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O ator baiano Othon Bastos será condecorado pela Academia de Letras da Bahia (ALB) com a Medalha Arlindo Fragoso, em sessão especial em 19 de maio, às 17h. Neste mês, o ator completará 92 anos de idade.
A Medalha Arlindo Fragoso leva o nome do fundador da Academia de Letras da Bahia e presta homenagem a personalidades de destaque em sua área. Othon Bastos conta quase 75 anos de carreira na TV, cinema e teatro.
Natural de Tucano, interior da Bahia, Bastos fixou residência no Rio de Janeiro ainda jovem, após a morte de seus pais. Ingressou no grupo teatral mantido por Paschoal Carlos Magno, atuando como assistente de cenografia, de iluminação e de sonoplastia e, a partir de 1951, como ator. De lá para cá, fez dezenas de filmes, como 'Deus e o diabo na terra do sol' e 'O dragão da maldade contra o santo guerreiro', de Glauber Rocha; 'O que é Isso, companheiro?', de Bruno Barreto; e 'Central do Brasil', de Walter Salles.
Na televisão, é recordista em participações, já tendo atuado em mais de 80 produções, entre novelas, séries, minisséries e casos especiais.
Neste mês, entre 21 e 25, o ator apresentará seu primeiro monólogo, ‘Não me entrego, não’, em Salvador. Escrito e dirigido por Flávio Marinho, o espetáculo percorre histórias divertidas e dramáticas de sua vida pessoal e profissional. A peça estará em cartaz no Teatro Sesc Casa do Comércio.
Como parte do mês em que se comemora o Dia Nacional da Consciência Negra, a Academia de Letras da Bahia (ALB) e o Instituto Reparação realizam o Seminário de Música Negra da Bahia. Aberto ao público, o evento está marcado para o dia 26 de novembro, a partir das 14h, na sede da ABL [Avenida Joana Angélica] e terá como tema “Dos blocos dos povos indígenas ao samba reggae”.
O evento vai reunir a cantora, compositora e historiadora Juliana Ribeiro; o cantor, compositor e mestre capoeira Tonho Matéria; o cantor, produtor e percussionista Dado Brazzaville; e o músico, produtor e carnavalesco Jorginho Commancheiro, presidente do bloco Comanches do Pelô.
Reconhecidos nas áreas artísticas em que atuam, eles vão debater, pela primeira vez na história da instituição, sobre a música negra baiana – como tudo começou até os dias de hoje, passando pelos blocos chamados “de índio”, os blocos afro e o samba reggae.
Também participam do debate o presidente da ALB e antropólogo Ordep Serra; e o coordenador do Instituto Reparação e sociólogo Ailton Ferreira. O seminário de Música Negra da Bahia - Dos blocos dos povos indígenas ao samba reggae é aberto ao público.
A Academia de Letras da Bahia (ALB) promove, nesta terça-feira (26), um debate sobre literatura negra. Realizada a partir das 19h, com transmissão no Youtube da ALB, a Mesa Redonda Narrativas do Axé tem como proposta discutir as representações do candomblé nas literaturas baiana e carioca, além de contribuir para a visibilidade de temas e produções artísticas e científicas da contemporaneidade.
Na ocasião, o presidente da ALB, Ordep Serra, recebe para o bate-papo o escritor Marcelo Moutinho e o escritor e babalorixá Ruy Póvoas.
O carioca Marcelo Moutinho é jornalista e autor dos livros “A lua na caixa d’água” (Malê, 2021), “Rua de dentro” (Record, 2020), “Na dobra do dia” (Rocco, 2015) e “A palavra ausente” (Rocco, 2011), entre outros. Com “Ferrugem”, editado pela Record, conquistou o Prêmio Clarice Lispector da Fundação Biblioteca Nacional (melhor livro de contos de 2017). Organizou a seleta de ensaios “Canções do Rio — A cidade em letra e música” (Casa da Palavra, 2010) e várias antologias, entre elas a recém-lançada “Contos de Axé – 18 histórias inspiradas nos arquétipos dos orixás” (Malê, 2021). Atualmente, cursa o mestrado em Bens Culturais e Projetos Sociais no Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Baiano de Ilhéus, Ruy Póvoas é fundador do Ilê Axé Ijexá, terreiro de candomblé de origem nagô, de nação Ijexá, no qual exerce a função de babalorixá, em Itabuna. Licenciado em Letras pela antiga Faculdade de Filosofia de Itabuna e Mestre em Letras Vernáculas (UFRJ), lecionou Língua Portuguesa durante 50 anos, até se aposentar pela UESC. Durante 16 anos, coordenou o Núcleo de Estudos Afro-Baianos Regionais – Kàwé, da Universidade Estadual de Santa Cruz, do qual é fundador. Sob sua coordenação, foram criados o Jornal Tàkàdá, o Caderno Kàwé e a Revista Kàwé. Poeta, contista e ensaísta, publicou as obras o “Vocabulário da paixão”, “A linguagem do candomblé”, “Itan dos mais-velhos”, “Itan de boca a ouvido”, “A fala do santo”, “VersoREverso”, “Da porteira para fora”, “A memória do feminino no candomblé”, “Mejigã e o contexto da escravidão”, “A viagem de Orixalá”, “Novos dizeres e Representações do escondido”. Ruy Póvoas ocupa a Cadeira 18 da Academia de Letras de Ilhéus e é membro fundador da Academia de Letras de Itabuna.
