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O ator alemão Udo Kier, que ficou conhecido no Brasil pelas participações em filmes como 'Bacurau' e 'O Agente Secreto', teve a morte confirmada no último domingo (23), nos Estados Unidos.
Kier, que tem um currículo extenso em Hollywood, com cerca de 275 obras, entre elas 'Carne para Frankenstein' (1973), 'Sangue para Drácula' (1974), e uma participação especial no clipe de 'Deeper and Deeper', de Madonna, teve a morte confirmada pelo companheiro, Delbert McBride, à Variety.
O último trabalho do ator foi justamente 'O Agente Secreto', que pode levar o Brasil ao Oscar em 2026.
Foto: Instargam
Por meio das redes sociais, o diretor Kleber Mendonça Filho, que colaborou com ele nas duas produções brasileiras, fez uma homenagem ao ator.
"Udo Kier, para sempre na memória. Não existirá nunca jamais outra pessoa e artista como Udo Kier. Que senso de humor, que bom gosto, que alegria de viver. Que sorte a nossa. Um enorme abraço para seu companheiro."
Após a divulgação de uma pesquisa do Datafolha, na qual Lula aparece com 55% das intenções de voto no segundo turno das eleições presidenciais de 2022, contra 22% do presidente Jair Bolsonaro (clique aqui e saiba mais), o cineasta pernambucano Kléber Mendonça Filho ironizou a direita e afirmou que chegou o momento de se filiar ao PT.
“Hora de me filiar ao PT e finalmente merecer todos aqueles xingamentos dementes: ser petista”, escreveu o diretor do longa-metragem “Bacurau”, em sua conta no Twitter, nesta quarta-feira (12). A fala faz referência ao fato de alguns simpatizantes da direita classificarem como “petistas” ou “esquerdistas” pessoas críticas ao atual governo ou a outros políticos da mesma matriz ideológica.
Depois da publicação, o partido de Lula, por sua vez, respondeu ao comentário e se mostrou aberto ao possível novo integrante famoso: “Que honra! Estamos aqui de braços abertos, companheiro!”, publicou a conta oficial do PT.
Questionado por um seguidor sobre a filiação político partidária, Mendonça Filho esclareceu que isso jamais ocorreu. “Voto nesse partido sem nada de torcida de futebol desde 1989. Só admirei os candidatos e priu”, disse o cineasta.
O prêmio de Melhor Filme Estrangeiro do New York Film Critics Circle concedido ao filme Bacurau foi entregue a um dos diretores do longa, Kleber Mendonça Filho, após ter ficado retido na alfândega brasileira.
A entrega foi anunciada pelo cineasta com uma publicação em sua conta no Twitter na tarde desta quinta-feira (4). "O prêmio do NYFCC para Bacurau foi entregue. Agradeço a atenção da Receita e FedEx que esclareceram a questão", disse na legenda que acompanha a foto da condecoração.
O prêmio do @nyfcc para Bacurau foi entregue. Agradeço a atenção da Receita e FedEx que esclareceram a questão. O remetente não deixou claro na embalagem de que tratava-se de um prêmio de valor cultural e simbólico. Gratos pic.twitter.com/8wG34pvoPZ
— Kleber Mendonça Filho (@kmendoncafilho) February 4, 2021
De acordo com ele, o remetente não havia deixado claro na embalagem de que aquele se tratava de um prêmio de valor cultural e simbólico. O longa-metragem de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles foi eleito pela Associação de Críticos de Nova Iorque em dezembro do ano passado.
A informação de que a Receita Federal reteu o prêmio foi dada pelo próprio Kleber através de um tweet nesta quarta-feira (3) (relembre aqui). "Chegou hoje o prêmio do New York Film Critics Circle dado a Bacurau há três semanas (Melhor Filme Internacional). A alfândega quer que paguemos R$ 1.600 para receber o prêmio que tem valor simbólico e não comercial", escreveu o diretor, revelando que esperava ser "um mal entendido dos amigos na aduana".
Chegou hj o prêmio do New York Film Critics Circle @nyfcc dado a Bacurau há 3 semanas (Melhor Filme Internacional). A alfândega ???????? quer que paguemos R$ 1600,00 para receber o prêmio que tem valor simbólico e não comercial. Espero q seja um mal entendido dos amigos na aduana.
— Kleber Mendonça Filho (@kmendoncafilho) February 2, 2021
Dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, o filme brasileiro “Bacurau” é um dos 15 indicados na “longlist” para concorrer ao prêmio de melhor filme em língua não inglesa do BAFTA 2021 (British Academy Film Awards). O anúncio foi feito nesta quinta-feira (4), pela organização do prêmio, considerado o Oscar do cinema britânico.
Nesta etapa, o longa-metragem se destacou entre outras 56 produções (veja os demais indicados). Em seguida, o júri decidirá quais das 15 obras irão figurar entre os cinco indicados na lista definitiva, que será anunciada no dia 9 de março.
Um dos diretores de "Bacurau", Kleber Mendonça Filho, revelou que um prêmio do filme foi barrado da alfândega brasileira e R$ 1.600 reais estã sendo cobrados pelo govenro para que o troféu seja liberado.
"Chegou hoje o prêmio do New York Film Critics Circle dado a Bacurau há três semanas (Melhor Filme Internacional). A alfândega quer que paguemos R$ 1.600 para receber o prêmio que tem valor simbólico e não comercial", escreveu o diretor em uma publicação feita nesta quarta-feira (3) em seu Twitter. "Espero que seja um mal entendido dos amigos na aduana", concluiu em seguida.
Chegou hj o prêmio do New York Film Critics Circle @nyfcc dado a Bacurau há 3 semanas (Melhor Filme Internacional). A alfândega ???????? quer que paguemos R$ 1600,00 para receber o prêmio que tem valor simbólico e não comercial. Espero q seja um mal entendido dos amigos na aduana.
