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A cantora Daniela Mercury falou, nesta sexta-feira (9), sobre sua atuação como ativista dos Direitos Humanos no Brasil e também sobre sua relação com a ancestralidade, e que foi justamente o que impulsionou sua ligação com blocos afro aqui na capital baiana.
“Eu vou na África, os meninos vão e tudo mais, é o que o povo brasileiro fez, né? A partir de tudo que aconteceu na história da gente, né? E tá aqui, a gente fez essa transformação espetacular e ainda tem esse amor pela ancestralidade, pela história”, disse a artista durante o segundo dia do Carnaval de Salvador. A artista ainda aproveitou para cantar à capela com o Ilê Aiyê. Confira:
VÍDEO: ?? Daniela Mercury fala sobre atuação enquanto ativista e relação com blocos afro
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) February 10, 2024
????? Eduarda Pinto/ Bahia Notícias pic.twitter.com/Et6Ba1caAx
Daniela também comentou seu interesse pelo ativismo e destacou a luta que vem travando nos últimos anos. “Eu sou uma pessoa muito interessada em Direitos Humanos. Tenho lutado constantemente contra todo tipo de violência, né, contra as mulheres, contra o povo negro e os LGBTs, que eu faço parte. Tô na turma dos que lutam pelos seus direitos que é uma questão muito mais complexa”, completou Daniela Mercury.
Figura non grata para Jair Bolsonaro pelo ativismo ecológico que confrontou a gestão do país em 2019, o ator Leonardo DiCaprio voltou a criticar o presidente brasileiro por causa do desmatamento na Amazônia e pelo negacionismo.
“Dados preliminares indicam aumento de 7% em agosto. O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, está sob pressão internacional para conter os incêndios, mas ele duvidou publicamente da gravidade deles no passado, alegando que oponentes e comunidades indígenas foram os responsáveis", escreveu o artista no Instagram, junto com uma notícia do jornal britânico The Guardian.
“Os incêndios florestais na Amazônia no ano passado foram devastadores o suficiente, mas com o clima mais seco este ano até agora, assim como a pandemia do coronavirus que matou mais de 99 mil brasileiros, há uma preocupação crescente de que o desmatamento em andamento não esteja recebendo atenção suficiente”, acrescentou DiCaprio, que ano passado foi acusado, sem provas, por Bolsonaro de fazer campanha contra o Brasil e “colaborar com as queimadas”.
Ativista de causas sociais, antes mesmo dos brasileiros discutirem de forma clara temas como racismo, homofobia e feminismo, Elza Soares volta à sala principal do Teatro Castro Alves nesta sexta-feira (12), a partir das 21h, com o show do disco “Deus é Mulher” (2018). Já na primeira faixa, “O Que se Cala”, é possível ter uma prévia da mensagem pretendida pela artista. "Mil nações/ Moldaram minha cara/ Minha voz/ Uso pra dizer o que se cala/ O meu país/ É meu lugar de fala (...) Pra que explorar? / Pra que destruir?/ Por que obrigar?/ Por que coagir?/ Pra que abusar?/ Pra que iludir?/ E violentar/ Pra nos oprimir?/ Pra que sujar o chão da própria sala?”, diz a letra da composição de Douglas Germano. Apesar do histórico de Elza, seu engajamento ainda surpreende e incomoda a alguns (clique aqui), mas ela segue firme. “Na verdade, é um ato político, gente. Só em eu estar apresentando já é um ato político. Eu falo: mulher preta assusta!”, destaca a cantora carioca. “Eu faço parte disso aí. E por que não falar? Eu sou parte de tudo isso”, acrescenta a intérprete, que ultrapassa os 80 anos de idade, mas diz ser atemporal.
De fato, enquadrar Elza no tempo cronológico seria uma injustiça, já que, ao longo de décadas, sua obra e sua luta seguem inabaladas. “Eu não faço parte de idade. Eu sou totalmente atemporal. Não tenho tempo pra ver que idade tenho. Eu não sei parar, se parar tudo bem, mas enquanto tiver movimento eu estou viva, estou buscando, estou lutando e chamando gente”, explica a cantora, que ainda em turnê com o mais recente disco, já prepara um novo álbum, na mesma linha do “Mulher do Fim do Mundo” (2015) e “Deus é Mulher” (2018). “Vamos falar do amor, da vida, da luta, valorizar as mulheres. Somos a mãe do mundo, ainda temos que gritar: olha pra mim que eu existo! Que loucura, a mulher é mãe do mundo e ainda tem que gritar. A gente tá fazendo o trabalho, por enquanto não posso dizer nada, mas já está sendo feito”, explica.
