público LGBTQIAPN+, e o Bloco da Quinta, de Bell Marques.
  • Em 2024 a banda Timbalada não desfilou com o bloco no Carnaval de Salvador. Denny Denan, vocalista do grupo, afirmou que este não seria o fim e chegou a dar a entender que o bloco voltaria em 2025.
  • A média de blocos desfilando no período analisado pela reportagem é de 15,45 por ano.

 

O empresário Valter Britto não acredita no fim dos blocos no Carnaval de Salvador. Assim como o movimento que foi feito para as festas particulares de São João, o sócio do Cheiro acredita que os blocos já existentes devam passar por uma reformulação.

 

"Eu acredito até que os blocos, no formato que eles saiam, de três a quatro dias, esse formato eu acho que não volta. Mas o próprio artista sente a necessidade dele tá puxando um bloco. Nós tivemos recentemente o Fortal e você viu lá os artistas puxando blocos. Existiu os camarotes, mas também tinha os blocos. O conceito ainda existe sim, o que acontece, muitas vezes é que dada essas dificuldades e à procura que existe em cima dos artistas para o Carnaval fora daqui, as coisas foram mudando. Existe demanda hoje, existe carência para isso. As pessoas sentem saudades de brincar no bloco. A dificuldade sempre vai existir, ela existiu quando começamos, existe durante o percurso, mas as dificuldades existem em qualquer situação que você vai empreender não tem jeito. É trabalhar para derrubá-la."

Quanto custa botar um bloco na rua? Saiba qual investimento feito para desfilar no Carnaval de Salvador
Foto: Secis

“Eu quero é botar meu bloco na rua, brincar, botar pra gemer. Eu quero é botar meu bloco na rua, gingar, pra dar e vender…” o verso de ‘Eu Quero é Botar Meu Bloco na Rua’, de Sérgio Sampaio, traduz o sentimento dos apaixonados pela folia e empresários do entretenimento a cada quarta-feira de Cinzas: a vontade de colocar o bloco para desfilar nos circuitos da folia. Afinal, é no final de um Carnaval que se é planejado a festa do ano seguinte.

 

Mas a brincadeira de fazer a fantasia se tornar eterna nos circuitos da folia, pelo menos em Salvador, custa caro aos bolsos dos empresários do ramo do entretenimento e pesa no bolso do folião, se o abadá não for comprado de forma planejada ou até mesmo se a camisa for daquelas mais caras.

 

A menos de cem dias da folia momesca, uma dúvida surge na cabeça de quem tem curiosidade sobre os bastidores de uma das maiores festas de rua do mundo: quanto custa botar um bloco na rua?

 

Já prepare o bolso, porque diferente do que Tim Maia canta em ‘Eu Só Quero Amar’, música que também se tornou hit na folia, para desfilar na festa precisa querer dinheiro além do amor, e a brincadeira passa da casa dos milhões. Ao Bahia Notícias, o empresário Joaquim Nery, sócio da Central do Carnaval e presidente do Conselho Municipal do Carnaval (Comcar) falou sobre o investimento feito para desfilar na folia baiana.

 

 

“Existem blocos que podem ser colocados na rua a valores e custos bem reduzidos, obviamente terão uma banda de menor valor, um trio elétrico de menor qualidade, um abadá também de menor qualidade. Não é algo que dá para quantificar de forma fácil. Tem blocos de maior estrutura, que requer um investimento maior com trio elétrico, banda, são equipamentos de última geração, e tem também as questões das negociações individuais”, afirmou.

 

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Segundo o empresário, o investimento tem correlação com todos os gastos envolvidos para o desfile dos blocos, desde a corda que divide o folião da pipoca ao que é servido para o artista no camarim do trio elétrico. “Existe uma correlação direta entre um valor que se cobra por um abadá e o custo que se coloca na rua”, afirmou.

 


 

A opinião de Joaquim Nery complementa a fala do empresário Washington Paganelli, sócio do bloco As Muquiranas, e vice-presidente do Comcar. Ao site, Paganelli estimou os custos para um bloco de médio porte que irá desfilar em um dos 6 dias da festa.