— Kleber Mendonça Filho (@kmendoncafilho) February 2, 2021
O longa-metragem de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles foi eleito como o melhor filme estrangeiro no New York Film Critics Circle em dezembro do ano passado.
Bacurau está na disputa por uma indicação ao Oscar 2021. Com exceção da categoria de melhor filme internacional - por ter sido preterido no ano passado - o longa brasileiro poderá concorrer a todas as categorias da premiação.
O anúncio da oficialização do filme na disputa aconteceu através de uma publicação do ator Silvero Pereira, que interpreta o personagem Lunga na obra de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, em seu Twitter.
"Agora é oficial, Bacurau entra oficialmente para disputar o Oscar. Sorte lançada. Agora é com os membros da Academia", escreveu o artista cearense em seu perfil.
Agora é oficial
— Silvero (@silveropereira) January 29, 2021
BACURAU entra oficialmente pra disputar o Oscar
Sorte lançada
Agora é com os membros da academia ???????? pic.twitter.com/tj2fzelD3s
Apesar de lançado em 2019, só em março do ano passado é que a produção estreou em Nova York. Segundo as regras do Oscar, filmes estrangeiros que ficam em cartaz em Los Angeles por pelo menos uma semana do ano em questão podem concorrer ao prêmio.
Como se não bastasse os elogios da mídia internacional e o favoritismo para que concorra ao Oscar 2021 (clique aqui e aqui), toda equipe de "Bacurau" tem mais um motivo para se sentir com tudo. Um dos diretores de "Homem Aranha no Aranhaverso", Phil Lord, elogiou o filme de Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho.
Lord publicou uma imagem do pôster oficial de divulgação da película nos Estados Unidos em seu Twitter e escreveu a seguinte legenda: "Uh, Bacurau, mais parecido com 'Bacuwow'!".
Uh BACURAU more like BACUWOW pic.twitter.com/lVULIdRyng
— Phil Lord #WinGA #BlackLivesMatter #WearAMask (@philiplord) January 4, 2021
Ao ver a postagem, Kleber Mendonça Filho fez questão de republicar em seu perfil e retribuir publicamente o elogio. "Eu também achei o SM Spideverse [Homem Aranha no Aranhaverso] do cara***. Estamos quites, abraço!", devolveu o cineasta.
Eu também achei o SM Spiderverse do caralho. ‘Tamo quites, abraço ????????? https://t.co/jUepRb1FFN
— Kleber Mendonça Filho (@kmendoncafilho) January 6, 2021
Em resposta, Phil fez um outro tweet em que demonstrou estar grato pelo afago. "Obrigado, companheiro. Parabéns, abraços e boa sorte", se divertiu, argumentando que escreveu em espanhol por não falar português.
Recentemente, outro estadunidense famoso colocou o filme brasileiro entre as melhores produções assistidas por ele no último ano. Barack Obama destacou "Bacurau" como uma das suas obras prediletas (veja aqui). A lista do ex-presidente dos EUA conta ainda com as séries "O Gambito da Rainha" e "The Boys".
O longa brasileiro "Bacurau" está inserido em várias listas de melhores filmes de 2020. Tido como um dos prováveis representantes do país no Oscar 2021, a obra de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles parece traçar o mesmo caminho que "Cidade de Deus", que ficou de fora da disputa de melhor filme estrangeiro em 2003, mas concorreu a quatro estatuetas no ano seguinte.
Para a crítica Alison Willmore, da "Vulture", "Bacurau" foi o melhor filme de todo o ano. Para ela, a produção representa "uma visão de utopia apocalíptica: é um lugar tumultuosamente estranho e multirracial, orgulhosamente nascido do derramamento de sangue revolucionário".
Conforme publicou O Globo, "Bacurau" figura no top 10 de uma lista feita pelo site "Indie Wire" que considera a opinião de críticos e pessoas ligadas às artes cinematográficas. O filme foi consagrado pelo veículo como melhor filme internacional deste ano.
A Rolling Stone elegeu "Bacurau" como o 5º melhor filme de 2020. Além disso, ela classificou o filme brasileiro como um "clássico instantâneo" e destacou a atuação de Sônia Braga.
Na revista "Atlantic", o longa ocupa a 7ª colocação entre os melhores do ano. Para a publicação, ele seria um "western estranho", "às vezes cômico, às vezes horripilante, mudando de ação sangrenta para comédia pastelão e drama social suado sem aviso prévio".
Já segundo a "Esquire", "Bacurau" é o 19º melhor filme de uma lista de 55 melhores obras do ano.
O Rotten Tomatoes, aponta que "Bacurau" tem 91% de resenhas positivas em veículos de mídia, enquanto no Metacritic o longa ostenta nota 82, figurando entre os 50 filmes mais bem avaliados no mundo todo em 2020.
Depois do falecimento de Paulinho, integrante do Roupa Nova (saiba mais), o cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho revelou uma curiosidade relacionada à banda e ao longa-metragem “Bacurau” (2019), dirigido por ele e Juliano Dornelles.
“Soube do falecimento de Paulinho do Roupa Nova, por Covid19. Sinto muito mesmo. Durante anos no roteiro, e até a mixagem, ‘Sapato Velho’ seria usada em Bacurau, mas terminou não entrando. Decisões de montagem as vezes são difíceis”, contou o diretor, compartilhando a versão anterior de uma cena com os atores Rubens Santos e Barbara Colen, que acabou sendo cortada do filme.
Confira a cena:
O ator Silvero Pereira fez um vídeo satirizando a fala do deputado estadual de São Paulo, Artur do Val (DEM), que disse que o filme "Bacurau" careceu de uma cena que representasse a "verbalização da afirmação nordestina".