"O Que Se Cala" é uma das canções incluídas no repertório do show:
Mesmo sendo destemida e persistente, Elza se diz alarmada com o atual momento no Brasil. “Olha, a minha luta é sempre a mesma. Não vou parar de lutar e gritar. Venho pedindo misericórdia, pedindo socorro, porque a coisa que me faz muito mal é esse mundo de maldosos. Como está ruim, as pessoas não são boas, e está todo mundo num silêncio profundo. Acabou o amor, é só ódio, e eu tenho muito medo dessa palavra ódio”, pontua a cantora, destacando que lhe assusta muito o “silêncio dos bons”. “O calado dos maus não me faz mal nenhum, mas o silêncio dos bons assusta a gente. Eu acho que a gente tem que gritar cada vez mais alto. E gritar mesmo, não pode calar”, acrescenta, criticando a passividade diante da realidade no país. “Olha, eu vejo muita gente na luta, mas ainda é pouca. Ainda falta muita gente gritar. Eu vejo muito silêncio, o que me faz mal. O que me causa uma certa espécie é o silêncio dos bons, isso me faz mal. Temos que gritar e muito, gritar mesmo!”, reitera a carioca.
O reconhecimento da força de Elza Soares para a cultura brasileira tem sido expresso de várias formas. Só nos últimos anos ela ganhou um espetáculo musical, estrelado pela baiana Larissa Luz (clique aqui); uma nova biografia, escrita por Zeca Camargo (clique aqui); foi destaque na Mocidade Independente de Padre Miguel e, em 2020, será tema do samba enredo da agremiação (clique aqui e saiba mais). “Menina, é um susto. Você ser homenageada na avenida com o tema é uma coisa muito sagrada, muito séria. E eu estou feliz a beça com isso. E tive também a biografia que está sendo linda. E teve o musical”, diz a cantora. “O Zeca escreve muito bem. Escreve muito! Aquilo ali é uma história que eu estava contando pra ele da minha vida. É isso, é muita coisa. Ele traduziu perfeitamente”, acrescenta a artista, contando que no próximo ano também está previsto um filme em sua homenagem.
Acompanhada pela mesma banda da gravação do disco “Deus é Mulher”, no show desta sexta, em Salvador, Elza apresentará toda potência de sua voz e discurso. No repertório, novas canções como “O Que Se Cala” (Douglas Germano, “Banho” (Tulipa Ruiz), “Um Olho Aberto” (Maria Portugal), “Hienas na TV” (Kiko Dinucci e Clima) e “Exu nas Escolas” (Kiko Dinucci e Edgar), além de sucessos anteriores, a exemplo de “A carne” (Seu Jorge, Marcelo Yuka e Ulisses Cappelletti), “A Mulher do Fim do Mundo” (Romulo Fróes e Alice Coutinho, “Maria da Vila Matilde” (Douglas Germano, “Luz vermelha” (Kiko Dinucci e Clima) e “Benedita” (Celso Sim, Pepê Mata Machado, Joana Barossi e Fernanda Diamant).
SERVIÇO
O QUÊ: Elza Soares – Deus é Mulher
QUANDO: Sexta-feira, 12 de abril, às 21h
ONDE: Sala principal do Teatro Castro Alves – Salvador (BA)
VALOR: A a W – R$ 150 (inteira) e R$ 75 (meia) | X a Z6 – R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia) | Z7 a Z11 – R$ 90 e R$ 45 (meia)
A modelo brasileira Luiza Brunet foi homenageada neste sábado, nos Estados Unidos, por “sua contribuição e ativismo no enfrentamento da violência doméstica”.
De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, certificação foi entregue pelo senador do estado de Massachusetts, James B. Eldrige, durante um jantar de gala da ONG AME. A instituição dá suporte a mulheres da comunidade brasileira, para combater a violência doméstica.
Em 2016, Luiza Brunet acusou o ex-namorado, Lírio Parisotto, de tê-la violentado. Em 2017, ele foi condenado por lesão corporal.
Conhecida por seu posicionamento firme sobre temas da sociedade brasileira, Pitty deu uma alfinetada a um tipo controverso de ativismo. “Amoras, ai ai ai. ‘Hino feminista’ que ataca outras mulheres e estimula competição com esse papo de ‘recalcadas e invejosas’, pra mim não é feminista nem aqui nem na Rússia. rs”, escreveu a roqueira baiana em sua conta no Twitter. “Mas isso sou eu, né? Cada uma, cada uma. Só acho que a gente tem coisas tão mais produtivas pra dizer umas sobre as outras”, arrematou.
Após seus comentários serem encarados como indireta para outras cantoras, como Claudia Leitte, que, nesta sexta-feira (8), lança a música “Lacradora”. Pitty, no entanto, nega. “Era só uma reflexão, e agora que eu vi que tão achando e direcionando para uma pessoa específica e criando o quê? Treta com outra mulher. Já apaguei. Não vai rolar”, voltou a escrever a baiana, após deletar as postagens anteriores. “Eu que sou cagada de timing mesmo hahahah. O pensamento é antigo, só caiu no dia errado”, acrescentou.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Mário Negromonte Jr
"A PEC da prerrogativa para restabelecer o que foi perdido desde a constituição de 1988 virou a PEC da blindagem e depois a PEC da bandidagem. E isso é uma coisa que dói muito no coração da sociedade. O que deixa meu coração tranquilo é que eu fiz pensando na justiça e na constituição federal".
Disse o deputado federal Mário Negromonte Jr (PP-BA) ao declarar que está arrependido por ter votado a favor da chamada PEC da Blindagem, aprovada recentemente na Câmara dos Deputados.