SERVIÇO
O QUÊ: ALB - Mesa Redonda Narrativas do Axé
QUANDO: Terça-feira, 26 de outubro, das 19h à 21h
ONDE: Youtube da ALB
VALOR: Gratuito (inscrição para certificação durante a transmissão)
Em parceria com a Academia de Letras da Bahia (ALB), a Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) realiza um bate-papo virtual com o tema “A literatura na música de concerto - Jorge Amado”. A live Osba Talks acontece no dia 10 de agosto, às 19h, com exibição no Instagram da Osba (@orquestrasinfonicadabahia).
Mediado por Carlos Prazeres, regente titular e diretor artístico da Osba, o encontro virtual terá participação de Ordep Serra, presidente da ALB, professor da Ufba e pesquisador; e de Edilene Matos, vice-presidente da ALB, professora da Ufba e pesquisadora em literatura brasileira.
A iniciativa discutirá, entre outros assuntos, a peça musical “A Viagem de Gabriela”, de autoria de André Mehmari, inspirada em um dos livros mais conhecidos e adaptados do escritor baiano. A canção foi encomendada ao músico pela Osba, em razão das celebrações do centenário de Jorge Amado, em 2012.
A estreia ocorreu naquele mesmo ano, com Prazeres na regência, a soprano Carla Cottini enquanto solista e Caco Monteiro e Nataly Cabanas como os narradores. Em 2018, a Sinfônica da Bahia voltou a executar esta peça na série Jorge Amado.
SERVIÇO
O QUÊ: Osba Talks - “A Literatura na Música de Concerto – Jorge Amado”
QUANDO: Terça-feira, 10 de agosto, às 19h
ONDE: Instagram da Osba (@orquestrasinfonicadabahia)
VALOR: Grátis
Com o objetivo de discutir a preservação do patrimônio cultural brasileiro nos tempos atuais, a Academia de Letras da Bahia (ALB) realiza a Conferência Patrimônio Cultural no Brasil de Hoje, em formato virtual, com exibição nesta terça-feira (3), a partir das 19h, no Youtube.
Em meio aos desafios enfrentados pela cultura, o evento contará com palestra do historiador, professor da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (Ufba), pesquisador e membro da Cátedra UNESCO de Políticas Culturais e Gestão da Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB), Prof. Dr. José Roberto Severino.
A conferência se apresenta como uma iniciativa para pensar, junto com a sociedade, o futuro do patrimônio cultural do Brasil, no cenário político e social atual. O assunto também é debatido no Fórum de Entidades em Defesa do Patrimônio Brasileiro, que tem representantes na Bahia.
SERVIÇO
O QUÊ: Conferência Patrimônio Cultural no Brasil de Hoje
QUANDO: Terça-feira, 3 de agosto, às 19h
ONDE: youtube.academiadeletrasdabahia.org.br
VALOR: Grátis
As confluências entre literatura e jornalismo serão debatidas durante o I Simpósio Baiano de Jornalismo e Literatura, evento promovido por meio de uma parceria entre a Academia de Letras da Bahia (ALB) e a Associação Bahiana de Imprensa (ABI). O evento será online e transmitido pelo canal do YouTube da ALB, nos dias 7, 8 e 9 de abril, das 18h às 20h.