No vídeo-sátira publicado no Twitter, o cearense, que protagonizou o neocangaçeiro Lunga no longa-metragem, aparece dublando a declaração do parlamentar, feita em seu canal no YouTube, o "Mamãe Falei". O deputado ainda sugeriu mudanças nas cenas dirigidas pelos pernambucanos Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles.
Durante a dublagem, Silvero fez questão de interpretar a nova versão sugerida pelo youtuber. Na legenda, ele escreveu que agora não podiam reclamar da "falta de verbalização nordestina".
"Faltou a verbalização da afirmação nordestina. Cara, o filme não é sobre nordestino ali, resistindo e 'dando pau' nos americanos? Faltou ali o Lunga com uma pexeira falando para o americano 'agora tu tá f**ido, rapaz, passei a vida inteira comendo rapadura, passando sede aqui para abaixar a cabeça para um comedor de chucrute?'", diz o trecho da fala de Artur reproduzida por Silvero no seu vídeo.
A sugestão de "Mamãe Falei" ainda incluiu um outro personagem, que interrompe Lunga na cena imaginada e rebate afirmando quais seriam os hábitos dos americanos. "Aí alguém fala: 'não, não é comedor de chucrute, isso aí é alemão'".
Ganhador do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de 2020 na categoria Melhor Ator pelo personagem vivido em Bacurau, Silvero recebeu a aprovação de um dos diretores da produção pela nova interpretação, que repostou o vídeo nas redes sociais e teceu elogios ao artista. "Silvero, essa tua homenagem pro papaimamãe é muito bom", escreveu Kleber Mendonça Filho.
Confira a sátira:
Agora não podemos reclamar da falta de Verbalização NORDESTINA em #bacurau uau uau uau ???????????????? pic.twitter.com/JPeSfCjiEo
— Silvero (@silveropereira) October 23, 2020
Dirigido por Kléber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, o filme “Bacurau” saiu como principal vencedor do 19º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, realizado de forma online neste domingo (11).
Segundo o Estadão, a obra conquistou seis Troféus Grande Otelo nas categorias “Melhor Longa-Metragem de Ficção”, “Melhor Direção”, “Melhor Efeito Visual”, “Melhor Roteiro Original”, “Melhor Montagem Ficção”, “Melhor Efeito Visual”, além de “Melhor Ator”, prêmio conquistado por Silvero Pereira e dividido com o ator baiano Fabrício Boliveira pela atuação em “Simonal”.
O Grande Prêmio do Cinema Brasileiro contou, ao todo, com 32 categorias. Trinta e cinco filmes nacionais e outros 10 internacionais concorreram aos troféus. Pelo papel protagonista em “Hebe”, Andréa Beltrão venceu na categoria “Melhor Atriz”. Fernanda Montenegro venceu na categoria “Melhor Atriz Coadjuvante” por “A Vida Invisível”. Já o prêmio de “Melhor Ator Coadjuvante ficou com Chico Diaz, pela atuação em “Cine Holliúdy”.
Dirigido Karim Aïnouz, “A Vida Invisível” ganhou ao todo cinco Troféus Grande Otelo. Além do prêmio conquistado por Montenegro, o filme conquistou as categorias “Melhor Direção de Arte”, “Melhor Direção de Fotografia”, “Melhor Figurino” e “Melhor Roteiro Adaptado”.
O 19º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro teve apresentação de Marina Person e Adriana Couto. As atrações musicais ficaram por conta de Paulinho Moska e Gilberto Gil.
Confira a lista completa de premiados:
Melhor longa-metragem de ficção
Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles
Melhor longa-metragem documentário
Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar, de Marcelo Gomes
Melhor longa-metragem infantil
Turma da Mônica Laços, de Daniel Rezende
Melhor longa-metragem comédia
Cine Holliúdy - A Chibata Sideral, de Halder Gomes
Melhor direção
Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, por Bacurau
Melhor atriz
Andréa Beltrão, como Hebe Camargo, por Hebe Camargo
Melhor ator
Fabrício Boliveira, como Simonal, por Simonal
Silvero Pereira, como Lunga, por Bacurau
Melhor atriz coadjuvante
Fernanda Montenegro, como Eurídice, por A Vida Invisível
Melhor ator coadjuvante
Chico Diaz, como Véi Gois, por Cine Holliúdy
Melhor direção de fotografia
Hélène Louvart, por A Vida Invisível
Melhor roteiro original
Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, por Bacurau
Melhor Roteiro Adaptado
Murilo Hauser, Karim Aïnouz e Inés Bortagaray, baseado no livro “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão”, de Martha Batalha, por A Vida Invisível
Melhor direção de arte
Rodrigo Martirena, por A Vida Invisível
Melhor figurino
Marina Franco, por A Vida Invisível
Melhor maquiagem
Simone Batata, por Hebe - a Estrela do Brasil
Melhor efeito visual
Mikaël Tanguy e Thierry Delobel, por Bacurau
Melhor montagem ficção
Eduardo Serrano, por Bacurau
Melhor montagem documentário
Karen Harley, por Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar
Melhor som
Marcel Costa, Alessandro Laroca, Eduardo Virmond, Armando Torres Jr., ABC e Renan Deodato, por Simonal
Melhor trilha sonora
Wilson Simoninha e Max de Castro, por Simonal
Melhor longa-metragem estrangeiro
Parasita | Parasite, de Bong-Joon-ho
Melhor longa-metragem ibero-americano
A Odisséia dos Tontos | La Odisea de los Giles, de Sebástian Borensztein
Melhor longa-metragem de animação
Tito e os Pássaros, de Gustavo Steinberg, Gabriel Bitar e André Catoto
Melhor curta-metragem animação
Ressurreição, de Otto Guerra
Melhor curta-metragem documentário
Viva Alfredinho!, de Roberto Berliner
Melhor curta-metragem ficção
Sem Asas, de Renata Martins
Melhor série de animação TV paga / OTT
Turma da Mônica Jovem, 1ª temporada, de Marcelo de Moura
Melhor série de documentário TV paga / OTT
Quebrando o Tabu, 2ª temporada, de Katia Lund e Guilherme Melles
Melhor série de ficção TV Paga / OTT
Sintonia, 1ª temporada, de Kondzilla e Johnny Araújo
Melhor série de ficção TV aberta
Cine Holliúdy, 1ª temporada, de Halder Gomes e Renata Porto D’ave
Melhor primeira direção de longa-metragem
Leonardo Domingues, por Simonal
Melhor filme voto popular
Eu Sou Mais Eu, de Pedro Amorim
Seis diretores que estão concorrendo ao Prêmio de Melhor Direção de Ficção no Grande Prêmio de Cinema Brasileiro vão participar de um debate online promovido pela Academia Brasileira de Cinema nesta segunda-feira (5). O encontro acontece a partir das 19h.
