Com mais de 5 mil testes, Bahia registra mais de 180 casos positivos de ISTs no São João
Por Thiago Tolentino / Eduarda Pinto
A Bahia registrou, até esta sexta-feira (20), 188 casos positivos de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) durante as festas de São João em todo o estado. O número se deve a quantidade de testes realizados nos postos de atendimento da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab). Ao total, mais de 5 mil pessoas realizaram os testes rápidos para HIV, Sífilis e hepatites B e C.
Os estandes estão montados em Alagoinhas, Amargosa, Camaçari, Cruz das Almas, Ibicuí, Irecê, Itaberaba, Jequié, Salvador, Santo Antônio de Jesus e Senhor do Bonfim. Na capital baiana, a Sesab possui postos de atendimento no Parque de Exposições, Pelourinho e Paripe. Até a última noite de festa, 902 pessoas fizeram testes rápidos, sendo 75 positivos: seis de HIV, três de Hepatite B e 65 sífilis. Outras 175 ocorrências também já foram atendidas no total, como casos de cefaleia, náuseas e intoxicação alcoólica.
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Ao Bahia Notícias, a coordenadora de testagens de ISTs no Parque de Exposições, Eleuzina Falcão, detalha o processo de triagem dos testes. “É super rápido e acessível. A pessoa vem aqui na unidade de saúde, rapidinho a gente faz o cadastro dela e ela faz a coleta da porção digital. Com 30 minutos tem o resultado e passa pelo processo de aconselhamento e orientação”, explica.
Nos municípios, exceto Salvador, foram registrados 14 exames tiveram resultado positivo para HIV, 4 para Hepatite B, 6 para Hepatite C e outros 164 foram reagentes para Sífilis. Com a possibilidade de iniciar o tratamento para sífilis no próprio posto, 64 pessoas fizeram esta opção.
Para a especialista, “esse é um resultado muito importante, primeiro, porque a gente fala sobre prevenção. O nosso foco é falar sobre prevenção. Felizmente, a grande maioria tem um resultado negativo e nos interessa que essas pessoas continuem nessa condição, e os resultados que são positivos são encaminhados para tratamento e orientação. No caso das sífilis, a gente já tem a penicilina aqui [para início do tratamento]”, completa. (A reportagem foi atualizada às 19h10, para acrescentar a entrevista com a coordenadora)