“O Simpósio inaugura um esforço de aproximação entre duas entidades historicamente comprometidas com a promoção de cultura e da liberdade, e propõe reflexões importantes sobre os reflexos da conjuntura na vida de quem escreve, seja a escrita jornalística ou literária”, destaca o jornalista Ernesto Marques, presidente da ABI. No dia 7, ao lado do professor, antropólogo e atual presidente da Academia de Letras da Bahia, Ordep Serra, ele realizará a abertura do evento. Na sequência, terá início a mesa “Limites da liberdade de expressão e direitos hoje, no Brasil”.
A Mesa I terá participação do jornalista, escritor, e ex-professor da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (Facom/UFBA), Emiliano José, do professor-titular de jornalismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Muniz Sodré, e do professor-titular de teoria da comunicação da Facom/UFBA, Wilson Gomes. A mediação ficará com Jussara Maia, pesquisadora e professora do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).
“Tenho certeza de que vai ser um dos eventos mais importantes do nosso ano cultural. Em primeiro lugar, porque ele consagra a aliança entre essas duas instituições. Em segundo lugar, porque consagra um tema dos mais sérios, a liberdade de imprensa, o valor da produção literária que os veículos de imprensa transmitem para o povo”, ressalta o presidente da ALB, professor Ordep Serra.
Segundo o acadêmico, “a história da literatura baiana e brasileira é uma história que envolve a produção de extraordinários jornalistas”. Ele destacou, por outro lado, o feedback contrário. “Nossa literatura penetra nos jornais e volta deles para nós, escritores. Isso é importante no presente momento em que vemos tentativas de retorno a censura e não só tentativas, atos brutais de censura ameaçando os escritores, por isso convido a todos a participar desse Simpósio”, completa o gestor.
A segunda mesa, programada para o dia 8 de abril, conta com a presença do jornalista e vice-presidente da Assembleia Geral da ABI e professor do curso de Jonalismo da UFRB, Sérgio Mattos, da jornalista e professora da Faculdade de Comunicação da UFBA, Malu Fontes, e da escritora Kátia Borges. O tema será “O espaço e conteúdos de cultura nos jornais, televisão, rádio e plataformas digitais”, com mediação da diretora do departamento de divulgação da ABI, a jornalista Simone Ribeiro.
A mesa III, “Jornalismo e Literatura: interfaces”, terá participações do escritor Antônio Torres, escritor, jornalista, membro da ALB e da Academia Brasileira de Letras (ABL), da jornalista e escritora Aline D´Eça e do doutor em ciências da comunicação Edvaldo Pereira Lima. A jornalista e escritora Suzana Varjão assumirá a mediação.
Eleito em novembro para ocupar a cadeira de número 1 da Academia de Letras da Bahia (ALB), o jornalista, escritor e professor Emiliano José (relembre aqui) toma posse nesta sexta-feira (19), às 19h. O evento ocorre de forma virtual, em decorrência da pandemia de Covid-19. A solenidade será dirigida pelo acadêmico Ordep Serra, recém-eleito presidente da entidade. Depois do discurso de agradecimento, o mais novo imortal será saudado pelo arquiabade do Mosteiro de São Bento, Dom Emanuel D’Able do Amaral, membro da Academia.
À Associação Bahiana de Imprensa (ABI), Emiliano José falou sobre a honraria de ocupar a cadeira deixada pelo historiador Luís Henrique Dias Tavares, falecido em junho passado. "A minha fala vai tentar traduzir o agradecimento e ao mesmo tempo lembrar os meus antecessores, e de modo muito especial do professor Luís Henrique Dias Tavares, provavelmente o mais importante historiador da vida baiana. Será um momento muito significativo", destaca.
"É um momento muito honroso para mim. Não foi uma luta para chegar à Academia, foi uma generosidade dos acadêmicos e acadêmicas, que me acolheram com imenso carinho", afirma. Segundo ele, o principal esforço foi do arquiabade Dom Emanuel d’Able do Amaral. Aos 74 anos de idade e com 16 livros publicados, Emiliano considera a indicação um reconhecimento de sua trajetória como jornalista e escritor. Ele tinha 28 anos quando chegou como “foca” à redação do jornal Tribuna da Bahia, sua primeira casa, anos depois de deixar a prisão no período da ditadura.
O professor contribuiu para formação de gerações de jornalistas e escritores baianos, por sua atuação de mais de 20 anos na Faculdade de Comunicação da UFBA (Facom). "Chego à Academia graças ao jornalismo. Agradeço profundamente ao mundo do jornalismo, aos meus colegas e minhas colegas, aqueles que conviveram comigo e me ensinaram, deram o caminho das pedras. Eu fico muito comovido ao lembrar que essa trajetória é devida principalmente aos amigos e amigas jornalistas, que me deram régua e compasso", afirma Emiliano José.