 

“Depende o público que você quer atingir, ao que você se propõe, qual será a atração a se apresentar, o trio que você pretende alugar, qual equipe de segurança vai atender aquele determinado bloco, o serviço que você vai prestar e entregar. Um trio de primeira hoje custa mais de R$ 100 mil por dia, um carro de apoio vai de R$ 40 a R$ 50 mil. Você vai investir R$ 400 mil de segurança, vai investir mais de R$ 500 mil em publicidade, fora o abadá, as taxas, os impostos. Ai a pessoa vai por ‘Ah quero botar um bloquinho de quinta, bandinha de percussão’, você não vai gastar, menos de R$ 200 mil, seja lá qual for o tamanho. É muito complexo.”

 


Nery, que é um dos sócios do Bloco Camaleão, um dos mais tradicionais da festa, que desfila três dias no Carnaval sendo puxado por Bell Marques, afirmou o investimento no bloco passa da casa dos milhões, no entanto, optou por não detalhar o valor por questões contratuais. “É mais de um milhão, com certeza. Muito mais. Uma banda de grande porte para tocar no Carnaval por três dias tem cachês muito maiores do que isso”, pontua.

 

Segundo o empresário, atualmente o Camaleão tem 3,5 mil associados por dia de desfile. Em uma conta rápida, só com a arrecadação dos abadás, tendo em vista os valores de R$ 1.490 no domingo, R$ 1.390 na segunda e R$ 1.290 na terça, o bloco levanta R$ 14.595.000 dos associados.

 

No caso do bloco As Muquiranas, Paganelli aproximou o valor mínimo do investimento no bloco, R$ 3 milhões. A mesma conta feita com o Camaleão resultou em uma arrecadação de R$ 1.325.000 com a venda das fantasias, que até a publicação desta matéria estava custando R$530 em uma promoção da Black Friday. Segundo o empresário, ao todo são 2.5 mil associados.

 


“Para colocar As Muquiranas na rua o investimento mínimo é de R$ 3 milhões. O pessoal cobra novidades, qualidade, atrações, trio, eles querem tudo da melhor maneira possível. E no caso das Muquiranas, temos uma fantasia, então ela custa bem mais caro. Um abadá hoje custa por volta de R$10 a R$15, para fazer a fantasia das Muquiranas você gasta 10x, 20x mais que isso, porque tem meia, sunga, adereços, sacolas.”

 

Ambos os blocos estão com vendas abertas e confirmados para desfilar no Carnaval de Salvador em 2024. A sorte, no entanto, não é para todos. Nesta semana, os foliões foram pegos de surpresa com a informação de que o bloco Timbalada não será atração na folia no próximo ano. 

 

Joaquim Nery avalia o cenário como uma dinâmica “comum”, apesar de triste, na folia baiana. Para o empresário, o bloco Timbalada fará falta, porém, ele acredita que não seja uma mudança definitiva.

 

“Historicamente sempre teve essa dinâmica de saída e entrada de bloco muito grande, essa pulsação de artistas e blocos aumenta e diminui com certa frequência, e depende muito da contingência. Ano passado tivemos o retorno de Tomate com o Fissura, por exemplo, que já está confirmado para 2024. A Timbalada não sair é uma perda significativa para o Carnaval, em compensação, temos novos blocos surgindo também.”

 

 

O empresário ainda cita a desistência de Gusttavo Lima, como um exemplo da constante mudança no consumo do público durante o Carnaval. “Respeito a força que o sertanejo tem, mas é algo que nunca funcionou no Carnaval de Salvador. Eu entendo Gusttavo Lima ter desistido de investir, foram poucos os que conseguiram se firmar aqui. Safadão uma vez fez um bloco bacana, mas é até difícil para quem é de fora entender essa dinâmica”.