Vão participar da conversa os cineastas Daniel Rezende (Turma da Mônica - Laços), Flávia Castro (Deslembro), Gabriel Mascaro (Divino Amor), Karim Aïnouz (A Vida Invisível) e Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles (Bacurau).
Segundo a coluna de Monica Bergamo na Folha, a mediação será feita pela jornalista Melina Dalboni e o bate-papo vai ser transmitido pelo canal do YouTube da academia.
“Bacurau” levou o maior prêmio na 46ª edição do Festival Sesc Melhores Filmes, nesta quarta-feira (19). O longa-metragem de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles venceu na categoria Melhor Roteiro, Direção e Filme pelo Público e pela Crítica. O filme teve ainda outras duas premiações: Melhor Fotografia pelo Público, assinada por Pedro Sotero e Melhor Ator Brasileiro pelo Público, pela atuação de Silvero Pereira, como Lunga.
A votação popular do festival foi feita através da internet e contabilizou 65.620 votos. Já o júri técnico contou com a participação de 113 críticos especializados de todo o país.
PREMIADOS NACIONAIS
Melhor Documentário pelo Público - "Bixa Travesty" (Direção Claudia Priscilla e Kiko Goifman)
Melhor Documentário pela Crítica - "Estou Me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar" (Direção Marcelo Gomes)
Melhor Fotografia pelo Público - Pedro Sotero (Bacurau)
Melhor Fotografia pela Crítica - Hélène Louvart (A Vida Invisível)
Melhor Ator Brasileiro pelo Público - Silvero Pereira (Bacurau)
Melhor Ator Brasileiro pela Crítica - Marco Nanini (Greta)
Melhor Atriz Brasileira pelo Público - Fernanda Montenegro (A Vida Invisível)
Melhor Atriz Brasileira pela Crítica - Grace Passô (Temporada)
Melhor Roteiro, Direção e Filme pelo Público e pela Crítica - Bacurau (Roteiro e direção Juliano Dornelles e Kléber Mendonça Filho)
PREMIADOS ESTRANGEIROS
Melhor Ator Estrangeiro pelo Público e pela Crítica - Joaquin Phoenix (Coringa)
Melhor Atriz Estrangeira pelo Público e pela Crítica - Lupita Nyong'o (Nós)
Melhor Direção Estrangeira pelo Público e pela Crítica - Bong Joon-Ho (Parasita)
Melhor Filme Estrangeiro pelo Público e pela Crítica - Parasita
Em sua segunda semana de funcionamento o Cinema Drive-In do Goethe-Institut exibirá dois filmes nacionais. Nesta quinta-feira (13), a partir das 20h, o público poderá conferir o premiado “Bacurau”, dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. Já na sexta (14), no mesmo horário, será exibido o documentário “Carta para além dos muros” (2019), de André Canto.
Realizada no estacionamento do Goethe-Institut Salvador-Bahia, acessível pelo Vale do Canela, a programação tem ingressos a R$ 10 por veículo, com lotação máxima de quatro pessoas. As entradas estão à venda na plataforma Sympla (clique aqui) e a receita arrecadada será doada a instituições sociais.
BACURAU
Vencedor do prêmio do júri no Festival de Cannes, de melhor filme na principal mostra do Festival de Cinema de Munique e do Prêmio de Melhor Filme e Melhor Direção do Festival de Lima, “Bacurau” foi convidado para mais de 100 festivais e mostras ao redor do mundo desde sua première mundial em Cannes.
Rodado no Sertão do Seridó, divisa do Rio Grande do Norte com a Paraíba, é um filme de ação, suspense e faroeste ambientado no Brasil em um futuro hipotético. Conta a história do povoado Bacurau, que some do mapa misteriosamente e cujos moradores começam a presenciar estranhos acontecimentos e uma série de assassinatos inexplicáveis. A comunidade da cidade tenta reagir. Mas como se defender de um inimigo desconhecido e implacável? Sonia Braga, o alemão Udo Kier e Karine Teles fazem parte de um elenco composto por dezenas de atores como Barbara Colen, Silvero Pereira, Thomas Aquino, Antonio Saboia, Rubens Santos e Lia de Itamaracá.
CARTA PARA ALÉM DOS MUROS
“Carta para além dos muros” narra a trajetória de uma epidemia que escancarou ignorância e preconceitos. O documentário, primeiro do gênero a refazer a cronologia do HIV e da Aids no Brasil, investiga o estigma e a discriminação como produtos de uma sociedade que insiste em manter marginalizadas as pessoas que vivem com HIV.
