Gerônimo diz que sem mídia circuito na Boca do Rio será pior que o Centro e sugere sorteio de ordem de blocos
Por Anderson Ramos / Rebeca Menezes
Atração do Pelourinho na noite deste domingo (19), o cantor Gerônimo "pegou ar" com a falta de espaço do Carnaval do Centro Histórico na imprensa, principalmente a televisiva. Em entrevista ao Bahia Notícias, ele avaliou que é preciso haver melhor divulgação para que aconteça de fato a revitalização do local.
"Tem de compartilhar as mídias. Se uma televisão tem 4 câmeras pro Carnaval, coloca duas aqui. Bota um jornalista aqui. Aí vai haver um equilíbrio. Agora se todo mundo for pra Barra, vai ser um caos, como está sendo agora. O espaço é pequeno, a população aumentou, os trios elétricos são gigantes. Quem tá no camarote é maravilha. Eu não quero que seja configurado o Carnaval do Apartheid", criticou.
Sem papas na língua, Gerônimo afirmou que, se o atual formato for mantido, não adiantaria um projeto como o que quer levar o Carnaval para a Boca do Rio. "Pode-se fazer, mas se não botar a mídia lá, a televisão, vai ser uma bosta. Vai ser pior do que tá sendo aqui no Centro da cidade. Se dividir, aí os próprios artistas vão escolher".
O cantor ainda aproveitou para deixar uma sugestão em relação a outro ponto polêmico: os horários de cada trio nos circuitos oficiais. "Pode ser também sorteio, como se faz no Rio e São Paulo. Sorteia quem é o primeiro. É porque é tradição? Então esse bloco vai ser a vida toda o primeiro? E aqueles que não saem vendem o espaço? Isso não existe. Se é pra democratizar essa porra, que seja assim.