 

Já Paganelli avalia o cenário para o próximo ano de festa promissor. “O Carnaval é como todo comércio. O bloco é uma empresa que você lança e espera o sucesso. Eu vejo um cenário favorável para os blocos. Olha o Grupo Eva que vai desfilar mais um dia de festa, Durval que voltou com dois dias de Me Abraça, o Coruja com Ivete que também vai desfilar mais um dia. Vejo um cenário favorável, tanto é que o número de blocos que pretendem sair esse ano aumentou”.

De R$ 377 a R$ 1200: confira blocos que iniciaram as vendas para Carnaval de Salvador 2024
Foto: Moskow / Bahia Notícias

A menos de 100 dias do Carnaval de Salvador de 2024, uma coisa é certa: quem gosta da folia e não está se programando para desfilar em algum bloco durante os seis dias de festa, pode sair atrasado e acabar pagando mais caro.

 

O Carnaval de Salvador de 2024, que promete ser um dos mais longos, devido à união das festas de largo e eventos que antecedem a folia, tem sido um dos mais esperados pelos amantes da festa e já começou a movimentar o mercado com a venda de abadás e preocupar os foliões com cancelamentos, como o do Bloco Timbalada.

 

Para quem curte a festa dentro das cordas, o ideal é o planejamento para o caro sair mais suave ao bolso, e pensando nisso, o Bahia Notícias listou os blocos que já estão com vendas abertas para 2024. Confira lista:

 

  • Bloco Camaleão com Bell Marques (Domingo, segunda e terça na Barra/Ondina): a partir de R$ 1290
  • Bloco Coruja com Ivete Sangalo (Sábado, domingo e segunda-feira na Barra/Ondina): a partir de R$ 1200
  • Bloco Vumbora com Bell Marques (Sexta e sábado na Barra/Ondina): a partir de R$ 890
  • Bloco Me Abraça com Durval Lelys (Domingo e segunda na Barra/Ondina): a partir de R$ 780
  • Bloco do Nana com Léo Santana (Sexta e sábado na Barra/Ondina): a partir de R$ 340
  • Bloco de Quinta com Bell Marques (Quinta-feira na Barra/Ondina): R$ 590
  • Bloco Eva com Banda Eva (Sábado na Barra/Ondina): R$ 420
  • Bloco Fissura com Tomate (Sexta-feira na Barra/Ondina): R$ 337
  • Bloco Agrada Gregos com Carla Cristina (Sexta-feira na Barra/Ondina): R$ 344,90
  • Bloco Afoxé Filhos de Gandhy (Domingo e terça na Avenida, segunda na Barra/Ondina): R$ 700
  • Bloco Happy com Tio Paulinho (Sábado na Barra/Ondina): R$ 300
  • Bloco Blow Out com Claudia Leitte (Sexta-feira na Barra/Ondina): R$ 620
  • Bloco Largadinho com Claudia Leitte (Domingo e terça-feira na Barra/Ondina): a partir de R$ 580
  • Bloco As Muquiranas com Psirico, Filipe Escandurras e Parangolé (Sábado, segunda e terça na Avenida): R$ 530
AL-BA aprova projeto que proíbe uso das pistolas de água por blocos no carnaval
Foto: Erem Carla / Bahia Notícias

A Assembleia Legislativa da Bahia aprovou nesta quarta - feira (24), o Projeto de Lei 24.746/2023 que proíbe o uso de pistolas de água e congêneres, durante o carnaval e festas de rua na Bahia. O projeto apresentado pela deputada estadual, Olívia Santana (PCdoB), foi aprovado por unanimidade entre as bancadas da assembleia. 

 

O projeto de Lei prevê que agremiações e blocos carnavalescos adotem meios de impedir que foliões utilizem "armas de água" em outras pessoas, além de campanhas educativas e adoção de penalidade aos foliões infratores. 

 

Em entrevista ao Bahia Notícias, a deputada explicou que o projeto vai garantir uma maior segurança e liberdade para as mulheres durante o carnaval. 

