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Em meio às discussões sobre a base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Senado, aliados avaliam como consolidada, mas é preciso ser colocada à prova. As avaliações vem após o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmar que Lula ainda não tem uma base consolidada no Congresso.
Uma das fontes ouvidas pelo Bahia Notícias disse que é provável que o Senado siga na mesma linha durante a gestão de Jair Bolsonaro, onde as matérias mais políticas passavam, mas em meio a acordos. A única “preocupação” é que agora os acordos aconteçam com mais respaldos do que antes, avaliam os parlamentares.
Para alguns, pode ser que Lula enfrente mais resistência na Câmara, mas que no Senado a base não seja tão forte agora, mas não será também um empecilho para aprovação dos projetos de interesse do Executivo.
Uma demonstração desse apoio consolidado foi a definição dos presidentes das Comissões da Casa, onde a oposição acabou ficando sem nenhum comando após articulação da base de Lula.
Entretanto, nos corredores do Senado ainda corre a informação de que o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), crie uma nova comissão para entregar a oposição e mantenha uma relação de troca-troca com esses parlamentares.
Após reunião de líderes com o presidente da Casa, alguns parlamentares questionados pelo Bahia Notícias se foi discutida a criação de uma nova comissão e eles disseram que não foi tratado diretamente sobre isso na reunião, mas é provável que isso aconteça, porém mais pra frente. “É preciso esperar o 'sangue esfriar' no Senado após a derrota de Rogério Marinho”, disse uma das fontes.
Depois de compartilhar um vídeo de Mário Frias nas redes sociais e reacender o alerta da fritura de Regina Duarte na Secretaria Especial da Cultura (clique aqui), o presidente Jair Bolsonaro convidou o ator para um almoço, nesta terça-feira (19). Na manhã desta quarta-feira (20), veio o anúncio oficial da saída da atriz do comando pasta (clique aqui).
O encontro, que não estava na agenda presidencial, aconteceu no Palácio do Planalto e contou ainda com as presenças dos presidentes do Flamengo e do Vasco, do filho mais velho do presidente, Flávio Bolsonaro, e seu novo aliado, o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson.
Bolsonarista, antes mesmo de Regina ser afastada, Mário Frias já havia declarado que aceitaria ocupar o lugar da colega, que é vista com maus olhos pela ala olavista do governo e tem sido cada vez mais atacada - com a anuência do presidente - por não implementar uma gestão ideológica forte o suficiente na Cultura.
Empossada, nesta quarta-feira (4), como titular da Secretaria Especial da Cultura (clique aqui e saiba mais sobre a cerimônia de posse), Regina Duarte é considerada por aliados de Jair Bolsonaro como uma bomba-relógio prestes a explodir.
De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, a atriz é vista como imprevisível e pouco comprometida com compromissos políticos importantes para o presidente.
Ainda segundo a publicação, a primeira crise é prevista para os próximos dias, pois, após várias demissões (clique aqui), a nova secretária sinalizou que pretende exonerar ainda mais funcionários do órgão, sendo todos ligados a apoiadores de Bolsonaro. Entre as pessoas na mira estão indicações do deputado Marco Feliciano (sem partido) e de Olavo de Carvalho, guru ideológico da família do presidente.
A coluna pontua, no entanto, que a atriz já teve sua primeira derrota, já que ela queria desligar Sérgio Camargo da Fundação Palmares, mas, além de não ser demitido, nesta semana ele postou foto ao lado de Bolsonaro nas redes sociais. Diante de seus primeiros atos, Regina Duarte já tem sido atacada por olavistas e pelo próprio Olavo (clique aqui).
Apesar do presidente ter garantido diversas vezes que deu carta branca à atriz para gerir a Cultura, um integrante do governo afirmou à publicação que a gestão Bolsonaro tem bandeiras claras e que a secretária terá que aderi-las, não o contrário.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Jaques Wagner
"Te afianço que vamos corrigir, tanto em cima como embaixo".
Disse o líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), durante a discussão na Comissão de Assuntos Econômicos sobre o projeto que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, indicando que a faixa de cobrança dos chamados “super-ricos”, que ganham acima de R$ 600 mil, precisaria ser retificada a cada ano.