Os relatos sobre os quatro anos que passou sob custódia do Estado - governado na época pelo regime militar -, das torturas sofridas e todo o percurso na clandestinidade política são alguns dos fatos que o autor baiano Emiliano José traz na autobiografia "O Cão Morde a Noite".
"Ele nasceu de uma iniciativa minha de ir, ao dia-dia, durante quase dois anos, publicando nas redes sociais como uma novela. É uma autobiografia que pega da minha infância, até o momento da minha saída da prisão. Cobre desde 1946 a 1974, quando concluí os quatro anos de prisão".
Nas mais de 400 páginas do livro, editado pela EDUFBA, memórias pessoais de um passado não tão distante vêm à tona e se cruzam com a história amigos com quem Emiliano José compartilhou momentos de luta. Alguns destes companheiros, assim como ele, também foram torturados.
"Eu percorro a trajetória, mas esse percurso nunca é solitário. É com muita gente, com circunstância, com a conjuntura, com muitos companheiros que viveram comigo e às vezes mais longamente, como é o caso do Theodomiro Romeiro dos Santos", conta Emiliano, citando o caso do primeiro civil condenado à pena de morte no período republicano Brasileiro, com base na Lei de Segurança Nacional.
"Conto da minha infância com detalhes, da minha juventude, a chegada à luta revolucionária, da minha militância, chego à minha prisão aqui na Bahia, passo pela tortura - essa é a primeira vez que conto em detalhes como foi minha tortura - e depois eu detalho o que foi a Galeria F na penitenciária Lemos de Brito", descreve.
Capa do novo livro de Emiliano José | Foto: Divulgação
Questionado sobre como a escrita pode ter funcionado para ele como uma forma de expôr seus traumas de alguma maneira mais sutil para si mesmo, ele comenta que começou a escrever sobre o tema há cerca de 20 anos, quando, ainda no jornal A Tarde, escrevia relatos sobre a ditadura militar. "Ali eu comecei a falar sobre a tortura."
"Quando li [pela primeira vez], publicado no jornal, o meu relato sobre a minha tortura, levei um choque", conta o escritor. "São feridas, eu costumo dizer isso, que não fecham. Elas estão lá, no nosso corpo e na nossa alma", comenta, dizendo que estas questões se relacionam com a condição humana e suas emoções.
Durante a conversa, por telefone, Emiliano também lembra de autores como Rachel Rosenblum, que falam sobre regimes autoritários e rememoração de momentos traumáticos. "Talvez a minha catarse, meu enfrentamento, seja contar, falar as coisas", revela.
Emiliano também opina sobre atitudes que neguem ou questionem a atuação da mão armada do Estado brasileiro contra opositores do regime instaurado no país com o golpe de 1964, como a ocasião em que o presidente Jair Bolsonaro pôs em dúvida as torturas sofridas pela ex-presidente Dilma Rousseff (entenda aqui).
"Me sinto enojado e indignado. O sujeito [Bolsonaro] simultaneamente é um farsante - ele sabe que ocorreu - e um covarde. Aliás, essa é a marca das ditaduras, elas são constituídas de covardes. Não houve combate, eles mataram centenas e centenas de pessoas na tortura", dispara Emiliano, argumentando que há uma frustração do presidente por não ter atuado diretamente nos atos de tortura de presos políticos. "Estou no combate contra este cidadão", completa.
Emiliano no lançamento da biografia de Waldir Pires | Foto: Divulgação
Aos 74 anos, Emiliano acumula uma história repleta de livros, ocupações e outros rótulos. Ele é autor de outras 15 obras literárias, foi deputado, além de ter atuado como jornalista e professor. Agora ele carrega o título de imortal. Acolhido pela Academia de Letras da Bahia (ALB), a mesma que já prestigiou nomes como João Ubaldo Ribeiro e Rui Barbosa, ele será empossado em março como o ocupante da cadeira de número 1.
"O Cão Morde a Noite" será lançado em fevereiro, através de um evento virtual. O prefácio do livro é do reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), João Carlos Salles, e a apresentação é do jornalista baiano Adilson Borges.
Membro da Academia Baiana de Letras (ABL), o jornalista Muniz Sodré se recuperou de uma infecção causada pelo novo coronavírus. Sociólogo e professor universitário, ele ficou cerca de 30 dias internado no Hospital Quinta D’or, na cidade do Rio de Janeiro.