Até hoje, passados mais de 30 anos, muitas ainda enfrentam situações de medo, insegurança e exclusão. No filme, o jovem Caio conta sobre quando descobriu ter sido infectado, momento a partir do qual teve de enfrentar seus próprios fantasmas, além do preconceito da família e da sociedade. Usando o depoimento de Caio como fio condutor, a obra passa a intercalar imagens de arquivo e entrevistas com médicos, pessoas que vivem com o vírus, ativistas e figuras públicas, que expõem motivos pelos quais a impressionante evolução na resposta médica e científica ao HIV não veio acompanhada de uma mudança de mentalidade e de preconceitos em relação à infecção.
Da denominação da doença como “peste gay” na época do seu surgimento, passando pela classificação estigmatizante de “grupos de risco”, pelo sensacionalismo de parte da imprensa e também pelos julgamentos morais e religiosos no desenrolar da epidemia, o filme trata do modo como o HIV é encarado na sociedade atual, revelando um quadro de desinformação e preconceitos persistentes, que atingem sobretudo as populações mais vulneráveis.
O filme brasileiro "Bacurau" foi apontado pelo site estadunidense IndieWire como um dos candidatos fortes ao Oscar 2021. Apesar de ter sido lançado do Brasil e em vários festivais internacionais em 2019, a obra de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles só estreou no cenário comercial dos EUA no comecinho de 2020.
Segundo o Uol Entretê, o veículo americano foi só elogios para a produção nacional, destacando o seu "espírito maravilhoso e louco", e frisando que o incluiu na lista de melhores lançamentos de 2020 até agora.
"Bacurau" chegou a ser cotado como representante do Brasil no Oscar de 2020, mas não levou a indicação.
A lista completa do IndieWire inclui produções cinematográficas que ainda não estrearam no Brasil, como "The Assistant" e "Never Rarely Sometimes Always". Alguns outros que já apareceram por aqui.
Lançado em 2019 e protagonizado por Sônia Braga, o filme “Bacurau” será disponibilizado de forma gratuita em uma live especial de cinema. Programado para ser exibido na próxima quinta-feira (18), o longa dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles integrará o projeto “Sessão Fique em Casa”, promovido pelo canal Telecine, no YouTube (clique aqui).
O filme e a data para a exibição não foram escolhidos por acaso, já que nesta mesma semana, mais especificamente no dia 19 de junho, é comemorado o Dia do Cinema Brasileiro. “Bacurau”, vale destacar, além de ter sido uma das produções nacionais mais comentadas em 2019, foi vitorioso com o prêmio do Júri em Cannes.
O filme, de acordo com a sinopse, conta a história dos “moradores de um pequeno povoado do sertão brasileiro, chamado Bacurau”, que em um dado momento “descobrem que a comunidade não consta mais em qualquer mapa”.
Durante o longa, fatos estranhos começam a surgir na região, como o aparecimento de drones e a chegada de estrangeiros ao local. “Quando carros se tornam vítimas de tiros e cadáveres começam a aparecer, Teresa, Domingas, Acácio, Plínio, Lunga e outros habitantes chegam à conclusão de que estão sendo atacados”, completa.
Além de Sônia Braga, “Bacurau” também conta com o elenco formado pelos atores Udo Kier, Bárbara Colen, Silvero Pereira, Thomás Aquino, Karine Teles, Antonio Saboia, Lia de Itamaracá, Wilson Rabelo, Carlos Francisco, Luciana Souza, Thardelly Lima, Jonny Mars, Allison Willow, James Turpin, Brian Townes, Charles Hodges e Chris Doubek.
Uma cena icônica de “Bacurau”, longa-metragem premiado dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, foi editada com uma mensagem de apoio ao isolamento social para conter a pandemia do coronavírus.
Em um vídeo publicado nas redes sociais dos diretores, o carro de som que aparece diversas vezes no filme para mobilizar a população do povoado, agora conscientiza os brasileiros da vida real a seguirem as orientações sanitárias para combater a Covid-19. "Eu vim aqui pra dar um recado. Evitem aglomerações, não saiam de casa, é preciso que a gente seja forte, fique ligado no outro, se ajude, só com muita solidariedade, só com muito esforço e com calma e com tranquilidade a gente vai passar por mais essa, sacou?”, diz DJ Urso.
“É importante ficar ligado nesse aviso! Vamos fazer como no filme. Vamos imitar a arte. Bacurau se organizou e se livrou de uma tremenda presepada e a gente vai fazer o mesmo aqui, tá certo?”, acrescentou, referindo-se à união dos personagens contra uma ameaça que por pouco não destruiu o povoado.
Após a recriação da cena, o elenco entoa a campanha “fique em casa”, a exemplo da baiana Luciana Souza, Silvero Pereira, Karine Teles e Bárbara Colen.
Mensagem de Bacurau pra quem viu e pra quem não viu o filme. #FiqueEmCasa, saúde amor e paz. pic.twitter.com/4OGZKQP5VY
— Kleber Mendonça Filho (@kmendoncafilho) April 8, 2020
Diretor do longa “Bacurau”, protagonizado pela atriz Sônia Braga, Kleber Mendonça Filho externou o desejo de trabalhar com o ator Babu Santana, que atualmente participa da 20ª edição do “Big Brother Brasil”.
Admitindo não ser um telespectador do reality, o diretor esclareceu, em seu perfil no Twitter, que a vontade de fazer parceria com o artista surgiu antes mesmo da ida de Babu para o programa. A publicação de Mendonça surgiu após o próprio brother revelar, em uma conversa com Manu Gavassi, que queria ter integrado o elenco de “Bacurau”.
“Eu gosto de Babu há anos. Quero trabalhar com ele mas não sei se temos grana para pagar ganhador do ‘BBB’. E abração na garota conversando com ele”, escreveu Kleber, que levantou a hashtag da torcida #teambabu.