 

“ As mulheres e pessoas LBTQUIA+ vão poder circular pelo carnaval da Bahia sem o risco de ser molestadas. Tem mulheres que mudam de caminho pois sabiam que poderiam ser alvejadas. Isso não tem sentido, é até uma questão civilizatória, você garantir que as pessoas possam transitar sem serem molestadas. É algo que para quem pratica é brincadeira, mas quem recebe é humilhação e não dava mais pra compactuar com isso”, observou Santana. 

 

A emenda foi apresentada no dia 24 de fevereiro, após um caso de agressão contra uma mulher durante a passagem do bloco ‘As Muquiranas’, no carnaval deste ano, no circuito Osmar ( Campo Grande) 

 

O projeto será encaminhado para sanção do governador, Jerônimo Rodrigues.

Gerônimo diz que sem mídia circuito na Boca do Rio será pior que o Centro e sugere sorteio de ordem de blocos

Atração do Pelourinho na noite deste domingo (19), o cantor Gerônimo "pegou ar" com a falta de espaço do Carnaval do Centro Histórico na imprensa, principalmente a televisiva. Em entrevista ao Bahia Notícias, ele avaliou que é preciso haver melhor divulgação para que aconteça de fato a revitalização do local.

 

"Tem de compartilhar as mídias. Se uma televisão tem 4 câmeras pro Carnaval, coloca duas aqui. Bota um jornalista aqui. Aí vai haver um equilíbrio. Agora se todo mundo for pra Barra, vai ser um caos, como está sendo agora. O espaço é pequeno, a população aumentou, os trios elétricos são gigantes. Quem tá no camarote é maravilha. Eu não quero que seja configurado o Carnaval do Apartheid", criticou.

Sem papas na língua, Gerônimo afirmou que, se o atual formato for mantido, não adiantaria um projeto como o que quer levar o Carnaval para a Boca do Rio. "Pode-se fazer, mas se não botar a mídia lá, a televisão, vai ser uma bosta. Vai ser pior do que tá sendo aqui no Centro da cidade. Se dividir, aí os próprios artistas vão escolher".

 

O cantor ainda aproveitou para deixar uma sugestão em relação a outro ponto polêmico: os horários de cada trio nos circuitos oficiais. "Pode ser também sorteio, como se faz no Rio e São Paulo. Sorteia quem é o primeiro. É porque é tradição? Então esse bloco vai ser a vida toda o primeiro? E aqueles que não saem vendem o espaço? Isso não existe. Se é pra democratizar essa porra, que seja assim.

Presidente dos Filhos de Gandhy: 'Blocos com mais de 20 anos não devem participar de edital'
Foto: Reprodução / Isso é Bahia

Entrevistado nesta sexta-feira (7), no programa de rádio “Isso É Bahia”, parceria da A Tarde FM e Bahia Notícias, o presidente do Afoxé Filhos de Gandhy, Gilsoney de Oliveira, destacou as dificuldades da agremiação e questionou a forma pela qual os tradicionais blocos são contratados pelo poder público. 


“Pra você ter ideia, pra sair no Carnaval pagamos uma média de R$ 200 mil de impostos, a cartilha. Pelo uso do solo, quantidade de pessoas, é uma infraestrutura muito grande... Então, você vê e quando vai fazer essa conta é complicado a gente não ter esse apoio... Quer dizer, só temos o apoio hoje do shopping, do governo e da prefeitura, e concorrermos a um edital”, detalhou Gilsoney, que propõe uma provocação ao governo. “Filhos de Gandhy, Ilê Aiyê, blocos que têm mais de 20 anos, não devem participar de edital, devem ter contratação por notoriedade e inexigibilidade”, avalia o presidente afoxé, em referência ao Carnaval Ouro Negro, edital do qual o Ilê ficou de fora por problemas na documentação exigida (clique aqui e saiba mais).


Gilsoney de Oliveira usa o exemplo de artistas populares para pedir uma atenção também aos blocos tradicionais. “Ivete, Bel, o gigante Léo Santana, eles não fazem, eles não passam por uma questão licitatória, eles são contratados por empresas, por produtoras. Eu estou provocando, porque eu acho que nós temos que ser também contratados”, defendeu o presidente dos Filhos de Gandhy. “E isso não é culpa da Secretaria de Cultura, eu vejo que a secretária Arany Santana é muito competente, mas eu acho que tem que ir na mesma régua”, acrescentou.


