Dor nas costas afeta 600 milhões de pessoas no mundo; nova abordagem pode ajudar a tratar e combater condição

Um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicou que 600 milhões de pessoas vivem atualmente com dor nas costas em todo o mundo. A entidade estimou que o número de pessoas acometidas com a dor deve crescer para 843 milhões até 2050.

Já no Brasil, o cenário é semelhante aos números globais. Uma pesquisa do Ministério da Saúde apontou que 40% da população sofre com algum tipo de dor crônica, e 15% enfrentam dores intensas ou incapacitantes.
 

A condição impacta e se tornou responsável por grande parte dos afastamentos das atividades do trabalho, e trouxe sobrecarga econômica para famílias, empresas e sistemas de saúde.

Segundo o neurocirurgião Dr. Carlos Eduardo Romeu, especialista em coluna e dor crônica, compreender a dor apenas como um problema físico é um equívoco.

“A dor crônica é, muitas vezes, um sinal do cérebro que está ‘descalibrado’. Ele confunde os sinais e dispara por hábito ou medo, mesmo sem um dano real no corpo. Mas, por se tratar de um padrão aprendido, é possível reeducar o cérebro e recalibrar esse alarme”, explica.

O médico explicou e revelou acerca de alguns métodos e ferramentas que auxiliam no tratamento e combate ao tipo de dor.
 

“Focar apenas na estrutura da coluna é tratar metade do problema. É preciso considerar o papel do sistema nervoso no processamento da dor. Essa mudança de paradigma é o que permite devolver qualidade de vida e reduzir o impacto econômico causado por essas condições”, disse o especialista.