Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias

Notícia

Elza Soares ganha biografia autorizada escrita por Zeca Camargo

Elza Soares ganha biografia autorizada escrita por Zeca Camargo
Foto: Divulgação

Depois de documentário e musical, Elza Soares acaba de ganhar uma biografia autorizada, escrita por Zeca Camargo. O livro é resultado de uma série de entrevistas com a cantora, que somam mais de 40 horas de depoimentos. “A nossa opção, minha e da editora, foi focar na própria Elza. A biografia de uma pessoa viva é uma coisa preciosa, porque ela está lá para contar a história dela”, explicou o jornalista, ao jornal O Globo, revelando que começou a escrever a publicação após ler a outra biografia de Elza, “Cantando para não enlouquecer” (1997), de José Louzeiro. “O que eu usei, e bastante, foi o livro que ela própria escreveu, ‘Minha vida com Mané’, que é muito raro. Mas ali também é uma biografia muito pessoal, impressionista. Cerca de 90% do que usei vieram do que ela me falou”, contou Zeca Camargo.


A ideia da nova biografia, segundo o autor, é também contextualizar fatos já conhecidos do público. “Todo mundo já leu milhares de entrevistas com ela, e alguns episódios são muito conhecidos, a ponto de terem ficado desgastados. Você sabe que ela foi no programa do Ary Barroso e que ele perguntou de que planeta ela vinha [“do planeta fome”, respondeu Elza, classicamente]. A ideia era pegar episódios muito conhecidos e recontá-los de uma maneira mais rica. Quem estava na plateia? O que ela sentia? Com que roupa estava? Como era a voz do Ary Barroso? A Elza tem uma memória prodigiosa para quem, como a gente brinca, tem algo entre 85 e 88 anos de idade”, explicou, Zeca, que durante as entrevistas acabou conseguindo revelações da artista. Para ele Elza falou pela primeira vez abertamente sobre a entrada ao mundo das drogas, após a morte do filho, em 1986. “No dia seguinte, a Elza pediu para retirar aquilo do livro, porque se sentia vulnerável. Eu disse que ia escrever o episódio dentro de um contexto e dar para ela ler. Ela leu e disse que estava legal. No fim, mesmo os episódios mais dramáticos e talvez mais constrangedores que ela contou entraram”, lembrou Zeca Camargo.