Em entrevista ao Bahia Notícias, no entanto, a Secult informou que o apoio da pasta se dá apenas por edital e que as demais contratações são feitas por meio de outras secretarias, como a de Turismo, através da Bahiatursa, que em 2017 patrocinou o desfile do Ilê Aiyê e do Olodum no Carnaval.

Vitória da Conquista: Circuito de pré-carnaval homenageia baiana de acarajé Dona Dió
Foto: Divulgação

Vitória da Conquista vai entrar no clima de pré-carnaval durante o próximo fim de semana, nos dias 8 e 9, com os cortejos dos blocos "Algazarra" e "A Xcania Tá O Fervo" (relembre aqui).  Com concentração na Praça da Normal, o percurso foi batizado de “Circuito Dona Dió”.

 

A nomeclatura do espaço trata-se de uma homenagem à Dionísia de Oliveira Silva, baiana de acarajé que atuou pela valorização da cultura afro-brasileira e foi uma personalidade conhecida na região de Conquista. Descendente de quilombolas do povoado Maria Clemência, Dona Dió foi a primeira baiana de acarajé da cidade e fundou a Escola de Samba União do São Vicente, além de ser uma das líderes da Lavagem do Beco.

 

“Esta é uma forma de pisar respeitosamente neste chão e neste espaço em que muitos já fizeram”, declarou o Algazarra em nota.

Baby detona folia baiana: ‘O grande carnaval do Brasil hoje é em São Paulo’
Foto: André Carvalho / Ag Haack / Bahia Notícias

Estrela nos primórdios do carnaval baiano, Baby do Brasil surpreendeu o público de um congresso sobre cultura, comunicação e música do Ministério da Cultura, em São Paulo, após fazer duras críticas à folia de Salvador. De acordo com informações da coluna de Leo Dias, durante uma palestra sobre elaboração e produção de grandes eventos ela levantou a mão para pedir a palavra quando os palestrantes elogiavam o carnaval da Bahia. "Me desculpe, a essência do carnaval da Bahia acabou. Hoje em dia só pode pular o carnaval e ter alegria lá quem tem dinheiro para pagar os abadás caríssimos. Eu fui a primeira cantora de trio elétrico no carnaval da Bahia. Olho pra esse carnaval e desconheço. O grande carnaval do Brasil hoje é em São Paulo, onde todos o trios elétricos e blocos não cobram abadás", disse Baby, arrancando aplausos da plateia.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
O For All vai desbancar a Overclean. E os detalhes já estão no STF. Mas esse não é o único esquema circulando em terras baianas, então fiquem de olho! Mas por enquanto, o assunto mesmo é o encontro do Cacique e do Ferragamo. E teve mais gente preocupada do que feliz. Enquanto isso, a reforma no TCA deu holofotes para Bruno de Wagner e RUIndade. Só que às vezes é melhor evitar aparecer do que mandar a mensagem errada. Não é, Bob Filho? Saiba mais!

Pérolas do Dia

Bruno Monteiro

Bruno Monteiro
Foto: Victor Hernandes/ Bahia Notícias

"A democracia é ruidosa". 

 

Disse o secretário de cultura do Estado, Bruno Monteiro ao voltar a falar sobre as críticas feitas a ele nas últimas semanas pela gestão na pasta, entre eles, um manifesto assinado por artistas e produtores culturais.
 

Podcast

Projeto Prisma entrevista Marcus Presidio, presidente do Tribunal de Contas do Estado da Bahia

Projeto Prisma entrevista Marcus Presidio, presidente do Tribunal de Contas do Estado da Bahia
O presidente do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA), Marcus Presidio, é o entrevistado do Projeto Prisma nesta próxima segunda-feira (1º). O programa é exibido no YouTube do Bahia Notícias a partir das 16h, com apresentação de Fernando Duarte.

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