Segundo informações do G1, um novo exame, que ficou pronto na última quinta-feira (28), constatou que ele se curou da Covid-19. A filha de Muniz, no entanto, esclareceu que ele continuará sob cuidados médicos. “Estamos nos sentindo abençoados, porque ele foi em um estado muito crítico e de repente ressurgiu super bem”, disse ela, que também elogiou a equipe médica.
Durante a internação, Sodré chegou a ser levado para o CTI (Centro de Terapia Intensiva) e precisou respirar com ajuda de aparelhos. Ao chegar na unidade hospitalar os médicos diagnosticaram inicialmente um quadro de pneumonia, mas após realizarem exames constataram a infecção pelo novo coronavírus.
O escritro, sociólogo e jornalista brasileiro Muniz Sodré irá tomar posse na Academia de Letras da Bahia (ALB), em cerimônia que será realizada no dia 31 de outubro na sede da ALB, em Salvador.
O sociólogo ocupará a Cadeira 33, ocupado anteriormente por Mãe Stella de Oxóssi, que morreu em dezembro de 2018. A cadeira 33 tem como patrono Castro Alves. De acordo com o G1, o evento, que será aberto ao público, está previsto para começar às 20h, no Palacete Góes Calmon, Sede da Academia de Letras da Bahia.
Através de sua assessoria, Muniz Sodré falou sobre o fato de ocupar a Cadeira que foi de Mãe Stella. “Para mim, é importante ocupar uma Cadeira já mantida pela ialorixá da comunidade litúrgica a que pertenço (o Ilê Axé Opô Afonjá), porque Mãe Stella de Oxóssi foi um ponto alto e intelectualizado da governança espiritual. É preciso sempre reiterar que a experiência da cultura jeje-nagô-ketu reflete exemplarmente a ancestralidade e a visão-de-mundo características da civilização africana. Em torno da família-de-santo ou das comunidades litúrgicas de origem africana, conhecidas como candomblés, criou-se um modelo singular de organização social de frações amplas do povo nacional. Mas principalmente um locus antitético à violência da assimilação cultural por meio da monocultura européia", falou.
O jornalista nasceu em 12 de janeiro de 1942, na cidade de São Gonçalo dos Campos. Passou a infância no município de Feira de Santana e iniciou sua vida profissional em Salvador, como colaborador do Jornal da Bahia, exercendo também a função de tradutor no Departamento de Turismo da Prefeitura. Sodré possui 36 livros publicados no Brasil e no exterior. Sua obra é importante referencial para os estudos sobre comunicação, cultura brasileira e sobre a condição da população afrodescendente e suas formas de resistência cultural.
A Academia de Letras da Bahia (ALB) realiza uma sessão especial nesta terça-feira (23), às 18h, para homenagear o escritor e professor Edvaldo Boaventura, morto no dia 22 de agosto. O evento solene terá como orador o acadêmico João Eurico Matta.
Acadêmico e um das mais notáveis personalidades do cenário cultural baiano, Edivaldo destacou-se como autor de muitos livros e artigos científicos, contribuiu para a criação da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e atuou como professor emérito da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Foi secretário de Educação do Estado da Bahia, presidiu a ALB de 2007 a 2011 e foi membro fundador e vice-presidente da Academia de Ciências da Bahia. Durante muitos anos atuou como diretor geral do jornal A Tarde.
Entre as cerca de 40 obras literárias de sua autoria, destacam-se "Castro Alves: um parque para o poeta", "Jorge Calmon - o jornalista" e "A construção da Universidade baiana: origens, missões e afrodescendência". Em nível internacional, tomou posse em 2006 como membro da Academia de Ciências de Lisboa (Portugal).
Diante da proximidade do primeiro turno das eleições, que acontece no próximo dia 7, a Academia de Letras da Bahia (ALB) lançou uma carta aberta aos candidatos ao governo do Estado. Os acadêmicos pedem que os postulantes ao Palácio de Ondina firmem o compromisso público para a realização de medidas em favor de áreas, como Literatura, Patrimônio Cultural e Ambiental e Difusão Cultural.