Não só Kleber Mendonça Filho, mas também o autor de “Salve-se Quem Puder”, Daniel Ortiz, revelou ter vontade de fazer parceria com o brother. O criado da atual novela das 19 horas comentou em uma postagem na página de Babu, no Instagram, que quer ter o ator no elenco da trama após o “BBB” (relembre aqui).
Eu gosto de Babu há anos. Quero trabalhar com ele mas não sei se temos grana para pagar ganhador do BBB ?????. E abração na garota conversando com ele. #teambabu
— Kleber Mendonça Filho (@kmendoncafilho) March 24, 2020
PS: não assisto BBB, amigo me enviou esse vídeo. pic.twitter.com/kl5qk1286l
O diretor de Bacurau, Kléber Mendonça Filho, postou uma foto com um DVD pirata de seu filme numa barraca na rua. "Piratex vendendo bem no camelô", disse o realizador na publicação.
"Muita gente dizia que o mercado de DVD havia acabado, mas existe ainda um grande público que precisa ter o filme em mídia física, e não num arquivo escondido numa pasta do computador — diz o diretor. — Vamos para a segunda tiragem de DVDs de 'Bacurau' depois de esgotar 3 mil discos e, em fevereiro, sai o blu-ray. E nos camelôs, a versão pirata baixada da internet é um sucesso, e a capa muito louca", alegou Mendonça.
Conforme noticiou O Globo, o codiretor do filme, Juliano Dornelles, acredita que a pirataria é sinal de que o longa pegou no gosto popular. "Ver 'Bacurau' espalhado pelo mundo da pirataria é sinal de que o filme impactou fortemente a cultura. Mas minha recomendação é que se procure o DVD ou blu-ray oficiais, pois estão recheados de extras incríveis, feitos com muito carinho. Não sei se os piratas dão conta desse esmero, não dá vontade de guardar, você assiste e joga fora", argumentou.
Em entrevista ao site argentino Infobae, para falar sobre “Bacurau”, que estreou nesta quinta-feira (2) no país, Sonia Braga revelou ter se inspirado na dor da perda da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) para interpretar a médica Domingas no filme brasileiro.
“Quando eu estava no set de filmagem, como Domingas, soube da notícia de que a tinham assassinado. Carreguei com essa dor da perda durante toda filmagem. Agora mesmo quando voltei a ver o filme, percebo essa tristeza”, contou a atriz. “(suspiro). Foi algo estranho para mim. Eu nunca fui atriz de formação acadêmica, minha escola foi a rua, observar as pessoas reais. Mas algo aconteceu para que minha personagem carregue esse rosto de dor que tem durante o filme. Perdi uma amiga querida, alguém muito admirada: Marielle Franco foi assassinada”, lembrou a artista, revelando que conheceu a legisladora carioca poucas semanas antes de viajar para Pernambuco para gravar o longa-metragem de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles.
Sonia Braga contou ainda que conheceu Marielle Franco através de amigos, e que imediatamente enxergou nela uma grande força. “Tenho uma amiga no Rio de Janeiro que, quando eu viajo pra lá, organiza reuniões para conhecer gente interessante da cidade, artistas, políticos... Assim eu conheci Marielle. Quando ela parou na minha frente e começou a falar eu notei que estava falando com alguém realmente forte. Não uma mulher forte, era um ser humano forte. Ela não falava das mulheres, falava dos seres humanos, de todos os habitantes do planeta Terra, tinha uma mensagem de unidade”, disse.
O filme brasileiro “Bacurau”, de Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho, foi eleito pelo júri oficial como melhor longa-metragem da 29ª edição do Festival de Cinema Fantástico da Universidade de Málaga (Fancine), que aconteceu entre os dias 14 e 21 de novembro, no sul da Espanha.
Após levar o prêmio principal, a produção brasileira, que chegou a pleitear uma indicação para representar o Brasil no Oscar (clique aqui), recebe R$ 9 mil euros.
Depois da estreia nos cinemas, o filme chegará a diversas plataformas digitais na próxima semana. Na sexta-feira (29), o público poderá conferir o longa na Net, Sky, Vivo, Oi e Looke. No sábado (1º), o filme estará disponível também no iTunes e Google.
Com o sucesso de crítico de "Bacurau", "Aquarius" e "O Som ao Redor", os três filmes de Kleber Mendonça Filho terão seus roteiros publicados em um livro. A publicação será feita pela editora Companhia das Letras no início do ano que vem.
Segundo informações da coluna de Guilherme Amado, no site da Época, o livro será aberto com uma análise do diretor sobre sua obra.
Longa-metragem mais recente, "Bacurau" é protagonizado por Sonia Braga, foi lançado em agosto deste ano e conta a história de moradores de um pequeno povoado localizado no sertão brasileiro, o Bacurau. Aos poucos, eles percebem que a região é alvo de ataque de estrangeiros e buscam identificar o inimigo para criar um mecanismo de defesa.
Antes disso, em 2016, Mendonça Filho fez sucesso com o lançamento de "Aquarius", também estrelado por Sonia. O filme aborda a trama de uma jornalista aposentada que resiste à venda de seu apartamento na orla de Recife diante do assédio de uma grande construtora.
Já o terceiro roteiro é de "O Som ao Redor", lançado em 2013. Também situado na capital pernambucana, o longa aborda a transformação de moradores de classe média quando uma empresa de segurança particular é contratada para “trazer paz” aos residentes da área.
O filme "Bacurau", do diretor Kleber Mendonça Filho, ganhará duas sessões gratuitas durante a Virada Sustentável. O longa será exibido no dia 8 de novembro, na Saladearte Cinema do Museu, às 20h30 e no dia 10 de novembro, na Saladearte Cine MAM, às 16h. "Bacurau" já atraiu mais de 500 mil espectadores e ganhou o Prêmio do Júri no Festival de Cannes, e de Melhor Filme e Direção no Festival de Cinema de Lima.
A trama do filme é ambientada em um futuro recente, em um povoado do sertão de Pernambuco que some misteriosamente do mapa. Quando uma série de assassinatos inexplicáveis começa a acontecer, os moradores da cidade tentam reagir. O elenco conta com Sônia Braga, Udo Kier, Barbara Colen e Silvero Pereira. As entradas para as sessões estarão disponíveis para retirada 2h antes das exibições nas bilheterias.
A atriz mineira Bárbara Colen, que está em cartaz em todo Brasil com o longa-metragem “Bacurau”, de Kleber Mendonça Filho, abandonou a estabilidade de um emprego no Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) para se dedicar às artes. “Sempre quis ser atriz, mas precisei de um tempo para ir me preparando para isso”, contou Colen ao jornal O Globo. Ela, que se formou em Direito, lembrou ainda que precisou trabalhar enquanto fazia faculdade, por não ter condições de se dedicar exclusivamente aos estudos. “Ainda bem que tive coragem”, destacou.
Segundo o jornal, ela trabalhava há sete anos no MP-MG quando decidiu fazer um curso de interpretação no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, e em seguida abandonar o funcionalismo público, em 2015. O processo foi rápido e na semana seguinte Kleber Mendonça convidou Bárbara para o elenco de “Aquarius” (2016), no papel de Clara, personagem de Sônia Braga quando jovem.
No ano passado o diretor voltou a escalá-la para uma obra, desta vez “Bacurau”, filme no qual ela interpreta Teresa. “É um filme difícil de definir, que fala de muitas coisas. É uma história sobre pessoas muito simples, interessante, complexa, inteligente. E toca muito na questão da identidade, de uma sociedade que se pensa a partir da educação e da preservação da memória. Uma coisa que nos falta às vezes no Brasil”, resume Bárbara Colen.
Estrelado por Sônia Braga e grande elenco, o filme “Bacurau”, dos diretores Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, arrecadou no último final de semana, entre os dias 5 e 8 de setembro, cerca de R$ 1,4 milhão nas bilheterias do Brasil, de acordo com o colunista Lauro Jardim, do O Globo.
Com a cifra, “Bacurau” ficou na sexta colocação dos filmes mais assistidos no período segundo levantamento realizado pela Comscore. Durante os quatro dias, o filme foi exibido em 356 salas e contou com a presença de 79 mil espectadores. No geral, desde a sua estreia, “Bacurau” arrecadou, até então, R$ 4,2 milhões nas bilheterias e pouco mais de 250 mil pessoas assistiram ao filme.
Entre os dias 5 e 8 de setembro o filme “It - Capítulo Dois” foi quem encabeçou a lista como filme mais assistido e com melhor arrecadação nacionalmente. O longa americano atingiu a marca de exibição em 509 salas, 1,03 milhão de espectadores e bilheteria na casa dos R$ 17 milhões.
Em segundo lugar, no mesmo período, ficou o filme religioso “Nada a perder 2”. Apesar de grande procura nas bilheterias, mas presença abaixo do esperado nas salas de cinema, o longa, segunda parte da história sobre o bispo Edir Macedo, foi exibido em 1.061 salas, com presença de 394 mil espectadores e R$ 3,5 milhões de bilheteria.
Vencedor do Prêmio do Júri do Festival de Cannes deste ano, o longa Bacurau, dos diretores Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho, ambos nordestinos, já chegou à pré-estreia em Salvador, na última quarta-feira (28), aclamado. Duas salas do Espaço de Cinema Glauber Rocha, no Centro Histórico, foram reservadas para a exibição e ficaram lotadas. A estreia oficial do filme em salas de todo o país aconteceu nesta quinta (29).
A trama fala sobre um povoado fictício no interior do sertão nordestino que desaparece do mapa repentinamente. O que se desenrola a partir daí é uma narrativa com suspense, ação e aventura. Ingredientes que, aliás, um dos diretores, Kléber Mendonça Filho, afirma ser um dos desafios enfrentados na concepção. "O maior desafio é ter feito um filme brasileiro de ação, de ficção científica, de aventura onde os personagens fossem extremamente brasileiros e que eles falassem e você acreditasse", disse ao Bahia Notícias.
Bacurau teria tudo para ser um "Western", ou em bom português, um "filme de faroeste". Isso se não fosse o sertão Pernambucano hiperconectado, a realidade distópica não tão distante e o cangaço repaginado de um dos personagens, Lunga - interpretado por Silvero Pereira. Com esses atributos, o longa se aproxima mais de outro gênero do cinema da década de 1960: o Cinema Novo de Glauber e Olney.
Concebido a partir de 2009 - ano em que o Brasil ainda não havia vivenciado os movimentos políticos de junho de 2013, nem mesmo a guinada à direita com a eleição de Jair Bolsonaro, em 2018 -, as metáforas que o público e a crítica relacionaram com a atual situação social e política do país estão no roteiro desde o início.
Juliano Dornelles responsabiliza a coincidência a um fenômeno comum na história. "É um filme sobre resistência, sobre reação. Eles estão lidando com uma situação de ameaça e precisam se organizar para se defender. Isso a gente traz dos arquétipos que a gente tem na cultura da humanidade mesmo", justificou.

Foto: Bruno Leite/Bahia Notícias
Já para Kleber, as comparações nunca foram tão intencionais em seus planos, mas fazem parte de uma pequena representação do que seria o Brasil. "A gente vê a sociedade brasileira de certa forma e aquela comunidade é criada a partir de experiências pessoais nossas do Nordeste. Então se a carapuça cabe, se você quiser usar aquela carapuça ou alguém quiser usar, eu acho que funciona", explica.