Entre as sugestões aprovadas em reunião realizada na última terça-feira (18), sob coordenação da presidente da instituição Evelina Hoisel, a Academia requer que o próximo governo estadual invista pelo menos 5% do seu orçamento em cultura e sugere a criação de um Centro de Referência da Cultura Baiana para documentar, analisar, preservar e divulgar a cultura material e imaterial da Bahia. Confira abaixo as sugestões completas descritas na carta:
PARTICIPAÇÃO, PLANEJAMENTO E GESTÃO DA CULTURA
a) Investir pelo menos 5% do orçamento do Estado em cultura; b) Fortalecer o Fundo de Cultura do Estado, articulando diversas esferas públicas e privadas, com participação da sociedade nas decisões de seus investimentos; c) Consolidar o funcionamento do Conselho de Cultura da Bahia com maior participação das associações culturais e universidades públicas do Estado; d) Elaborar, de forma participativa e propositiva, o Plano de Cultura articulado com os demais planos territoriais e setoriais de desenvolvimento do Estado; e) Garantir a continuidade administrativa dos Planos de Cultura; f) Rever os critérios de apoio financeiro às associações culturais da sociedade baiana, buscando um melhor equilíbrio entre as mesmas; g) Criar um Centro de Referência da Cultura Baiana para documentar, analisar, preservar e divulgar a cultura material e imaterial da Bahia: arte, artesanato, literatura, teatro, dança de roda, capoeira, cinema, música, culinária etc.
LEITURA E LITERATURA
a) Dotar todos os municípios baianos de bibliotecas e recuperar as existentes, em especial a Biblioteca do Estado, no Barris; b) Criar uma biblioteca digital dos autores baianos, do passado e do presente, como apoio ao ensino fundamental e secundário; c) Incluir autores baianos nos livros-textos adotados nas escolas públicas do Estado; d) Recuperar os arquivos baianos, especialmente os do Estado da Bahia, de Cachoeira e de Rio de Contas e dotar dos meios para seu pleno funcionamento; e) Financiar a publicação de livros de caráter pedagógico e cultural por instituições públicas e privadas com conselhos editoriais; f) Reabertura da livraria dedicada à divulgação do livro baiano.
PATRIMÔNIO CULTURAL E AMBIENTAL
a) Adotar políticas culturais e ambientais que valorizem as dimensões material e imaterial do nosso patrimônio como parte do programa de desenvolvimento socioeconômico do Estado; b) Dotar recursos para a recuperação dos parques e sítios arqueológicos, históricos, culturais e naturais do Estado, em especial a requalificação dos centros antigos de nossas cidades; c) Instalar sistema de detecção e combate ao fogo adequado a seus acervos em todos os museus, arquivos e bibliotecas do Estado; d) Preservar territórios tradicionais da cultura dos povos historicamente marginalizados.
FORMAÇÃO, CRIAÇÃO E DIFUSÃO CULTURAL
a) Implantar escolas-parques de educação integral, na capital e no interior, como as idealizadas por Anísio Teixeira, visando a iniciação artística de jovens baianos; b) Criar prêmios literários e bolsas para a realização de estudos sobre temas de interesse baiano; c) Instalar um laboratório de criação de vídeos e games para jovens baianos; d) Realizar concursos para residências artísticas anuais na Bahia; e) Criar e divulgar um calendário artístico-cultural baiano com as festas populares e a realização de festivais, salões de arte, espetáculos teatrais e musicais, na capital e no interior. (Atualizada às 10h24)
O escritor e professor Nelson Cerqueira tomará posse, nesta quinta-feira (11), da cadeira nº 4 da Academia de Letras da Bahia, posto que antes era ocupado por Geraldo Machado e tem como patrono Sebastião da Rocha Pita. A cerimônia de posse acontece a partir das 20h, no Palacete Góes Calmon - sede da instituição literária -, situado no bairro de Nazaré, em Salvador, com saudação do acadêmico Joaci Góes. Nelson Cerqueira é graduado em Língua e Literatura Alemã pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), professor colaborador do Programa de Pós-graduação da Faculdade de Direito da Ufba, autor, co-autor e organizador de vários livros no campo da literatura, estética, filosofia e tecnologia, tendo publicado artigos em jornais e revistas nacionais e internacionais.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Mário Negromonte Jr
"A PEC da prerrogativa para restabelecer o que foi perdido desde a constituição de 1988 virou a PEC da blindagem e depois a PEC da bandidagem. E isso é uma coisa que dói muito no coração da sociedade. O que deixa meu coração tranquilo é que eu fiz pensando na justiça e na constituição federal".
Disse o deputado federal Mário Negromonte Jr (PP-BA) ao declarar que está arrependido por ter votado a favor da chamada PEC da Blindagem, aprovada recentemente na Câmara dos Deputados.