"O filme na verdade está sendo encaixado, e às vezes bem, dentro de uma situação de brasileiro, de Nordeste e de Brasil em relação aos Estados Unidos. Tudo isso é muito incrível, é uma situação atmosférica muito interessante que acontece", complementa Kléber Mendonça.
A premissa básica é o entendimento de que o futuro é logo ali. Os primeiros caracteres que aparecem, logo na chegada de uma das personagens à cidade, apontam: "alguns anos à frente...". E dessa maneira a ficção não se intenciona em ir muito longe no tempo. O cangaço é uma das forças motrizes da reviravolta que a trama dá.
SITUAÇÃO DA ANCINE
O série de indicativos, por parte do Executivo nacional, em torno da redução de incentivos aos filmes financiados pela Agência Nacional de Cinema (Ancine) e até mesmo de transferência da sede do Rio de Janeiro para Brasília, desde o início desse mês, é encarado pela classe artística como um "desmonte".
Se consolidado, o processo pode desacelerar o setor de produção de obras audiovisuais, que voltou a ser aquecido com o movimento iniciado nos fim dos anos 1990 e apelidado de "Cinema de Retomada", no qual o segmento pernambucano tem um protagonismo - com obras como "Lisbela e o prisioneiro" (2003), de Guel Arraes, e "Tatuagem" (2013), de Hilton Lacerda.
O diretor Juliano Dornelles defende que o papel do cinema de Pernambuco, assim como o de qualquer outro do país, seria o de continuar existindo, ser honesto com sua própria linguagem e manter a frequência de produção. Afinal, conforme apontou, ano passado foram 160 filmes produzidos no Brasil.

Foto: Bruno Leite/Bahia Notícias
Sobre o assunto, a atriz baiana Luciana Souza, que integra o elenco de Bacurau, afirma que a produção de obras cinematográficas e de cultura não tem volta, mesmo com as "retaliações". De acordo com ela, o que vem sendo observado é a necessidade de algo como Bacurau, que seria "uma voz clamando por tudo isso que estamos vivendo". "E daqui para frente, mesmo que digam não a gente tá fazendo", conclui.
A atriz também já integrou o Bando de Teatro Olodum e participou de outro sucesso do cinema nacional, "Ó paí, ó". A sua personagem, Isa, é a responsável pela história do povoado retratado em Bacurau e tem uma forte amizade com a médica vivida por Sônia Braga.
CANNES E OSCAR
Das cinco categorias oficiais do Festival de Cannes em 2019, uma delas, o Prêmio do Júri, ficou para Bacurau. A experiência de estar no tapete vermelho do festival francês já havia sido vivenciada por Kleber com Aquárius, em 2016, com a indicação da obra para a Palma de Ouro.
Ele confessou ao BN que a esperança do recém-lançado filme ganhar, bem como o sonho de ir, existia, mas que não se pode contar com isso, pois "são milhares de filmes submetidos todos os anos".
Bacurau também foi incluído como uma das doze indicações da Secretaria do Audiovisual, vinculada ao Ministério da Cidadania, ao Oscar 2020, mas o escolhido para concorrer ao prêmio foi "A vida invisível".
O filme brasileiro Bacurau, vencedor do Prêmio do Júri em Cannes, agora está concorrendo ao Prêmio Goya, conhecido como Oscar espanhol. O longa concorre na categoria Melhor Filme Iberoamericano.
"Num futuro recente, Bacurau, um povoado do sertão de Pernambuco, some misteriosamente do mapa. Quando uma série de assassinatos inexplicáveis começa a acontecer, os moradores da cidade tentam reagir. Mas como se defender de um inimigo desconhecido e implacável?", diz a sinopse oficial do longa.
"Bacurau", que foi dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, irá estrear no dia 29 de agosto no Brasil.
#Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, é o filme brasileiro escolhido para representar o Brasil no Prêmio Goya, o equivalente ao Oscar da Academia de Cine da Espanha. O filme está indicado ao prêmio de Melhor Filme Iberoamericano. ????? pic.twitter.com/MpSSWlNJit
— Kleber Mendonça Filho (@kmendoncafilho) 12 de agosto de 2019
Com a proximidade do fim das inscrições, no dia 16 de agosto, apenas três produções se lançaram para representar o Brasil no Oscar 2020.
Até então, os filmes brasileiros que pleiteiam uma vaga são: "Bacurau", de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles; "Los Silencios", de Beatriz Seigner e “A Vida Invisível de Eurídice Gusmão”, de Karim Aïnouz.
Após o período de inscrições, a Academia Brasileira de Cinema deve escolher o filme que vai representar o país na disputa de uma vaga entre os indicados ao prêmio de Melhor Filme Estrangeiro.
O longa-metragem brasileiro “Bacurau”, que levou o Prêmio do Júri no Festival de Cannes (clique aqui e saiba mais), teve a sua data de lançamento em circuito anunciada nesta quarta-feira (29).
Dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, o filme estreia no dia 29 de agosto, mas segue o circuito de festivais e em busca de uma indicação ao Oscar na categoria de Melhor Filme Internacional.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luiz Inácio Lula da Silva
"Queremos redefinir o papel da Guarda Nacional. Se aprovada a PEC, nós vamos criar o Ministério da Segurança Pública neste país".
Disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao afirmar que pretende criar o Ministério da Segurança Pública caso a PEC enviada pelo governo sobre o tema seja aprovada pelo Congresso. Segundo ele, a mudança faria parte de uma reestruturação do setor e da redefinição do papel da Guarda Nacional.